Máscaras... escrita por Maddu Duarte


Capítulo 7
7º Capítulo - Ruivo.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu voltei, depois de 15 dias de férias. Eu posso explicar, porém, afirmo: Isso vai ficar longo.
Sou obrigada a colocar as notas finais aqui, então... Tenho muitas coisas para dizer.

A primeira é perdão pela demora, eu tive uns problemas na véspera do natal em casa e isso gerou um bloqueio. Não foi por maldade, mas essas festas sempre me trazem maior desgosto e acabou sendo toda a confusão que atrasou. Pelo menos, eu trouxe no primeiro dia útil. Podem me bater.
O capítulo ficou agradável - eu gostei - e o final vai fazer vocês me matarem. Eu não posso atrasar mais a fanfic porque M.L está voltando no dia 10 e caso ocorra algo no capítulo 14, muita coisa vai ter que ser modificada na fanfic.
6 dias para M.L voltar.
Eu não sei o que falar, apenas sentir.

2 recomendações e mais de 100 comentários/leitores?! Vocês são tão perfeitos, eu não sei como, só sei que não mereço isso. Muito obrigada, vocês são maravilhosos. Eu não sei o que faria sem vocês. Dedico esse capítulo a todos os 120 leitores! WoW!
Nos vemos nas notas finais (embora elas sempre sejam cortadas).

Capítulo muito Adrianette, cuidado!



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O café da manhã parecia menos tedioso que o natural naquela manhã, uma onda de ansiedade atingisse Adrien fortemente – e isso o impedisse de realizar atos simples como respirar – e até mesmo sua xícara de café com leite parecia sem sabor comparado ao sentimento que atropelava todos os outros em sua mente.

— Aqui estão os seus horários, espero que tenha um bom dia.

Ele agradeceu, tentando fingir que estava perfeitamente bem – como todos os outros dias – e apesar de todo seu esforço, ele tem certeza que a secretária reparou o quanto sua mão tremia enquanto segurava a xícara.

Todos seus esforços para arrumar a bagunça de seus pensamentos estavam sendo falhos, existia algo que somente ele poderia fazer – e isso era uma obrigação, um dever que não poderia ser adiado – e por mais confortante que fosse o pensamento de que ele estaria para sempre ligado a Ladybug, isso já não o acalmava mais. Independente da resposta que ganhará ao confessar seus sentimentos, ele não poderá fugir de sua princesa e estará sempre predestinado a ser seu parceiro – logo, sentirá eternamente a rejeição o afogar nos belos olhos azuis da garota.

O dia estava bonito – pelo menos na visão do modelo – e ele desejou que seu motorista particular dirigisse eternamente pelas vilas de Paris, nunca chegando ao destino final. Poderia evitar todo aquele medo, era apenas não se revelar para a garota de seus sonhos, porém, isso também significaria deixa-la a mercê para que outra pessoa viesse a tomar seu coração.

Ele poderia ser um gato travesso, porém, como todo gato, também era possesivo.

— Ei, Adrien! — Nino falou animadamente, o rapaz permanecia energético como sempre e demorou algum tempo até que Adrien escapasse das nuvens e retribuísse o cumprimento que o amigo lhe entregava.

O loiro gostava da companhia de Nino, afinal, ele era seu melhor amigo e mesmo que ambos tivessem personalidades distintas, isso não os impediu de se aproximar durante os primeiros dias. De alguma forma, o moreno parecia confiável e estava quase sempre tentando levantar o astral do amigo, indo até mesmo contra o pai do rapaz quando ele negou realizar sua festa de aniversário – algo que Adrien nunca teria tido coragem de fazer por si só e que acabou ocasionando a criação de um akuma.

— O que foi? Está com uma cara muito apagada, aconteceu alguma coisa? É alguma garota? Ou é apenas o seu velho sendo ele mesmo e esquecendo totalmente de que um dia ele também foi um adolescente? Se bem que eu às vezes penso que seu pai nasceu com aquela idade para ser tão chato, sem querer ofender — Adrien soltou um leve sorriso quando Nino passou seus braços por seu ombro, puxando-o enquanto gesticulava suas palavras para o ar.

— Não é nada demais, eu apenas preciso encontrar Marinette. Você a viu?

— Nada demais, não é? Aham, eu sei o que é nada demais, quando foi que começou a gostar de Marinette? Eu achava que você a detestasse.

— Eu não estou apaixonado por ela, quer dizer, eu gosto dela, mas não dessa forma. Apenas preciso falar sobre o trabalho, visto que ontem falhamos em gravar os atos heroicos de Chat Noir e Ladybug... E por que você achava algo deste tipo?

