Ivy Greene escrita por WhoAmI


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU DE NOVO!!!!! Mais um capítulo fresquinho pra vocês!!!! Espero que gostem.
Boa leitura!!!!



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Tudo estava escuro. Havíamos aparatado no centro de Londres, não sabia exatamente o que faríamos. Mas eu sabia por onde tinha que começar.

                - Há muitos comensais infiltrados no ministério. Se quisermos saber sobre pessoas desaparecidas, é lá que teremos as informações. – Malfoy havia me dito assim que saímos da Toca, muito bem agasalhados e levando uma mochila cada um.

                Não tínhamos bem um plano, mas de uma coisa a gente sabia, chamaríamos muita atenção entrando como nós mesmos. Principalmente o Malfoy, que já devia ter a cara em cada esquina do ministério de procurado.

                Por isso ficamos em um beco à espera de vítimas perfeitas. Mas, é claro, que ninguém apareceria até o amanhecer, por isso que, com muita relutância, eu concordei em descansar o resto da noite para começarmos o trabalho de manhã.

                Estava uma noite incrivelmente fria e nesse momento eu entendo os mendigos que dormem na rua. Graças a Merlin, Malfoy foi esperto o suficiente em trazer um cobertor que nos encontrávamos enrolados e grudados. Situações extremas pedem medidas extremas. Não ficávamos tão próximos assim há um bom tempo. E preciso dizer que senti falta. Uma coisa que ele nunca irá saber.

                Meu queixo começou a bater e Malfoy me apertou mais pra perto, me aninhei em seu colo e encostei a cabeça em seu ombro murmurando um obrigado.

                - Eu sinto muito ter me distanciado de você, mesmo quando você tentou se aproximar de novo. – Malfoy puxou conversa.

                Eu não estava no humor para conversar, mas sabia que ele precisava, por isso apenas me aninhei mais e murmurei em concordância.

                - São tempos muito difíceis, muita coisa ta acontecendo e... Eu não soube lidar com tantos sentimentos diferentes sobre uma pessoa só.

                Isso me deixou curiosa e me distanciei o suficiente para olhar em seu rosto. Ele estava sério e encarava um ponto fixo em seus pés.

                - Como assim? – o encorajei a continuar.

                - Eu fui contra minha família, Greene. – ele murmurou. – Eu nem sei bem o porquê, eu apenas... Senti ser a coisa certa a fazer. E depois que você ficou distante e tentou descontar em mim... – ele suspirou. – Por um momento eu pensei em jogar tudo pro alto, pensei em voltar.

                Esse pensamento me fez tremer, ele achou que fosse de frio e mais uma vez apertou seus braços em volta de mim.

                Ah, mal ele sabe, Merlin! O efeito que causa em mim.

                - Eu pensei em entregá-la. – sua voz entregava sua vergonha.

                Meus olhos se encheram de dor e ,pra que ele não pudesse ver, eu encarei o chão no mesmo ponto fixo que ele encarava.

                - Esse pensamento me assustou, entende. – ele fungou.

                Soltei o ar que não sabia ter prendido.

                - O que me assusta é você não ter me entregado ainda. – disse amargamente. – Sabia que faria isso uma hora ou outra.

                Tentei me afastar, mas seus braços pareciam pedras.

                Ele levantou o olhar e se encontrou com o meu, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

                - Não, Ivy. Você entendeu errado. – ele respirou fundo. – Isso não me assustou da forma como você acha. Me assustou porque por mais que eu tenha pensado, eu sabia não ser a verdade. Eu não queria te entregar, e nunca entregaria. No mesmo momento que isso veio a minha cabeça um sentimento de tristeza veio maior, como se o fato de ter você presa naquela mansão outra vez fosse torturante.

                Meu corpo não me obedecia mais, eu apenas sabia encará-lo.

