Ivy Greene escrita por WhoAmI


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Segurem as pedras!!! Por favor não lance nada em mim, ainda! Eu sei que demorei muito, quatro meses pra ser exata e mereço muitos xingamentos por isso, me desculpem de coração, mas logo no começo das férias eu fui arrebatada por uma enorme crise de criatividade, não conseguia escrever nada útil e por isso a demora, mas eu não abandonei a fic e também não irei de forma alguma!! Agora está uma verdadeira bagunça na minha vida, não passei na faculdade e estou correndo com cursinho, aulas pra tirar carteira de motorista e descansar nos tempos livres. E pra melhorar toda a situação o meu note deu problema de vez e está no conserto a mais de mês por que o cara só enrola, e tá pedindo caro demais por uma nova tela... E mexer nesse computador daqui de casa é um Deus nos acuda, ainda mais que tudo sobre a fic está no meu note (pois é, eu fui burra de não salvar em um pendrive) e vou ter que escrever do que está na minha cabeça, que não é pouca coisa já que me deu várias ideias recentemente.... Enfim, saibam que mesmo se eu demorar não vai ser proposital e que essa fic será terminada!!!!
Boa leitura!



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O resto do dia passou num pulo. Depois do almoço eu fui ajudar a Sra. Weasley a arrumar a cozinha. Depois encontrei os gêmeos testando uma das suas novas criações para o Gemialidades Weasley.
– O que aconteceu com você depois que saiu da casa do Kingsley. – Jorge gritou por cima do barulho de umas bombinhas que explodiam perto de seu pé.
Tive que tampar os ouvidos, aquilo fazia um barulho em tanto.
Respondi só quando a sessão de explosões terminou.
– Bom, eu fui parar na loja de vocês. – comecei organizando meus pensamentos. – Eu fui para o Beco Diagonal e vi o Mundungo e fui atrás para saber se ele tinha alguma informação, mas seqüestradores me viram antes. Tentei fugir, eles me pegaram. – decidi não falar sobre a parte em que Malfoy teve um papel importante para isso. – Fui parar na mansão dos Malfoy e eles me mantiveram em uma cela no porão. Tentaram arrancar a localidade de vocês, mas eu não cedia. Eles me deixaram sem água e comida por alguns dias, eu estava praticamente aceitando que não sairia de lá. – engoli em seco com as memórias e Fred e Jorge pareceram fazer o mesmo. – Aí foi quando Malfoy apareceu, ele me tirou de lá e me escondeu no seu quarto, cuidou de mim, me alimentou e... Eu não estaria aqui se não fosse ele. – meu coração se apertou de uma forma esquisita, algo como gratidão. Nesse momento olhei para a janela do terceiro andar da Toca e lá estava ele, com seus olhos cinza me encarando, mantendo um olhar sério e calmo.
Segurei seu olhar, e por alguns segundos, me esqueci dos gêmeos que falavam comigo.
– Em, Ivy? – Fred chamou.
– Oi? – tirei o olhar de Malfoy e o mandei para o ruivo a minha frente que me olhava como se eu estivesse doente.
– Você está bem? – Jorge perguntou desconfiado.
– Aham! Ótima. – assenti.
– E como vocês fugiram? – Fred perguntou.
– Bellatrix me descobriu, ela estava quase me matando quando Fawkes apareceu e me tirou de lá junto com Malfoy. – disse pensativa.
– Dumbledore sabe mesmo o que faz. – Jorge disse.
– Aquele velho caduco sabia de tudo! – Fred concordou.
– Eu me pergunto... Como ele sabia que eu não iria com Harry, como ele sabia que em algum momento eu precisaria de Fawkes.
– Como alguém não precisaria dela? É uma fênix, pelo amor de Merlin! – Jorge se exaltou.
– Mas por que eu, Jorge? Por que não para o Harry? Ele com certeza precisa muito mais dela do que eu. Só Merlin sabe o que aqueles três estão passando. Eles precisariam de mim, Jorge! Eu me sinto uma inútil presa aqui enquanto eles estão lá fora passando por maus bocados!
– Não cabe a você salvá-los, Ivy. – Fred se sentou ao meu lado e tomou minhas mãos nas suas. – Ninguém gosta dessa situação, não gostamos mais do que você. Mas Harry sabe o que faz. Ele tem Hermione que é a pessoa mais inteligente da face da terra. O Rony é apenas um bobão, mas é leal ao Harry. Não importa o que aconteça. Não acha que eles estão preparados para isso?
