Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!
Voltei com capítulo novo!

Nesse capítulo vcs finalmente vão conhecer o Ben, a tal alma gemea da Kate, e vão ver um pouco mais de Daliah (a melhor amiga dela, do segundo capítulo. Quem lembrar ganha um chocolate!)

O último capítulo só teve um comentário e eu to meio paranóica me perguntando se fiz alguma coisa errada '-' Enfim, contem pra mim depois e eu posso tentar consertar.

Esse capítulo é para ler ouvindo Runaway Baby do Bruno Mars ou I Bet My Life do Imagine Dragons, vcs decidem ♥

Boa leitura ♥



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*Ben

O processo já me era tão natural quanto respirar:

1-Levantar da cama delicadamente

2-Recolher toda as minhas roupas

3-E o mais importante: Ir embora antes dela acordar.

Todo fim de semana funcionava assim para mim: Sair na sexta-feira á noite para uma balada qualquer, encontrar um garota qualquer, e com um pouquinho de sorte só voltar para casa no sábado de manhã.

A garota da vez era uma ruiva espetacular. O nome dela era Tiffany. Ou será que era Patty? Ah, quem se importa.

Me levantei da cama o mais lentamente o possível e comecei a procurar minhas roupas pelo quarto dela. Estava quase completamente vestido, só faltavam as minhas calças que não queriam aparecer de jeito nenhum! Observei a ruiva começar a se remexer na cama e percebi que não tinha muito tempo. Tinha que me apressar, quando ela acordasse eu devia estar bem longe dali.

Finalmente, encontrei minhas calças embaixo da cama (quem diria?) e sai da casa da garota imediatamente. Quando cheguei na rua dei um suspiro de alivio e sorri, satisfeito comigo mesmo. Olhei ao redor tentando descobrir onde eu estava, e assim que me localizei comecei a caminhar para a estação de metrô mais próxima.

No meio do caminho senti meu celular vibrar em meu bolso, e quando o desbloqueei, quase cai para trás:

Vinte e sete ligações perdidas. Algumas de minha mãe, mas a maioria de Daliah, minha melhor amiga e companheira de festas. Ligo para ela na mesma hora.

–Oi Daliah! –digo, enquanto atravesso a rua.

–OI? Você desaparece por um dia inteiro e só fala oi? OI?! –ela grita. Literalmente. Daliah era uma pessoa alta.

–Eu dei sorte, ué. Consegui uma ruiva espetacular. –falei maliciosamente, me gabando.

–Argh, me poupe dos detalhes. Quem você disse que era para a coitada? –ela perguntou.

–Ela acha que meu nome é Ricardo Sanches, e que meu pai é um mafioso.

–Tá brincando, né? Ela acreditou nisso?

–Depois de umas boas doses de Martini ela poderia acreditar que eu sou o papai Noel.

Daliah dá uma gargalhada, mas logo volta a ficar séria.

–Não aja como se tudo estivesse bem! Eu fiquei muito preocupada com você!

–Ah, como se você tivesse passado a noite em casa, né? –pergunto, já sabendo a resposta. Daliah nunca saia de uma balada desacompanhada.

–Isso não vem ao caso! Eu fiquei preocupada com você o tempo todo! Quer dizer... não o tempo todo. Durante algumas horas da noite eu estava fazendo coisas mais... prazerosas.

–Argh! Me poupe dos detalhes! Tenho que ir sua pervertida, depois a gente se fala! –falei, desligando a ligação.

Daliah e eu éramos amigos á tanto tempo que eu nem me lembro quando a conheci. Só sei que foi amizade instantânea, quando me dei conta, viramos parceiros de crime. Eu arrumava alguns caras legais para Daliah e ela me arrumava algumas colegas. Depois de um tempo, decidimos que caçar uma presa sem ajuda era mais divertido.

Mas apesar de todas as nossas noites malucas juntos, nunca pensei em Daliah de outra forma que não fosse como uma amiga. Nós sabíamos que não éramos o tipo de pessoa com quem se tem alguma coisa séria.

Quando finalmente cheguei em casa, encontrei minha mãe, Wanda, furiosa me esperando.

