Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 8
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

VOLTAMOS!!
Aqui mais uma att pra vocês, esperamos que gostem e se deluciem com esse new daddy ;)
BOA LEITURA!



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Oliver Queen.

Suspirei irritado ao ver o sinal se fechar a minha frente. Meu mundo todo tinha explodido em minhas mãos e não tive tempo para processar toda a informação. Meu cérebro estava congestionado, e apenas algumas palavras eram claras.

Connor era meu filho.

O filho que me foi negado, tirado de minhas mãos sem nem ao menos tê-lo ainda. Escutei uma buzina soar longamente atrás de mim depois de uma série de xingamentos. Com a pouca paciência que ainda restava em meu corpo acelerei o máximo que pude até chegar a cave.

Eu precisava socar alguém, extravasar tudo, antes que fizesse alguma besteira e me arrependesse depois. Joguei a moto de qualquer jeito e corri até o primeiro boneco de pancada, socando sem intervalo. A raiva, a frustração e uma pontada de tristeza emaranhados em completa confusão.

O suor escorria por meu corpo, quente, os olhos de Connor em minha mente, os de Felicity também. Sandra era a culpada, ela me privou de criar meu próprio filho ela era inteiramente culpada por aquele sentimento de impotência que dominava meu corpo no momento.

Senti minhas pernas tremulas incapaz de segurar o peso da noticia que agora estava sobrecarregada em meus ombros, me sentia sufocado, quase sem ar sem controle das minhas ações deixei meu corpo cair no chão, sentindo as lágrimas misturadas ao suor.

− O que aconteceu por aqui? - me neguei a olhar Digg eu tinha plena consciência que ali estava uma completa bagunça quase semelhante a mim. Fechei os olhos tendo a certeza de que ele iniciaria seu modo jedi quando soubesse a verdade por trás de toda minha fúria. − Oliver.

− Não aconteceu nada John. Estou saindo, Jimmy ainda está por ai, traficando crianças. Precisamos deter esse cara. - desconversei usando o alvo da noite, vesti meu uniforme e sai do covil em seguida evitando suas perguntas.

O local cheio de homens armados me deu a certeza de que ali era o ponto de encontro, onde eles traficavam as pobres crianças. Sem nem pensar nas consequências, soquei o primeiro cara que apareceu em minha frente.

Era eu contra um quase exército. Mas minha fúria era tanto que aqueles homens não passavam de um nada. Não estava em plena consciência, tudo que eu enxergava estava pintado de vermelho, atirando flechas em quem se atrevesse a interromper minha missão. Matando sem dó quem aparecesse em minha frente.

Foi inútil todo o sacrifício daqueles caras, era quase uma piada como eles lutavam por suas vidas. Com o pé chutei a porta de madeira a minha frente, encontrando Jimmy agachado perto de sua mesa.

E foi naquele homem que eu senti o ódio dominar completamente meu corpo. Ele traficava crianças não devia ter respirado por tanto tempo. Meu corpo tremeu ao pensar que Connor poderia ser uma dessas crianças.

− Jimmy Evans você falhou com essa cidade. - rosnei lhe deferindo um soco, antes de cair no chão a ponta de sua faca atravessou o couro da minha roupa rasgando minha pele.

− Oliver não. - o pedido de Digg me trouxe à consciência novamente. Soltei um grunhido alto quando o desgraçado forçou ainda mais a faca em meu braço, peguei umas das minhas flechas e observei seu ultimo suspiro.

− Oliver o que diabos está acontecendo com você? - gritou me jogando contra a parede.

− Nada que seja da sua conta John. - rosnei de volta tentando lhe afastar de mim.

− Você matou dezenas de pessoas Oliver acho que é sim da minha conta. - retrucou revoltado.

− Eles traficam crianças você acha isso pouco? - gritei me contendo para não socar Digg, ele não tinha nada com todos os meus problemas.

− Eu sei que é grave, mas isso pareceu pessoal.

− Eu tenho um filho. Descobri hoje. - o olhar surpreso que ele me ofereceu me fez soltar um riso de escárnio. − E eu precisava me livrar desse sentimento que está corroendo meu peito Digg, esse sentimento de impotência. Eu perdi 4 anos da vida do meu filho, se soubesse da existência dele desde o início talvez não teria entrado no Gambit e não perderia tudo o que perdi.

− Oliver eu não vou dizer que não estou, surpreso, mas cara, sair batendo e matando todos a sua frente não é a resposta. Nunca é. Busque por alguém que lhe dê conselhos. - apenas assenti lhe dando as costas. Eu precisava de alguém mesmo, a pessoa que me aconselhou a 5 anos atrás quando tive essa bomba em minhas mãos.

A mansão Queen estava silenciosa. Quase assombrosa. Joguei a jaqueta por meu corpo cobrindo a atadura que envolvia meu braço. A figura pálida de minha mãe me fez sorrir, a familiaridade presente ali me fez soltar um suspiro aliviado.

