O amor nos tempos da escravidão. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Segredos obscuros revelados.


Notas iniciais do capítulo

A Caroline dança BANG da Anitta.



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P.O.V. Caroline.

Agora estou na festa, mas não encontro o Klaus em lugar nenhum! Parece que ele evaporou e depois de muito procurar eu finalmente o encontrei, mas não conseguia acreditar no que estava vendo. Era como uma cena de filme de terror, só que era real. Ele estava com o rosto enterrado no pescoço da Abby e então ele olhou pra mim e eu vi aquele rosto horrível, olhos amarelos de onde saíam veias e presas enormes! O sangue dela escorria pela boca dele.

Eu não conseguia falar nem me mexer, o copo que eu segurava caiu no chão. Estava em estado de choque.

—Caroline.

—Meu Deus! Você é o diabo!

—Eu não sou o diabo. Sou o híbrido original.

—Híbrido de que?

—Metade vampiro, metade lobisomem.

—Ai Meu Deus!

Eu cai no chão e fiquei sentada lá.

—Caroline, eu não vou machucar você.

—E espera que eu acredite nisso? Meu Deus que desgraça! Você matou ela!

—Eu tenho que comer.

—Não tem como sei lá se alimentar de bolsas de sangue ou coisa assim?

—Tem, mas eu não gosto. Tem gosto de plástico e é frio.

—Quando eu acho que finalmente achei um cara legal descubro que é um híbrido assassino. Eu não tenho sorte mesmo.

P.O.V. Klaus.

Eu estava morrendo de sede. E fui circular e encontrar uma vítima.

Enquanto eu me alimentava Caroline me viu. Ela ficou em estado de choque e depois que eu falei a verdade pra ela ela caiu sentada no chão e ficou lá olhando para o nada.

—Caroline?

—Hã?

—Você está bem?

—Não. Acho que eu vou desmaiar, ou vomitar.

Ela ficou de olhos fechados respirando fundo por uns vinte minutos até se levantar e dizer:

—Como é possível? De onde você saiu?

—A minha mãe era uma bruxa.

—Uma bruxa?! Cada vez fica melhor. E daí? Ela te amaldiçoou?

—Ela transformou a mim e aos meus irmãos em vampiros.

—Elijah e Rebekah também?

—Sim.

—Mas, e a parte do lobisomem?

—Eu sou um vampiro nascido numa linhagem de lobisomens.

—É o que?

—A magia me fez vampiro, mas eu nasci lobisomem.

—Caraca!

Ela lentamente se aproximou de mim e tocou o meu rosto transformado.

—Sabe, somos literalmente a bela e a fera.

—Eu não acho que você seja uma fera. Só... que seja pra lá de diferente.

Eu a abracei.

—E você me aceita numa boa?

—Se quer que eu faça o que? Eu não posso fazer nada, você é quem você é e eu amo você do jeito que você é. Agora temos que enterrar ela.

—Enterrar ela?

—É claro. Vamos, me ajuda pega do outro lado.

Ela estava pegando as mãos da garota.

—Vai logo!

—E onde vamos enterrar ela?

—No cemitério né? Obviedade é tudo. O último lugar que vão procurar por ela é na própria cova.

Eu carreguei o corpo da garota até o cemitério e Caroline indicou onde a cova estaria.

—Aqui.

—Precisaremos de uma...

Ela já estava com duas pás na mão.

—Vamos. Comece a cavar.

Ela me ajudou a cavar e nós jogamos o corpo lá dentro e enterramos.

—Vamos dar o fora daqui.

P.O.V. Jeremy.

Ela é uma bruxa! Caramba! E as minhas irmãs são duplicatas de uma de suas ancestrais que por acaso é a primeira imortal do mundo.

—Diz alguma coisa.

—Estou chocado! O sonho é real, tudo o que eu sonhei é real.

—E?

—Incrivelmente isso só me faz te amar mais.

