Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 7
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Yaaaay! Voltei com mais uma atualização..
Antes de tudo, preciso dar um pequeno aviso mais para conselho okay?! Então, aqui vai: leiam sentadas e por favor entendam, foi preciso fazer o que fizemos não nos mate e nos vemos la embaixo.
Boa leitura ♥



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Ele não sabia. Ele não sabia. Nunca soube. Coloquei tudo a perder porque não pude me controlar.

Obsevei os olhos determinados de Oliver a minha frente. Seu nariz esfumaçando de raiva, seu rosto marcado com meus cinco dedos e os lábios franzidos em uma linha só. Abri a boca para mentir, para expulsá-lo da minha casa quando ele se calou erguendo os olhos por cima de meus ombros. Belisquei a ponte do meu nariz imaginando a pequena figura atrás de mim.

— Vocês estavam gritando alto, não consegui dormir. - a voz baixa e amedrontada do meu menino fez meu corpo tremer em completo desespero, antes de olhá-lo vi Oliver abrir um sorriso mínimo para ele como se quisesse o confortar. Girei meus calcanhares observando o corredor e imediatamente as lágrimas travaram minha garganta ao ver Connor agarrado fortemente com um urso. Parado olhando para o nada, de olhos arregalados.

— Connor. - sussurrei o vendo fugir se embaralhando nas próprias pernas. Um ruído engasgado sai por meus lábios.

— Ele precisa de um tempo para processar a informação. - a mão de Oliver me impediu de segui-lo. O fuzilei com o olhar puxando meu braço com força e me machucando no processo. Eu não me importava com aquilo no momento tudo que eu queria era embalar Connor em meu braço e impedir que Oliver o levasse de mim. — Acho bom me soltar nesse momento caso contrário uma marca no seu rosto vai ser a mínima das coisas que farei contra você. Solte-me, agora Oliver.

Corri até o quarto de Connor hesitando em entrar ou não. Soltei um suspiro ao vê-lo jogado na cama com o urso entre o rosto, seu rosto molhado fez meu coração despedaçar. Não havia entendido sua reação de inicio, temia que a birra prevalecesse no momento da descoberta. Mas não.

De certa forma meu menino agiu de uma forma adulta, uma forma com a qual eu não estava preparada para lidar. Fechei os olhos procurando algo que o acalmasse. Que me acalmasse, mas a respiração de Oliver pinicando em minha nuca estava me deixando com mais raiva e sem nenhum argumento. O que ele ainda fazia aqui!?

— Connor, você quer conversar sobre isso?

— Ele é meu papai de verdade? - questionou sem me encarar, ligeiramente vi seus ombros tremerem assim como sua boca. — Sim, eu sou campeão. Me desculpa por demorar tanto. - Oliver se antecipou e no rosto de ambos um mínimo sorriso apareceu, Connor parecia maravilhado com a informação e observar aquela interação me fez sentir pequena quase como uma intrusa.

— Macaquinho, sinto muito por ter descoberto assim. Oliver é seu pai sim, mas ele não vai tirá-lo de mim não precisa ter medo por isso.

— Não tenho medo Lissy. Ollie é muito legal e meu papai, então não preciso mais de você eu tenho ele agora. - levei as mãos até a boca tentando evitar o horror daquelas palavras. Tentando apenas me livrar da sensação ruim que suas palavras ploriferiram por todo meu corpo. Eu sabia que ele não faria aquilo de propósito, mas mesmo sabendo disso o impacto de suas palavras foi um golpe forte em meu estômago. — Você é apenas a Lissy e ele é meu papai certo? Eu tenho um papai de verdade Lissy isso é tão legal. Será que eu posso contar para todo mundo que o Ollie é meu papai?

Mordi os lábios com força sentindo o gosto metálico fluir por minha boca, eu estava muda completamente sem reação, ele nunca tinha me tratado daquela forma. Connor enfiou o rosto em meios aos lençóis.

Atônita, encarei o rosto de Oliver parado em meio a porta seu semblante terrivelmente culpado.

— Felicity eu..

— Vai embora, por favor. - murmurei. Tinha evitado as lágrimas por muitos minutos e tudo que eu menos queria era desabar na frente de todo o x da questão. — Se há algo que posso fazer..

— Você já fez o bastante por um dia Oliver. Faça o favor de se retirar da minha casa. - rosnei. Eu estava entorpecida, sem saber o que fazer nem ao menos tinha forças para culpá-lo. Minha mente estava nublada, o raciocínio tinha parado, congestionado.

No meio de toda a confusão em meu peito, eu só sabia distinguir duas coisas: a decepção e o medo. Medo de perder Connor para sempre e a decepção que esse dia me causou.

