-Tom para de se apalpar eu to ficando com nojo. – Disse o Bill me olhando enojado.

-Isso ta estranho. – Falei ainda tocando nos meus mamilos. – Toca pra você ver? – Sugeri.

- Eu não. – Ele respondeu erguendo a sobrancelha esquerda. – Georg e Gustav vão vir aqui hoje. – Parei de tocar para encara-ló.

- Pra que? – Perguntei.

- Você pergunta como se precisasse de algum motivo pra eles vir aqui. – Ele disse. – Tom será que quando você estiver falando comigo você pode olhar pra mim? É estranho conversar com você se apalpando.

- É que sei lá... eles estão diferentes.

- Já foi em um medico? – Ele me perguntou, já pensei nessa alternativa, mas descartei não quero um homem passando a mão em mim!

- Já... já... Claro que fui. – Respondi.

Ele não acreditou muito, mas antes que começasse as perguntas o interfone tocou pelo jeito desesperado só podia ser o Georg tocando.

Minutos depois eles já entrarem sem nem pedir licença com uma pizza na mão e conversando alguma coisa com o Bill.

- Olha só Tom trouxemos sua pizza favorita a de Catupiry. – Disse Georg mostrando a pizza.

Logo um sorriso se abriu no meu rosto era minha pizza favorita, cheguei mais perto, mas eu não devia ter feito isso. O cheiro da pizza chegou ao meu nariz e me deu uma sensação estranha... uma sensação de... de... vomito.

Senti o café da manhã se misturar com o almoço na minha garganta e corri para o banheiro pra vomitar.

Meus olhos já estavam avermelhados por causa da força que eu usei pra vomitar quando Bill, Tom, e Gustav chegaram atrás de mim.

- Agora ta ficando serio você vai pro medico ainda hoje. – Falou Bill.

-x-

- Tom você vai querer alguma coisa pra comer? – Perguntou Gustav irônico.

- Não Gustav, oferece nada não, se não ele vomita na gente, já que agora ele esta com o estomago delicado. – Respondeu Georg irônico.

- QUAL O PROBLEMA DE VOCÊS? SERA QUE UM DIA VOCÊS VÃO PARAR DE ME ENXER O SACO E CUIDAR DA VIDA DE VOCÊS? EU APENAS ESTOU DOENTE OK? D-O-E-N-T-E, ENTENDERAM? – Cheguei ate a chorar, eles já estavam esgotando a paciência.

- Calma Tom só foi uma brincadeira. – Disse o Georg rindo da minha cara.

- NÃO TEM GRAÇA. – Falei contendo as lagrimas.

- Nossa Tom, eu ate diria que... – Ele não completou a frase deve ter desistido de completar.

- Que o quê Bill? DIZ LOGO. – Falei voltando a chorar.

- Deixa pra lá. – Ele disse, voltando sua atenção para o trânsito.

-x-

Já estávamos no hospital e Gustav que tinha marcado o medico pra mim, era um ginecologista.

- Ginecologista? Mas isso não é pra mulheres? – Perguntei.

-É mais sei lá... deve ser a mesma coisa.

- Quem deixou ele marcar a consulta? – Perguntei zangado.

Um silêncio parou sobre a sala, e só podia ouvir assovios por parte de Bill e Georg. Georg apontou “discretamente” para Bill.

- Bill...

- Ah valeu a intenção. –Antes que eu espancasse o Bill é espancasse mesmo, meu punho estava coçando pra fazer isso, a enfermeira chamou:

- Senhora Tom Kaulitz? – A chamada dela foi normal até chegar à parte de “Tom Kaulitz” o “Tom Kaulitz” foi do tipo “Tom Kaulitz, mas isso é nome de homem.”

- Aqui. – Falei me levantando e indo em direção ao consultório junto com Bill.

- Sabem que ginecologista é pra mulher né? – Ela perguntou confusa.

-É sabemos. – Falei dando um sorriso amarelo.

Entramos na sala e encontramos um medico que dava pra ser o papai Noel nas horas vagas.

- Em que posso ajudar senhorita... ou senhor. – Ele me olhou confuso.

- Doutor preciso da sua ajuda.

Contei tudo que estava acontecendo e ele apenas assentiu com a cabeça, e depois fez uma serie de exames comigo, o mais estranho era um que tinha que colocar um gelzinho na minha barriga e depois passar aquele negocio que fazia cócegas.

- Parabéns senhor Tom Kaulitz você vai ser mamãe! – Disse o doutor sorrindo.

- COMO ASSIM? – Só podia ser brincadeira.

- Eu vou ser titio? – Perguntou o Bill.

- O senhor já pensou no fato de ser hermafrodita? Porque o senhor tem um útero com um bebê dentro. – WTF?

Eu comecei a rir alto.

- Hermafrodita eu? – Comecei a rir de novo. – Como eu poderia ter dois sexos sem perceber? – Perguntei puxando o medico pela gola do colarinho.

- É talvez o senhor passou por alguma cirurgia. – Cirurgia? Só podia ser isso, tudo veio na minha cabeça ate mesmo a pancada que eu levei na cabeça.

-x-

- Se anima Tom tem um ser crescendo em você, em seu útero, não é lindo?

- NÃÃÃO! Nunca que isso é lindo, eu sou uma aberração. – Falei chorando.

- Legal, posso ser o padrinho? – Perguntou Gustav.

- Não! – Falei lhe jogando um olhar mortal que fez ele se encolher. – Então é por isso que eles estão diferentes. – Falei tocando meus mamilos pela milésima vez desde o dia que me transformaram em uma aberração que paria.

- Posso tocar? – Perguntou Georg.

- Se tocar morre. – Respondi jogando outro olhar mortal que também fez o Georg se encolher.