Sweet Connor escrita por Miss Smoak, MissDream


Capítulo 24
Capítulo 23.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bom com vocês? Espero que sim, porque voltamos com mais um capítulo da nossa bichinha. Estamos na reta final, então aproveitem e leiam com carinho.

Ps: os comentários do cap anterior serão todos respondidos.

BOA LEITURA!!!



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Oliver Queen.

Soltei um suspiro pesado ao deixar Felicity na portaria do prédio. Minhas mãos tremiam descontroladas, a raiva ainda borbulhava em meu peito com uma firmeza que nunca havia sentindo antes. Tudo que conhecia sobre fúria havia desaparecido e algo novo e mais violento me dominou ao ver Simon tão próximo de Connor. Minha intuição implorava para não confiar naquele cara, para que eu mantivesse meus olhos abertos em cada minimo movimento dele.

De passos firmes e rápidos entrei em meu carro me encaminhando até a cave. Digg estava com os olhos grudados na tela do computador.

— Felicity vem hoje? - ele perguntou ao notar minha presença, neguei com a cabeça me encaminhando até o pequeno banheiro ali e enxaguei minhas mãos me livrando do sangue seco. — É melhor se vestir logo, um assalto está acontecendo no banco central.

Não costumávamos atender esse tipo de chamada, meu interesse era exclusivo em riscar nomes da lista, honrar a memoria do meu pai e salvar minha cidade, mas eu estava precisando de qualquer ação. Eu precisava para limpar minha mente.

O trajeto até o banco central não foi demorado. Digg e eu adentramos o local em silencio observando as mascaras de palhaços nos cinco meliantes ali, cada um exibia uma flor amarela vibrante no bolso esquerdo. Eles pareciam estar esperando pelo vigilante, senti um calafrio percorrer minha espinha mas do mesmo jeito ergui meu arco forçando minha coragem. Senti os olhares de Digg em minhas costas, ele parecia hesitante da mesma forma que eu me encontrava.

— Vocês não tem como fugir. - informei baixo, minha voz modulada parecia confiante. O único refém naquele local era uma pequena criança, devia ter a mesma idade de Connor, a garotinha choramingava pela forma como um dos caras a segurava a impedindo de chegar até a mãe, que devia estar do lado de fora.

— Eu não queria ter que discordar de você capuz, mas preciso.. Lembre-se de.. Como é o nome que nos disseram que abalaria ele mesmo? - o cara voltou a sussurrar com um sorriso desdenhoso no rosto, movimentava as mãos de formas exageradas enquanto os outros riam de sua interpretação fajuta.

— Connor.. - foi como se todo o sangue de meu corpo sumisse. A respiração presa em minha garganta fechada, o panico começando a me dominar, apertei o arco em meus dedos os sentindo doer pela pressão. — Não sabíamos se isso ia funcionar, mas aquele cara é um gênio. - continuou. Senti minhas pernas se movimentarem sem minha permissão, tudo que eu via era fúria, aqueles cara conheciam Connor, conheciam meu garotinho e estavam o usando para me desabilitar. Mas tudo que conseguiram foi minha raiva.

— Arqueiro! Não! - o grito agudo de Digg soou por meus ouvidos, mas eu não podia parar. Tinha plena consciência das armas que eles seguravam, e que eu não era a prova de bala, mas eu não podia deixar aquilo simplesmente acontecer. Eu podia ver o brilho de medo por trás das mascaras, podia vê-los recuar também, levando consigo a garotinha.

— Nem mais um passo ou ela morre.

— A única pessoa que irá morrer hoje será você. - ameacei prontamente erguendo o arco em minhas mãos e lançando as flechas, uma atrás da outra. Digg ao meu lado me ajudava a contê-los. — Leve a menina pra fora Spartan.. - ordenei enquanto caminhava na direção do cara que citou o nome de Connor.

— Vigilante.. - a voz do meu amigo soou medrosa, hesitante.

— Agora! - meu grito foi o suficiente para assustar o homem que a qualquer momento faria parte da parede de tanto que estava apoiado. Esperei Diggle desaparecer de dentro da faixada do banco para enfim me concentrar. O primeiro soco que acertei no rosto dele quebrou seu nariz.

