Máscaras... escrita por Maddu Duarte


Capítulo 6
6º Capítulo - Queijo.


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Eu não estou morta, peço perdão pelo maior atraso da história da Fanfic e para piorar, eu ainda trouxe um dos menores capítulos. Se ajuda, o final desse dirá tudo sobre o próximo.
Eu peço perdão por tudo, por não responder alguns comentários (eu fiquei sem computador) e pelo atraso constantes e prazos que não cumpri.
Mil desculpas e boa leitura!



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Não morra por mim, sua mente gritava. Não era como se ele estivesse enlouquecendo completamente, até havia conseguido conversar um pouco com Marinette no fim daquela tarde – passaram cerca de vinte minutos enganando um ao outro sobre o motivo de não terem gravado a ação dos heróis, até chegarem a uma desculpa boa o suficiente para permitir que fossem para suas casas – e de certa forma, se culpava por isso. Adrien queria se aproximar mais dela, porém, aquelas palavras apenas o devoravam.

Existiam diversos motivos para morrer por ela, Ladybug era a única pessoa que poderia purificar as borboletas e era a principal estrategista da dupla, Paris precisava dela – e ele também – além disso, ele tinha o maior dos motivos, embora não conseguisse admitir em voz alta: precisava urgentemente protegê-la. Adrien havia perdido muita coisa ao longo de sua vida, quando sua mãe se foi, ela – indiretamente – levou seu pai e o deixou só, o menino não poderia permitir que a morte tirasse dele mais uma coisa que amava. Recordou-se de Marinette normalmente, como viveria tranquilamente se algo ocorresse com ela? Principalmente, se ele pudesse evitar.

Não poderia negar, havia um instinto protetor atacando-o durante aquela tarde.

A ideia de que Marinette – sua doce e tímida colega de classe – fosse Ladybug o aterrorizou durante aquela batalha, imobilizando seu raciocínio. Só desejava evitar que algo ocorresse com ela, independente do que fosse, para o rapaz, a vida dela valia bem mais que a sua. Marinette possuía amigos e uma família de verdade, a garota poderia construir algo importante para o mundo e seria capaz de lutar sozinha contra os akumas se isso fosse necessário. Ele não.

Estava fadado a ser apenas um inútil modelo – não achava isso ruim, apenas pensava que não era algo capaz de revolucionar o mundo –, sentia que somente Nino se preocupava de verdade com ele – Adrien havia desistido de se iludir, sabia que Gabriel não voltaria a ser seu pai – e até mesmo nas batalhas, Ladybug é que era realmente necessária, pois era ela que possuía o poder de restaurar tudo ao normal.

Protegê-la deveria ser a minha prioridade. Pensava ele.

— Escuta, você sabe que ela tem de certa forma, razão em ficar com raiva, não sabe? — O pequeno kwami falou enquanto voava ao redor do rapaz, segurando um pedaço de queijo quase que de seu tamanho.

— Plagg, é sério que até você vai ficar contra mim?

Adrien não estava irritado ou chateado, pois até ele sabia que Ladybug tinha razão. O menino tinha apenas optado por não acreditar.

— Não estou ficando contra você, mas preciso que não fique bancando o suicida nas batalhas. Eu me importo com você, é a minha reserva de queijo.

— Por um momento, eu até esqueci que estava falando com você e esperava ouvir algo legal. Não é capaz de compreender Plagg, ela é uma garota de verdade, não um estúpido pedaço de queijo.

— Ei! Do que você o chamou? — gritou o kwami, claramente irritado — Como ousa critica-lo na minha frente? Esqueça-o meu doce camembert, ele não sabe o que fala. Irei lhe enviar para um lugar melhor, a minha barriga.

Adrien observou o companheiro engolir o pedaço de queijo rapidamente e então, ir até a pequena vasilha em cima do rack para pegar mais. No fundo, o loiro sabia que tinha que desistir de seus loucos ideais, porém, não podia enxergar as duas garotas sendo uma só. Naquela tarde, Marinette poderia ter sido simpática e até um pouco divertida, porém, estava longe de ser a garota que permaneceu com ele na varanda em plena madrugada.

— Esqueça Plagg, você nunca conseguirá compreender o amor e como ele é melhor que queijo de todas as formas. Posso dizer com toda a certeza, eu daria todos os queijos do mundo em troca de beija-la novamente.

Ele já não caminhava de um lado para o outro, estava apenas jogado em sua cama pensando se valia a pena ir visitá-la novamente, nem que fosse apenas para se retratar pelo seu comportamento na noite anterior, porém, ele sabia que qualquer razão seria apenas uma desculpa para o seu grande desejo de procura-la. Adrien também não tinha tempo para perder, existia o trabalho de Alya, as tarefas para o dia seguinte e todas as outras coisas que ele precisava realizar de forma perfeita. Tentou se focar nas paredes, no barulho que a televisão instalava no cômodo, contudo, as recordações da noite anterior e o desejo de liberdade continuavam a tirar sua atenção e a tenta-lo.

Não era a garota que o atormentava, era o que ela lhe trazia, estava viciado na sensação que vinha junto com a sua voz.

Costumava pensar que Marinette não gostava de sua companhia e por isso, teve a ideia de se aproximar dela como Chat Noir, porém, tudo acabou se perdendo quando ele cometeu o erro de beija-la e transformar a sua única imagem que ela parecia gostar em um completo estúpido.

— Eu não consigo acreditar que exista algo melhor que queijo.

— Isso é porque você nunca a beijou, eu lhe garanto uma coisa: é melhor do que qualquer camembert neste mundo. Não é algo que possa ser descrito, é diferente de qualquer palavra que eu pensar. Eu a amo, gosto dela independente do disfarce que esteja vestindo.