Assim que Oliver cruzou a porta, me recostei na parede permitindo que o chão desaparecesse abaixo de meus pés. As lágrimas molharam meu rosto e os ruídos saíram engasgados e altos por meus lábios.

Observei os olhos azuis arregalados amedrontados. Eu me sentia tão ou mais assustada que ele. Apertei a mão de Connor com mais força e o puxei ao meu colo mantendo seu coração próximo ao meu.

A polícia continuava a fazer perguntas desenfreadas, pareciam não se importar com a dor no momento só queriam informações e mais informações. Connor agarrou meu rosto com ambas as mãos me encarando fixamente, respirei fundo tentando controlar as lágrimas que eu sabia que só machucariam o garoto.

Mama... - soltou. Foi impossível segurar o choro. Eu estava perdida, com uma criança de dois anos que dependeria de mim para tudo.

Tinha perdido uma amiga, mas a criança em meus braços tinha perdido a mãe.

Senhorita Smoak, isso foi escrito por Sandra em seus últimos momentos. Esta endereçada a você. - um dos médicos esticou um pedaço de papel em minha direção. A letra tremida, manchada pelas lágrimas e sangue me fez perceber a realidade.

Foquei minha atenção naquele pedaço de papel rasurado. "Lis, eu preciso que cuide do Connor como se você fosse sua mãe, meus advogados vão entrar em contato porque eu já tinha pensado nessa situação, você é a responsável legal por meu bebê, o ame como com todo seu coração. Eu sei que é muita responsabilidade. E quero que me prometa algo, quando Connor tiver idade o suficiente para entender quero que diga quem é o pai dele, não esconda isso dele. Diga para meu bebê que eu o amo. E eu te amo também minha querida Lissy"

Não sei quando adormeci, mas quando acordei meu corpo todo protestou em negação. Dolorida. E a dor em meu corpo nem era a pior das dores. Observei Connor deitado no sofá, com o dedo entre a boca assistindo seus desenhos confortável.

Não preciso mais de você. Você é apenas Lissy.

Lembrar daquelas palavras fizeram meu coração se agitar.

— Bom dia Lissy. - sussurrou, sorri levemente para ele tentando ainda lidar com a mágoa. Meus pés se movimentam pela casa sem vontade alguma. As cenas de ontem a noite ainda estavam bem vividas em minha mente e não seria fácil tirá-las. Assim como todas as palavras.

Enfie-me embaixo do chuveiro esperando que por milagre a água lavasse todos meus problemas, mas infelizmente isso ainda não era possível. Enrolei-me na toalha saindo do banho.

Enchi uma tigela de leite e cereal para Connor que franziu a testa ao ver a tigela estendida em sua direção. — Sem panquecas hoje?

— Desculpa Connor, sem disposição para fazer panquecas hoje. - baixinho ele agradeceu agarrando a tigela. Minha mente rodando em culpa, ele não tinha culpa por tudo estar despedaçando Connor era apenas uma criança. Me abaixei o suficiente para beijar sua testa e voltei para a cozinha.

Mordi fortemente os lábios vendo a criança chorar desesperadamente. O balancei andando de um lado para o outro. O material para a prova jogado em um canto. Connor, por favor amor pare de chorar. - choraminguei me juntando ao seu choro desenfreado.

Três horas da manhã. Um professor que me odiava, uma prova no início da manhã. Nenhuma informação grudada em meu cérebro.

Encaixei Connor em minha cintura, o protegendo da chuva que caia lá fora. A farmácia não estava tão longe. Desesperada me movimentei pelos corredores procurando pelo remédio prescrito pelo médico. Ele soltou um suspiro aliviado quando apliquei o remédio em seu ferimento. O ferimento que o acidente tinha lhe custado. A pele queimando em febre me fez ficar alerta.

Ainda soluçando, seu rosto se aconchegou a curva de meu pescoço enrolando algumas mexas de meu cabelo em seus dedos. Está tudo bem macaquinho. Vamos ficar bem eu prometo. Sua mãe vai cuidar de nós lá de cima.

Apertei a bancada com força quando aquela lembrança me veio a cabeça. Aquela foi a primeira situação de desespero que passei ao lado do meu garotinho. Nós sempre passaríamos por essas fases, juntos. Dessa vez não seria diferente.

Tendo isso em mente me joguei ao lado dele assistindo seus desenhos.

— Mamãe. - seu chamado tirou minha atenção da tv. – Eu te magoei? - sua preocupação me fez sentir culpada porque eu estava agindo como uma criança. Afaguei seu rosto negando brevemente.

— Não meu amor, nada que faça vai me magoar, nunca.

— Pode fazer panquecas agora? – perguntou erguendo a tigela intocada, gargalhei baixo concordando diante seu enorme bico. Connor era minha salvação e eu lutaria por ele.

