Keep u Safe. escrita por Liids River


Capítulo 8
Someone Told Me


Notas iniciais do capítulo

OLÁ INTERNET
como que vocês estão?
eu sei,sumi um bocadinho
mas olha,eu tô estudando que só a gota viu? Não deixei de escrever,no caminho para o meu cursinho,eu tenho um caderninho cheio de quotes e até mesmo uma One inteirinha lá que eu só preciso de um tempinho pra passar pro word aqui 3
jamais deixarei de escrever pra cá.
eu agradeço a preocupação,e todas as MPs que recebi. Eu vou responder todas elas de hoje pra amanhã e todos os comentários e tudo de tudo pq vocês não existem não é mesmo ♥
amo cada um de vcs.
RECOMENDO PRA CARAMBA OUVIR JAKE BUGG PRA LER ESSE CAPITULO VIU,SOCIEDADE BRASILEIRA DAS FANFICS.
deixarei links pra vcs : essa aqui até onde der https://www.youtube.com/watch?v=tNBTOSNpmKQ
e esse aqui tu pode ouvir até sair o próximo capitulo pra lembrar de mim forevah : https://www.youtube.com/watch?v=VJovqpbjpao


(vou dar umas novidades nas notas finais).
(não revisei e meus dedos estão congelados então ignorem )



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— Tá muito quente,tavez a gente deva parar – Nico resmungou.

Estava de fato,pegando fogo. Tanto o clima,quanto a minha cabeça. Mais algum tempo e já estaríamos lá. Na cidade para onde ela fora levada.

Quero dizer,segundo os cálculos de Nico.

— Vamos – resmunguei quando ele pensou em encostar em um poste.

— Percy-                      

—Vamos,Nico – pedi com gentileza.

Ele revirou os olhos e me seguiu.

Vou atualizar vocês sobre o plano : não tínhamos um.

Era chegar até Annabeth,na sorte. Era enfrentar o pai de Annabeth : na cagada.

  A probabilidade de tudo isso der muito errado é enorme. Vovês sabem disso,eu sei disso,Nico sabe disso e acho que até – seja lá quem comanda esse mundo – também sabe. Éramos dois imbecis,quase desarmados,indo atrás de uma das nossas. Fim de papo.

Se eu estava colocando nossas vidas em risco para ir atrás de uma pessoa que eu nem sabia se estaria viva ou morta? Sim eu estava. Só porquê eu sei que ela faria exatamente a mesma besteira que eu, se estivesse no meu lugar.Haviam duas coisas que eu não conseguia acertar,enquanto formulava minhas teorias. E eu precisava ter certeza de tudo, antes que chegássemos à Annabeth. Porém meu cérebro e meu coração estavam diretamente ligado à imagens do pior que poderia ocorrer com ela.

Esquertajamento,toturas....e o pior de tudo : ela poderia realmente querer se juntar ao seu pai.

Afinal,se eu tivesse a oportunidade de voltar a ser e ter quem eu tinha antes....eu não iria?

Essa era a pior das hipóteses. Ela não podia voltar a ser quem era antes. Não podia.

— Vamos Nico,mais rápido – reclamei enquanto o garoto perdia velocidade. Estavamos a procura de um carro,na fronteira da cidade. Do outro lado,eu tinha quase certeza que podia ver a nossa casinha de madeira.

— Percy – ele ofegava – Eu tô ficando com fome.

— Eu sei,eu também – parei um minuto para recuperar o folêgo. Se não estivesse calor infernal,isso seria mais fácil. O clima estava estranho,assim como tudo ao nosso redor. Nas manhãs,fazia frio. Ao meio dia até o final das tardes,esse calor desgraçado. E na noite,voltava ao seu clima frio.  – Precisamos encontrar algo que tenha combustível,assim que recuperarmos Annabeth, podemos ir atrás do que comer,ok?

—Percy – ele baçançou a cabeça.Os cabelos negros e oleosos quase não balaçaram de tão sujos que estavam – Já se passou pela sua cabeça que talvez não encontremos Annabeth hoje?

—Você fez seus cálculos! – acusei.

—Eu sou de humanas,Percy –ele sussurrou. – Eu...eu não tenho certeza se encontraremos Annabeth hoje.

