Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 23
Capítulo 22.


Notas iniciais do capítulo

Olá Braseeeeeeel!

Como vai nossas leitoras lindas e cheirosas? Espero que bem. Então meninas, com esse capítulo nós damos início a reta final de Sweet Connor (aaaaaah). Pois é, a história se encaminha para o seu fim, e nós estamos felizes com os resultados positivos que recebemos, cada gesto de carinho está valendo cada letra no evernote haha.

Responderemos todos os comentários aos poucos, eu estou com problemas com a internet (cachorra), e Karly anda atarefada, mas tenham paciência ;)

BOA LEITURA! ❤



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Felicity Smoak.

O calor estava por toda parte, se espalhava desde minha nuca até minhas pernas. Assim como um peso que alcançava minha cintura. Movimentei meu corpo tentando encontrar uma posição confortável e longe de todo o calor, e do calor o gelo tomou conta do meu corpo ao notar que havia outro aconchegado ao meu. E não era Connor que se encontrava ao meu lado.

Lentamente me virei nos braços masculinos dando de cara com Oliver que dormia pacificamente, o semblante calmo lhe fazia parecer mais bonito e definitivamente mais jovem. Com as pontas dos dedos raspei em sua barba rala parando se respirar em seguida temendo acordá-lo. Fiquei assim por alguns minutos.

— Oliver você precisa ir. - murmurei baixo, seus dedos se apertaram em minha cintura em sinal de protesto. — Connor vai entrar em disparado daqui 5 minutos.

— Ele sabe que estamos juntos Felicity.

— Mas eu não quero que ele pense que você vai se mudar para cá Oliver, levante-se.

— Eu poderia me mudar para cá.

— Não! - repreendi ganhando um olhar inquisidor dele. — É por esses e outros motivos que eu queria conversar ainda ontem.

— Eu entendi, estamos indo rápido demais.

— E eu não sou assim Oliver, eu não costumo dormir com as pessoas assim do nada.

— Tudo bem, por agora me contentarei com o que temos. - beijou a ponta do meu nariz e se levantou.

— Você pega Connor na escola?

— Não posso, tem aquela reunião com a Goials tech, lembra?

— Tudo bem, eu busco o pequeno prodígio. - me mexi preguiçosa observando ele terminar de se vestir. — Oliver. - chamei quando ele já fazia menção em sair do cômodo. — Ainda precisamos conversar.

— E vamos. Eu prometo. - falou sumindo no corredor.

Não demorou muito para Connor aparecer todo preguiçoso como tinha previsto. Suspirei aliviada ao constatar que ele não havia notado a presença de Oliver aqui, já tínhamos informações demais pra cabecinha dele processar.

— Lissy, eu não quero ir a escola. - esfregou os olhinhos deitando sobre mim.

— Mas você precisa macaquinho, esqueceu de que quer se tornar um gênio?

— Mas pra ser um gênio eu não preciso ir a escola. Eu sou inteligente.

— Sim, você é. - ri pelo nariz com a perspicácia do meu menino. — Mas você continuará indo a escola.

— Mas eu tenho muito sono. - ralhou no bocejo.

— Ande, vamos tomar um banho para despertar de todo esse sono.

Com a pequena batalha ganha, eu me concentrei em organizar Connor para a escola, hoje o dia estava para ser cheio e corrido.

Oliver Queen.

Passava das 9:00h quando pisei na empresa, senti todo o estresse do lugar englobar meu corpo. Suspirei cansado tentando me manter neutro, do contrário antes do almoço, muita gente ali teria levado uns belos gritos.

— Olá Oliver. - grande foi minha surpresa ao encontrar Simon sentado em minha cadeira na minha sala.

— Sr. Queen, eu pedi para que ele esperasse aqui fora, mas ele não me deu ouvidos. - a secretária se adiantou temerosa.

— O que você quer, Simon? - perguntei jogando minhas coisas na poltrona num canto qualquer.

— O que é meu de direito.

— Eu sei de toda sua história com a minha família, é bonita a forma como meu pai te ajudou, mas isso não te dá direito a nada.

— Claro que dá, sua mãe mesmo me disse isso.

— Mamãe não está situada nos assuntos da empresa. - suspirei passando a mão pelos cabelos, nervoso. — Esquece Simon, eu não vou financiar seu projeto cheio de furos, você não vê que ele está destinado ao fracasso?

— Quem falou em projeto? Eu estou falando da vice-presidência. Eu a quero.

— Você o que? - senti o riso escapar na garganta. — Só pode estar louco.