                - Eu nunca tive isso, não me senti dessa forma como ninguém. Era sempre eu e minha família em primeiro lugar. E agora que você entrou na minha vida, tudo ta diferente, as coisas que antes eram minha prioridade não são mais. E isso me deixa apavorado. Ficar perto de você agora me deixa apavorado, e ao mesmo tempo, não quero ficar longe de você.

                Eu não conseguia falar nem pensar, me admira muito meu corpo ainda saber respirar. Draco Malfoy se importa comigo, se importa verdadeiramente, e isso me deixava com uma felicidade sem limites. Assim como eu, ele tinha medo das coisas que estavam acontecendo entre nós. E como não estaríamos?

                - Malfoy... eu. – abri e fechei a boca mais vezes que eu podia contar antes de realmente conseguir falar alguma coisa. – Eu compreendo o que você ta passando... Não é fácil, se não ta sendo pra mim, imagina pra você.

                Não pude mais sustentar seu olhar e encarei o chão.

                - Eu dificultei as coisas, e peço perdão por isso. Não foi a minha intenção, se não fosse por você, eu nem estaria mais aqui, e quem poderia salvar os meus pais? Você salvou a minha vida e muitas coisas mais. Você não é mais o mesmo Malfoy excêntrico e ignorante. Seu olhar... tem algo a mais neles agora.

                Ele puxou meu queixo e estávamos agora castanho no cinza.

                - O que você vê? – ele sussurrou.

                Engoli em seco.

                - Vejo honestidade, medo, carinho... – sussurrei.

                Ele soltou um breve sorriso de canto, tão breve que se eu não estivesse olhando-o atentamente eu não veria.

                - Também vejo algo nos seus, Greene. – e antes que eu pudesse perguntar ele colou nossos lábios.

                Eu não sabia o quanto eu havia sentido falta disso. Todo o meu corpo comemorou e meu coração deu um pulo quando senti aqueles lábios frios nos meus. Suas mãos foram para trás de meu pescoço, me puxando o mais perto o possível. O beijo durou mais rápido do que eu queria que ele durasse, mas tempo o suficiente para me deixar sem ar.

                - Vejo coragem. – ele murmurou e voltou a me aninhar em seus braços.

                Nenhum dos dois conseguiria dormir tamanha euforia de nossos corações. Mas mesmo assim ficamos calados, apenas absorvendo aquele breve momento de calmaria antes da tempestade.

                Meu coração batia forte enquanto eu esperava encostada no poste de luz. O bruxo vinha em minha direção e eu fingia ler o profeta diário, que tinha a cara do Harry na capa como procurado.

                Augustus Rockwood, com vestes de bruxo ia direto para a entrada do ministério. Ele passava informações lá de dentro para Você-Sabe-Quem, segundo Malfoy. Assim que ele passou por mim deixei minha bolsa cair direto no seu pé. O Bruxo soltou um urro de dor.

                - Ai meu Merlin. – me abaixei e peguei a bolsa rapidamente. – Como sou desastrada. Mil desculpas, senhor.

                Levantei-me e soltei um sorriso cínico.  

                Antes que ele pudesse reagir de qualquer forma, Malfoy estuporou-o e ele veio com seu corpo pesado em cima de mim. Apoiei o pé firme no chão e sustentei seu peso como pude. Malfoy veio ao meu socorro e, juntos, o levamos ao beco que estávamos abrigados na noite passada.

                Não demorou muito e já estávamos na entrada para funcionários do ministério. Estávamos na fila para o banheiro masculino e Malfoy/Augustus andava a minha frente. Sim, estávamos em um banheiro masculino, eu também, pois o combinado seria nos fingir de Augustus e seu secretário, homem. Claro que Malfoy não perdeu tempo de tirar onda com a minha cara. E eu não perdi de dar um belos tapas em seu novo corpo esguio e pequeno.