− Hey mãe. - atraí sua atenção seu mínimo sorriso me fez retribuir.

Você é mais baixo do que sua mãe.

Não sabia por que, mas aquela frase que Felicity tinha soltado me chamou atenção, precisava tirar isso à limpo. Precisava mostrar que ela estava errada.

− Mãe, você lembra da Sandra? Aquela garota que dizia estar grávida com o meu filho? - questionei vendo os músculos de seu rosto endurecer. Sua respiração se intensificou durante sua confirmação. − Eu lembro, foi a garota que perdeu o bebê. O que tem ela? - fugiu de meus olhares pegando uma revista qualquer.

− Nada, eu só me lembrei dela hoje, de como eu tinha ficado desesperado ao a ouvir dizer que estava grávida, mas eu me lembro de querer o bebê, sempre quis, só que quando fui falar que queria o bebê ela soltou a bomba dizendo que tinha perdido a criança. Eu fiquei devastado mãe. - não podia acreditar que minha mãe mentirá pra mim, não conseguia e não queria acreditar que ela era tão baixa.

− Você ainda vai ter essa oportunidade Oliver, quem sabe com Helena? Ela esteve aqui hoje. - mudou de assunto, apenas revirei os olhos ignorando sua insinuação apenas dei boa noite e virei meu corpo.

A noite tinha sido esclarecedora, minha mãe escondia algo, era óbvio que ela tinha seus segredos, eu só não queria acreditar na facilidade que ela tinha em mentir, ela não podia ser tão frívola assim. Felicity tinha que estar errada, ela não conhecia ninguém da minha família e não tinha direito de julgamento, mas depois de hoje eu a daria o benefício da dúvida.

Soltei um resmungo frustrado ao ver Roy Harper, atual namorado ou alguma coisa de Thea, ambos sem as camisetas.

− Speddy.. - reclamei virando de costas evitando ver algo mais. Escutei um ofego surpreso e depois o som de algo cair. Tampei o sorriso ao ver o namorado dela desesperado procurando uma roupa. − Oliver, você não devia estar aqui.

− E você não devia fazer isso aqui, não com a porta aberta. - resmunguei fazendo gesto para que Roy saísse do quarto, pálido e de cabeça baixa ele saiu quase como um flash. Roy era um cara legal e eu sabia que ele era capaz de fazer Thea feliz, mas a implicância ainda existia.

Me joguei na cama repassando todo o dia em minha cabeça e sem conter um mínimo sorriso nasceu em meus lábios ao lembrar da doçura de Connor, não podia negar que o ouvi-lo me chamar de papai me emocionou bastante. Aquele garotinho tinha se tornado minha vida e em tão pouco tempo, me perguntara como era possível algo assim.

[...]

Um suspiro sofrido saiu por meus lábios ao sentir os pontos em meu braço se abrir. A briga com Felicity só tinha piorado meu ferimento, mas não dei importância no momento, um ferimento a mais não era nada.

No breve momento que tivemos, tinha percebido a felicidade em seus olhos o que me dizia que Connor e ela estavam bem. Caminhei pelas ruas do Glades olhando com desgosto a tragédia que tinha se tornado o bairro. Senti uma mão em meu braço e prestes a contra atacar vi o rosto alvo em minha frente.

− Helena. - seu corpo colou ao meu instantaneamente e o sorriso malicioso brilhou em seu rosto. − O que você está fazendo aqui? - questionei a afastando rapidamente.

− Eu que devia fazer essa pergunta, o Glades não é lugar para um playboy.

− Acredito que não seja um bom lugar para uma advogada de prestígio como você. - ela entrelaçou o braço no meu e voltamos a caminhar juntos.

− Sua mãe foi no meu escritório esses dias, falou com Klepper fiquei decepcionada, pensei que eu fosse à advogada da família. - sua falsa indignação me fez gargalhar.

− Oh, acredite você é a advogada da família. - sussurrei cheio de malícia agarrando seu corpo com violência, tomando seus lábios para mim.

− Não, eu sou sua advogada. - sussurrou ofegando para logo depois me puxar para outro beijo. Helena era apenas um caso, uma foda do qual eu estava acostumado, era familiar estar com ela então nunca recusei suas ofertas de sexo, era sem compromisso apenas dois amigos com benefícios.

− Minha casa ou a sua? - questionou.

− Eu na minha e você na sua. - tudo bem, às vezes eu recusava seus convites para o sexo. O olhar surpreso que soltou me fez imaginar que ela não estava preparada para a recusa. Pisquei para ela depositando um beijo em sua testa e acompanhei até o carro em silêncio. Sua surpresa ainda era nítida.

− Ao menos te vejo na festa? - perguntou forçando um tom de decepção que sabíamos não haver ali. Acenei em confirmação para em seguida vê-la entrar no carro.

