O amor nos tempos da escravidão. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Uma garota encantada.




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P.O.V. Lorde Gracey.

Hoje a noiva de meu filho está vindo. Quem sabe ao conhecer Lady Lucrécia ele não toma juízo e tira da cabeça essa ideia de casar com uma escrava.

Onde já se viu um Gracey, estudado, doutor se casando com uma escrava bastarda? Isso é impossível.

A carruagem chega e a linda Lady Lucrécia e sua mãe Lady Rosário descem.

–Lorde Gracey.

Elas se curvam.

–Olá senhorita. Lady Córdoba. Encantado.

Beijo lhes as costas da mão.

–Então, onde está o jovem Jeremy?

–Me acompanhem.

Levei-as até a sala onde Jeremy estava.

–Meu filho conheça A senhora Rosário Córdoba e sua futura esposa Lady Lucrécia Córdoba.

–Encantado. Mas, queira perdoar Lady Lucrécia, mas não posso casar-me com vós mece.

–E porque não?

–Porque eu amo outra mulher.

–Menino, cale-se.

–Não papai. Não posso jogar a minha vida pelo ralo e obrigar Lucrécia a fazer o mesmo.

–Mas, isso é um insulto! Vamos Lucrécia.

–Não! Isso não é um insulto minha mãe. É uma benção.

–O que disse?!

–Obrigado Jeremy. Muito, muito, muito obrigado.

–Porque?

–Por me rejeitar, por não se casar comigo. Que Deus lhe pague.

–O que está dizendo Lucrécia?

–Vou me casar com o homem que eu amo. Juliano Horta!

A senhora Córdoba desmaiou.

–Posso conhecer a tal moça que me salvou de um casamento sem amor?

–Claro.

P.O.V. Lady Lucrécia.

Quando vi que a moça era negra isso me chocou e mais chocante ainda foi saber que a moça tinha olhos verdes.

–Minha nossa! Uma negra de olhos verdes.

–Olá senhorita. É um prazer conhecê-la.

–Igualmente.

–Lamento por ter lhe roubado o noivo.

–Não lamente. Eu lhe agradeço por ter feito isso.

–Mesmo? Pensei que iria querer me esfolar viva, afinal eu sou plebeia, negra e ex-escrava.

–Meus parabéns, fico feliz que tenha ganho a liberdade.

–Obrigado, eu também.

–Meu Deus! O que houve com aquela senhora?

–Desmaiou ao saber que estou perdidamente apaixonada pelo filho do nosso rival comercial.

–Caramba!

Lorde Jeremy abraçou a negra pela cintura e ela deitou a cabeça no ombro dele.

–Meus parabéns para os dois. Espero mesmo que sejam muito felizes.

Ela me deu um sorriso sincero.

–Espero que você e seu amor sejam muito felizes milady.

–Nós seremos.

–Se me permite perguntar, qual é o nome dele?

–Juliano Horta.

–E como ele é? Ele é bonito e forte?

–É. Juliano é loiro de olhos azuis.

–Deve ser um homem formoso.

–Ele é.

–Vejam, a senhora está despertando.

A moça foi socorrer minha mãe.

–Tá tudo bem senhora?

–Não me toque escrava!

–Não sou escrava e a senhora é muito mal agradecida!

–Ela é.

–Veja quem fala! Você e eu teremos uma séria conversa Lucrécia!

–Eu não vou ouvir. Você sempre diz a mesma coisa. Poupe sua saliva, porque eu já não ouço o que você diz a um bom tempo.

Não disse mais nada, simplesmente sai.

–Lucrécia! Lucrécia Córdoba volte aqui!

Ouvi passos atrás de mim.

–Mamãe, me poupe.

–Felizmente eu não sou sua mãe.

–Olá.

–Olá, meu nome é Elizabeth. E como gostei muito da senhorita tenho um presente pra você.

–É mesmo?

–É. Por favor, venha comigo.

Ela me levou até um quarto.

–O que verá agora deve ficar entre nós. Se as pessoas souberem que sou especial vão querer me matar. Vocês tem essa ideia formada sobre nós que não nada de verdadeira.

–O que?

Ela trancou a porta e pegou uma faca.

–Vai me matar.

–Não.

Elizabeth rasgou um dos travesseiros fazendo as plumas se espalharem.

–O que está fazendo?

–É melhor você sentar.

Sentei, ela fechou os olhos e começou a mover as mãos e recitar baixinho palavras que eu não entendi. As plumas começaram a flutuar ao nosso redor, ela abriu os olhos.

–Essa é a coisa mais bonita e incrível que eu já vi.

–Sou dotada de poderes especiais assim como todas as minhas ancestrais. Sou uma bruxa.

–Bruxa? Daquelas que servem...

–Nem se atreva a dizer isso. Servimos á natureza e esta está revidando, vingando a morte de suas servas fiéis.

–Então...

–Quanto mais bruxas matarem mais a praga avançará.

–Por isso as bruxas não são afetadas. A natureza está protegendo elas.

–Exato.

O que não sabíamos era que o senhor Gracey nos ouvia atrás da porta.

–Eu sabia!

Disse ele entrando pela porta.

–Bruxa! Enfeitiçastes o meu filho!

–Do que o senhor está falando? Estás me acusando de bruxaria!?

–Você mesma confessou! Lady Lucrécia ouviu!

Logo o quarto estava lotado de gente.

–Que confusão é essa?

–Ela é uma bruxa meu filho. Ouvi ela confessar a Lady Lucrécia.

–É verdade Elizabeth?

–Não. Óbvio que não!

–Lady Lucrécia?

–O senhor seu pai precisa de cuidados médicos. Está ouvindo coisas.

–Meu pai, amo Elizabeth e ei de me casar com ela! Pare de inventar histórias.

–Vai se casar com uma bruxa.

–Mesmo se ela fosse uma bruxa me casaria com ela.

–Verdade?

–Sim.

–Isso é ótimo, porque eu sou.

–É o que?

–Uma bruxa.

–Não está falando sério.

Novamente ela recitou o feitiço e as penas flutuaram.

–Muito sério.


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