                Assim, estava Malfoy, agora mais baixo do que eu, e eu em sua traseira como um secretário alto e desajeitado, com vestes de segunda mão e uma barba que pinicava. Desde que eu ficasse em silêncio, tudo sairia como planejado.

                Entrei em uma cabine e pus os dois pés dentro da privada antes de dar a descarga, do jeito que Malfoy me disse para fazer. Em um suspiro eu estava andando pelo amplo corredor do Ministério da Magia.

                Avistei Malfoy/Augustus à frente conversando com Pius Thicknesse, novo ministro da magia, outro seguidor de Você-Sabe-Quem. Aproximei-me deles e fiquei calada. Os dois me olharam com superioridade. Coisa que Malfoy não precisava de nenhum esforço para fazer.

                - Ótimo, você está aqui. Preciso da sua ajuda. Venha comigo, imediatamente. - ele engrossou a sua voz o máximo que pôde e, com um aceno, ele se despediu de Thicknesse e nos afastamos.

                - Ele não revelou nada. - Malfoy sussurrou disfarçadamente para mim. - achei suspeito se eu perguntasse, e também, não acho que ele saiba.

                - Não saio daqui sem uma informação. - sussurrei de volta.

                Ele assentiu concordando.

                - Vamos conseguir. Tenha paciência.

                E nos direcionamos diretamente para sua sala.

                Chegando lá, revistamos toda a sala, gavetas, armários, documentos, cartas, não havia nenhuma lista de desaparecidos, apenas de procurados em que meu nome se encontrava.

                Bufei já perdendo as esperanças quando Nicholas Scabior entra pela porta.

                - Augustos! - abriu os braços e em seu rosto levava um sorriso cínico.

                - Não sabe bater?! - Malfoy disse irritado.

                - Não achei que fosse necessário. - debochou.

                - O que quer Nicholas? - Malfoy perguntou fingindo desinteresse.

                - Passar informações para os Malfoy, eu sei que você tem acesso quase livre à mansão. - o sorriso não saía de seu corpo.

                Meu corpo, assim como o de Malfoy se retesou.

                - Desembucha. - Malfoy praticamente cuspiu.

                - Pegamos quem eles queriam. Estamos com os dois aurores.

                São eles!

                Meu corpo quis pular e pegar a minha varinha imediatamente para que eu pudesse obrigar o Scabior à entregá-los, mas no fundo uma vozinha me avisava que seria imprudência e eu me obriguei a ficar no meu lugar.

                - Os recolhemos ontem enquanto eles faziam a busca pela sua filha, aquela também desaparecida que eu nunca me lembro o nome... Enfim, avise-os. Nós faremos a entrega amanhã ao escurecer.

                Nesse momento meus nós dos dedos já estavam brancos de tanto eu apertar a pasta em minhas mãos, é claro que o Scabior acabou percebendo e franziu o cenho para mim.

                - O que há com você? - cuspiu em minha direção.

                Malfoy seguiu seu olhar e tratou de mandar uma mensagem pelo seu olhar.

                Fique calma!

                O escambau que eu vou ficar calma, quase gritei de volta.

                - Ele? - bufou Malfoy pensando rápido. - Sua mãe está em interrogatório hoje, o que pode pôr o sangue dele também em perigo, isso está deixando ele um pouco instável. - disse com desdém.

                - Que pena. - Scabior ironizou. - Devia tomar mais cuidado com as pessoas que trabalham pra você, Augustus.

                Malfoy assentiu.

                - Já estou tomando as medidas necessárias.

                - Ótimo. - sorriu. - Tenho mais trabalho para fazer. Não se esqueça do recado.

                Malfoy concordou e Scabior retirou-se.

                Soltei o ar pela boca assim que ele fechou a porta e troquei um olhar significativo com o Malfoy.

                - Parece que temos uma entrega para interceptar. - Malfoy sorriu.

                Eu retribuí sentindo todos os músculos do meu corpo relaxarem.


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Notas finais do capítulo

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