Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 6
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas!! Eu sei que estou sumida por aqui, mas estive fora e agora estou organizando minha conta aos poucos (sim, sou desorganizada). Mas vamos ao que interessa; estamos muito felizes com o carinho de vocês, cada recado, fav, acompanhamento, recomendação vocês são umas lindas real!
Mas vamos ao capítulo, adianto que está babado ;)



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A noite do dia em que 'salvei' o garotinho no elevador foi agitada, um atirador fugido da Argus estava na cidade, o que me rendeu uma discussão tensa com Amanda Waller. Depois de horas à espreita, lá estava eu me esquivando de tiros enquanto tentava manter a cabeça de Diggle no lugar, o homem parecia fora de si e quem o visse atirar de forma desajeitada jamais diria que ele era um ex soldado combatente.

— John, preciso que você se mantenha lucido, me dê cobertura ou morreremos aqui mesmo.

— Não posso Oliver, preciso pegar esse desgraçado. - não tive tempo para interceptar, Diggle já tinha saído da zona de conforto e voltado a atirar, naquele momento me senti no meio de uma guerra, os tiros estavam mais frequentes e antes que eu tivesse um amigo morto me joguei sobre John, indo ao chão. Ouvi as sirenes policiais se aproximar e nos forcei a sair dali.

— Qual o seu problema cara? Você percebe que não só pôs o plano a perder, como nossas vidas em risco? Floyd fugiu e a culpa é sua por não conseguir manter a cabeça no jogo.

— Desculpe Oliver, eu fui imprudente. - tentou dissuadir.

— Mais que isso, você foi amador e irresponsável. - eu estava irritado e frustrado com essa noite.

— Tente se manter profissional quando for do assassino de sua irmã que estivermos falando. - Diggle saiu me deixando completamente sem ação.

Sábado costumava ser meu dia favorito, eu provavelmente estaria emendando uma noitada numa praia com Tommy em Coast City, onde estaríamos num iate recheado de mulheres e bebidas, para a noite pegarmos uma balada. Como dito, constava ser assim, a ilha me mudou e apesar de ter tentado voltar a ser o que era, esse não era mais eu.

— Bom dia Mr. Queen, sua reunião com os acionistas está marcada para as 14:00 e é apenas esse compromisso que o senhor tem nesse sábado. - ouvi minha assistente tagarelar, mas não dei tanta importância.

— Preciso de uma informação sobre um funcionário. - falei para a mulher que parecia mais empenhada em me mostrar seu decote do que realmente me ouvir. – Preciso saber quem é a mãe da criança que veio parar em minha sala ontem.

— Ouvi dizer que é uma funcionária do departamento de T.I, Smoak, Felicity Smoak. - ela falou enquanto olhava algo no computador. – O senhor precisa de algo, quer que eu a chame aqui?

— Não precisa, eu mesmo irei até o departamento de T.I. - sai deixando uma assistente totalmente confusa, a verdade é que nem mesmo eu sabia o porquê de estar fazendo isso, mas lembrar do olhar que aquela mulher me lançou fez uma faísca de curiosidade se acender em mim. Assim que cheguei até o andar de T.I, visualizei a criança sentada no chão de cabeça baixa, parecia chateado de estar ali.

— Hey campeão. - me aproximei com cautela vendo seu olhar estancar em mim. – Como você está? Dando muitos sustos em sua mãe?

O garotinho pareceu me reconhecer e grande foi minha surpresa quando recebi um sorriso em resposta.

— É um presente, por ter achado minha mamãe pra mim. Obrigado senhor. - só então percebi o embrulho desajeitado em suas mãozinhas. Acompanhei o olhar do garoto até a mãe que parecia tão surpresa quanto eu. – Minha outra mamãe me deu isso, ele espanta sonhos ruins.

Não sei ao certo, mas as palavras inocentes daquele garoto despertaram algo em mim. Espantar malditos pesadelos era tudo o que eu queria, gostaria que aquela manta realmente tivesse esse poder. Senti os nós dos meus dedos doer e só então percebi que me agarrava ao tecido com força.

— Obrigado campeão. Isso vai me ajudar bastante.

— Você tem muitos sonhos ruins? - senti as lembranças das últimas noites nublar minha mente, eu tinha muitos sonhos ruins, mas Connor não precisava saber disso.

— Você está bonita senhorita Smoak. - a atitude daquele garotinho tinha mexido comigo de uma forma estranha, o que me assustou. Então optei por suavizar o momento, o que não deixava de ser verdade, ela estava bonita. Ela era linda.

— Eu tenho trabalho para fazer. - vi o rosto dela assumir um tom brusco de vermelho e segurei a risada.

— Vou ficar e fazer companhia para esse campeão, o que você acha garoto? - eu devo parecer o bicho papão porque a cara que ela fez foi de pavor, parecia ter medo que eu me aproximasse do filho, eu tinha plena certeza de que não era tão ruim assim.

Felicity tentou me persuadir de várias formas a voltar para o meu escritório, mas eu queria ficar, queria um tempo com aquele garotinho.

— Então quer dizer que essa manta espanta sonhos ruins? - perguntei ao garotinho que parecia distraído com os carrinhos.

— Sim, minha mamãe me deu para quando eu tiver medo.

— E porque você resolveu me dar ela? - questionei curioso com o gesto dele.

— Não sei, eu queria te dar algo legal, mas a Lissy disse que adultos não brincam com carrinhos.

— Muito obrigado, vai me ajudar muito. - ele me ofereceu um sorriso tímido, tão familiar. – Ei amigão, você nem ao menos me disse seu nome.

