Inteiramente Nosso - Thaleo escrita por Cherry Bomb


Capítulo 3
Baile de Outono e Guerra de comida!


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui é a Isa. Na verdade, eu não sei porquê eu faço isso, se só eu escrevo a história, mas ok. Hey, parem de ser fantasmas. É horrível você ver quantas visualizações tem a sua fic, mas nenhum comentário. Vamos lá, comentem, não vai matar ninguém.
Eu já excluí fics por falta de comentários (eu tinha vários favoritos e tal, mas ninguém comentava nada), e não gostaria que esta fosse a próxima. MAs, se continuar neste ritmo, acho que eu vou ter que excluir.
Então, por favor, comentem. Sério, eu não mordo.



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Thalia.

O dia estava bem mais quente do que o anterior, e Thalia agradeceu a Deus por isso. Ela ainda não se sentia a vontade para usar shorts, mas o calor a consumiria se usasse casaco. Pegou uma camisa com o desenho do Batman zumbi, uma calça jeans rasgada e calçou seus vans. Não tinha paciência com maquiagem, então passou um delineador preto e um gloss nude. Geralmente, não se maquiaria, mas alguns motivos a faziam dotar de tal atitude.

Entre estes motivos, estava Leo Valdez. Thalia quase morrera quando ele a vira de cara lavada, cabelo igual a um ninho de ratos e roupas de dormir no dia anterior. Ela não ligava muito para isso, sabia que um garoto devia gostar dela pelo o que era, mas sentiu algo... diferente.

E gostar? O quê? Ela não dava a mínima de quem Valdez gostava ou não. Eram só amigos, e haviam acabado de se conhecer... certo? Argh! Thalia não sabia mais o que pensar. Nunca se sentira assim com um garoto antes. Sentia vontade de abraçar Leo a cada vez que ele abria mais um de seus sorrisos metidos e de passar cada vez mais tempo com ele.

E o outro motivo, é que ela iria ao cinema com Annabeth. Achou perfeito para a ocasião e para livrar-se de seus pensamentos. Aceitou na mesma hora e se preparou para a aula: bebeu um copo de cappuccino que Jason a trouxera enquanto estavam em seu carro e conversou com o irmão sobre coisas diversas. Sorriu. Era bom ouvi-lo falar.

– Jay? – perguntou, enquanto andavam pelos corredores da escola – E Piper?

Jason engoliu em seco e a encarou.

– O que tem ela? – perguntou.

– Ela é muito gata e... você tem um penhasco nela.

Ele soltou uma risada nervosa.

– Thals, eu sei que você quer se aproximar de mim, mas você não precisa. Quero dizer, a vida é minha e...

Ela mordeu os lábios e piscou várias vezes para segurar a vontade de chorar.

– Certo. Entendi.

Ao longe, pôde ouvir Jason chama-la.

– Thalia, espera! Não foi o que eu quis dizer!

Ela caminhou pelos corredores da escola, limpando as lágrimas que caíam em seu rosto. De repente, sentiu raiva. Nunca esteve tão sensível assim em sua vida, o que acontecera?

TPM, só podia ser isso. Mas será? Não, ela sabia que não era. Havia suportado muitas mudanças nos últimos tempos, tudo poderia ser fruto do stress. Porém, na hora, nem pensou muito nisso, só em sair dali. Foi quando esbarrou em alguém.

Thalia caiu sentada e a primeira coisa que sentiu foi a dor, e depois, a raiva. Xingou o miserável de todos os nomes feios que conhecia, enquanto este só ria.

– Thalia? – perguntou.

E droga! Era o Valdez!

– O que você quer? – perguntou, ríspida.

– Eu ia te procurar, mas você meio que me encontrou... – ele pareceu perceber as lágrimas em seus olhos - ei, tudo bem?

– Não, na verdade. Acabei de brigar com meu irmão. – Thalia não sabia o porquê estava contando isso para Leo, ou melhor, para qualquer um. Não gostava de melodrama ou de falar sobre seus sentimentos. Era coisa de menininha.

– O que aconteceu? – ele parecia preocupado. Leo a ajudou a se levantar e a levou para caminhar pelo jardim da escola.