— Quem é esse gênio que você falou? - urrei deferindo outro soco em seu estomago e um nas costelas. O gemido de dor que ele deu só fez minha fúria aumentar. — Comece a falar! - gritei novamente. Um soco atrás do outro, minhas mãos doíam e o cara se recusava a falar, podia ver os olhos desesperados o pedido silencioso que eu parasse.

Papai..

Ofegante encarei por cima dos meus ombros procurando meu filho. Mas ele não estava ali, e o homem a minha frente poderia facilmente estar sem vida. Encarei o couro que abraçava minhas mãos vermelhas, cobertas de sangue. Sangue do homem que citou meu filho. Me afastei afetado caminhando cambaleante até a parede mais próxima.

— O que você fez Oliver? - a voz de Digg me tirou do transe, ele encarou o corpo quase sem vida no chão e lamentou baixinho. — O que é isso na mão dele? - indagou pegando a pequena flor amarela. Corri meus dedos pelas pétalas sentindo minha garganta fechar ao sentir a textura frágil.

Robert Queen costumava adorar aquela flor.

— Precisamos achar os outros. - rosnei puxando a aljava e me direcionei até o beco mais próximo.

— A polícia conseguiu lidar com eles Oliver.

— Eu preciso interrogar eles pessoalmente. - informei assim que chegamos na cave. Aquela flor significava algo, ela era rara e por esse motivo meu pai a adorava, costumava adorar e explicar como rara elas eram e a beleza por trás de sua pétalas amareladas. Poucas pessoas sabiam do prazer que ele tinha por ela.

— Você não pode simplesmente invadir Iron heights Oliver. É uma prisão, você tem noção do quão perigoso é? - berrou segurando meus ombros. Inevitavelmente soltei uma risada irônica.

— Esses cara ameaçaram meu filho Diggle! Eles ameaçaram Connor e você espera que eu fique bem com isso? - rosnei de volta retirando suas mãos de meus ombros com violência. — E não é como se fosse minha primeira vez Digg, só preciso do momento certo. - completei imediatamente.

— Felicity vai saber disso? - imediatamente os olhos azuis aterrorizados preencheram minha mente. Neguei rapidamente com a cabeça.

— Ela não precisa de mais motivos para me achar um monstro. Ela não vai saber disso estamos entendidos Diggle? - reforcei o encarando, vi seu rosto se retrair em negação. — Estamos entendidos John?

— Você está ciente que escondendo as coisas dela vai prejudicar o relacionamento de vocês não sabe?

— Vai pra casa Digg não há mais nada para fazer hoje. - soltei um suspiro ao notar o peso de suas palavras. Digg crispou os lábios e assentiu a contra gosto.

Ele estava certo, deixar Felicity no escuro era errado, iria prejudicar nosso recente envolvimento e eu não queria acabar com o que tínhamos, ela e Connor eram tudo que eu precisava, eles eram a luz que surgiu em meio a escuridão de meu coração.

Senti meu celular vibrar em minhas mãos com a mensagem de Thea pedindo que fosse buscar Connor porque Felicity havia saído e ela precisava trabalhar. Me arrumei rapidamente e corri onde eles estavam. Ainda não tinha superado o susto que Connor me deu mais cedo, foi como se o inferno fosse meu lar por alguns minutos.

— Ei carinha. - baguncei seus cabelos assim que estacionei a moto em frente ao apartamento de Felicity. Connor se jogou em meus braços rindo abertamente com um doce na boca.

— Felicity disse que não demoraria, ela precisou ir na empresa com urgência. - Thea explicou remexendo na enorme bolsa. — Vem cá da um beijo na titia seu pestinha. - sorriu para meu filho aproximando o rosto dos lábios de Connor que roçou o nariz no dela em um gesto carinhoso.

— Se cuidem garotos. - observei ela se afastar pra encarar Connor de modo sapeca e quase gargalhei quando seus olhinhos brilharam em expectativa.

— O que você quer aprontar garoto? - foi a deixa que ele precisou para saltar de meu colo e me puxar para dentro de seu quarto de brinquedos.

— Mamãe não quis me dar um boneco do arrow, mas ela me deu esse. - ergueu o boneco do lanterna verde em mãos. — Ele não é o arqueiro mais é verde e eu gosto de verde, sabe papai o arqueiro podia ser arqueiro verde, ia ser legal eu queria vê-lo de novo. - meu menino começou a falar sem parar me fazendo rir de sua animação.