— Nunca estive tão lúcido. Você não percebe, Oliver? Juntos podemos mais, eu posso ser muito eficiente na vice-presidência. Vamos ser aquilo que seu pai sempre sonhou.

— Esquece, você definitivamente não a terá, Simon. Agora sai da minha cadeira que eu preciso trabalhar. - pude ver o brilho de fúria raspar nos olhos do homem a minha frente, eu sabia que Simon desejava assumir a empresa, sempre soube que ele se sentia no direito de ser um Queen.

Observei ele marchar para fora, não sem antes me lançar um último olhar ambíguo, o qual resolvi ignorar. Eu sabia que ele não desistiria, porém eu também não estava disposto a ceder.

O resto da manhã me enfiei naquele monte de planilhas pra revisar e documentos para assinar. Só quando meu celular tocou que eu percebi que já passava das 11:00.

— "Oliver?"— a voz de Felicity soou na linha.

— Oi Felicity.

— "Você pegou o Connor na escola?"

— Não, ficamos combinados que você o buscaria, lembra?

—"Oliver..."— a voz dela saiu trêmula.

— Felicity, o que ouve? Alguma coisa aconteceu com o nosso filho?

—"Connor sumiu."— a voz fraca dela deu a entender que ela mesma estava se dando conta disso agora.

— O que? Felicity quando foi isso? Como ele sumiu?

— "Eu não sei Oliver, eu estou aqui na escola dele e ele não está aqui."

— Não saia daí, eu estou a caminho. - desliguei o telefone catando as chaves do carro.

O caminho até a escola de Connor nunca pareceu tão longo, devo ter infringido inúmeras leis de trânsito, mas isso era o que menos importava no momento.

— Felicity, onde está meu filho? - as palavras saíram afobadas devido o desespero crescente dentro de mim.

— Eu não sei, Oliver. Vim buscá-lo e a professora falou que ele me esperava no pátio. Acontece que ele não estava lá, bati toda essa escola atrás do meu garotinho e ele não está em lugar nenhum, Oliver.

— Como uma criança some e ninguém percebe? Que escola é essa que não se responsabiliza pela segurança de um menor? - gritei com a diretora que parecia tão preocupada quanto nós.

— Sr. Queen, eu peço que se acalme, é comum crianças na idade de Connor pregar peças nos pais, talvez seja só mais uma arte dele.

— Não, Connor não é assim, ele nunca faz esse tipo de coisa, nunca sai sozinho. - Felicity se adiantou nitidamente alterada. — A senhora não conhece meu pequeno, ele é incapaz de sumir só para nos deixar preocupados.

— Eu entendo vossa preocupação, mas mais uma vez peço que mantenham a calma, olhamos as câmeras de segurança e não há sinal do Connor saindo da escola.

— A senhora não me conhece mesmo, é claro que eu não vou ficar aqui parado enquanto sabe-se lá onde está meu filho. Uma criança de cinco anos. Cinco anos. - afirmei rude, fazendo a mulher estremecer no ligar.

Liguei pra Diggle informando o ocorrido e pedi para que ele selecionasse alguns seguranças da empresa para rodar a cidade atrás de Connor. Aproveitei e liguei para Helena, pedi que ela chegasse todos os hotéis, parques, hospitais, aeroportos e todos os lugares de Star City onde uma criança poderia estar. Avisei a Thea e Roy para que ficassem de olho. Meu filho sumiu e eu estava disposto a mover céus e terras se preciso para encontrá-lo.

Me senti como se tivesse voltado para os meus primeiros anos na ilha. Sozinho, com frio e sentindo um medo terrível. Encarei os olhos inexpressivos de Felicity, ela estava em choque.

— Vamos encontrá-lo Felicity. - sussurrei segurando seu rosto em minhas mãos a obrigando a sair do topor que ela se encontrava.

— Meu macaquinho Oliver. - senti um pedaço do meu coração quebrar junto com o soluço dela. — Ele é só uma criança, pode estar com fome, com frio e eu não posso fazer nada..

— Hey. - a apertei contra meu peito a ouvindo chorar baixinho. — Vamos botar está cidade de cabeça para baixo, mas vamos achar nosso garoto. Eu prometo.

Já passava das 14:00 e nenhum sinal de Connor, a polícia afirmava que só podia dar como desaparecido após após quarenta duas horas e que essas vinte e quatro eram cruciais para as buscas. Capitão Lance estava fazendo todo o possível para ajudar, mas olhar a aflição e desespero de Felicity me fazia sentir impotência.

— Sr. Queen, aconselho que leve sua esposa para casa, prometo que assim que tivermos notícias entraremos em contato. - uma policial falou lançando um rápido olhar na direção de Felicity.