E aliás, ela não havia notado este detalhe. Correra para a direção oposta da que esperava e fora parar no campus. Por sorte, esbarrou em Leo, que vinha em direção da escola. Se não fosse por ele, poderia ter ido para o estacionamento e ser atropelada ou algo do tipo.

– Eu perguntei porquê ele não queria pegar a Piper e ele disse que eu não devia me meter na vida dele e que eu não preciso me aproximar dele e essas coisas... quer saber? Eu nem devia estar te contando isto, obrigada. – ela saiu andando, mau-humorada. Sentiu que Leo a seguia, mas não se importou. Quando ouviu-o chama-la, virou-se para trás, em sua direção, e esbarrou em alguém novamente. Ou em algo.

Era um grande pinheiro. Ela não entendera como ele havia sobrevivido ao clima da Califórnia, mas logo viu que era uma grande placa de preservação ambiental.

– Merda de Humanas. Não sabem contar e ficam atrapalhando a vida dos outros... ai! – resmungou.

Leo se aproximou, segurando o riso, ou ao menos tentando. Ele a ajudou a levantar e começou a rir.

– Ei, cara de pinheiro, você está bem? – e Thalia odiou o apelido, mas sentiu uma vontade incontrolável de rir, e foi o que fez.

– Cala a boca, seu elfo. Tomara que o apelido não espalhe.

– Tudo bem. – ele riu e passou o braço direito em seus ombros – Mas me diz uma coisa, desde quando o Jason quer pegar a minha irmã?

***

Leo contara a todos o fato de Thalia bater com a cara num pinheiro no Intervalo, e ninguém escapou das gargalhadas. A garota ainda estava de mal humor, mas Leo o fazia dissipar-se lentamente. Ele tinha o costume de passar o braço pelos ombros de Thalia e este a deixava corada, mas ela preferiu ignorar o fato; seu mau-humor não estragaria a vida com os amigos.

– Thalia? – chamou Annabeth. A morena virou-se para ela, ainda distraída, e moveu a cabeça como um “oi”. – Você estava prestando atenção?

– Não. – respondeu – O que foi?

Annabeth bufou e a encarou com seus olhos cinzentos.

– Estávamos falando da festa de Outono, mas você, como sempre, não prestou atenção.

– Festa de Outono? Por favor, isso não é um samhain* para ficarmos celebrando a mudança das estações.

– É um evento super importante para a escola, Thals. – disse Piper – Além de angariar fundos para a escola, é uma tradição em comemoração ao aniversário da Goode. Você não está nem um pouco interessada?

– Não, – disse Thalia – não gosto desses bailinhos clichês. Prefiro ficar em casa.

– Ei! – Leo se manifestou – Se você não for, com quem eu vou?

Thalia o encarou, perplexa. Percebeu que ele ainda estava enlaçando seus ombros e corou, mas não o afastou.

– Você ia me chamar? Há! Conta outra!

– Estou falando sério! – ele disse – Você é a única pessoa que chega à altura de Leo Valdez como acompanhante de baile.

– Leo, aprenda: eu já ultrapassei sua altura faz muito tempo, você que está aos meus pés.

Ele riu.

– Thals, você ultrapassar minha altura? Baixinha do jeito que você é?

Ela não se segurou. Pegou o bolinho em seu prato e jogou na cara do amigo. Por um momento, todos ficaram estáticos, até Thalia dizer:

– Sim, Leo, eu vou ao baile com você.

A mesa inteira riu, assim como alguns outros do refeitório. Leo sorriu, limpou o bolinho da cara e se jogou em Thalia.

Ela esperava o baque, mas Leo a amorteceu. Ele pegou um punhado da macarronada que trazia consigo em sua bandeja e despejou na garota. Ela abriu a boca, em repúdio e surpresa, e despejou iogurte na cabeça do garoto. Ela começou a achar a situação divertida, e pelo jeito que Leo sorria, ele também.

Quando molho de macarrão atingiu em cheio Jason, uma verdadeira guerra de comida começou. Thalia e Leo continuavam em seu cantinho no chão, travando uma guerra particular. Leo chegou perto demais, e Thalia percebeu que ele ainda estava em cima dela. Seus rostos foram se aproximando lentamente, e ela sentiu borboletas no estômago. Fechou os olhos e se preparou para o que viria atingir quando o ketchup atingiu direto seu rosto.