Eu sabia. Sabia disso,sabia que a nossa margem de erro era infinita. Sabia também que não era culpa de Nico que eu estivesse tão emocionalmente na bosta,e sabia que tudo isso era uma droga tanto pra mim,quanto para ele.

Mas isso não me impediu mais uma vez de ser um babaca com ele.

— A gente vai conseguir. Eu vou. Com ou sem você – murmurei rispidamente. O que? Eu sei que nada disso é culpa dele,mas eu precisava descarregar. E isso vem acontecendo muito nas ultimas semanas.

Ele abaixa a cabeça e concorda.

Mas não dessa vez. O olhos negro de Nico assumiu raiva e bem lentamente,ele cruzou os braços. Apesar de ser um pouco menor que eu,eu quase fiz xixi nas calças.

—Você está sendo um... boçal,por todos esses dias! – murmurei,cerrando os olhos – Se eu não tivesse prometido a Annabeth.....deixaria você sozinho à mercê dos carnívoros!

—Eu nunca precisei de ninguém pra salvar a minha pele, seu punkzinho – estalei os dedos – Se quer ir embora : vá.

—Ah claro,claro. E você com essa sua...sua falta de atenção,vai conseguir muito chegar até o centro de San Francisco! – ele gritou – Seu idiota,ontem eu livrei a sua pele pelo menos oito vezes e nem um obrigado você me deu!

Isso é verdade. Eu...eu ando meio destraido. Ontem,saindo do nosso abrigo,Nico me livrou....algumas vezes de algumas coisas.

Suspirei revoltado. Eu queria socar a cara dele até conseguir destruir alguma e que me fizesse sentir satisfeito pelo menor por hora. Mas eu não conseguia,não com Nico.

Aquele imbecil já tinha conseguido se instalar no meu coração de mala e tudo.

Continuei suspirando. Eu tinha que dar valor a quem eu tinha ali.

E quem eu tinha – ainda – tinha,era Nico.

—Perdão –murmurei sem vontade.

Ele se assustou por um momento. Talvez por eu nunca ter dito alguma coisa do tipo. Ou porque eu deveria estar parecendo uma garotinha de tão envergonhado que eu estava. Talvez seja as duas coisas.

—Você é mesmo doente –ele respirou fundo – Você já foi ao psicólogo,Percy? Porque olha,suas variações de humor podem ser algo-

—Nico?

— Hn?

—Cala essa boca – pedi,mas com um tom mais leve;. Ele sorriu por um instante e logo em seguida ficou sério.

Ele tinha a idade de Annabeth,mas assim como com ela,com ele eu também tinha necessidade de protege-lo. Se tinha algo que Nico merecia,era proteção.

Olhei ao nosso redor.

As casas da fronteira eram menos limpas que a do centro. Talvez por aquela história de isso tudo ter começado por aqui ou talvez os moradores não fossem mesmo adeptos a higiene. As ruínas do que mereciam ser uma cabana,estavam penduradas com gosmas vermelhas,que eu podia apostar que era sangue.

Os trilhos dos bondes nos chãos, estavam abarrotados de carne. Literalmente carne se decompondo.

Então nem preciso dizer que a cidade fedia.

O sol estava novamente no seu ápice. Eu podia sentir a minha pele queimando enquanto estávamos aqui,feito bobões,parados embaixo dele.

 -Vamos parar – sussurrei,logo em seguida sentindo uma dor no meu estômago. Seria mais um dia sem Annabeth. Teríamos que sentar e fazer contas de novo.

Que droga.

—Não Percy – Nico murmurou – Vmaos logo,eu não aguento mais ficar nesse silêncio com você.

— Ela sempre tinha o que dizer nesses momentos,não é?-sorri,dando continuidade à nossa caminhada. Ainda atento ao redor,com seja lá o que estava por vir. Os ataques no limite da cidade eram mais frequentes e mais violentos. Como se.... –isso é bem idiota,mas –como se o céfalo dos carnívoros daqui,fossem mais desenvolvido que os novos.

