Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!
Voltei! Só demorei mais um pouquinho pra postar esse porque queria matar vcs de curiosidade! AHSUASHUASHAUSH, MENTIRA! Fiquei sem internet por um longo e triste período de tempo!

E FINALMENTE CHEGOU O TÃO ESPERADO ENCONTRO DE DAN E KATE!!!!!!!! Só eu estou ansiosa? Só eu? Ok :3
Antes disso, queria agradecer pelos comentários que estou recebendo, sério gente, vcs não fazem ideia de como me fazem feliz ♥

Esse capítulo é para ler ouvindo Ink do Coldplay, ou Lucky do Jason Mraz, ou Up do Olly Murs (não consegui decidiiiiiir) ♥

CHEGA DE ENROLAÇÃO!
Boa leitura!!!!!! >



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*Kate

Foi como se todo o ar tivesse escapado dos meus pulmões e saído para ir dar uma voltinha. Como se todas as células do meu corpo houvessem entrado em combustão.

De repente, aqueles olhos azuis estavam focados em mim, e eu parecia ter esquecido como respirar, como falar, como fazer qualquer outra coisa além de olha-lo.

Ele parecia estar sentindo a mesma coisa. Estava completamente parado, me olhando com aqueles olhos que pareciam um céu cheio de estrelas.

Ele parecia estar sentindo a mesma coisa. Na verdade, foi muito estranho, ficamos parados, simplesmente olhando um para o outro. Quando consegui voltar a agir como um ser normal, me forcei a dizer:

—Hmm... oi?

E ele sorriu.

E céus, se os olhos dele já eram incríveis, seu sorriso era indescritível. Era o tipo de sorriso que era capaz de afastar qualquer vestígio de tristeza. Capaz de trazer o sol de volta em um dia de chuva.

—Oi. –ele respondeu sorrindo, me olhando como se não acreditasse que eu estava realmente ali. E por algum motivo que eu não consegui entender, comecei a rir. Talvez fosse porque a situação toda era estranha demais. Ou talvez porque o olhar dele estava tão intenso em mim que fiquei totalmente sem jeito.

—Hm... Eu sou Kate. Kate Dunne. –disse, estendendo minha mão.

—Eu sei. –ele respondeu, ainda me olhando como se não acreditasse que eu era real. –Quer dizer... Eu sou Daniel, mas pode me chamar de Dan.

Então ele apertou minha mão. Assim que sua pele encostou na minha, meu corpo se arrepiou por completo. Uma espécie de calor tomou conta do meu corpo e eu percebi que aquele clássico clichê dos livros “o toque dele enviou ondas de eletricidade por todo o corpos dela” era realmente possível.

Não soltei sua mão, fiquei aproveitando aquela sensação por mais alguns instantes até cair na real.

“Pelos céus, Kate Dunne! Você é realmente inacreditável! Conhece um cara lindo de matar e ao invés de agir como uma pessoa normal fica parado, totalmente embasbacada!” me repreendi.

—É um prazer te conhecer, Dan. –respondi pensando “realmente... um prazer.”

Ele sorriu para mim e não pude evitar sorrir de volta. Então, pela primeira vez desde o nosso encontro constrangedor, ele tirou os olhos dos meus e fitou nossas mãos, ainda unidas.

Balançou a cabeça, sorrindo e disse:

—Éhr... desculpe por isso. E pelo esbarrão.

“Ah, eu te deixaria esbarrar em mim quantas vezes você quisesse, querido” pensei, mas ao invés disso respondi:

—Não foi nada.

—É que... eu acabei de chegar na cidade e queria saber como posso me inscrever para o curso de fotografia aqui da faculdade. –ele disse, apontando para o prédio atrás de nós. –Vi você saindo de lá, e pensei... que quem sabe poderia me ajudar. Ainda estou um pouco perdido.

Por algum motivo, me pareceu que ele estava repetindo as palavras de outra pessoa, aquela desculpa não me soava muito espontânea. Mas percebi que só havia nós dois ali e afastei o pensamento.

—Ah, eu faço jornalismo! Mas eu posso te ajudar. A secretaria fecha aos fins de semana, mas posso te levar até lá na segunda. Se você quiser, é claro. –disse, torcendo para que ele aceitasse.

Sim!—ele respondeu. –Quer dizer... É, segunda me parece ótimo.

Ri do seu embaraço e olhei mais uma vez para aquele garoto. Algo dentro de mim me dizia que eu o conhecia de algum lugar. Aquele arrepio que me percorreu quando nossas mãos se encontraram era muito familiar para ser a primeira vez que aquilo acontecia.

—Me desculpe, mas... Nós já nos conhecemos? Porque eu sinto que te conheço de algum lugar, mas não consigo me lembrar de onde. E acredite, se eu já tivesse me encontrado com você pode ter certeza que eu não te esqueceria de jeito nenhum. –disse, sem pensar.

Ele me olhou, totalmente surpreso e eu percebi o que havia feito.

Ai meu Deus, eu não disse essa última parte em voz alta, disse? –perguntei, levando uma mão para a testa e me segurando para não dar um soco em mim mesma.