— Eu irei fingir que acredito. Aliás, acho que é porque você nunca deu muita bola para a garota e você sabe, ela é caidinha por você.

Se procurarem a palavra cego no dicionário irão encontrar meu nome. Eu sou o único que não sabia que ela gostava de mim? A mente de Adrien apitou, como ele nunca havia reparado? Até Nino notou, ou melhor, até Plagg – o ser menos romântico que ele já tinha conhecido – havia notado e ele não.

— Ela não gosta de mim, é apenas tímida ou algo parecido...

Nem o próprio acreditou em suas palavras – porque todo o comportamento estranho de Marinette seria explicado caso ela estivesse apaixonado por ele –, porém, Nino não realizou mais perguntar e isso foi o suficiente para que Adrien soltasse um suspiro aliviado, enquanto o amigo começava a falar sobre seu passeio com Alya e citar como a morena era fanática por Ladybug – o modelo sabia disso, afinal, ele vivia no blog da colega de sala em busca de dicas para encontrar sua amada – e como ela estava sempre a persegui-los.

Adrien se perguntou como ela nunca havia notado as semelhanças entre sua melhor amiga e a heroína, contudo, ele também não havia enxergado as semelhanças entre o amor de sua vida e a garota que sentava atrás dele – mesmo com todos os sinais –, logo, não poderia julga-la.

O par de amigos passou algum tempo conversando o que rendeu alguns olhares do modelo na direção de Alya e da amiga, ele escutou Nino incentiva-lo a ir pedir para conversar com ela em particular, no entanto, ele não possuía coragem o suficiente para isso. Ele não era Chat Noir e Marinette provavelmente travaria quando fosse responder qualquer coisa, o loiro desejou que ela fosse apenas ela mesma enquanto estivesse com ele, porém, isso não era algo que pudesse ser exigido naquelas situações. Tudo que Adrien pode fazer foi observar as semelhanças de Marinette com Ladybug e se perguntar como nunca reparou como elas eram parecidas demais para serem pessoas opostas.

Marinette sempre desaparecia nos ataques de forma misteriosa, ela também amarrava o cabelo da mesma forma e possuía o livro de história que Alya havia encontrado durante uma de suas filmagens, estava tudo tão claro.

O modelo escutou o toque informando que estava na hora de ir para sua classe – e fez isso de certa forma obrigado, pois foi Nino que o tirou do transe enquanto resmungava como ele estava estranho – e soube que estava apenas adiando um encontro que teria que ocorrer uma hora ou outra. Agora que sabia os sentimentos dela em relação a ele, tudo deveria ser mais simples, porém, o rapaz temia que ela apenas se decepcionasse ainda mais quando descobrisse que o garoto era Chat Noir – e uma parte de Adrien o informava que se ele não contasse toda a verdade estaria a enganando.

Valia a pena omitir uma importante parte apenas para garantir o amor de sua senhora?

É natural que a aula se passe mais rápido quando você não está focado nela e infelizmente, Adrien não estava se importante em realizar anotações do conteúdo indicado pela professora. O garoto estava em um universo paralelo em que ele e Ladybug eram casados e possuíam filhos, dois gatos e nenhum cachorro.

Será que Marinette gosta de cachorros? Não, ela é muito adorável para gostar de cachorros. Ele confirmou em sua mente. Aliás, Plagg certamente nunca aceitará um cachorro e eu não estou passando por tudo isso para dividir a atenção dela com um cão.

Atrás dele, a encabulada garota tentou ficar acordada perante as broncas de sua melhor amiga por não ter filmado a batalha da tarde anterior – Marinette culpou Adrien mentalmente, embora entendesse que deve ter sido assustador ficar no meio de uma batalha, até ela possuía medo de certa forma –, contudo, estava mais cansada do que naturalmente. A luta havia sido assustadora de muitas formas – desde que certo gato estúpido havia decidido que morrer por ela poderia ser uma boa ideia – e por conta das atitudes impensadas de Chat Noir, havia tido diversos pesadelos com a morte de seu parceiro.

Ela se vingaria dele por ter invadido seu sono sem permissão – e depois daria uma bronca por bancar o suicida, pois sabia que precisava fazer isso antes que seus sonhos se tornassem realidade.

— Com licença, Marinette? — Inesperadamente, foi a voz de Nathanäel que a que a despertou no final da aula quando Alya já arrumava suas coisas.