[...]

Senti o celular vibrar em minha mão e imediatamente meus olhos se encheram com lágrimas.

— “Oi mãe”

— “Querida, está tudo bem? Tive uma sensação ruim” - meu coração apertou diante seu tom apressado. – "Connor está bem?"

— “Connor está bem mãe. Acabou de dormir”. - e então nos próximos longos minutos me dispus a contar como tudo estava despedaçando ao meu redor. Oliver, Moira, a discussão, as palavras de Connor. – “Eu só sinto que estou falhando mãe. Tudo ao meu redor está desmoronando e eu não vou aguentar perder Connor. Não posso perdê-lo”. - choraminguei limpando minhas lágrimas.

— “Ninguém nunca disse que seria fácil Felicity. Você precisa lutar, eu sei que é forte minha menina. Você cuidou de um garoto enquanto estava na faculdade, não deixe os problemas se tornarem maior do que realmente são você vai se sair bem, eu acredito em você”. - um suspiro aliviado saiu por meus lábios, e o um pouco do peso em meus ombros se dissiparam.

— “Obrigada mãe. Eu te amo”. - finalizei a ligação quando a campainha soou irritada.

Apertei o passo até a porta temendo que a insistência da pessoa acordasse Connor. Foi tão difícil fazê-lo dormir depois de tanto açúcar que ele ingeriu hoje. Passei a toalha por meu corpo e abri a porta dando de cara com meu pior pesadelo. Antes que pudesse fechar a porta e apenas ignorá-lo, sua mão agarrou meu braço. Seus olhos varrendo meu corpo descaradamente.

— O que você quer Oliver? - tentei me livrar de seu aperto e parece que meu mínimo movimento fez com que ele resmungasse, de dor aparentemente. — Vai ter uma festa de final de ano na QC amanhã e eu quero levar Connor. Na verdade quero passar um tempo de qualidade com ele.

— Você está sendo imprudente Oliver! Os riscos de algo acontecer nessa festa..

— Não estou pedindo sua opinião, estou lhe informando algo que eu irei fazer, eu disse que quero contanto com ele e não é você quem vai me impedir.. Se quiser comparecer à festa isso cabe a você, mas Connor irá comigo. - informou me soltando ligeiramente e me deu as costas.

— Bastardo.

— Eu ouvi isso. - retrucou no mesmo momento seu tom brincalhão. Mordi os lábios procurando algo em minha mente para me acalmar, caso contrário Oliver estaria estirado ao chão nesse momento.

Fechei a porta em um baque respirando fundo buscando algum motivo óbvio para retardar essa decisão dele, porque levar uma criança para um festa de uma empresa que pertencia a família dele levantaria suspeitas. Apoiei o rosto em minhas mãos me perguntando se aquele seria o primeiro passo que ele daria para logo depois tentar tirar Connor de mim.

Joguei-me na cama encarando o teto, esperando o sono chegar. O dia foi tão estressante que eu precisava de um pouco de calmaria.

— Oliver. - franzi a testa o observando de costas. Largas. – Amor, só um instante. - ele disse, alarmada me ergui da cama com o corpo totalmente retraído.

Meus olhos quase pularam de suas órbitas ao notar sua nudez. A boca salivando diante a escultura à minha frente. Ele abriu um sorriso malicioso enorme e engatinhando se pôs entre minhas pernas me pressionando contra a cama. Foi tão difícil negar o gemido que estrangulou minha garganta naquele momento.

— O que você está fazendo? - questionei com um ruído baixo. Tremendo sob seus toques.

— Achei que fosse uma boa ideia depois da nossa briga de hoje. Eu fui um idiota Felicity, me perdoe por isso. - sussurrou entre mordidas na carne exposta do meu pescoço, engoli o seco sentindo minhas mãos se movimentarem sem meu comando. — Vamos aproveitar que Connor está dormindo. - tornou a sussurrar, o atrito de sua pele nua na minha seminua me fez gemer alto. Seus beijos desceram por meu busto, acariciaram meus seios sem pudor. Ergui o corpo exigindo mais contato, suas mãos apertaram minha bunda nos colando ainda mais. Arfei alto sentindo sua ereção roçar minha intimidade.

— Oliver.. - não pude conter o gemido alto. Estranhei quando um apito estridente surgiu por meus ouvidos.

Abri os olhos assustada com tudo isso. Meu corpo banhado de suor. A respiração entrecortada. Trêmula. Flashes do sonho povoando minha mente. Eu precisava de um banho. Gelado de preferência.


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Notas finais do capítulo

Não fiquem bravas com Connor, por favor! Ele está encantado com a ideia de ter um pai e ele tem apenas 4 anos, então entendam okay?
Aguardo vocês nos comentários, beeeijos