— Tudo bem, ficaremos aguardando.

O caminho até a casa de Felicity foi de um silêncio ensurdecedor, nada havia me preparado para essa situação, o desespero dentro de mim travava uma luta com a razão. Eu precisava me manter forte por Felicity.

— Connor? - ouvi a voz de Felicity assim que estacionei o carro. Ergui os olhos para encontrar Connor sentado no batente do prédio com ninguém menos que Simon Lacrox ao seu lado.

— Mamãe. - ele correu até ela se agarrando as pernas de Felicity que o levantou rapidamente. Senti o ar sair pesado por meus pulmões, o alivio se apossando do meu corpo a cada passo dado em direção a eles.

— Papai. - ele esticou os bracinhos em minha direção.

— Amor, você está bem? - Felicity deu voz aos meus pensamentos enquanto eu inalava o cheiro infantil dele. — Onde você estava Connor?

— Eu to bem mamãe. - a inocência dele fez um bolo travar em minha garganta. — O tio Simon me levou para dar um passeio.

— Eu queria conhecer melhor seu filho, Oliver. - ergui meus olhos até o homem que tinha um sorriso fechado nos lábios.

— Felicity, leve Connor para dentro. - por fim achei minha voz que saiu mais firme que o esperado.

— Oliver...

— Leve Connor para dentro. - repeti sentindo o sangue borbulhar por minhas veias. Observei Observei Felicity guiar o garoto para dentro, só quando sumiram da minha vista é que voltei meu olhar para Simon. — O que você pretende?

— Não entendi sua pergunta, Oliver. - me olhou cínico. — Apenas queria conhecer melhor o seu filho. - não suportei olhar nem mais um minuto para aquele sorriso nojento, quando dei por mim já tinha as mãos agarradas na lapela do terno alinhado dele.

— Você se acha muito esperto, não é? Você nunca me enganou infeliz.

— Pare com isso, Oliver. Eu só levei o garoto para um passeio, não é como se eu tivesse sequestrado seu filhinho, não tente por a criança em um pedestal.

— Idiota. - soquei a cara dele. — Nunca mais torne a encostar no meu filho Simon, eu conheço bem esse seu jogo psicótico e não vou cair nele.

— Você tem medo de que eu machuque seu precioso filho? Achei que fôssemos irmãos. - eu não conseguia nem ao menos ouvir a voz do desgraçado, a adrenalina do medo ainda corria minhas veias. E com isso acabei desferindo mais socos em Simon, até sentir mãos me puxando.

— Pare com isso Oliver, você vai matá-lo. - a voz de Thea se fez presente.

— Nunca mais chegue perto do meu filho, entendeu? Quer jogar comigo, tudo bem, eu sei jogar. Mas se você voltar a se aproximar do Connor, acredite, esses socos não serão nada perto do que eu posso fazer.

— Isso é uma ameaça?

— Tome como quiser, Simon. - me esquivei de Roy que me segurava e acabei dando de cara com o olhar indecifrável de Felicity.

Pov Felicity.

— Felicity. - Oliver me chamou, mas eu estava assustada demais para ouvir.

— Agora não. - falei entrando com os três me seguindo.

— Thea, como você soube que estávamos aqui? - Oliver perguntou.

— Felicity me ligou para informar que Connor tinha aparecido, não estávamos muito longe daqui.

— Preciso avisar ao Diggle para que ele cuide de cessar as buscas.

— Eu já cuidei disso. - ela se adiantou antes de tudo se tornar um silêncio incômodo. — Então...

— Thea, você pode levar Connor para dar uma volta? Oliver e eu precisamos conversar.

— Claro. Connor amor, vem com a tia, vamos tomar um sorvete?

— Lissy, você vai brigar com o Ollie? - perguntou baixinho. — Vocês não podem brigar, a gente é família e família não briga.

— Amor, nós só vamos conversar, coisas de adultos. - passei as mãos por seus cabelos. — Não se preocupe, pode ir com a Thea e o Roy.

— Vem cá campeão. - Oliver chamou o pequeno que correu para os braços do pai. — Nós não vamos brigar, é só uma conversa Connor.

— Promete?

— Prometo. Agora vai com a sua tia. - fez um toque de mão com ele antes de Thea e Roy o levarem.

Ficamos nos encarando por um tempo, buscando palavras para começar aquela conversa. A verdade é que tínhamos tanta coisa pra ser dita, tantas mágoa pra reviver que eu me sentia acuada.

— Felicity eu...