—Disse sim. –ele respondeu, sorrindo ainda mais.

—Dá pra parar de rir? Eu já estou me sentindo envergonhada o suficiente. –pedi, sorrindo.

—Vamos começar de novo? –ele propôs.

—Por favor.

—Oi, eu sou Daniel. –ele disse, estendendo a mão mais uma vez.

—E eu sou uma idiota que fala sem pensar. –respondi, apertando sua mão. –Prazer em conhecê-lo.

Ele riu mais uma vez, e sua risada era tão contagiante que acabei rindo também, até que ele balançou a cabeça e respondeu:

—Eu não acho que você me conheça, como eu disse, acabei de chegar na cidade.

—Ah, então acho que foi só impressão minha. –falei, mas não acreditei naquilo nem por um segundo. A presença dele era muito familiar para ser só uma impressão.

Ele olhou para baixo, embaraçado e eu percebi: era hora de dizer tchau. Afinal, ele queria uma ajuda, e eu não podia oferecê-la naquele momento, isso encerrava o assunto.

—Então... é isso. –ele falou.

—É isso. –respondi, mordendo o lábio.

—Tchau, Kate.

—Tchau, Dan.

Ia erguer minha mão para cumprimenta-lo, mas então percebi que nossas mãos ainda estavam unidas. Ri da situação e soltei minha mão suavemente da dele, ignorando os arrepios. Me virei e caminhei para ir embora, torcendo para que ele fizesse alguma coisa, qualquer coisa. Eu não queria me despedir, havia algo nele, uma energia, que me atraia de um modo que eu não era capaz nem de começar a explicar.

Por isso quando ele exclamou:

—Kate, espere!

Eu não pude evitar soltar um suspiro enorme de alívio. Parei e me virei imediatamente. Ele caminhou até mim e disse:

—Hmm... Você quer caminhar um pouco, sei lá, tomar alguma coisa? É que, como acabei de chegar acho que seria útil ter um amigo e você me parece uma pessoa muito legal...

Sim!—respondi, rápido demais e alto demais. –Quer dizer... È, eu não quero ir para casa tão cedo de qualquer maneira.

E era verdade, não estava nem um pouco disposta a ter que lidar com meus irmãos ou voltar a pensar em nossa mãe.

—Ótimo! Só tem um problema... Eu acabei de perceber que eu não conheço nenhum lugar. –ele disse, levando a mão até a testa.

Eu sorri e afastei o braço dele de seu rosto.

—Sorte sua que eu conheço. Você já foi em Venice Beach?

—Não, na verdade eu ainda não fui a praticamente lugar nenhum.

Como assim você esta na Califórnia e ainda não foi até Venice Beach?!—exclamei, fingindo estar muito espantada. –Nós temos que resolver isso agora mesmo! Você se importa se meu pai nos der uma carona? Eu realmente não quero pegar metrô essa hora.

—Sem problemas! –ele respondeu. Liguei para meu pai e ele chegou num piscar de olhos.

—Uau, chegou rápido! –disse para ele, quando estacionou ao nosso lado.

—Estava por perto resolvendo umas coisas. –ele respondeu. –Vamos para casa?

Olhei para Dan e mordi os lábios.

—Na verdade pai... Será que você podia nos deixar em Venice Beach?

Nos deixar? Venice Beach? –meu pai perguntou, totalmente confuso.

Fiz um sinal para Dan se aproximar e expliquei:

—Hmm... pai, esse é o Daniel. Daniel, esse é o meu pai, Kile Evelyn.

Tem algum jeito dessa situação ficar ainda mais constrangedora?!

Dan fez um aceno tímido, e meu pai perguntou.

—Então, vocês... quer dizer... esse é o seu jeito de me apresentar seu namorado, Kate? Porque não é muito bom. –meu pai disse, olhando de Dan para mim.

É, tem como ficar mais constrangedora sim.

—Não, pai! Céus! Nós somos amigos! Dá pra só dirigir... Por favor?! –pedi, querendo morrer ali mesmo naquele momento.

—Ok, ok! Não precisa se estressar! –ele respondeu, rindo. –Entrem aí.

Resolvi ir no banco de trás com Dan, que me encarava sorrindo. Sem emitir nenhum som ele disse “esse é seu modo de me apresentar seu namorado?”

—Ah, cale a boca. –respondi rindo.

—Eu não estava falando nada. –respondeu meu pai confuso, o que só fez Dan e eu rir ainda mais.

—Então, por que vocês querem ir até Venice Beach? –ele perguntou.

—Dan é novo na cidade e eu pensei que seria uma boa ideia apresentar a praia á ele. –expliquei.

—Ah, odeio aquela praia! Se lembra daquela vez que levei você e seus irmãos até lá e você começou a comer areia? Tivemos que te levar ao hospital! –papai exclamou.

Dan deu risada e disse:

—Aposto que o gosto era ótimo.

—Melhor do que você imagina. –respondi sorrindo. –Pai, será que dá para deixar as histórias constrangedoras para depois?