Fred estava certo, não tinha como negar. Eles sabiam o que fazer. Assenti a cabeça em silêncio.
– Por que você não entra agora, daqui a pouco escurece e o jantar vai ficar pronto, descansa um pouco. – Jorge falou.
Concordei e, com um aceno, entrei na Toca.
Ajudei a Sra. Weasley com a janta e subi para chamar Draco para comer. Ele ainda estava parado na janela olhando para o horizonte.
– Malfoy, a comida ta pronta.
Ele continuou parado sem me responder.
– Ta ouvindo, Malfoy? – me aproximei e encostei em seu ombro, ele se esgueirou.
Franzi os cenhos.
– Olha... Se é sobre o que eu te disse antes... Eu... eu...
Ele se virou e me encarou, seus olhos gélidos caindo sobre mim, não conseguia mais dizer uma palavra.
– Malfoy. – foi a única coisa que minha boca pôde pronunciar.
Ele me encarou por mais alguns segundos sem me dizer nada e saiu do quarto.

Nas últimas semanas tudo tem sido meio estranho na casa dos Weasley. O Malfoy já não dormia mais comigo no quarto da Gina, ele ficava com os gêmeos. O que me dava a noite inteira de insônias em que meus pensamentos eram tomados por medo e tristeza. Era notável como eu estava exausta e a Sra. Weasley havia tentado todos os chás e ervas possíveis para me ajudar a descansar, mas tudo fora inútil. Eu sabia do que eu precisava. Notícias. De qualquer que seja. E com o tempo isso passou para todos. Fred e Jorge andavam pela casa sussurrado sérios. A Sra. Weasley já não estava com sua feição tranquila e maternal e vez ou outra eu a pegava olhando para uma foto de um Rony bem mais novo e suspirando. o Sr. Weasley chegava do ministério calado e com a cara fechada, não devia haver notícias muito boas de lá também, já que estava tudo uma loucura. Já Malfoy, estava sempre calado e pensativo. Não trocamos mais que meia dúzia de palavras durante o tempo decorrido, e eu sabia que era por minha causa. Na primeira semana eu tentei me desculpar, mas ele apenas meneou a cabeça e saiu sem trocar uma palavra comigo. Eu sinto como se ele estivesse, de alguma maneira, arrependido. Arrependido de trair sua família, e no que ela acreditava, por alguém como eu, e ficar em um lugar onde ele sentia os olhares acusadores de todos, e eu sabia disso, e só tornei as coisas para ele piores.
Com o tédio e a casa cada vez mais tensa, passei à ouvir o rádio todos os dias, prestando atenção, de forma minuciosa, os nomes de pessoas desaparecidas.
Era uma manhã fria, faltava menos de uma semana para o Natal. E eu já sabia que não seria dos melhores natais. Eu apenas não esperava que seria o pior de toda a minha vida.
Eu estava na cozinha com a cabeça entre meus braços, com a cabeça doendo por mais uma noite não dormida, a neve caía lá fora, e os nomes passavam pelos meus ouvidos. Até que dois nomes em especial fizeram com que meu corpo ficasse mais frio do que o tempo do lado de fora da Toca. Anna Greene e Marcus Greene. Meu coração parou, levantei rapidamente a cabeça e o peso caiu pelos meus ombros.
Não, não, não, não, não.
Meus pensamentos repetiam e levantei-me num rompante da cadeira. Senti alguém na porta da cozinha e o loiro me olhava com os olhos espantados. Ele também entendeu. Ele ouviu o nome dos meus pais, eu não estava delirando pelas minhas noites acordadas.
Era real.
O baque veio forte demais para um corpo já muito fraco. Minhas pernas bambearam e fui de encontro à cadeira outra vez, sentindo minha cabeça pender para frente e meus braços caírem moles ao meu lado. Malfoy me alcançou em segundos e segurou minha cabeça, apoiando ela em seus ombros. E me abraçou.
Eu não consegui corresponder, estava sem forças sobre meu próprio corpo. Nenhuma lágrima veio. Mas meu peito subia e descia rapidamente, e comecei a me sentir sufocada, eu respirava, mas meus pulmões não recebiam o ar. Comecei a entrar em pânico.
– Ivy, respire! Preciso que você respire! - Malfoy me fez encará-lo e fazia movimentos de respiração para que eu o acompanhasse.
Não consegui, e meu corpo começou a ganhar vida tomando a frente o desespero da falta de oxigênio. Estava tendo uma crise de pânico.
Arranquei os braços de Malfoy que me seguravam e corri. Corri porta a fora e não parei quando senti a neve caindo e se derretendo em meu rosto quente.
