Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 5
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Ooooi amores ♥
Voltamos 0/ Nossa, é tão bom voltar, tava ansiosa não vou mentir. Enfim, antes de lerem o capítulo, queremos agradecer a Jess por sua lindaaaa recomendação, amamos suas palavras, obrigada amor! Esse capítulo é dedicado a você. Aliais, agradecemos também por todo apoio que estão nos dando, seja como comentários, favoritos, acompanhamentos e até os fantasminhas, devemos muito a vocês.
Sem mais delongas, boa leitura.



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Exausta.

Esse era um dos muitos adjetivos que passavam por minha cabeça. Eu nem ao menos podia listá-los no emaranhado de sentimentos que se encontrava em meu peito. Eu ainda encarava a porta por onde Moira Queen tinha passado como um furacão, sua oferta de dinheiro me fez perceber que ela era mais suja do que eu imaginava.

Meu coração gritava, implorava que fugisse com Connor enquanto eu tinha tempo, enquanto Oliver não sabia do filho, mas a parte racional me dizia que eu tinha que enfrentar todo aquele tsunami que era lidar com aquela família.

Agindo no automático me movi até o motivo de todo o meu encorajamento. Recostei-me na porta do quarto de Connor o observando dormir, seus lábios franzidos em uma linha reta, seu corpinho se remexendo rápido e as lágrimas molhando seu rosto.

O balancei rapidamente o tirando de qualquer pesadelo que ele tivesse. Eu sempre o livraria de todo mal que ousasse machucá-lo, até mesmo os Queen's se preciso.

– Mamãe fica.. - acariciei os cabelos dele levemente para depois me encolher em sua cama o mantendo perto de mim. – Nós podemos dar um presente para o moço do seu serviço?

– Que moço Connor? - seus olhos curiosos se fixaram aos meus e sua boca se abriu em uma surpresa linda.

– Para o homem que me ajudou a achar você mamãe. - meu corpo todo tremeu com seu pedido. Minha habilidade de fala congelou completamente, foi preciso Connor apoiar suas mãos geladas em meu rosto para me tirar do pânico que entrei ao imaginar ele e Oliver Queen.

– Mas porque exatamente você quer dá presente para esse homem em particular? Você não deu um presente para a Mrs. Fernandes por achar seu ursinho de pelúcia favorito.

– Mas mamãe, aquele moço é legal eu sei disso. Por favor mamãe, por favor. - soltei uma longa respiração antes de aceitar seu pedido. Eu simplesmente não podia lidar com um Connor choroso agora, porque me partia o coração.

– Tudo bem Connor, mas vamos apenas entregar e sair. Na segunda. - mesmo sob seu bico inconformado ele assentiu se aconchegando em mim. Seus braços magros em torno de minha cintura, a cabeça sob meu peito e as pernas entrelaçadas as minhas. O apertei contra mim rezando para que esse súbito desejo de querer falar com Oliver Queen passasse.

[...]

Bufei desligando o celular. Péssimo dia QC, péssimo dia. Encarei um Connor de cabeça baixa e um bico enorme. – Mas mamãe hoje é sábado porque tem que ir trabalhar? - soltei um sorriso sem graça me agachando em sua frente.

– É algo rápido meu amor, eu prometo e então depois podemos ir ao parque ou ao cinema o que você escolher.

– Sorvete. - gritou animado balançando as mãos no ar.

– Sorvete? Você não acha que está tomando sorvete demais mocinho? - brinquei levando meus dedos em sua barriga e ele se encolheu gargalhando.

– E sem brócolis na minha comida, por favor mamãe. - juntou as mãos, fechei os olhos com força tentando negar. Mas quem resistia à aquele olhar.

– Tudo bem, sem brócolis no almoço. E lasanha você quer ou não? - contive meu sorriso ao vê-lo resistir à alegria que eu sabia que ele queria demonstrar.

– Lasanha está bom. - deu de ombros como quem não quer nada e eu ri. – Está bom né senhor? Claro que está bom. Agora vamos. Pegue seu casaco. - o vi correr pelo corredor mesmo sob meus resmungos. Estranhei ele ter voltado com uma mochila nas costas mas resolvi não questionar.

Assim que cheguei na QC fui bombardeada com trabalho. Sr. Martin olhou desolada para Connor e sussurrou. – Você não podia deixá-lo com uma babá? - a mulher sorriu sem graça devido meu olhar intimidador.

– Desculpas.

– Connor, não saia das minhas vistas. - a lembrança de dias atrás voltaram em minha mente. O desespero que senti por não saber dele, mesmo que por minutos. Connor assentiu se sentando no meio de minha sala retirando uns carrinhos de seu casaco.

– Hey campeão. - ergui meus olhos ao escutar aquela voz. Os olhos de Oliver presos à Connor.