Como se eles fossem senhores de idade com experiência e os novos carnívoros fossem adolescentes com os hormônios a flor de pele que comiam tudo que via pela frente.Olha só,essa foi uma ótima comparação. Acho que estou aprendendo a usar as figuras de linguagem.

— Você não precisa falar dela como se...bem,você sabe – ele balançou a cabeça. – Ela não fosse ela.

—Há uma possibilidade-

—Você pensa demais,Perseu Jackson – Nico murmurou. – Pensa demais,se preocupa demias,não tá vivendo do jeito certo,cara.

—Nico... –revirei os olhos,sentindo alguma coisa estranha se formar na minha boca.

Espera... eu tô sorrindo?

Uau.quanto tempo tinha que eu não sorria? Eu me sinto estranho.

Nico também pareceu surpreso,porquê ele com certeza estava sorrindo. Todos os dentões pra fora,e tudo.

— Sério cara,eu ficaria surpreso se você me dissesse que já teve uma namorada! – ele continuou.

—Eu já tive muitas namoradas Nico – revirei os olhos. Se íamos continuar a caminhar,eu gostaria de ir conversando mesmo.

Continuei olhando para frente e ouvindo a respiração dele. Umas coisas as quais tem me ajudado muito,é a respiração de Nico. É idiota,é meio gay também,mas no momento,a respiração dele era a que me acalmava.

— Uau,muitas quantas...? Annabeth?

—Idiota.

—Sério,Percy....muitas quantas? Annabeth vezes 1? – ele caçoou, brincando com a arma nas mãos.

—Eu aposto que você não teve nenhuma – brinquei – Sempre foi você,hn você...hn você e seu cabelo oleoso.

—Engraçadinho –ele ficou vermelho – Eu já tive muitas também.

—Seu cabelo oleoso vezes 1?

—Idiota – ele revirou os olhos,ainda sorrindo.

A camiseta de Nico estava rasgada nas laterais,obra dele mesmo. Segundo o branquelo : “ Eu sinto muito calor nos meus gominhos”.

Eu sei. Ele é um jumento.

— Então me diga o nome de uma delas – pedi. Eu não estava mais a vontade para conversar. Queria continuar pensando no meu objetivo,mas Nico estava aberto a falar um pouco mais sobre si mesmo. E por mais que eu criticasse Annabeth,eu também era um curioso nato.

— Hn...-ele coçou a barba por fazer – Teve a ... Chica.

—Chica? – parei por um segundo e suspirei – Nico se você vai inventar uma história para me entreter, que pelo menos o nome dos personagens sejam decentes.

O rosto pálido do garoto assumiu um tom rosado.

Eu apreciava seu esforço para me fazer dar risada,mas tudo isso seria resolvido se ele assumisse esse tom vermelho. Se existe alguém que fica engraçado envergonhado,esse alguém é Nico Di Angelo.

—Olha,eu estou aqui,dedicando minha total criatividade para entreter você e é assim que você me agradece? – ele dramatizou.

Não consegui conter um sorriso,novamente.  

—Mas você,senhor garanhão... – Nico puxou fazendo uma caretinha,e com as mãos em forma de pata – Rawn.

Pela primeira vez em dias,eu gargalhei. Não aquela gargalhadinha de leves que as pessoas dão,não. Uma vez,mamãe comentou que quando eu gargalhava,a cidade inteira pararia para observar e foi isso que Nico fez. Por um segundo ele ficou apenas observando com um sorriso no rosto e em seguida,ele estava rindo comigo,feito um...feito um melhor amigo que eu nunca tive.

—Você é muito besta,Nico Di Angelo – murmurei limpando algumas lágrimas acumuladas no canto dos olhos.

—Nah,eu sei. –ele riu. – mas eu falo sério....você é todo fechado desse jeito.... eu diria que antes de Annabeth,você era gay.

Revirei os olhos,dando-lhe um tapa na nuca. Ele tropeçou em uma das partes sinuosas da rua e deu risada.

— Eu sempre fui muito tímido,Nico –murmurei – Não era muito de ... você sabe... – pigarreei. – Namorar.

— Gay – murmurou.

— Idiota – sorri sem graça. – Não costumava conversar muito também...

— Gayzão.

— ...era mais focado em não pegar nenhum DP na faculdade.