Ele observou o chapéu que ela havia feito para ele no concurso, havia o procurado bastante desde o dia que descobriu a identidade de sua companheira e agora o deixava sempre ao alcance de seus olhos, porque ele de certa forma conseguia transmitir um pouco de sua presença para o quarto frio. Adrien gostava dela e estava decidido a conquistá-la, só precisava descobrir como. Ele não poderia chegar e revelar sua identidade. Tudo que o rapaz sabia é que ela ficaria irritada – afinal, ainda era a sua senhora e o temperamento ainda estava presente em sua mente – e provavelmente guardaria rancor por ele ter mentido para ela, além de tudo, o acusaria de quebrar a promessa de sigilo sobre suas identidades.

E ela estaria totalmente correta em todos os pontos, porque ele era merecedor daquilo.

— Você vai visitá-la essa noite como Chat Noir, não é?

— Eu deveria? Quer dizer, será que ela quer me ver? Estou confuso Plagg, garotas são complicadas e eu também.

— Não pode simplesmente ligar para alguma menina que se confessou recentemente? Olhe, ainda devo ter alguns cartões guardados, ligue e a chame para um encontro, logo você vai esquecer a Joaninha— o kwami voou, pegando um cartão azul aleatório e jogando-o em cima do amigo.

— É claro que não posso fazer isso, my lady não é uma garota qualquer, ela é especial.

Adrien estava confuso, eles tinham tido uma breve discussão durante a batalha e a noite anterior havia revirado tudo em seu interior. Será que ele tinha permissão para reencontrá-la? Ela o permitiria sentar em sua varanda e deixar-se ser incomodada por um gato de rua e seus tontos trocadilhos, como havia feito? Pareceu tão fácil conversar com ela como Chat Noir, desejava sentir aquela mistura de sensações novamente.

Ladybug sempre o entregou o sentimento de reconforto que sua casa nunca mais havia lhe dado. Desde que a sua mãe partiu, Adrien sabia que estava só. Tinha se esforçado para mudar – queria deixar de ser apenas o boneco de modelar de seu pai – e ele tentou de todas as formas se tornar uma pessoa perfeita, até conseguiu permissão para sair da prisão que era suas aulas particulares. Porém, nada além de Joaninha supriu o vazio que se instalou no rapaz.

Quando conheceu Marinette, pensou que a menina apenas estivesse estranhando-o por ser novo e como era um modelo, achou que ela fosse uma fã e que todo seu comportamento era natural. Quando as semanas se tornaram meses, o rapaz se indagou que talvez tivesse feito algo para a menina não conseguir se relacionar com ele. Agora, já não conseguia saber se o problema era com ele ou com a colega de classe.

Ela se dava muito bem com Chat Noir e com todo o resto da turma.

Então, por que Ladybug não conseguia ser Marinette com Chat Noir? E por que Adrien não poderia ser Chat Noir para Marinette?

— Eu não entendo, por que com Adrien ela é tão oposta ao que é com Chat Noir?

— Talvez ela goste de Adrien de uma forma diferente de Chat Noir, ela pode ser tipo aquelas meninas apaixonadas que a gente vê na televisão.

Adrien o encarou perplexo, porque aquilo fazia sentido – fazia todo sentido – e ao mesmo tempo, não tinha lógica nenhuma. Marinette gostava dele, a sua senhora o amava e ele não havia percebido?

— Você acha mesmo que Ladybug gostaria de alguém como Adrien? Quer dizer, se ela gosta de mim, por que nunca deixou uma pista ou algo assim? Ela é Ladybug!

— E ela também é Marinette. Você é muito novo para compreender a ciência do amor.

— Então, o capitão Queijo entende de amor? Eu sempre achei que o único sentimento que você era capaz de sentir fosse fome.

Ele tentou disfarçar o sorriso que quis aparecer em seu rosto, Marinette havia dito para Chat Noir que gostava de um garoto, porém nunca o especificou qual era. Ele tinha uma chance, porque talvez – apenas talvez – ela estivesse se referindo ao rapaz do outro lado da máscara do herói. Contudo, isso significava que ela amava apenas uma parte dele – e infelizmente, não era a mais natural – e que provavelmente a menina iria se decepcionar ao descobrir a real identidade do parceiro. Adrien e Chat Noir eram opostos em quase todos os pontos, não era como Marinette – que preservava sua personalidade mesmo sem sua máscara – e ele já conseguia sentir que isso seria um problema.

Como ser amado por completo, quando se é desejado apenas pela metade?

Precisava conversar com ela, desejava beijá-la novamente e tê-la perto de si, enquanto sentia o doce aroma particular que ela possuía, mas ele teve que lutar contra seus pensamentos insanos e realizar seus afazeres, se dando ao luxo de possuir apenas uma boa noite de sono – em vez dos lábios macios da menina.

Naquela noite, todos os seus pensamentos estavam centrados em uma única decisão:

No dia seguinte, já estava decidido, Adrien iria confrontar seus medos – e Marinette.


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Notas finais do capítulo

Olá!
Antes de tudo, um feliz natal! Eu não sei se nos veremos de novo até ele, espero que sim. Bem, eu espero que tenham gostado, deixem comentários (por favor? S2) e eu tenho que ser breve nas notas finais, porque o meu Nyah sempre corta elas. Então, sem emoticon e carinho exagerado.
Eu amo todos os quase 100 leitores que estão acompanhando a fanfic! S2
Prometo que irei me esforçar bastante, qualquer coisa, já sabem, podem comentar/mandar MP/Perturbar no Facebook.
Obrigada pelo carinho e pela leitura! S2



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