Ultimamente o sentimento de desespero estava sendo bastante familiar para mim. Ao ver Oliver Queen parado no batente da porta me deu aquela certeza.

– Como você está? Dando muitos sustos em sua mãe? - se agachou na frente de Connor, que sorriu para ele. Senti minha garganta fechar com a interação dos dois.

Minha capacidade de falar algo se dissipou ao ver Connor pegar sua mochila e estender algo para Oliver.

– É um presente, por ter achado minha mamãe pra mim. Obrigado senhor. - seus olhinhos se movimentaram até os meus, levei minha mão até a boca evitando o ruído que eu queria sair.

Por um longo momento senti tudo ao meu redor desabar completamente ao observar a cena em minha frente. Oliver erguia o pano azulado de forma hesitante, intercalando o olhar entre Connor e eu. Mordi meus lábios e baixei minha cabeça resistindo a vontade de chorar. Connor não daria aquele pano para se não fosse importante, se não significasse nada, eu estava perdendo meu bebê e nenhum dos dois envolvidos se davam conta daquilo.

Sandra.

Aquela surrada e familiar manta que Sandra tinha lhe dado, surrada e de valor sentimental enorme. – Minha outra mamãe me deu isso, ele espanta sonhos ruins. - sussurrou dando de ombros, seus olhinhos brilhando enquanto Oliver agarrava a manta com força.

Ele parecia vulnerável naquele momento.

– Obrigado campeão. Isso vai me ajudar bastante.

– Você tem muitos sonhos ruins? - meu pequeno perguntou abaixando a cabeça. Observei o corpo de Oliver completamente retraído, seus dedos brancos devido a força com qual ele se agarrava a manta eu vi a resistência dele em não demonstrar qualquer tipo de vulnerabilidade, mas foi impossível não sentir nada ao notar a sinceridade e inocência de Connor. Nunca reparei o quão sombrio Oliver era, o quão sombrio ele tinha se tornado depois de ser dado como morto.

Isso não quer dizer que ele não vá querer tirar Connor de você.

– Você está bonita senhorita Smoak. - sai de meu topor ao notar sua implicância.

– Eu tenho muito trabalho para fazer. - disse esperando que ele saísse. – Vou ficar e fazer companhia para esse campeão, o que você acha garoto? - jogou baixo.

– Você é o CEO, deve ter algo melhor a fazer. - tentei novamente. Mas em contrapartida ele se sentou no chão, a frente de Connor brincando com buzz.

– Felicity, preciso da sua ajuda. Eu vou chorar porque o carrasco vai me demitir e eu gosto tanto do meu trabalho. - Curtis, um amigo apareceu de supetão seus olhos arregalados ao ver o carrasco em pessoa, no meio da sala brincando com meu filho.

– O carrasco sou eu? - questionou parecendo se divertir com o constrangimento de Curtis. Me aproximei o bastante para beijar a testa de Connor. – Eu já volto viu amor? Qualquer coisa Sr. Martins está logo ali ou apenas grite que eu volto correndo. Na verdade, você quer vir comigo?

– Vai mamãe. - Connor riu da minha resistência. Mas Curtis parecia tão desesperado que eu corri para ajudá-lo, sentindo meu coração falhar a cada batida por ter deixado eles lá.

– O que ele fazia na sua sala Felicity?

– Ele é louco Curtis, ajudou Connor uma vez e parece querer estar presente agora. Ele deve querer deixar minha vida de cabeça para baixo. - resmunguei.

– Eu deixaria ele virar minha cabeça para baixo. - comentou cheio de malícia, seus olhos brilhando e as mãos se esfregando em um plano diabólico.

– Você é casado Curtis.

– Pequeno detalhe. - retrucou me estendendo seu computador, quase gemi frustrada ao notar a tela preta. Aquilo daria tanto trabalho.

– Acho melhor você sentar, porque vai dá trabalho. - sussurrei sob sua lamentação. Iniciei o trabalho me arrependendo de ter deixado Oliver e Connor sozinhos.

– Por favor, quando for trocar "mensagens" com seu marido, troque por algo que não pertença a empresa. - pedi depois de quase uma hora sentada tentando recuperar todos os arquivos que Curtis tinha perdido.

– Obrigado Felicity, você é um anjo. - sorri com seus beijos exagerados em minhas bochechas.

Forcei meu pescoço sentindo os ossos se comprimir em um estalo alto. Um suspiro alto saiu por meu lábios ao notar um sorriso debochado em minha direção. Oliver estava sem paletó, as mangas erguidas até seu cotovelo. Connor brincava com um carrinho em sua frente.

– Senhorita Smoak, que bom que voltou. - o tom cheio de malícia dele me fez revirar os olhos, ele queria me provocar e estava conseguindo. Porque a qualquer momento minha mão podia ir de encontro com aquele belo rosto.

