Um Cupido Nem Tão Perfeito escrita por Vivs


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas!
Antes de qualquer coisa, me desculpem pela demora. Esse final e começo de semana foram uma loucura para mim e como eu posso resolver os problemas dos personagens se não consigo nem resolver os meus? Mas enfim, chega de blá blá blá, ninguém se importa com isso e vcs merecem um capítulo novinho em folha!

Esse aqui é para ler ouvindo Gone Gone Gone do Phillip Phillips ou Tenerife Sea do meu senpai master Ed Sheeran, vcs decidem ♥

Boa leitura!



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*Dan

Eu havia sonhado com aquele momento tantas vezes, que eu nem conseguia acreditar que estava realmente acontecendo.

Kate estava ali, bem ao meu lado. Com os pés descalços, os cabelos ao vento, a alça da blusa ligeiramente caída em seu ombro...

E ela estava olhando diretamente para mim. Não estava só sentindo minha presença, ela sabia que eu estava ali e isso mudava tudo.

Meu coração saiu de ritmo quando ela me deu um sorriso tímido, com seus olhos mais verdes que o mar brilhando. E eu estava encantado demais para dizer qualquer coisa.

–Vem... quero te levar para um lugar especial. –ela disse, baixinho, segurando minha mão. Quando nossas mãos se encontraram, meus dedos se entrelaçaram aos dela rapidamente. Foi tão... natural. Parecia que nossas mãos haviam feitas para se encaixarem uma na outra.

O toque de Kate, ter a pele dela na minha pele, era algo inexplicável. Era como a sensação que se tem quando você está em um lugar muito alto e sente que vai cair.

Até faz sentido, eu estava totalmente caidinho por ela.

Ela me guiou pela beira do mar até um pequeno agrupamento de rochas que, se ela não houvesse me mostrado, eu nunca teria sido capaz de reparar.

–Tem uma pequena gruta ali no meio. È linda, e é o lugar perfeito para observar o pôr do sol. Só tem um problema... Para chegar até lá, nós precisamos andar sobre essas rochas e elas são muito escorregadias. –ela falou, me olhando de uma maneira que fazia um pequena ruginha de preocupação se formar na testa dela.

–Se você estiver lá, eu também vou estar. Não importa aonde. –respondi, sem pensar. Pode parecer cafona ficar dizendo coisas como essas o tempo todo, mas eu queria fazer Kate perceber o quão era especial para mim. Porque ela era mais que especial.

Ela sorriu mais uma vez, e agarrou firme minha mão. Subimos nas rochas molhadas pouco a pouco e começamos a caminhar. Um dando equilíbrio ao outro, e tudo parecia estar indo bem, estávamos quase chegando lá, quando Kate escorregou.

Minhas mãos agiram mais rápido que o meu cérebro, e agarraram Kate pela cintura antes que ela pudesse cair. Puxei seu corpo em direção ao meu, e apertei mais sua cintura. Ela olhou para mim, com uma mistura de surpresa e alívio estampada no rosto. Mas seus olhos tinham uma aparência totalmente diferente e seu olhar estava posicionado diretamente para minha boca.

Foi então que eu percebi.

Nós estávamos a centímetros de distância um do outro, cada centímetro de nosso corpo estava colado. Me sentindo um pouco constrangido, dei um passo para trás e tirei minhas mãos da cintura de Kate.

–Você está bem? –perguntei, genuinamente preocupado e ainda me sentindo envergonhado

–Graças a você. –ela respondeu, e podia ser minha mente me pregando peças, mas por um momento ela pareceu quase decepcionada quando me afastei mais dela.

–Vamos, temos uma gruta para encontrar. –disse, segurando mais uma vez sua mão.

Em poucos minutos estávamos lá, e Kate tinha razão, o lugar era realmente lindo. A água no chão causava vários reflexos e ondulações coloridas nas paredes de rocha. Pela abertura da frente, nós tínhamos uma vista completa do mar e do sol se pondo sobre ele.

Kate se sentou em um canto e me juntei a ela.

–Aquela... aquela conversa sobre minha mãe, no carro. –começou ela, com o olhar perdido no mar. –Eu sinto que devo te explicar o que foi aquilo.

–Você não precisa me dizer nada, a não ser que se sinta confortável. –respondi, mas eu já sabia de tudo. Afinal, havia passado os últimos meses acompanhando Kate e sabia da doença de sua mãe e de como ela se sentia em relação a isso.

–Por mais incrível que pareça, pela primeira vez, eu me sinto confortável para falar sobre isso. –ela suspirou. –Minha mãe... está com câncer. E antes dela descobrir e ser internada, ela e meu pai haviam acabado de separar, e nós tivemos uma briga muito feia. Eu disse... coisas horríveis para ela. Estava chocada demais, minha vida parecia estar virando de cabeça para baixo depois do divórcio. Eu me afastei dela, mas então os médicos descobriram. E tudo que já estava ruim ficou pior ainda.

Eu sabia que Kate estava tentando ser forte, mas uma lágrima rebelde acabou escorrendo por sua bochecha. Me aproximei dela, e acariciei seu rosto, secando sua lágrima.

–Todos cometem erros, Kate. Eu tenho certeza que ela já te perdoou.

Kate soluçou e tentou se recompor.

–A coisa mais difícil é... ver meu pai, tentando cuidar de nós e ter que fingir estar bem para os meus irmãos mais novos.