—Você devia ter uns cinco, quatro anos de idade. –ele continuou, ignorando meu pedido. –Sua mãe ficou maluca!

A simples menção a ela fez meu sorriso desaparecer. Papai percebeu e murmurou:

—Kate, eu não...

—Esquece pai. –respondi, desviando o olhar até a janela. Sentia Dan me olhando, mas não consegui reunir forças para explicar a história para ele. E nem precisei, pois após alguns segundos, papai exclamou:

—Chegamos! Divirtam-se crianças, não se esqueça de me ligar quando quiser voltar, Kate. Não façam nada que possam se arrepender depois!

Praticamente pulei do carro, ansiosa para ir embora. Se tivesse que pagar mais um mico daqueles iria voltar a enfiar o rosto na areia.

Quando papai foi embora, Dan parou por um momento e me encarou com um sorriso de lado no rosto.

—Seu pai é... –ele começou.

—Eu sei. –respondi, rindo.

—Sabe Kate, eu iria te levar para comer alguma coisa, mas acho que você prefere um bom punhado de areia. –ele disse e eu ri, dando um pequeno empurrão nele.

Vi um carrinho de algodão doce e praticamente arrastei Dan até ele. Algodão doce era meu paraíso. Pedi dois, o meu era rosa e o de Dan verde. Puxei a carteira para pagar, mas então algo estranho aconteceu. O vendedor parou por um momento, como se estivesse escutando alguém, então seus olhos se iluminaram e ele exclamou:

—Esses são por minha conta!

Olhei para Dan confusa, mas ele simplesmente deu de ombros. Resolvi deixar aquilo para lá, e levei Dan até a praia. Enquanto caminhávamos pela beira do mar, disse:

—Me desculpe por aquilo. Suponho que nem todas as garotas apresentam seu pai maluco no primeiro encontro.

Dan parou de caminhar, e com um sorriso sugestivo perguntou:

—Isso é um encontro? Porque se for, eu teria me vestido melhor, te levado umas flores e bombons... Se bem que eu acho que você iria preferir um bom pote de areia.

Nós rimos tão alto que as pessoas ao nosso redor pararam para nos encarar, mas eu não me importei nem um pouco. Já havia um bom tempo que eu não me sentia tão viva como naquele momento.

—Você é impossível. –murmurei para Dan.

Enquanto caminhávamos, sentia seu olhar em mim o tempo todo. Tão intensamente que não pude evitar corar. Reuni coragem e me virei para ele.

O que foi?

Ele pareceu confuso.

—Nada.

—Por favor, pare de me encarar. Eu nunca sei o que fazer quando as pessoas me encaram. –expliquei, voltando a olhar para baixo.

—Isso que você está fazendo funciona bem. –ele disse.

—Mas eu não estou fazendo nada. –disse, confusa. –Eu estou totalmente envergonhada procurando algum buraco para enfiar a cabeça.

Ele sorriu e respondeu:

—Exato. Você não faz ideia de como fica linda quando está envergonhada.

Parei de caminhar, sentindo minha pulsação acelerar. Ele devia ter percebido minha expressão, pois perguntou:

—Eu falei isso em voz alta?

—Falou sim. –respondi sorrindo.

—Bem, eu devia dizer que estou arrependido, mas não posso me arrepender de dizer a verdade. –ele respondeu, dando de ombros, e mordendo seu algodão doce.

Sorri, olhando para baixo e terminei de comer o meu.

—Então... Você gosta de fotografia? –perguntei e Dan me olhou como se houvesse esquecido daquilo.

—Sim! Eu... Eu adoro. É uma pena que eu não trouxe minha câmera. A vista daqui é muito bonita. –ele murmurou, me olhando.

—É, essa praia é realmente linda. –respondi, virando o rosto para o mar. Mas quando virei para Dan percebi que ele ainda me olhava.

—É... Eu estava falando da praia. –ele murmurou, sem jeito.

Percebi o que havia acabado de acontecer e parei de caminhar.

—Quer dizer... A vista daqui também não é tão ruim. –falei, olhando intensamente para Dan e sorrindo. Ele sorriu de volta e um silêncio se instalou entre nós dois.

Tirei minhas sapatilhas para sentir a água do mar nos meus pés e fechei os olhos, sentindo o vento salgado acariciar meu rosto e fazer meus cabelos balançarem. Senti uma paz imensa se instalar em meu peito.

Até que um brilho enorme me fez abrir os olhos, e vi Dan segurando uma máquina fotográfica antiga, que revelou minha foto naquele mesmo instante. Ele sorriu e pegou a foto. Em seguida se virou para uma mulher atrás dele e entregou a máquina, agradecendo.

—Desculpa, é que... Essa era uma vista linda demais para ficar guardada só na memória.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
ENTÃOOOO, O QUE ACHARAM!!! *0*

GENTE, QUÃO FOFO É O DAN? NÃO CONSIGO CALCULAR!
COMEEENTEEEEEEEEEEEM PLEEEASEEE!

Chega de Caps >
Até o próximo! :3



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