– Mamãe. - cambaleei para trás sentindo o impacto contra minhas pernas.

– Hey baby. - o peguei no colo e sorri quando ele entrelaçou as pernas em minha cintura agarrando meu pescoço com força. – Está pronto para ir para casa?

– Ollie pode ir também? Eu disse que suas panquecas são as melhores.

– Baby, não podemos comer panquecas no almoço. E eu acho que o Ollie tem coisas melhores para fazer.

– Na verdade, hoje estou livre. Connor disse que ia me mostras todos seus troféus de escolares. Ele disse que é um pequeno gênio. - semicerrei meus olhos em direção ao homem que já se erguia pegando o paletó e movimentava seu mar de músculos à minha frente. Suas mãos se instauraram em minha coluna deixando um rastro quente.

– Não ouse me tocar. - rosnei baixo me livrando de suas mãos, ele me direcionou um olhar divertido e insistiu em colocar a mão em minha pele novamente.

– Ollie, mamãe parece brava você não devia... Como é a palavra mamãe?

– Provocar querido. Oliver não deve me provocar. - murmurei caminhando rápido. O corpinho de Connor tremeu e ele se aproximou ainda mais de mim quando as portas do elevador se fecharam.

– Hey garoto, está tudo bem. Não precisa ter medo. - Oliver se adiantou, suas mãos se encostando nas costas de Connor em um gesto confortante. Não poderia admitir em voz alta, mas aquilo me tocou.

– Eu levo vocês.

– Eu tenho meu carro, não precisamos. - mordi minha língua evitando palavrões em frente Connor.

– Tudo bem Felicity. - o tom tão debochado me fez querer lhe bater. Bater até ele parar de ser tão bonito. – Obrigado pelo elogio. - contive minha adolescente interior que implorava para erguer o dedo do meio para ele.

– Lissy eu acho que o Ollie gosta de você. - estanquei no lugar sentindo o coro do cinto de segurança em minha pele. Pelo retrovisor vi Oliver franzir o cenho. – Por favor macaquinho, não vamos falar nesse senhor. Assunto proibido.

– Mas ele vai comer com a gente Lissy. - pontuou. Fechei meus olhos com o tamanho de sua esperteza. Para um garoto de 4 anos Connor era muito avançado.

– Você venceu.

– Lissy eu sempre ganho. - abriu um sorriso grande convencido e eu gargalhei voltando a prestar atenção no trânsito à minha frente.

Hesitante girei o trinco da porta. Depois dessa visita era claro que ele não me deixaria em paz. Aquilo era um erro. Um erro dos grandes.

– Belo quadro. - minhas bochechas queimaram ao notar que ele implicava com o enorme quadro do Robin Hood. Observamos Connor correr até a tv se apressando em colocar um desenho qualquer.

Senti sua respiração pinicar minha nuca, suas mãos apoiadas em meu quadril em total atrevimento. Eu não conseguia me separar, era algo maior que impedia o afastamento. Fechei meus olhos levemente quando a luxúria tentava invadir meu corpo. Oliver podia a qualquer momento tirar Connor de mim, mas ele era muito gostoso.

– Mamãe, seu celular. - Connor surgiu correndo pelo corredor tropeçando no tapete no meio do caminho. Engoli o seco me sentindo exposta com o olhar pervertido de Oliver. Me afastei.

– “Alô”

– “Felicity Smoak? Sou Joshua Keppler advogado da família Queen meu intuito com essa ligação é informar que a família vai recorrer a guarda da criança, se quiser tratar algo entre em contato comigo e somente comigo, não queremos um escândalo na imprensa”. – senti todo o ar fugir de meus pulmões com aquele discurso que parecia não ter fim. Um bolo enorme se formou em minha garganta enquanto o homem continuava a falar. – São ordens restritas do Senhor Queen.

Desliguei a ligação atordoada tentando processar tudo em minha mente. O choro de desespero preso em minha garganta enquanto eu tentava me apoiar em algo. Encarei o homem à minha frente sorridente me perguntando o quão cínico ele era.

– Algo me veio a memória, Connor você disse outra mamãe?

– Connor vai para seu quarto. - tentei controlar minha raiva. Connor tentou dissuadir com seus olhinhos de gato de botas, respirei fundo apenas apontando para o quarto. – Não se faça de cínico, não na minha frente Oliver. - rosnei baixo me aproximando o suficiente para que minha mão encontrasse seu rosto em um tapa forte e alto. – Se você quer guerra Oliver Queen, você terá uma guerra porque eu vou lutar pelo Connor com todas as minhas forças, não vai ser você que vai tirá-lo de mim.


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Notas finais do capítulo

Yay! Aguardamos vocês nos comentários hein u.u