– Merda, Valdez! – gritou.

O garoto ria como se alguém tivesse acabado de lhe contar uma piada, e Thalia sentiu a gororoba escorrer por seu decote e descer até o umbigo, que podia ser visto pela camisa que, de uma forma que Thalia não sabia, estava levantada até às costelas. A substância gelada fez seu corpo se contorcer, e Leo percebeu isso, pois seu olhar se cravou nela por alguns instantes. Thalia aproveitou a oportunidade, pegou o vidro de mostarda e inverteu as posições com Leo. Quando estava preparada para jogar o conteúdo no amigo, as portas do refeitório foram abertas com força.

A Sra. Dodds, secretária do Sr.D, o diretor, entrara no local. Diante de seu olhar espantado, todos os alunos, repito, TODOS os alunos viraram-se para Thalia e Leo.

Eles se encararam simultaneamente, estáticos. Por fim, fizeram o ato mais lógico o possível: Apontaram um para o outro e disseram:

– Foi culpa dele/dela.

***

– Thalia! – ela ouviu alguém gritar.

Leo corria em sua direção, com um sorriso nos lábios. Ele apareceu ao seu lado e, sem mais nem menos, passou o braço por seus ombros.

– Segunda semana de aulas e já na detenção? Tsc, tsc, que feio, senhorita. – ele disse, com o típico sorriso cafajeste nos lábios.

Ela esticou os braços por cima do corpo, como num alongamento.

– É, você sabe. As escolas mudam, mas Thalia Grace nunca se aposenta.

Ele riu e Thalia pôde sentir o olhar de ódio de Jason, que claramente, estava com ciúmes do dois.

Peraí, ciúmes?! Há! Thalia com certeza iria zoar ainda mais o irmão.

– É, mas é sua primeira semana de aula aqui, então, tecnicamente, eu venci.

Ele torceu o nariz.

– Você está falando como a Annabeth. Devia parar de andar com ela.

Ela riu, uma risada contagiante e alegre que roubou um sorriso de Leo. Logo, seu sorriso se desfez e ele encarou-a por longos segundos.

– O que foi? – perguntou, constrangida.

– Você... está linda nesta roupa.

Thalia sentiu seu rosto esquentar. Depois da guerra de comida, ela teve que pedir roupas emprestadas para Piper e Annabeth, e as duas a ajudaram de bom grado. O top listrado de mangas compridas era de Piper, mas a saia de renda preta era de Annabeth. Ela conseguiu salvar os tênis, mas não era a mesma coisa.

As roupas eram até bonitinhas, ela confessava, mas Thalia se sentia desconfortável usando roupas deste comprimento, e agora que Leo a estava olhando... bem, era informação demais para ela.

– Eu... eu não sei o que dizer. – soltou.

Ele sorriu.

– Thalia, você... você estava falando sério sobre o baile?

– Sobre a parte de ser perda de tempo ou sobre eu ir com você?

Ele sorriu, olhando para frente e encarando o estacionamento da escola.

– Sobre você ir comigo.

Ela mordeu o lábio inferior. Odiava bailes, mas passar um tempo com Leo era o que ela mais queria naquele momento.

– Sim, eu estava falando sério.

Ele sorriu e a encarou, os olhos brilhando.

– Bem, então trate de usar um vestido, Dona Thalia, pois eu vou te esperar lá.

Ele deu um beijo na bochecha de Thalia e saiu andando pelas ruas da Califórnia.


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Notas finais do capítulo

*Samhaim (em irlandês Samhain, gaélico escocês Samhuinn, manês Sauin e em gaulês Samonios) era o festival em que se comemora a passagem do ano dos celtas. Marca o fim do ano velho e o começo do ano novo. O Samhain inicia o inverno, uma das duas estações do ano dos celtas. O início da outra estação, o verão, é celebrado no festival de Beltane. Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira.
Looks: http://www.polyvore.com/thalia_grace/set?id=183839402
http://www.polyvore.com/thalia_grace/set?id=183924857
Então, até, meus fantasmas.
Comentem.
Até o/