— Oh, oi! Desculpe-me, algum problema?

— Bem, é que eu estava pensando e bem... Eu queria saber se você gostaria de ir ao cinema comigo hoje à noite... Está passando alguns filmes legais, então, o que acha?

Marinette não via nada de problemático em sair com Nathanäel, o ruivo era muito agradável e gentil, o que a agradava e ela imaginava que depois do incidente com Ladybug, ele já não a via mais como interesse amoroso, no final, seria um programa normal de adolescentes. Porém, ir ao cinema era algo muito arriscado – significava se afastar de Paris durante duas longas horas, deixando-a nas mãos de Chat Noir – e como Ladybug, ela não poderia se dar a esse pequeno luxo com os ataques ocorrendo quase que diariamente.

Se alguma coisa acontecesse, Paris precisaria dela para arrumar toda a bagunça e purificar as borboletas roxas.

Contudo, como explicar tudo isso para o colega de classe? E se ao recusa-lo, ele se tornasse um akuma como havia acontecido há meses? Ela não estava pronta para ser comparada a Chloé novamente e não estava com nenhuma desculpa boa para não machuca-lo.

— Ao cinema? É que eu não sei se...

Ela odiava machucar os sentimentos das pessoas, porém, não sabia uma forma de falar isso gentilmente e Alya havia a abandonado completamente quando Nathanäel propôs o pedido.

— A Mari não pode ir. Eu sinto muito Nathanäel, mas hoje nós combinamos de sair juntos.

Ela se surpreendeu quando a voz de Adrien a tirou de tamanha enrascada – em partes porque havia esquecido que ele ainda estava ali –, a menina não acreditou que o modelo tinha notado seu desconforto e inventado uma mentira apenas para ajuda-la, tudo isso com um maravilhoso sorriso que quase a fez desmaiar.

Na realidade, Adrien não reparou nisso quando intervês no meio do casal, o rapaz também não sabia de que lugar tirou coragem para se meter no meio dos assuntos pessoais da colega – ela poderia muito bem desmenti-lo e ainda se irritar com a sua reação –, tudo que fez foi permitir que a onda de ciúmes que o afogou fosse maior do que todos os ensinamentos das suas aulas de etiqueta.

Marinette era a sua garota – mesmo que ela não soubesse disso – e a sua senhora, não era como se ele pudesse simplesmente observa-la sendo cantada e chamada para sair e não fazer nada para impedir.

O que acontece se eu usar Cataclismo em ruivos oxigenados? Eles queimam que nem palitos de fósforos?

— Sim, é verdade. Perdoe-me.

O sorriso de Adrien se alargou ainda mais quando ele viu sua dama concordar com sua mentira.

— Oh, vocês dois estão saindo juntos? Desculpe-me, eu não fazia a menor ideia, de verdade.

— Não é bem isso, quer dizer, nós estamos saindo, mas não dessa forma, sabe? Estamos saindo, mas não estamos saindo e... — perdeu-se em suas palavras, Marinette poderia ser boa em diversas coisas, porém, não tinha talento nenhum para lidar com Adrien Agreste.

— É normal sair com a sua namorada, não é?

Ele puxou a garota pela cintura cuidadosamente, aproximando-a ainda mais dele – e reparou como o rosto dela estava quase do tom do cabelo de Nathanäel, que também estava bastante envergonhado – e sorriu vitoriosamente.

Se ele fosse Chat Noir, não restaria duvidas, ela bateria nele.

E ela irá bater nele quando descobrir.

Porém, não existe nada de mais em se aproveitar um pouco da situação.

— Ah, desculpe-me então, eu não sabia que vocês estavam juntos...

Tudo bem, nem eu sabia. Marinette e Adrien pensaram igualmente, embora ambos não soubessem o que se passava na cabeça do outro.

— Tudo bem, aliás, poderia não contar para ninguém? Estamos querendo manter em segredo por causa dos fotógrafos e as fãs, Marinette não quer que a incomodem... Você entende, não é?

— Por favor — Foi tudo que Marinette conseguiu pronunciar naquela situação.

— É claro, por Marinette. Bom encontro e espero que sejam felizes...

Ela sentiu um pouco de dó ao ver o ruivo se retirar da sala cabisbaixo, agora, estava somente ela e o garoto da sua vida e por algum motivo, alguma coisa dentro dela queria bater nele por agir como se ela fosse um objeto. Tudo bem, ele tinha a salvado de uma série de problemas, mas ainda sim... Marinette odiava aquele sentimento que surgia em seu coração toda vez que chateava uma pessoa.