— Você também não me disse o seu. - ele era esperto. – Meu nome é Connor, mas a Lissy me chama de macaquinho. - falou fazendo uma careta divertida.

— Eu me chamo Oliver, mas alguns amigos me chamam de Ollie.

— Eu posso te chamar de Ollie? Eu também sou seu amigo, não sou?

— Claro que é Connor, me chame como quiser.

Fiquei algum tempo por ali com Connor, eu não sabia o que, mas tinha me encantado com aquela criança, me fez lembrar de mim quando pequeno. Connor me convidou para almoçar e eu poderia ter negado, mas olhar Felicity na defensiva ascendeu curiosidade em mim, sentia certo prazer em provocá-la.

Estar a sós numa cozinha com ela era no mínimo tentador, Deus que me perdoe, mas a minha vontade era suspendê-la naquele balcão e tomar aquela mulher pra mim. O que diabos estava acontecendo comigo? Sai da nossa bolha com a voz de Connor avisando que o celular dela estava tocando, meu corpo inteiro protestou quando o dela tomou uma distância segura do meu.

— Algo me veio a memória, Connor você disse outra mamãe? - perguntei no momento em que ela voltou a se aproximar.

— Connor vai para seu quarto. - o tempo na ilha me ensinou a estudar as expressões das pessoas e a dela parecia aborrecida com algo, ou melhor, parecia prestes a explodir em fúria. – Não se faça de cínico, não na minha frente Oliver. - não tive tempo para ficar confuso ou questionar sua repentina mudança, tudo que senti foi sua mão encostar meu rosto num tapa ardido e estalado. – Se você quer guerra Oliver Queen, você terá uma guerra porque eu vou lutar pelo Connor com todas as minhas forças, não vai ser você que vai tirá-lo de mim.

Confusão. Se uma palavra poderia me definir, seria confusão, aquela mulher só podia ser louca, tudo bem não gostar de mim, mas daí a me agredir e ameaçar era insano.

— Você é doida? - acariciei o lugar onde ela havia depositado o tapa sentindo meu rosto arder por completo. – Por que diabos fez isso?

— Não banque o sonso comigo Oliver, não quando eu tenho o advogado da sua família me ligando.

— Do que você está falando?

— Achei que sua mãe fosse a mais baixa do bando, mas me enganei, você consegue ser pior. Então, não conseguiu fazer a mamãe me convencer e veio por si mesmo? Pensou o que, que me seduzir te garantiria descrição? Você não passa de um rato.

— Dá pra você parar de me ofender e falar logo o que aconteceu? - rosnei irritado com toda aquela situação.

— Pare de bancar o ingenuo, esse papel não combina com você. Ao menos uma vez na sua vida haja como homem e assuma seus atos. - estávamos nas oitavas e eu nem sabia o porquê. – Pedir para sua mãe pagar por um sumiço não uma, mas duas vezes? Nunca vi alguém descer tão baixo. Ai então, você não consegue e resolve mandar o advogado me ameaçar? É isso? Só pode ser, até porquê qual o interesse que você teria numa criança que você passou anos achando que nem existisse mais? Você pode até ter feito, mas não é digno de ser chamado de pai por Connor, não por ele.

— Connor... Ele é meu? - eu estava em choque, minha cabeça rodou num 360º e nada mais fazia sentido, eu não podia ser pai daquela criança, não tinha como... – Sandra. - o nome escapou por meus lábios.

— Parece que agora você lembra, não é mesmo? Quanta hipocrisia senhor Queen, um homem que sofreu tudo o que o senhor sofreu não aprendeu nada naquele passeiozinho de iate?

— Cala sua maldita boca, você não tem o direito de me julgar. - ouvir Felicity desdenhar de todo meu inferno foi como despertar um de meus demônios, ela não sabia o inferno que eu tive que enfrentar por todo esse tempo, ela não sabia o que eu tinha feito para sobreviver, ela não tinha nem ao menos o direito de sair falando toda aquela merda.

— Você é um lixo Oliver Queen, eu realmente achei que você não soubesse do Connor, quando o tempo todo você esteve jogando com nossas vidas. Se aproximou dele sem nem ao menos pensar que ele se apegaria a você. O que pretendia, dobrar a oferta da sua mãe?

— Felicity, eu não sabia. Sandra me disse que tinha perdido o bebê e isso era tudo que eu sabia, logo ela sumiu do mapa.

— Não minta para mim Oliver, não quando seu advogado ligou em seu nome me dando suas coordenadas. Você não vai tirar Connor de mim, nem que para isso eu precise ir ao inferno e voltar.

— Connor sabe? - era tudo tão confuso que eu só conseguia pensar em Connor.

— Não. - vi um brilho cintilar nos olhos dela, eu conhecia aquele brilho, era o medo de perder alguém. – Ele não merece saber, Connor é puro demais para sua escuridão Oliver, o coraçãozinho dele já passou por muito sofrimento, ele não merece você e sua família.

— Eu não sei o que te faz pensar que eu seja um inimigo, mas se Connor é meu filho, eu quero contato com ele.

— Vai embora da minha casa Oliver, você não terá nada de Connor.

— É o que veremos. - me aproximei o bastante, sentindo a respiração dela bater contra meu rosto. Minha cabeça a mil, eu não sabia ao certo o que fazer. Connor estava ali, vivo e era meu, um pedaço de mim. O pedaço mais puro.

Eu lutaria por ele, lutaria contra as pessoas, contra os jornais sensacionalistas, contra minha família.

Eu lutaria contra Felicity.


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Notas finais do capítulo

E ai? Aguardamos vocês no comentário, adiando que vem muita coisa por ai e claro, o próximo é com Karly ;)
Beijos delicinhas.