— Sobre isso campeão, precisamos conversar. - suas sobrancelhas se uniram em uma linha reta e seus lábios um bico fofo.

— Mamãe já conversou, ela disse que foi feio o que eu fiz fugindo da escola, que o senhor e ela ficaram muito preocupados... Mas eu não fiz por mal papai...

— Eu sei que não fez por mal campeão, mas eu preciso que me prometa que não vai fazer isso novamente Connor, nem nada do tipo.. Não fuja da escola e não fale com estranhos, você me assustou bastante.

— Mas ele disse que conhecia o senhor papai... Ele disse que era meu mais novo titio.

— Nem mesmo por isso Connor. - expliquei o puxando para meu colo e ele rapidamente escondeu o rosto em meu pescoço arrancando um mínimo sorriso meu. — Nesse mundo existe muitas pessoas que só querem fazer o mal, querem prejudicar.

— Como um bicho papão?

— Exatamente como o bicho papão... Mas essas pessoas podem machucar muito mais, elas usam e manipulam e nos ferem da pior forma possível, me prometa campeão que não vai nunca mais fazer algo do tipo.

— Tudo bem papai, me desculpa. - pediu com a voz fraquinha e em seguida baixou a cabeça. Suspirei baixinho bagunçando seus cabelos. A maior parte do dia eu matei ali, com Connor, brincando com ele, descobrindo mais e mais sobre meu garotinho.

Franzi a testa ao observar o sol se perder pelo horizonte. Encarei o relógio estranhando a demora de Felicity, Connor assistia confortavelmente e as vezes soltava umas gargalhadas gostosas. Peguei o celular afim de ligar para Felicity, meu coração apertado em angustia temendo o pior. Um suspiro aliviado fugiu de meus lábios ao ver o trinco girar lentamente.

— Mamãe... - Connor gritou pulando do sofá animado, sorri ao vê-los dar um beijinho de esquimó.

— Macaquinho lindo, como foi seu dia meu amor? Vejo que passou o dia com seu pai, uma bagunça vocês devem ter feito.

— Claro que não Lissy, sem bagunça, mas não pode entrar no quarto de brinquedos agora. - ele completou tímido e sem me conter gargalhei me juntando a Felicity.

— Trouxe nosso jantar. Chinês como você tinha me pedido. - ela ergueu as sacolas animada enquanto Connor pedia pelos biscoitos da sorte.

— Oliver. - senti meu coração falhar com o sorriso tímido que ela me ofereceu. Gentilmente coloquei uma mexa de seus cabelos atrás de sua orelha e inspirei o perfume doce que me acalmava, levemente toquei meus lábios em sua testa.

— Ele tá bem cansado, e já ta de banho tomado, eu preciso ir mas antes preciso conversar com você.

— Você precisa ir por causa dos assuntos do vigilante? Essa conversa pode esperar mais um pouco. Eu não vou fugir Oliver. - argumentou amassando a camiseta que eu usava. Selei nossos lábios em um selinho rápido e me despedi de Connor.

Eu tinha assuntos urgentes para ser tratado nesse momento.

[...]

Encarei por cima do ombro para observar os corredores escuros da prisão. Eu precisava agir rápido para não chamar atenção desnecessária, retirei a mascara preta do meu bolso, as barras de ferros me impediam de entrar em um confronto direto com o prisioneiro do outro lado. Como se fosse um guarda qualquer bati no ferro chamando sua atenção, e idiota como eu pensei que fosse o cara se aproximou e me dando chance de segurar em seu pescoço.

— A flor, porque deixaram essa flor? - questionei friamente apertando os dedos envolta de sua garganta observando ele se debater para respirar.

— Mandaram fazer aquilo.. - explicou ofegante, o rosto vermelho e algumas veias explodindo em sua testa.

— Quem? Quem fez isso? - rosnei o puxando para mim fazendo com que seu rosto fosse direto com as barras. Eu precisava saber quem estava por trás daquilo, porque não podia ser simplesmente uma flor aleatória. Soltei seu pescoço e o mesmo caiu no chão.

— Ele disse que você vinha.. pensei que estivesse errado, mas você realmente veio. - o cara sorriu ironicamente enquanto tossia sangue no chão. — Ele sabe quem você é vigilante, ele sabe sua verdadeira identidade. E o único aviso que mandou foi que você vai perder tudo.. ele vai te destruir.