— Adrien, eu não me lembro de namorar você.

Quando foi que ela tinha criado coragem para falar com o rapaz daquela forma? Como se fosse Ladybug? Talvez tenha sido porque ele a lembrou de Chat Noir ou simplesmente porque aquela situação havia magoado um colega.

Não era raiva em seu tom de voz – ambos reconheciam isso – porém, parecia que pela primeira vez, algum outro sentimento estava transparecendo mais que a timidez e este sentimento era o deboche.

— Eu sinto muito, desculpa é que você não parecia muito bem com a situação e eu achei que pudesse ajudar, mas acho que piorei tudo... Eu sinto muito, você me odeia?

— Não, está tudo bem. Obrigada, mas não faça isso de novo, alguma menina pode não gostar e você tem sorte de Nathanäel ser uma boa pessoa, quer dizer, qualquer um poderia jogar isso na internet e então você teria problemas com sua carreira de modelo.

Não era Marinette falando – o casal reconhecia isso – e sim Ladybug. Era aquele tom que ela usava apenas para dar broncas quando alguém corria um risco desnecessário ou algo assim, uma perfeita mistura de insatisfação com preocupação e uma pitada de gentileza.

Ele era perfeitamente capaz de amar essa Marinette.

— Oh, claro, desculpe-me. Eu não farei mais... E então, você topa?

— Ah?

— Quer dizer, eu queria saber se nós podemos sair juntos, você sabe, não para um cinema especificamente... Podemos apenas tentar gravar imagens de Ladybug e Chat Noir como amigos.

Por mais impossível que isso seja, ele completou mentalmente.

— Você está me chamando para sair?

Oh meu Deus! Adrien está me chamando para sair. Eu tenho que contar isso para Alya... Agora. Espera Marinette, espera. É, espera, aceita primeiro e surta depois.

— Sim! Quer dizer, só se você quiser, é claro.

— Eu quero, sempre quis, quer dizer, não que eu sempre e sempre quis, é mais que eu queria, eu adoraria, eu adoro você, digo, sair com você... Ah, sim. Eu quero.

— Fico feliz, eu pego você em casa ou te encontro em um ponto especifico?

Ele desejou encontrar ela em um ponto especifico e uma boa parte do motivo era que já havia conhecido o pai da menina e não estava pronto para descobrir se ele era ciumento com a filha.

— Claro, em que lugar?

— Que tal na Torre Eiffel às oito horas?

— Eu adoraria, seria perfeito.

— Então, te vejo lá...

E ambos nunca estiveram tão ansiosos pelo anoitecer...

— Ah... Adrien, eu posso pedir um favor?

— É claro!

— Pode, por favor, me soltar? Eu preciso ir para casa.

— É claro.

Estúpido, ele pensou quando notou que ainda segurava a menina perto de si. Quando finalmente foi solta, Marinette não pode deixar de comparar o estranho comportamento do rapaz com a personalidade de certo gato de rua.

Quando ela cruzou a porta da sala de aula, Adrien permaneceu sozinho – ignorando a certeza de que seu motorista estava esperando-o na entrada da escola – e pensativo, pois sabia que não tinha como fugir depois daquela noite, ele precisaria contar a verdade a ela – e confessar que a amava da melhor forma possível – antes que a menina descobrisse sozinha. Porém, o que aconteceria depois? Ela o odiaria por ter escondido que já sabia quem ela era de verdade e não ter respeitado seu desejo de se manter em sigilo? Será que ainda levaria seus sentimentos a sério? Eles ainda seriam uma dupla?

Adrien havia perdido muitas coisas em sua vida, mesmo assim, não estava pronto para perdê-la.

Naquela noite, coberta pela sombra da Torre Eiffel, Marinette esperou pacientemente durante duas longas horas, até que a chuva a atacou – ela tinha certeza de que aquela chuva era apenas um reflexo de suas emoções – e a forçou a desistir de aguardar por alguém que já sabia que não iria aparecer.

Em meio a todos os seus pensamentos, um se destacava:

Por quê?


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Notas finais do capítulo

Olá queridos leitorezinhos, que tal deixar um comentário? Pode ser ameaçando me matar, eu mereço. O próximo capítulo vai ser focado no Adrien e na Marinette de novo... Por que alguém tem que dar explicações, né?
Quem quiser deixar de ser fantasminha... Eu amaria conhecer os novos leitores e continuar o "Chat" com os que eu já conheço. Amo vocês! R&R? ♥