—Gayzíssimo.

—Eu vou socar a sua cara,menino – me irritei – Que coisa.

Ele riu mais um pouco. Pareci mais animado agora que estávamos conversando. Nos ultimo dias,ele ia de uma lado da rua e eu do outro. Talvez...só talvez,eu estivesse sendo um babaca com ele.

Nico bagunçou os próprios cabelos – com muita coragem,eu jamais tocaria naqueles cabelos. Eu posso colocar em uma vasilha o óleo que saíria daquilo.

— Eu trabalho com nomes,Perseu –ele entonou a voz,como se fosse um investigador. – Você disse que teve muitas.

— Rachel –sussurrei – Ela era legal.

—Hn,conte-me mais.

—Ruiva –sussurrei. Ela era bonita,lembro-me de quase apresenta-la aos meus pais – Olhos lindos,na verdade.

—E então? –ele incentivou.

—Ahn,ela cortou o cabelo e eu perdi o encanto – sussurrei.

—Isso seria um código para “ ela me traiu igual nos filmes e eu a matei?” – Nico perguntou,pulando-sem necessidade,por cima de um corpo jogado no chão.

—Você é extremamente desnecessário,sabia? – pigarrei,segurando uma risada . Nico deu de ombros como quem dizia “ Ahn,eu não ligo”.

Lembrei quando passamos por Nebraska há dois dias atrás. Tinhamos conseguido um carro e foram longas 36 horas de viagem. Nebraska – para quem esté perdido  aí e não se lembra–era o ponto de parada de Nico. Ele ficaria e iria atrás de sua família. Eu tentei fazê-lo ficar,mas...

—Não. Eu já disse que tô com você até o fim,caralho. – Annabeth socaria a cara dele por falar palavrões sem necessidade....

...se ela estivesse aqui.

—Nico...não sabemos se a gente vai voltar de San Francisco. Não sabemos nem se ela está em San Francisco. –resmunguei. Por mais absurdo que pareça,estávamos encostados em nosso carro,abastecendo-o.  – Se você não conseguir voltar aqui,vai perder a única chance de procurar a sua família,Nico.

O vento do fim de tarde bagunçou os cabelos de Nico e ele se encolheu no casaco.

—Eu tenho uma família,Percy – murmurou – Estou indo resgatar mais um membro dela nesse exato momento.

E com isso,ele conseguiu me deixar sem palavras.

— Você parece todo apaixonado por Annabeth –Nico jogou.

Senti a minha espinha congelar por uns instantes. E estava um calor desgraçado,como dito anteriormente.

Fica na boa.Não é como se você não conseguisse falar dela sem querer deitar em posição fetal.

Era automático. Pensar em Annabeth estava me deixando doente.

E eu tinha que me controlar.

Pigarreei e sorri de lado :

—É mesmo,senhor Observador?

—Sim,é mesmo – ele disse,fazendo equilibrismo com a sua arma nos dedos. – Até parece que você não sabe.

—Eu não quero...você sabe – suspirei – Eu não quero ser um babaca com você falando de Annabeth,Nico.

—Então não seja um babaca.

—Eu sou um babaca –revirei os olhos – Vamos só...falar de outra coisa,ok?

Nico deu de ombros e concordou.

Continuamos a andar pelas ruas fedidas. Se Nico não estivesse enganado e se o mapa que encontramos no posto não estivesse errado,encontraríamos mais um posta há 100 metros. O que seria ótimo,porque eu quase não sinto mais meus pés.

—Então você e Annabetn agora vão brincar de mamãe e papai até algum dos dois morrerem? –Nic perguntou (quase) inocentemente.

—Que droga,Nico. Não íamos “não-falar” de Annabeth? – murmurei irritado.

Ele balançou a cabeça e ficou quieto.

Na minha cabeça,aquele sinal de alerta já estava ativo : Tenha paciência.

Suspirei vendo os monstrinhos ao redor. Na cidade de Newcastle,onde estávamos , tudo parecia ainda mais “velho-oeste” do que deveria.

— Mas você sabe,ela também é caidinha por você.

—Que droga,Nico –murmurei. – O que você quer tanto saber sobre Annabeth?