–Eu só vou perguntar uma vez, Ben. Onde você estava? –ela falou, me lançando um dos seus famosos olhares de fúria que querem dizer “sorte sua que eu não tenho visão de raio laser”.

Mordi os lábios e tentei pensar rapidamente um uma mentira.

–Estava com Daliah. Nós estávamos fazendo um projeto para a faculdade. –disse, torcendo para que ela acreditasse.

–Não, você não estava. Eu liguei para a casa de Daliah ontem á noite e ela não estava lá, e muito menos você. E vocês nem estudam na mesma faculdade, Ben. Tem que aprender a mentir melhor. –ela disse, séria. Mas então seu rosto logo se abriu num sorriso. Essa era a minha mãe. Por mais que ela tentasse evitar, ela era a pessoa mais doce do mundo e não havia ninguém nessa terra que eu amasse mais do que a ela.

–Vai tomar um banho, e depois desce para almoçar. –ela ordenou, exibindo sua face séria novamente.

–Sim senhora, capitã! –exclamo, subindo as escadas até meu quarto.

Tomo um banho rápido e logo desço. Minha mãe está preparando nosso almoço e eu paro um pouco na entrada da cozinha para observá-la. O cabelo está começando a ficar branco, e sua pele já viu dias melhores. Mas ela continua sendo a mulher mais linda de todo o mundo para mim. Eu sei que toda aquela exaustão era em parte por minha culpa. Assim que eu nasci meu pai foi embora, e minha mãe me criou sozinha. Trabalhou em dois empregos a vida inteira, mas nunca me deixou faltar nada. Nem renascendo mil vezes eu conseguiria pagar a divida que tinha com aquela mulher.

–Vai ficar aí me olhando ou vai vir almoçar? –ela perguntou, sem olhar para trás.

–Ah, qual é, você tem olhos atrás da cabeça agora? –pergunto assustado, caminhando até a mesa.

–As mães sabem das coisas. –ela responde, piscando.

Ela enche meu prato com uma boa quantidade de macarrão com molho de tomate, meu favorito, e se senta a minha frente.

Enquanto comemos, ela me observa e mexe na comida impacientemente. Vivemos juntos a tempo suficiente para eu saber que alguma coisa não está certa.

–O que foi, mãe? O que você quer me falar? –pergunto.

Ela me olha nos olhos, respira fundo, e começa:

–Ben, eu não vou brigar com você. Eu sei que essas noitadas são sua diversão, mas... Eu sou sua mãe, e sempre vou querer o melhor para você. Eu queria que você encontrasse uma garota legal, que pudesse te fazer feliz e se acomodasse de uma vez por todas.

Dou mais uma garfada na minha comida, ganhando tempo para pensar. Tento ao máximo não demonstrar a ela como suas palavras me atingiram.

–Não vai acontecer tão cedo, mãe. Esse pássaro aqui não está afim de ser enjaulado. –respondo, dando meu melhor sorriso. –Eu vou terminar isso aqui no meu quarto, ok?

E sem esperar pela resposta dela, saio da cozinha. Assim que me distancio, meu sorriso morre.

Ah se ela soubesse o quanto eu quero encontrar uma mulher que consiga despertar meu interesse! O vazio dentro de mim cresce a cada dia, e a única coisa que eu quero é ter alguém ao meu lado...

Mas depois de tantas noites de diversão vazia, com inúmeras garotas erradas, eu já estou convencido de que não tem ninguém para mim lá fora.




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Notas finais do capítulo

[Ps: Andrew Garfield, meu eterno Spider]
Oii de novo!!
Esse finalzinho faz a gente pensar em como o Dan é um péssimo cupido, né? ahsuhausha
Sei que vcs provavelmente devem estar pensando que o Ben é meio "errado", mas ele é uma pessoa (personagem, whatever) boa, só não encontrou a garota certa ainda! (pq será né)

Enfim, ainda to com medo de ter feito algo errado no capítulo anterior, se foi esse o caso, COMENTEM e eu posso tentar dar um jeito :c
COMEEENTEEM PESSOAS, PLEEZE! Vcs não sabem como fico paranóica quando ninguém comenta! aushuahsuahs

Muito obrigado por ler até aqui! Vc é uma pessoa incrivel!
Até o próximo!



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