Dcaa escrita por NMCMsama


Capítulo 3
Busca do Slender man - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora povo! Mas essa fic será mesmo atualizada aos poucos!
Espero que gostem!



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— Temos que usar câmeras de vídeo durante a nossa busca. – Expliquei enquanto exibia a dita câmera para os meus companheiros. Sinceramente, estava duvidando e muito que consigamos capturar o Bob (também conhecido como Slender man), afinal os profissionais, oriundos do submundo, exímios caçadores de almas perdidas e outros fugitivos dos reinos do poderoso Hades, os famosos e temidos ceifadores pareciam completos tapados no manejo da tecnologia humana.

— Eu te ordeno que roube a imagem e armazene! – Disse Noir a seu aparelho de câmera. Tentei não rir. Temi que o pequeno príncipe das trevas me reduzisse a papa ectoplasmática se eu tirasse sarro dele. Ainda mais não podia negar que era de certa forma fofo ver alguém com tamanho poder ser incapaz de apertar o botão de liga de aparato eletrônico.

— Ele não funciona assim... – Disse, mas percebi que alguns risinhos escaparam de minha fala. Noir me encarou. Ops... Olhar raivoso. Nada bom.

— O Eric tem razão, essa máquina humana não é igual ao oioide. – Falou Otto, solicito.

Sim, os oioides... O nome é esquisito sendo ainda pior a criatura a que se refere. Lógico que no submundo não existe os aparatos eletrônicos como na Terra, mas isso não significa que eles não tenham a sua própria tecnologia. Se posso chamar aquelas coisas macabras e nojentas de tecnologia. Uma destas “coisas” é o oioide, um ser esférico, peludo, dotado de oito olhos de diversos tamanhos e cores em uma de suas faces. Esse ser flutua com suas pequenas asinhas de morcego. Normalmente os olhos estão fechados, mas ao serem comandados se abrem e passam a capturar a imagem do que seus numerosos globos oculares veem. Depois, se quiser ver o que foi gravado basta retirar um dos olhos do oioide (não se preocupem, quando um olho lhe é arrancando outro novo nasce no lugar) e colocar em um dispositivo chamado de Visor (muito parecido com um retroprojetor), com isso se pode ver o que captado por um dos olhos ainda vivos da criatura. Esses olhos podem ser guardados para assistir posteriormente, na verdade esse ato é muito recorrente no submundo. Ter olhos contendo trechos de noticiários, outros novelas e seriados. Eu, particularmente, ainda não estou acostumado a pegar esses glóbulos pulsantes na locadora de olhos da esquina de onde moro para assistir algum filme novo do reino de Hades. Sinto saudades dos Dvds... Pelo menos eles não escorregam e nem ficam te mirando com intensidade inquietante.

— Sim, Otto está certo. – Tentei explicar – Só tem que apertar no botão verde que irá começar a filmar...

Noir não parecia muito convencido, mas decidiu apertar o dito botão mesmo assim e ficou impressionando ao ver que de fato a imagem está sendo capturada e se podia ver em um visor do aparelho humano. Otto estava afoito com sua própria câmera, filmando tudo, desde as folhas, casca de árvores e até mesmo os próprios pés e mãos. Bill, por sua vez, segurava o aparelho que nem uma arma, apontando o visor para a escuridão, esperando o ataque surpreso de Bob, provavelmente.

— Bem... Fomos informados que o Slen... O Bob... Afeta de alguma forma as câmeras, por isso, usaremos esses aparelhos como sensores, caso ele estiver por perto iremos saber. Só não entendo o porquê do Bob afetar as câmeras...

— Timidez. – Respondeu o príncipe do submundo, falava como fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Bob nunca gostou de ser filmado, creio que ele não se achava muito fotogênico. – Continuou a esclarecer Noir. Eu ainda estava tentando adaptar a minha mente com a realidade que o temível Slender man tinha o nome Bob, agora descubro que ele é tímido?!

— Deve ser algo relacionado a cara. – Otto indicou o próprio rosto – Digo, ele nem tem cara, o coitado! Uma vez, desenhei bigodes nele enquanto estava dormindo! Foi hilário!

Bill pigarreou, mas podia ser uma gargalhada contida.

— Vocês conhecem o Bob? – Quis saber, afinal, pareciam que sabiam muitas coisas de natureza intima da criatura fugitiva.

— Ele usa terno! – O excêntrico ceifador de gravata de coloração berrante falou apontando para a própria roupa.

— E...?

— Todo o funcionário do governo do submundo usa terno. – Informou Bill.

Nem tinha notado isso! Isso é verdade, até eu mesmo uso um terno!

— E-ele trabalha para Hades? – Perguntei, ainda mais curioso. Talvez ele fosse um inquisidor, julgando as almas pecadoras dos mortais, ou mesmo um ceifador!

Trabalhava. – Corrigiu Noir.

— E o que ele fazia antes?

— Era professor de artes.

Crack!

Esse foi o som do despedaçar da figura hedionda que tinha criado. O ser alto de terno e sinistro, que capturava pessoas nas florestas. Personagem principal de diversos jogos e contos de terror... Tinha o nome Bob, era tímido para as câmeras e ainda mais fora professor de artes do submundo.

Céus... Ter morrido e me tornando um fantasma, servir a Hades no meu pós-morte, está destruindo todas os meus medos que tive quando vivo. Na verdade me sinto meio que idiota por ter ficando noites sem dormir após o jogar o game de buscar as páginas em meio a uma floresta escura e sendo perseguido por Bob... Bob, o professor.

— Se eu contasse para algum vivo, nunca acreditaria... – Resmunguei.

A verdade pode ser bastante reveladora.


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Notas finais do capítulo

e aí gostaram??!!
Eu mesmo quero ter um oioide particular.
E o professor Bob??



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