— Sua mãe me avisou, ela realmente me avisou. - as palavras saíram sem que eu nem percebesse. — Ela disse o quanto você tinha se tornado agressivo depois de tudo. Irreconhecível. - senti minha voz falhar com a menção ao passado dele. — Ela me alertou sobre a sua impulsividade e o quanto isso poderia afetar o Connor.

— Minha mãe não tinha esse direito. - ele fechou os olhos suspirando num gesto de cansaço. — Ela não podia te envenenar contra mim.

— A questão não é essa Oliver, ela estava certa. - vi um brilho de decepção passar pelos olhos dele com as minhas palavras. — Você bateu numa pessoa hoje.

— Simon nem deveria ser considerado uma pessoa, Felicity ele sequestrou Connor, ele fez isso e sabe por que? Pra mexer com a minha cabeça.

— E ele conseguiu. Você quase matou o homem, Oliver. - ergui as mãos em sinal de horror. — Meu Deus, você quase matou o homem de tanto que bateu nele, você percebe? Connor estava a alguns metros de distância, se Roy e Thea não tivesse chegado, eu nem quero imaginar onde teria parado.

— Eu sou assim Felicity, eu mato pessoas no menor sinal de perigo. - ele parecia atormentado. — Eu aprendi a ser assim desde a ilha, eu tive que ser assim pra sobreviver.

— Não precisa mais ser assim, agora você vive em uma civilização.

— Aí é que está, a civilização consegue ser pior que a ilha, Felicity. Você acha mesmo que eu me tornei o vigilante pelo prazer em matar? Eu tinha que me tornar, eu tinha uma promessa a cumprir, a promessa que eu fiz ao meu pai.

— Oliver, eu não estou pedindo para que você abandone o capuz, você acha que eu não entendo a importância que o vigilante tem nessa cidade? O quanto de crime ele combateu? Eu sei, eu entendo isso. Mas o que eu preciso é que o vigilante dê mais espaço para o Oliver que está aí dentro, o Oliver que é pai do Connor, o homem nobre e carinhoso pelo qual eu me apaixonei.

— Não há nada de nobre em mim.

— Seu amor pelo Connor, pela Thea e por sua cidade é o que você tem de mais nobre. A forma como você os defende de tudo é nobre. Não enevoe isso com esse lado turbulento que há em você.

— Como você pode sentir algo por mim? Eu te fiz tão mal, te machuquei e quis tirar o Connor de você. Eu fui tão cretino que acho que nunca serei capaz de me perdoar.

— Eu te perdoei Oliver, não porque você desistiu da guarda, mas porque meu coração já tinha te perdoado sem ao menos eu saber.

— Eu estava tão confuso. - suspirou. — Eu estava com raiva por Sandra ter me escondido o garoto, com remorso por sentir raiva de alguém que não estava aqui para se defender. Eu me sentia frustrado e confuso, uma explosão de sentimentos embaralhados no meu peito. Meu amor por Connor, minha raiva pela mentira, minha tristeza por Sandra, meu ódio pelos perigos dessa cidade... Você.

— Eu?

— Céus, você foi a minha tormenta pessoal Felicity Smoak. Eu precisava te odiar pelo o que Sandra fez, precisava descontar em alguém toda aquela loucura, mas toda vez que você se aproximava as minhas barreiras pareciam cair, você conseguiu passar pela armadura que eu vinha construindo a muito tempo, foi tão fácil me apaixonar por você que eu me vi assustado como um bicho acuado. Isso nunca tinha acontecido antes.

— Tudo aconteceu tão rápido Oliver, tão confuso que eu acredito não termos digerido tudo ainda.

— O que você quer dizer?

— Eu quero estar com você Oliver, quero que o Connor tenha o pai por perto e que você esteja conosco.

— Eu também quero, Felicity. - ele tocou meu rosto tão suave que senti um arrepio correr meu corpo.

— Você precisa ponderar as coisas Oliver, seja o arqueiro, combata o crime e ajude a prender bandidos. Mas se for ficar, eu preciso que esteja aqui cem por cento, que deixe os problemas da cidade lá fora, e principalmente, eu preciso que você aprenda a lidar com sua agressividade. Por Connor.

— Eu entendo.

— Vai pra casa, põe os pensamentos em ordem e depois me diz se você está certo do que quer. A gente já se machucou tanto, vamos com calma por agora.

— Eu não vou desistir da gente. - ele sorriu carinhoso, beijando minha testa antes de me deixar sozinha.


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Notas finais do capítulo

E então? O que será que vai acontecer com nosso casal de heróis? Que susto passaram em? E Simon, o que será que esconde nas mangas? Não deixem de comentar, nós amamos cada palavrinha. Beijos :*