— Ei, você ai! - um guarda gritou correndo em minha direção. Franzi os lábios em irritação procurando uma rota de fuga, os gritos dos guardas em conjunto com os dos prisioneiros agitavam minha cabeça.

Alguém sabia da minha identidade. Alguém queria me matar, e tudo que eu precisava era proteger quem eu amava. Por meus erros apenas eu tinha que pagar.

Literalmente vi o dia amanhecer. Adentrei a passos largos o lobby da QC, as pessoas ainda sonolentas em seus determinados departamentos. Mas apenas um me importava naquele momento. Observei o cubículo de longe, as pessoas ao redor pareciam tensas em me ver ali, questionei-me quantas vezes elas já teriam ouvido minhas discussões com Felicity, deviam adorar o tanto de material que tinham pra fofocar. Balancei minha cabeça espantando os pensamentos e me concentrei em atravessar aquele espaço de uma vez.

— Posso falar com você? - prendi o riso com o salto que a loira deu, virando-se surpresa em minha direção.

— Oliver. Você quer me matar de susto? - a mão no peito em sinal de susto.

— Desculpa, é que ontem a nossa conversa foi meio confusa e eu ainda tenho muita coisa pra dizer.

— Oliver, não. - ela levantou receosa. — Não aqui, não agora.

— Não Felicity, eu preciso falar, você não entende? Eu estava a dezoito andares daqui com um monte de trabalho acumulado e tudo em que eu conseguia pensar era em você e em como eu fui canalha. Então me desculpe se eu não estiver sendo prudente ou sensato, mas eu preciso dizer tudo que está aqui. - apontei para meu peito.

— Oliver... - seu tom persuasivo não me convenceu.

— Eu te amo. - cuspi as palavras antes que a coragem fugisse. Pude ver os olhos dela crescer em surpresa. — Preciso que esteja ciente disso antes de tudo. Eu não sei quando nem como, mas eu te amo demais pra deixar orgulho e mágoa se atravessar entre nós, e é por isso que eu vim aqui, pra pedir que você me perdoe.

— Mas eu já te perdoei.

— Quando você entrou na minha sala decidida a esquecer tudo, eu estava pensando em você... Em nós.

— Você estava brincando com Connor. - ela sorriu carinhosa.

— Sim, eu estava brincando com nosso filho e me questionando se existia alguma mínima possibilidade de nos tornarmos uma família, eu desejava tanto isso que em silêncio pedi para qualquer divindade existente que se houvesse uma minúscula chance, que minhas burradas não tivessem a destruído. Foi quando você apareceu.

— Oliver eu... - se possível o sorriso dela cresceu ainda mais.

— Você entende o porquê de eu não poder me dar ao luxo de deixar você escapar por entre os meus dedos? A batalha por Connor, as ameaças, as constantes brigas, foi tudo por impulso, eu me senti tão perdido, com raiva e frustrado que a minha primeira reação foi de ataque. Eu ataquei para me defender, porque foi isso que eu aprendi nos cinco anos de ilha, mas eu não quero mais ser assim Felicity. Eu quero lutar pelo certo, eu quero ter seu amor, seu orgulho, sua admiração. Eu não quero mais ter que remar contra a maré a cada mínimo sinal de felicidade por não me achar merecedor. Eu quero ser pai, quero o Connor, você... Eu quero a gente. - finalizei meu discurso sentindo o peso em meus ombros se tornarem mais leve. Senti seus dedos se enroscarem em minha nuca e rapidamente ela aproximou nossos lábios com urgência.

— Senhorita Smoak.. - relutante me afastei de Felicity encarando quem nos interrompia. A farda policial foi o que me chamou atenção.

— Detetive? - ofegante o corpo feminino se livrou de meu aperto e nervosa ela ajeitou as roupas. Encarei Lance estranhando seu receio em falar.

— Estamos aqui por uma denúncia anônima, soubemos que sua empresa Mr.Queen está sendo roubada, o desvio de dinheiro é em pequenas porções e por isso não houve alarde da primeira vez..

— O que isso tem haver comigo detetive? - Felicity verbalizou a principal pergunta, um gosto amargo e metálico surgiu em minha boca.

— Porque você Senhorita Smoak é a principal suspeita.


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Notas finais do capítulo

E então? Espero não ter aumentado a taxa de glicose de vocês com tanto açúcar Olicity haha. Esperamos vcs nos comentários, um grande beijo :*



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