Ele suspirou, observando a nossa frente as ruas. Talvez fosse uma miragem,mas eu quase podia ver a nossa frente,as faixas vermelhas do posto de gasolina. Nesse nosso tempo de viagem – mais ou menos,duas semanas- todos os carros em que tínhamos seguido viagem,eram roubados.

Eu peguei a mania imbecil de Annabeth de deixar alguma coisa no lugar para quem quer que fosse procurar depois.

A convivência,meus amigos,é uma droga.

—Eu só...- ele suspirou – Quero que esse seu sofrimento tenha um propósito,Percy.

Eu tinha certeza que era o posto. Graças ao senhor da Oceania,pois eu estava faminto e essas lojinhas de conveniências eram mesmo convenientes.

—Todo sofrimento tem um propósito – sorri de lado – Não se preocupe comigo. – tomei a frente da nossa caminhada,finalmente de saco cheio de conversas como nos outros dias.

— Eu só não quero que você enlouqueça de novo.

Fingi não ouvir. Não é algo da qual eu me orgulhei por esses dias. E não é algo o qual eu irei descrever aqui.

Mas no fundo.

Eu também esperava não enlouquecer novamente.

Caminhamos mais alguns metros em silêncio. Vez ou outro Nico puxava alguma assunto mais leve e eu dava continuidade mas nada que estivesse diretamente ligado ao que estávamos passando.

Como por exemplo : ao invés de falarmos sobre ter que vasculhar San Francisco inteirinha atrás de Annabeth já que não tínhamos um nome sequer da cidade onde ela morava quando estava junto de seu pai,estávamos falando sobre comida ou sobre música.

Ao invés de falar sobre como e com quem ela deveria estar,além de seu pai....falávamos sobre nossas poucas armas.

Ao invés de falarmos sobre o que realmente importava, falávamos sobre banalidades.

Continamos a caminhar até o posto. Quando realmente chegamos,eu quase me abaixei e beijei o chão da lojinha de conveniências . Tinha bolinho ali.

—Tem bolinho aqui! – Nico sorriu,quase infantilmente.

— Não se entupa com essas coisas – porquê eu irei.

Claro,papai –ele zombou,já enchendo sua mochila com bolinhos de baunilha.

A loja do Pemex era pequena,mas tinha até algumas camisetas de Newcastle ali. Coisas ridículas que eu jamais usaria se não estivesse muito calor.

Peguei-me colcoando uma camiseta rosa com o mapa da cidade na frente.

Argh. Tenho saudades das minhas camisetas do Strokes.

—Você tá lindo,bi! – Nico caçoou.

—Idiota – revirei os olhos. – Se você ousar fazer um comentáriozinho que seja... eu juro que vou quebrar todos os seus-

—Uau! –e ele murmurou – Eu não sabia que a turma dos Ursinhos Carinhosos tinha um valentão!

Peguei a uma latinha de coke diet do meu lado e joguei em sua direção.

—Idiota. –resmunguei com raiva.

Nico foi olhar ao redor do posto enquanto eu abastecia nossas mochilas com as coisas da loja. Eu não vou mentir e dizer que a minha imaginação fértil já não imaginou quando eu encontrasse com Annabeth.

Na minha cabeça,assim que a gente se encontrasse ela ia vir até mim com tamanha força,que nós caíriamos no chão. Não me pergunte porquê,mas eu já imaginava os seus sequestradores amarrados e decepados.]Talvez seja por Annabeth ser tão durona agora.

A nossa cabeça é um lugar totalmente diferente do que a gente vive. As vezes é bom,as vezes é ruim.E as vezes,é uma droga.

 Tomei um susto quando Nico apareceu ofegante na porta de vidro,chamando-me desesperado.

Ele deve ter visto outro cavalo. Acredite,ele tem medo deles.

— O que foi,menino? – resmunguei.

Então ele apontou com o indicador da mão direita para o lado esquerdo,quase batendo em meu rosto.

E eu vi.

Era o ônibus.

Como eu sabia que não era um ônibus qualquer de San Francisco? Não sei,mas não era. Era O Ônibus. E Nico sabia disso também,se não não estaria com aquela cara quando foi me chamar.