—Ufa!

P.O.V. Renesmee.

Ele estava tentando me contar que era um vampiro original, mas não conseguia. Fiquei morrendo de dó e disse:

—Relaxa Elijah, eu já sabia que você era um original. Você e seus irmãos.

—Como?

—Sou uma híbrida duplicata mutante classe cinco que pode prever o futuro.

—Híbrida?

—Metade bruxa, metade vampira.

—Impossível!

—Á, vá pra puta que pariu que é impossível! Meu filho, nada é impossível.

—Eu acredito.

—Sabe, estavam errados em dizer que os vampiros não podem procriar e em dizer que eles não mudam. Os meus pais me tiveram, mas a minha mãe era bruxa quando ficou grávida.

—E como os vampiros mudam?

—A minha família pertence a uma nova raça de vampiros. Uma geração mais potente que a anterior. As estacas não fazem nem cócegas neles, a pele deles é dura como um diamante e eles brilham ao sol como se fossem feitos de diamantes, se você escutar atentamente pode ouvir o tilintar.

P.O.V. Caroline.

Eu estou horrível. Vou ter que subir, tomar outro banho e me arrumar de novo. Tentei ser o mais breve possível, afinal eu tinha convidados e como a prática leva a perfeição eu fiquei pronta rapidinho.

—Caroline, você está... uau!

—Obrigado.

—De nada.

Nós dançamos, conversamos, bebemos e beijamos.

P.O.V. Klaus.

Ela tava brincando com fogo. Ela tava me provocando e a letra da música dizia exatamente o que ela iria fazer comigo.

—Sabe, quem brinca com fogo acaba se queimando.

—E se eu quiser me queimar?

Ai aquela carinha de safada que ela fez. Mas, de repente ela parou.

—Tá sentindo esse cheiro?

—Que cheiro?

—É chocolate. Eu adoro chocolate!

As enormes fontes de chocolate estavam no jardim e nós estávamos na sala de estar.

—Como você fez isso?

—Eu adoro chocolate! Sinto o cheiro á quilômetros.

Ela correu até as fontes e se lambuzou. Ela praticamente nadou no chocolate.

—Quer um pouquinho?

—Depois.

Uma das duplicatas veio.

—Que isso Caroline?! Parece uma doida!

—Vá se catar Elena.

Elena riu.

—Ai Meu Deus! Algumas coisas nunca mudam.

Quando a festa acabou ela estava... irreconhecível. Era a garota chocolate.

—Olha pra você. Toda cheia de chocolate.

—Vou tomar banho de novo e começar a limpar.

Quando ela desceu estava sem maquiagem, com os cabelos molhados, de blusa, short e chinelo.

—Pronta pra limpar isso tudo Care?

—Claro. O meu banheiro ficou cheirando chocolate.

Elas riram.

—Eu cato as coisas de plástico, você Elena fica com os restos de comida e você Bonnie fica com a vassoura.

—Rará muito engraçado.

—O que?

—Nada, deixa pra lá.

Elas pegaram sacos coloridos e cada uma ficou com um de uma cor. Em alguns minutos a casa estava limpa e os sacos de lixo estavam lá fora.

—Valeu a ajuda meninas. Não precisava.

—Claro que precisava. Você sempre fica pra ajudar a gente a limpar.

—É. Tchau. Dirijam com cuidado e não se desviem do caminho.

—Que paranoia Caroline. A gente sabe se cuidar.

—Sei. Só estou lembrando.

—Tchau.

—Tchauzinho.

As garotas foram embora e ela sentou no sofá meio revoltada.

—Que droga! Agora virei paranoica.

—Não está com medo de eu machucar as suas amigas, está?

—Sim. Obviamente.

—Eu preciso das duplicatas vivas.

—Duplicatas?

—A sua amiga Elena e a prima dela. Elas são puro sangue cem por cento duplicata. São uma versão humana da sua ancestral Amara.

