“Aquilo” que está passando depressa no horizonte é apenas uma estrela cadente... Ei, perai, ahhh meus Deuses, uma estrela cadente!!! Preciso fazer um pedido! E penso comigo mesma olhando a estrela “Espero que tudo dê certo, que eu consiga fazer as escolhas certas porque olha... não ta fácil não!”. E novamente retorno a pensar se estarei fazendo a escolha certa, se quero mesmo seguir carreira como aeromoça, e nesse momento, passa um avião no céu seguindo na direção Norte, o que me deixa arrepiada e me faz ter a certeza de sim, realmente quero estar lá em cima, nenhuma outra profissão me deixaria tão feliz quanto essa.

Como escolhi ser aeromoça? Não posso negar que tive grande influência de três pessoas que me inspiram muito, minha mãe, meu pai e minha avó Helena, que era uma mulher simples, cheia de amor para dar, cheia de qualidades, de cabelos e pele como os da minha mãe, olhos azuis e com 1.67m de altura, faleceu há pouco tempo. Vejam, já perdi muitos parentes (conseqüência de ter uma família muito grande), mas, nenhuma perda me doeu tanto quanto a da minha avó e da minha cachorra Nina uma shaushau, afinal cresci com elas. Quando meus pais não podiam estar perto elas que estavam e eram incríveis no que faziam, no amor que me davam! Aliás, tenho certeza de que dona Helena está orgulhosa de mim, de onde estiver. Mas voltando ao assunto aeromoça, eles me influenciaram bastante, e é uma coisa que adoro; voar, estar em meio às estrelas, tão perto das nuvens e conhecer o mundo!

Ouço a campainha tocar e minha mãe me pedindo para abrir o portão, -uau, quando se trata de churrasco meus parentes são realmente rápidos- então desço do telhado e vou até a entrada. Abro o portão e agradeço os elogios que recebo dando espaço para que entrem. E olhem só quem está aqui, meu primo do Rio de Janeiro, o Gabriel, um rapaz de 1.90m de altura, cabelo preto bagunçado como quem acabou de acordar, olhos verdes e digamos que está bronzeado... Há quanto tempo não o vejo! Uau está bem grandinho e forte e mais bonito, ok foco...

– Oi prima, quanto tempo em?! Você cresceu! – diz Gabriel me olhando sem piscar

– Oi biel, você também cresceu bastante! – digo um tanto quanto feliz por vê-lo

E nesse momento ele chama um amigo. Espera, um amigo? O Gabriel trouxe um amigo? Mas é um churrasco de família, não precisa de amigos e ai ele interrompe meus pensamentos.

– Lembra do Arthur? Meu amigo daqui de SP que sempre brincava com a gente quando éramos crianças? – diz Gabriel risonho

– Lembro sim, bons tempos... Não ter que se preocupar com nada... – respondo mais aliviada por ser o Arthur

– Oi Mel, ta crescidinha em? – diz Arthur bagunçando meu cabelo

– Já é a segunda vez que ouço isso Arthur hahaha

– Mel, achei que não teria problema trazer ele, por ser praticamente da família – diz Gabriel

– Tudo bem biel, sim o Arthur é da família já haha

O Arthur é um rapaz moreno, olhos castanhos, careca, bem forte e aproximadamente 1.87m de altura. Eita... Ligo para meus melhores amigos Alice (uma garota com um belo corpo, olhos castanhos, cabelo preto grande e 1.65m de altura, inteligente, chata, porém, mãezona) e Miguel (um garoto de olhos castanhos, cabelo preto, 1.70m de altura, brincalhão e sempre sabe o que estou pensando) para virem ao churrasco.

– Oi meeeel!!! – diz Alice animada

– Alice, pra que essa animação toda? Nos vimos ontem – risos

– Mel, vai dizer que ainda não se acostumou com as loucuras da Alice? – diz Miguel

– É que ela me assusta quando faz isso, entrem – digo rindo, mas sendo sincera.

Quando Alice e Miguel entram, Alice parece entrar num transe ao ver Arthur que por sua vez, parece ficar sem graça. Eu, Miguel e Gabriel ficamos sem entender nada esperando que algum dos dois diga alguma coisa, do por que essa mudança de humor repentina, o que será que houve?