—Percy –ele sussurrou. – Eu acho..

—Mas eu não estava mais lá para escutar. Nem eu mesmo sei como minhas pernas ganharam vida e saíram correndo em direção ao ônibus. No caminho,minha mão esquerda puxou a espada das minhas costas e eu já estava fazendo planos de cortar a cabeça de seja lá o que fosse que estivesse lá dentro.

Annabeth. Annabeth.Annabeth.Annabeth.Annabeth.

—Percy! – eu ouvi Nico me gritar,mas eu não estava em mim mesmo.

Eu corri como na igreja. Como quando eu a vi toda enrolada e prestes a morrer.

Annabeth.Annabeth.Annabeth.Annabeth.

Eu corri como se ela estivesse ali. Deus,como eu queria que ela estivesse ali.

Quebrei o vidro da porta do ônibus com a mão,mas não senti nada. Eu entrei no ônibus,mas não via nada.

Annabeth.Annabeth.Annabeth

Eles – como esperado –não estavam ali. Não tinha nada ali,a não ser a bandana vermelha que o o seu pai usava quando a tirou de mim.Repleta de sangue.

Eu esperava que fosse dele.

Mas sabia que não era.

Ele machucou a minha menina.

Suspirei adentrando mais no ônibus. Não era um ônibus comum,como eu imaginava. Ele havia adaptado a parte de dentro para que se parecesse um trailer de viagem. O que me deixou com mais raiva.

Ele teve tempo o suficiente para fazer suas coisas.

Isso tinha que acabar.

Pisei em um papel ensanguentado no chão e fiz careta. Arranquei o papel de debaixo do meu coturno e estava pronto para amassá-lo se não estivesse quente.

Quente como se alguém tivesse deixado ali havia pouco tempo.

Annabeth.Annabeth.

“Fairfield

Venha se for conveniente

Se não for, venha mesmo assim.

Annab-“

Minha menina. Escreveu um bilhete – não direcionado – e só podia ser para mim.

Ela não havia terminado de escrever o bilhete,e eu aposto que era por isso que ele estava cheio de sangue.

Nico subiu ofegante no ônibus,parecia na defensiva para o caso de me encontrar enlouquecido mais um vez? Não sei dizer.

—O que é isso? – ele perguntou ofegante.

Dobrei o papel ensanguentado e suspirei.

Fairfield. Uma hora e pouco daqui.

Econtraríamos Annabeth. E se fosse por mim,demoraria apenas uma hora e pouco.

— Eu sei exatamente onde Annabeth está.

Eu estou indo,Annabeth.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO GUYS
inicialmente era o bilhete ser mais bonito,mas o Nyah não reconhece outras letras então tá 3
espero que vocês tenham gostado visse
LOGO MAIS EU ENTRO DE FÉRIAS E TERMINO KEEP U SAFE AE AE

pra galera que está preocupadissima com as Ones : calma ♥
eu amo ones,ones são a minha vida. Eu já estou voltando com elas e digo mais : a proxima é tão bonita que nem parece que fui eu quem escrevi!

AGORA PAPO SÉRIO,MIGOS
eu ganhei uma one de aniverário e to tomando vergonha na cara agora pra dizer que vocês devem ler.
no inicio,lendo tudo aquilo,eu fiquei envergonhada porque é tudo verídico. EU sou assim mesmo e não dá pra negar então eu eu ia adorar que vocês fossem no perfil da minha xuxuzinha e lessem. É a história mais linda com a música tema mais linda do universo : Cornestone.
É uma música do Arctic Monkeys ( minha música favorita) e agora toda vez que eu ouço eu tenho vontade de chorar porque é tudo de lindo no universo.
Quem lê e ouvir a música vai ganhar mais espaço no meu coração. Eu vou deixar o link pra vocês : https://fanfiction.com.br/historia/686632/Cornerstone/ .
Eu disse pra minha menina que eu ia recomendar mas eu ainda não sei como. É perfeita demais pra qualquer palavra chula que eu tenha .
Eu espero que vocês gostem.
E não,eu não tenho mais vergonha de mim
BJ
AMO VCS
ATÉ MAIS