Ar, eu preciso de ar.
Caí no chão quando meu corpo já havia esgotado toda da sua reserva de energia e encarei o céu tentando puxar o ar pela boca. Meu peito descia e subia. Mas nada absorvia. E minhas vistas estavam escurecendo.
Será que é assim que é morrer? Eu não vou ter nenhuma chance de ajudá-los? De salvá-los?
Não cabe a você, Ivy. As palavras de Fred me atingiram. Mas se não cabe a mim, a quem?
Alguém me chamava ao fundo.
Meu corpo estava gelado.
A neve caía.
Meu corpo conseguiu absorver uma pontada de ar de minha última tentativa.
Mas não era o suficiente.
E então, fechei os olhos. E descansei, em paz.
Quando acordei o céu estava escuro lá fora. Meu corpo estava enfim descansado, e meu pulmão estava cheio de todo o ar necessário. Mas minha cabeça estava aos cacos, e meu coração doía como se tivessem lhe tirado um pedaço.
O pensamento de que eles poderiam estar mortos não parou na minha cabeça. Eles sabiam se cuidar, se virar. E eles estavam fazendo exatamente isso. Mas não deixaria isso só pela conta deles. Eles precisavam de mim, e eu iria ao socorro deles.
Levantei da cama e fui tomar um banho gelado. Saí renovada e sequei meus cabelo colocando uma roupa quente, enrolei o cachecol no meu pescoço e coloquei a touca na minha cabeça, enfiei minhas botas e saí do quarto. A casa estava escura e silenciosa. Estava no meio da noite e todos deveriam estar dormindo. Desci o mais silenciosamente o possível e me dirigi à porta, estava para abrir a tranca quando um braço segurou-me pelo pulso. Levei um susto e quase dou um grito, mas os orbes cinzas que me encaravam seguraram o grito na minha garganta.
– Você está acordada! - ele sussurrou, seu alívio era quase palpável e antes que eu pudesse reagir de qualquer forma ele me puxou para um abraço e me envolveu como uma muralha.
Não sei quanto tempo ficamos assim, mas foi tempo o suficiente para que ele percebesse as minhas vestes e o que eu estava tentando fazer.
– Você está maluca? - ele quase gritou e tampei sua boca com minhas mãos cobertas pelas luvas quentes.
– Cala essa boca, ninguém pode acordar agora! - sussurrei me controlando para não gritar por sua estupidez.
– Qual o seu plano, Ivy? - ele falou nervoso, mas graças a Merlin, sussurrando. - Ir lá fora e sair pendurando cartazes de desaparecidos?
– E se for? - encarei-o mais nervosa do que ele. - Eu tenho que ajudá-los, Malfoy. Não posso ficar esperando essa porcaria de rádio começar a falar o nome de baixas que estamos tendo.
– Você não pode ir nessas condições, Ivy. Você teve um ataque de pânico e ficou desacordada por quase três dias. Tem que se recuperar, espere até o amanhecer e os Weasley vão te ajudar, até o Lupin e a Tonks...
Não consegui prestar mais atenção.
– Três dias?! - Não sussurrei e tampei a minha boca assim que as palavras saíram da minha boca.
Esperei alguns segundos, mas nenhum ruído foi ouvido em toda a casa.
Voltei a falar, dessa vez num sussurro quase inaudível.
– Eu perdi três dias! Não posso esperar mais, Malfoy, não aguento mais um minuto sem estar lá fora fazendo alguma coisa. Eles precisam de mim.
Minhas garganta se fechou e meu corpo tremeu. Minha voz saía desesperada, assim como o meu rosto estava.
Ele pareceu ponderar por alguns segundos. Sua pose se quebrando com a minha feição, mas antes que ele me deixasse sair ele disse:
– Você não pode sair por ai sozinha, Ivy! Por favor espere.
Abracei-o, enterrei meu rosto em seu peito e inalei o cheiro do Malfoy, ainda estava com seu cheiro habitual de menta e perfume caro, mesmo usando roupas dos Weasley, esse cheiro era a sua marca, um cheiro que começou a me trazer paz e conforto - mesmo que eu relutasse a admitir -.
Levantei meu rosto e encarei seu rosto. Ele aparentava estar cansado e da mesma forma que eu há alguns dias atrás, com noites mal dormidas e cabeça cheia. Mas mesmo assim ele mantinha a sua pose de forte e inabalável. Uma coisa que me impressiona nele.
Por isso não relutei em falar:
– Venha comigo.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo!!!!



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