Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!!!
Voltei!

Nesse capítulo vocês vão conhecer o Luke, a alma gemea da Lucy! Eu sei, eu sei que estou enrolando para mostrar o encontro da Kate e do Dan, mas essa é a última vez, juro! É que eu realmente preciso apresentar ele a vcs u.u

[AH, E IMPORTANTE: Eu acho que não mencionei em nenhum dos capítulos anteriores, mas a história se passa na Califórnia, todos os personagens estão lá, exceto o Luke]

Enfim, esse capítulo é para ler ouvindo Walk do Foo Fighters, ou Brand New Me da Alicia Keys, vcs decidem ♥

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/663788/chapter/8

*Luke

–Me desculpe, mas isso é inaceitável! Um rapaz jovem e bonito como você deveria ter uma dama ao seu lado! –exclamava a senhora Murphy, minha cliente fiel, chocada.

–Senhora Murphy, não estamos no século 20! As pessoas podem muito bem ser felizes sozinhas. –tento rebater, mas sei que é inútil. Helena Murphy tem 80 anos de idade e é conhecida por suas opiniões fortes.

–Só me diga de uma vez: qual é o seu problema? –ela pergunta, suspirando.

O que?!

–O que tem de errado com você? É atraente, jovem, mais do que bem sucedido profissionalmente... Por que você não tem ninguém?

–Talvez seja porque eu não quero?! –digo, tentando controlar minha raiva.

–Ah, mas que besteira! Todos nós queremos ter alguém para amar! Faz parte da natureza humana! Me diga, você é infiel?

–Não. –respondo, desistindo de argumentar.

–Tem chulé?

–Não!

–É ruim de cama?

Senhora Murphy! Eu realmente acho que uma pessoa da sua idade não deveria discutir assuntos tão... –começo, mas ao olhar para ela vejo que está com um sorriso malicioso. –Ah, quer saber? Deixa para lá.

–Então só nos resta uma opção: coração partido. –ela diz.

Não respondo nada, e desvio o olhar. Ela não deixa passar despercebido.

–Então é isso! Alguém realmente te deixou traumatizado para namoros! Qual era o nome dela, meu jovem? –ela pergunta, apertando uma de minhas bochechas.

–Se não se importa, eu acho melhor focarmos no verdadeiro assunto dessa reunião. –eu digo, afastando a mão dela gentilmente. –Eu fiz mais alguns esboços do seu novo prédio, e...

–Ah, danem-se os negócios! Responda a minha pergunta: qual era o nome dela?

Largo a pasta com os desenhos e respiro fundo. Aquele sempre foi um assunto proibido para mim, trancado a sete chaves no fundo da minha memória. Não me permitia nem pensar naquilo. Mas aquela senhora ainda me encarava, pedindo respostas e eu percebi que não tinha muita escolha.

–O nome dela era Janice. –respondo, num suspiro. –Nós ficamos juntos por 5 anos, e estávamos prestes a noivar.

–Mas então... o que aconteceu? –ela voltou a perguntar, com um olhar preocupado.

–Eu peguei ela na cama com o meu irmão. Na noite do nosso jantar de noivado. Foi isso que aconteceu, Sra. Murph. Satisfeita? –desabafei, me levantando da longa mesa de reuniões da empresa Murphy & Cia.

–Eu sinto muito meu jovem. –ela disse, em um tom sério, me fazendo parar quando estava quase chegando á porta. –Mas você nunca vai conseguir aproveitar o seu presente se continuar vivendo no passado.

Acenei com a cabeça e fui embora. Lembrar daquela noite já era muito doloroso para mim. Falar sobre ela então era dez vezes pior.

Eu tinha amado ela. Droga, eu iria me casar com ela! E ela havia me traído da pior maneira possível.

E naquela noite, eu terminei tudo e ela me largou pelo meu irmão. Eles se casaram. Tiveram dois filhos lindos e uma merda de final feliz. Não falo com meu irmão, ou com ela desde então. Recebo notícias dos dois durante as reuniões de família, e mesmo isso já é demais para o meu gosto.

Então sim, acho que pode se dizer que eu tive meu “coração partido”. E sim, depois disso nunca mais me envolvi seriamente com ninguém. Mas quem pode me culpar por isso?! Qualquer pessoa faria o mesmo no meu lugar.

E além disso, relacionamentos são perda de tempo. Você acaba percebendo isso quando sai dessa cilada. Sem relacionamentos no meu caminho, me dediquei muito a minha carreira de arquiteto e me tornei um profissional renomado. De certa forma, também tive meu final feliz.

Balanço a cabeça, para me livrar das memórias e dos pensamentos e continuei caminhando para fora daquele prédio (que eu havia projetado, aliás).

Paro numa pequena cafeteria ali ao lado e observo a movimentação. O dia estava completamente cinza e nublado. Pequenas gotas de chuva insistiam em cair do céu, mas mesmo assim a rua estava cheia. As pessoas andavam por todos os cantos, sempre apressadas. Londres realmente nunca parava.

Dou um gole do meu café e pego minha carteira. A coisa mais ridícula é que ainda carrego uma foto dela, de Janice lá. Na foto ela está com os olhos fechados, os cabelos loiros balançando aos ventos, um sorriso sereno em seu rosto. Fecho a carteira com força e continuo prestando atenção nas pessoas ao meu redor, tentando ignorar o aperto que começa a surgir na minha garganta.

Até que um sujeito muito peculiar aparece.

É um homem muito baixo e rechonchudo que eu sei que trabalha para senhora Murphy. Ele corria pela chuva em minha direção, desesperado, gritando:

–Senhor Luke! Luke! Finalmente encontrei o senhor!

Ele se sentou ao meu lado e colocou um envelope amarelo, um pouco molhado em cima da mesa.

–A senhora Murphy me mandou te entregar isso. Ameaçou me virar do avesso se eu não conseguisse encontrá-lo, senhor. –ele disse aliviado, pegando alguns guardanapos e secando sua pele molhada freneticamente.

–Hmm, obrigado...? –digo, enquanto observo o homenzinho correr de volta ao seu prédio.

Abro o envelope e encontro uma carta.

“Antes de ler isso, Sr. Thompson, você tem de admitir o fato incontestável de que eu estou certa e você está errado. Você está desperdiçando sua vida, Luke. Você constrói essa redoma ao seu redor para se proteger de se machucar, mas isso também te impede de ser tocado. É um risco, não acha?

Você precisa de um novo começo. Novos ares, para te ajudar a deixar o passado onde ele pertence:

No passado.

Atenciosamente, Helena Murphy.”

E anexada a carta, estava uma passagem de avião para a Califórnia, acompanhada de mais um bilhete:

“Aceite a proposta e venha trabalhar na nova filial da empresa”

Coloquei a carta e a passagem na mesa, e simplesmente os encarei, atônito.

Em seguida, tirei minha carteira do bolso e tirei de lá a foto de Janice.

–Eu só posso estar ficando maluco. –sussurrei para mim mesmo, quando agarrei firme a passagem de avião para a Califórnia e a carta da Sra. Murphy e deixei a foto para trás.

Talvez algo bom realmente esteja esperando por mim na Califórnia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oii de novo!

Ah Luke, nada demais te espera na Califórnia, só o possível amor da sua vida! ashuashaushusa
Aaaanyway: próximo capítulo, Kate e Dan estarão de volta, prometo!

Por favor, COMENTEEEEEM e me digam o que acharam do Luke u.u

Muito obrigado por ler até aqui!

Até o próximo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Cupido Nem Tão Perfeito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.