—Caraca! Mas, o que quer com elas?

—Preciso do sangue delas para criar mais híbridos como eu.

—Loucura. Vem cá. Vem.

Eu fui. Começamos a nos beijar e eu estava deitado encima dela.

—Não. Aqui não, vamos lá pra cima.

Ela falou com uma voz de bebê. Peguei ela no colo e corri lá pra cima.

—Caraca! Como é que você fez isso?

—Sou metade vampiro lembra?

—É, eu já tinha esquecido. Mas, se você me morder eu vou te bater.

Tive que rir daquilo. Fiquei imaginando aquela humana nanica e frágil tentando bater em mim. Mas, fui interrompido por um beijo.

—Eu amo você Caroline.

—Eu também amo você Klaus.

Fiz amor com ela e quando eu a penetrei pela primeira vez ela gritou. Gritou de dor.

—Calma. Vai ficar tudo bem.

Pude sentir o cheiro do sangue dela. O cheiro do sangue que saiu quando eu rompi a sua barreira.

Quando ela finalmente permitiu que eu me movesse foi... bom, não há palavras para descrever, eu nunca em meus mil anos havia sentido algo parecido. Eu não sou virgem nem nada assim, mas com ela foi diferente, foi especial, mágico.

—Klaus!

—O que foi?

—Você tá passando bem?

—Eu sou imortal Caroline.

—Não me diga?! Mas, quantos anos você tem, de verdade.

—Mil.

—Mil?! Caraca!

—É. E quantos anos você tem Caroline?

—Só 17.

—É um bebê.

—Cuidado ein, você pode ir preso por pedofilia.

Ela disse rindo.

—E eu iria com prazer. Eu faço tudo por você amor.

—E eu por você. Mas, tem um jeito de eu ser como você?

—Não.

—Ah.

—Mas, você pode ser transformada em vampira.

—Legal. É uma boa ideia.

—Vou falar com o meu irmão.

—Não! O pai da Renesmee faz.

—O pai da duplicata é um vampiro?

—E a mãe dela, e o vô dela, e tio dela e a vó dela e a família toda dela.

—Sei.

—Mas, como você anda no sol?

—Um anel da luz do dia.

—Um anel?

—É um anel enfeitiçado.

—Legal.

—Você está bem Caroline? Está falando mole, todo o seu corpo está mole.

—Eu não sei. Mas, tá dolorido, tá tudo doendo.

—Vira o pescoço Caroline.

Quando ela virou eu vi a mordida. Ela estava mole por conta da perda de sangue.

—Bebe.

—Eca. Que gosto horrível.

—Como se sente?

—Melhor, mas ainda dói. Parece que me passaram no moedor de carne.

—Deita de costas. Quero ver uma coisa.

—Tá. Ai.

Ela estava parecendo uma pintura abstracionista. Estava cheia de enormes bolas roxas pelo corpo e havia uma cicatriz na sua coxa direita. Ficou certinho a marca dos meus dentes, mas a do pescoço sumiu.

—Caroline?

Ela não respondeu.

—Caroline?

Nada.

—Caroline!

Eu a sacolejei e ela reclamou:

—Ai ai. Tá doendo! Me deixa dormir. Seu mala.

Ela só está dormindo Klaus. Respirei aliviado.

—Ufa.

A expressão no rosto dela me deixou encantado. Como da primeira vez em que coloquei os meus olhos nela. Ela estava inconsciente e parecia estar em paz. Ela é tão doce dormindo, tão calma e sorridente.

—Eu não sei o que faria se te perdesse.

Fiz um carinho na cabeça dela e ela se remexeu e gemeu em reclamação.

Como também estava meio cansado decidi dormir. Ela obviamente se cansa mais e mais depressa que eu.

A sua humanidade, sua fragilidade, sua juventude, seu coração batendo isso agora parece mais precioso do que todo o ouro do mundo. E tudo isso só a faz mais bela.


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