Romulus – dia do plano de ataque

Lá estavam eles, escondidos em uma das cavernas de uma montanha, esperando seus alvos, quando Mara viu algo se aproximando, pediu para Khan ir ver.

– Porque eu tenho que ir ver?

– Ah é, você vai fazer isso sozinho!

– Como é que é?

– É isso ai! Você ganhou habilidades e é como eu! Faça sozinho!

– Mas e se eu não conseguir? Não tenho esse seu escudo ai!

– Você consegue capitão! Os poderes aumentam conforme as emoções também! Não tenha medo, é o emocional que conta!

Assim que os alienígenas se aproximaram dele, ele, com uma força absurda que ganhou, deu um soco no primeiro e o esfaqueou pelas costas, o segundo o surpreendeu, mas Khan conseguiu revidar e, com uma arma deste, atirou na cabeça dele, e o último foi decapitado por Khan, tudo isso a uma velocidade impressionante.

– Ele é implacável! – afirmou Cyrus.

– Eu não falei?

– Falou amigona! Agora vamos! – e os dois correram na direção do Khan.

– Você tá bem? – ela perguntou.

– Claro!

– Tá todo bagunçado! Melhor arrumar esse cabelo! – ela disse isso ao ver o cabelo desarrumado de Khan.

– Isso não tem importância!

– Parabéns! Falei que você ia se dar bem! – ela bate no ombro dele e ele ri.

Os três partem para o local desejado, mas esperam cair a noite, o único momento seguro para eles. Quando entraram, quase foram notados, mas conseguiram escapar. Entraram dentro da fortaleza dos alienígenas e, na primeira ala que entraram, puderam ver naves, tuneis, e armas diversas. Na segunda, viram algo parecendo um gerador de energia nuclear, e no terceiro, viram um imenso laboratório deles, onde viram coisas horríveis.

– Meu Deus! Isso é um cérebro? – ela perguntou ao ver o cérebro dentro de um tubo com água.

– É! Será que já mataram um dos nossos? – disse Cyrus.

– Se tiverem, dilacero todos eles! – afirmou Khan – Vamos!

...

No meio do caminho, ela para e começa a ter mais uma de suas visões, ela vê seres de outra espécie destruindo uma cidade dos romulanos, e desenha isso num papel que havia trazido consigo, talvez fosse útil para um possível momento em que tivesse uma das visões.

– Que foi? – perguntou Cyrus.

– Eu tive outra!

– Outra visão?

– É!

– O que é?

– Outros alienígenas, vão atacar esse daqui!

– O que vai fazer?

– Vou falar pra eles!

– Mas eles vão te matar se fizer isso!

– Eu tenho que falar! De repente ... eles nos ajudam!

– Nos ajudam?

– É! Como gratidão!

...

Khan estava na frente deles, então viu um local em que os romulanos tinham uma espécie de gerador de energia, gerava a mesma energia que os transportou para aquele planeta cinza, eles subiam em cima, e as faíscas apareceram e começaram a rodear em torno deles, fazendo com que sumissem.

– Foi aquilo que nos trouxe pra cá! – pensou.

Enquanto isso, os outros dois vão procurando por eles, e deram de cara com o que não queriam encontrar, os mesmos romulanos que os sequestraram.

– Droga! – ela falou.

...

Khan também foi encontrado por romulanos que estavam onde ele observava o transportador, e logo os três estavam diante dos mesmos seres que os sequestraram em uma sala escura iluminada apenas por uma fortíssima luz amarela.

– Por favor! Precisam me ouvir! – ela pedia mas eles não ouviam.

– O capitão quer ver vocês! – um deles falou, quando o homem alienígena apareceu, eles se assustaram.

– Forte! – falou segurando no queixo de Khan – Ágil – segurou no queixo dela – e ... – segurou no de Cyrus – covarde! – essa atitude do alienígena estranhou os três.

– Não sou covarde! – falou Cyrus.

– Não? Então porque se escondeu? – e Cyrus se calou – Vocês tem algo que será de grande utilidade para os romulanos!

– É, e pode crer que não vamos dar! – ela falou, e levou uma coronhada na cabeça vinda do homem, mas não doeu.

– Impressionante! Vocês não se ferem!

– Ao invés de se preocupar em nos bater, devia se preocupar com o seu povo e os seus inimigos!

– Como disse? – ele se irrita.

– Isso mesmo! O seu povo precisa de você! Vão ser atacados pelos seus inimigos em breve!

– Como sabe disso?

– Eu sou uma vidente! Tudo o que vi até agora se cumpriu! E eu vi uma parte do seu povo sendo destruída por outra espécie de alienígenas! Isso vai ser daqui a três dias!

– Quem?

– Eles! – e mostrou os desenhos de alienígenas com a pele marrom e com marcas na testa atacando romulanos.

– Klingons!

– Vamos fazer um trato! Você vai nos levar de volta para o nosso planeta .. e nos deixará em paz se a minha visão se cumprir! Senão, você faz o que quiser conosco!

– Aceito o trato!

...

– Mara! – Khan se enfureceu com ela por causa do trato com aquele romulano – Porque você fez isso com a gente?

– Era o único jeito capitão! Eles iam nos matar!

– Eles vão nos matar agora! – Khan rangeu os dentes.

– Não, agora são obrigados a nos libertar, antes não iam fazer isso! Ele aceitou o acordo lembra!

– Mas também podem nos matar!

– Não vão!

– Porque?

– Porque primeiro, não sabem como, segundo, minha visão vai se cumprir, pode ter certeza disso, e depois, vão nos libertar!

...

Três dias depois aconteceu tudo o que ela previu, mas os romulanos evitaram o pior e seu povo foi salvo, e é claro, tiveram que ser libertados, mas os romulanos precisavam agradecer, principalmente a Mara, que previu a destruição daquele povoado.

– Temos uma dívida com vocês! – o romulano que fez o trato que falou – O que desejarem, faremos!

– Não precisamos de nada!

– Insistimos!

– Tudo bem! Quando nos levarem de volta, não nos deixem no local de onde nos tiraram! É só o que queremos!

– Porque?

– Também temos inimigos como vocês! Eles querem nossas cabeças! – falou Khan.

– Faremos isso! Mas a você moça, queremos lhe entregar isto! – e ele deu uma caixa preta para ela – Abra apenas em seu planeta!

...

– Sabe o que é? – Khan pergunta olhando a caixa preta.

– Não!

– Acha que é uma bomba?

– Não! Acho que não fariam isso!

Quando chegaram, os romulanos mandaram todos irem para o transportador, mas o líder romulano mais uma vez quis falar com Mara.

– Pode abrir agora, moça! Isso é um projetor de armas, não uma bomba! – o romulano falou – Será de grande ajuda!

– Obrigado!

– Nós que agradecemos, Grande Deusa! – ele inclinou a cabeça, esse gesto e o fato de ele ter lhe chamado de Grande Deusa não agradou muito a Mara, Khan também estranhou um pouco.

– O que ele falou pra você? – Khan falou.

– Falou que isso não é uma bomba!

– E o que mais?

– Me chamou de Grande Deusa!

– Grande Deusa??

– É! Não gostei muito! Não gosto de ser venerada por ninguém!

– Nem eu!

Khan ficou impressionado com o fato de Mara ter salvado a vida de todos na tripulação, e de alguma maneira, não conseguia parar de pensar nela, no modo como havia negociado com aquele romulano, na agilidade dela, em sua sensibilidade, e em sua história de vida.