Quando a segunda feira chegou, minha animação era mais do que palpável. Não por que haveria a tal festa hoje e sim porque Connor passaria boa parte da tarde comigo. Observei os lábios de Felicity se moverem rapidamente diante todas as recomendações e reclamações com a escola de Connor. Mais uma vez sem aulas.

A sacudi pelos ombros dando fim ao assunto e puxei o garotinho comigo.

− Ollie.. O buzz, eu esqueci. - Connor esperneou se livrando do meu aperto. Com os olhos segui todo seu percurso me deparando com uma cena desagradável. Tommy segurava a cintura de Felicity sorrindo para ela parecendo a impedir de cair.

Sem me conter caminhei rapidamente tratando de tirar o sorriso malicioso que Tommy tinha. Pigarreei alto.

− Atrapalhamos?

Apoiei minhas mãos em sua coluna a puxando para mim. Eu percebi sua respiração oscilar, sem dar chance de falar nada a forcei caminhar em passadas rápidas. O que diabos estava acontecendo comigo?!

− Que merda foi isso?

− Olha a boca, estamos na frente do nosso filho. - retruquei estalando a língua em desaprovação. Vi Connor esconder o riso por baixo das mãos, mas as covinhas em seu rosto o entregaram. − Podemos ir almoçar agora? - questionei fingindo estar cansado de toda aquela sua irritação.

− Não irei, o convite era apenas para Connor. - bateu o pé como uma criança teimosa, mas bastou apenas um olhar de Connor para que ela se rendesse. Em um silêncio quase mortal entre nós chegamos até o restaurante. Só não era mais constrangedor pelos balbucios de Connor que eram tão impressionantes. Ele falava tanta coisa e de forma tão rápida que me perguntava se ele realmente tinha 4 anos.

− Porque você chama ele de macaquinho? - Felicity me encarou com desdém e bufou voltando a encarar sua comida.

− Faltava um dia para a festa de formatura, eu estava animada por finalmente conseguir meu diploma Connor também estava, bem mais animado ele pulava na cama mesmo sob meus protestos, eu o chamo de macaquinho desde esse dia. - deu de ombros como se fosse uma história qualquer. Uma história que eu queria ter feito parte.

[...]

Vermelho definitivamente tinha se tornado minha cor favorita. Ver as curvas destacadas dela naquele vestido me fez ter pensamentos impróprios, minha boca estava salivando querendo mais do que tudo arrancar aquele vestido de seu corpo e beijar toda sua extensão. De rosto fechado ela se colocou em minha frente, soltei um sorriso largo quando Connor abraçou minhas pernas.

− Ollie porque eu tenho que usar isso? Tá me machucando. - ele resmungou puxando a gravata borboleta e fez careta ao ver o olhar desgostoso de Felicity, ri da interação deles e sem me conter apoiei minha mão na dela recebendo sua recusa logo de cara, mas não me dei por derrotado, implicar com Felicity não tinha preço e ultimamente era uma das pouquíssimas coisas que me divertiam.

Tendo isso em mente agarrei sua cintura a puxando firme contra mim sentindo o olhar de cada pessoa naquele salão queimar em minha pele, principalmente o de minha mãe.

− Eu não sei que tipo de jogo é esse, mas saiba que está conseguindo me irritar Oliver Queen se quiser viver sua vida repleta de mordomia aconselho a não continuar com isso. - ela sussurrou voltando a retirar minha mão de sua cintura, usando certa violência dessa vez, engoli o riso recebendo sua carranca. Connor esperneou em meu colo quando viu uma área de recreação, seus resmungos soaram altos e logo depois seu polegar foi parar na boca, observei maravilhado Felicity retirar o dedo dele carinhosamente e o garoto soltou um sorriso grande, era óbvio a relação de amor entre os dois. Soltei seu corpinho e o vi puxar Felicity com força total, meus olhos os seguindo por onde fossem. De longe o olhar curioso de Digg recaiu sob mim, lentamente assenti para quaisquer que fossem suas dúvidas.

− Então vai ser assim? - ouvi a voz de minha mãe questionar me fazendo arquear uma sobrancelha em desafio. − Você vai assumir uma criança que nem ao menos sabe se é sua? Está tentando me desafiar, Oliver?

− Nós não teremos essa conversa aqui, mas pode apostar que eu estou louco para saber como você fez tudo mamãe. - a ironia ali era palpável.

− Eu fiz o que qualquer mãe em meu lugar faria.

− Claro, porque toda mãe que se preze rejeita um neto. - traguei o ar numa tentativa de me manter calmo. − Eu já disse, aqui não.

− Oliver, pare de bancar o irresponsável e aja como um adulto uma vez na vida e assuma responsabilidades.

− É o que estou fazendo. - escutei meu nome ser ovacionado sorri falsamente me movendo até o palco improvisado esperando que nada de ruim acontecesse. Não com minha família naquele salão.


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Notas finais do capítulo

E ai? Esse foi grandão em e só um aviso: SE PREPAREM PARA O PRÓXIMO!
Bjs e esperamos vocês nos comentários.