Mais lágrimas começaram a rolar e não havia nada que eu pudesse dizer para melhorar a situação. Só havia uma coisa que eu pudesse fazer. Me aproximei dela e ofereci um ombro amigo, que ela aceitou sem hesitar. Enquanto suas lágrimas rolavam, minha mão acariciava seus ombros, num abraço.

Pouco a pouco, os soluços de Kate foram parando e as lágrimas acabando. Ela ergueu a cabeça e olhou para o pôr do sol.

–Lindo, não é? –ela me perguntou baixinho.

Mas eu não estava prestando atenção no sol. Tudo que eu conseguia ver era a garota linda na minha frente, e as ondulações coloridas da gruta refletidas em sua pele clara.

–No momento, eu estou focado em algo ainda mais lindo. –eu sussurrei.

Foi quando seu olhar encontrou o meu e eu não pude me controlar.

Já havia esperado tempo demais.

Sem pensar duas vezes, acariciei a bochecha de Kate, levando seu rosto ao meu e a beijei.

Foi delicado e devagar. Os lábios de Kate eram macios, doces e sua pele quente. Meu coração batia tão rápido que eu não conseguia ouvir meus próprios pensamentos. Simplesmente aquilo parecia ser tão... certo.

Tão delicadamente quanto havia começado, afastei meus lábios dos dela, com olhos ainda fechados, saboreando cada momento. Quando os abri, os dela estavam me aguardando.

Isso foi... –ela começou a dizer. Suas bochechas estavam rosadas e ela olhava para baixo envergonhada. Não pude evitar sorrir.

Kate, eu... –eu devia dizer que sentia muito, mas não sentia. Uma sensação de plena alegria havia tomado conta do meu ser e eu não estava nem um pouco arrependido.

Como alguém pode se arrepender de realizar seu maior desejo?

–Eu não consigo acreditar que te conheci hoje. –ela disse balançando a cabeça e rindo.

Então uma ideia surgiu na minha mente.

–Então vamos começar aos poucos. Fazer isso como deve ser. –eu disse. Ela me olhou intrigada.

–Como assim?

–Que tal um encontro? Um encontro oficial, só eu e você. –propus, observando um sorriso se formar nos lábios dela.

–Sem pais constrangedores ou histórias melodramáticas? –ela perguntou.

–Soa perfeito para mim. –respondi, sorrindo.

–Ah, então sinto muito. Esses são os únicos tipos de encontro que eu aceito ir. –ela disse, e logo começamos a rir, o som de nossas vozes preenchendo a pequena gruta.

Observamos o sol terminar de ir de encontro ao mar, abraçados um ao outro. Sem nenhuma palavra, aproveitamos o momento e a companhia um do outro. Quando a noite chegou, deixamos a gruta e voltamos para a praia. Caminhamos á beira do mar mais uma vez e trocamos as piadas internas que já tínhamos em tão pouco tempo e falamos sobre outras coisas, qualquer coisa. Falamos sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada. Toda vez que Kate sorria, ou nossos olhares se cruzavam, meu coração acelerava mais um pouco.

Os olhos dela brilhavam mais que o próprio mar ou as estrelas acima de nós, para mim. Todas as pessoas ao nosso redor eram um borrão colorido.

Naquele momento éramos só nós dois, e se eu pudesse, eternizaria aquilo.

Mas é claro, a hora chegou, e o pai de Kate veio nos buscar.

–Então Dan, gostou de conhecer mais a cidade? –ele me perguntou, quando entramos no carro.

–É a mais bonita de todas. –eu respondi, olhando em direção á Kate, que sorriu e desviou o olhar para a janela.

Pedi que ele me deixasse na frente do prédio de Lucy e Kate desceu do carro junto comigo para se despedir.

–Amanhã, ás sete em ponto, na frente da faculdade. É bom que planeje um encontro incrível para mim, Daniel, eu não sou fácil de impressionar. –ela disse, tentando soar severa, mas o sorriso em seus lábios a entregava.

–Vou tentar evitar pais nostálgicos ou lugares com muita areia. –respondi.

Então a hora de dizer adeus havia chegado. Minha vontade era agarrá-la ali mesmo e lhe dar outro beijo, mas seu pai estava no carro bem ao nosso lado, olhando diretamente em nossa direção.

Então, ao invés disso, agarrei sua mão e depositei um pequeno beijo ali.

–Tchau, Kate.

–Tchau, Dan. –ela disse. Observei enquanto ela entrava no carro e ia embora.

Suspirei por um momento, relembrando todos os detalhes daquela tarde perfeita. Tirei sua foto do bolso e entrei para o prédio.

Subi as escadas até o apartamento de Lucy, e bati na porta. Ela atendeu e havia algo muito intenso no modo como ela olhava para mim. Vi Ivye em um canto da sala, me olhando duramente.

–Como foi sua tarde? –ela perguntou.

–Foi ótima. Mais poderia ter sido ainda melhor. –respondi, pensando no último beijo que não tive a oportunidade de dar em Kate.

As coisas podem sempre melhorar. –Lucy respondeu.

E fiquei completamente chocado quando ela simplesmente correu em minha direção, me envolveu em seus braços e me beijou.


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Notas finais do capítulo

Chocados? Surpresos? Tudo vai ser explicado depois, JURO!!!!

EEEEENFIM, se vc gostou desse capítulo, ou msm se não tiver gostado, deixe um comentário aí embaixo :)
Vou tentar não atrasar o próximo, ok?
Muuuito obrigado por ler até aqui!
Até o próximo