Romulus – 1994 - Um ano depois do sumiço dela

Absolutamente nada estava bem com os que ainda se importavam com Mara. Mariah, Melina, Cyrus, Brooke, até mesmo o capitão Khan, ele sentia uma certa falta dela. Na Terra, a tragédia que ela desenhou aconteceu, um homem pôs uma bomba no meio da engenharia do navio Vengeance e ele foi pelos ares com toda a tripulação, apenas alguns sobreviveram, ficando a beira da morte, Khan, que estava no meio destes, passou por tudo o que Mara passou e agora se encontrava na mesma situação que ela, em um planeta deserto.

Para se prevenir, Mara passou a observar de longe o local de onde fugiu, e um dia, observando aquele local, pode notar que eles estavam levando o capitão Khan, ele estava com as roupas meio desgastadas e o cabelo todo desarrumada, a primeira pessoa de confiança que ela encontrou no local, precisava salva – ló, pois provavelmente iriam tentar retirar seu cérebro também.

...

Khan acorda com a luz sobre sua face, deitado em uma maca de metal, ele observa que não está só no local, que outros o observam, eles dizem algo mas ele não consegue entender, pensa que são de outro país, mais logo vê que eles não parecem nada com humanos, possuem muitas deformações como a orelha pontuda e são carecas e cheios do que parecem ser tatuagens. Mas ela já estava lá dentro para ajuda – lo, ele tentou se desprender das algemas que o prendiam a maca, mas não conseguiu.

Ela aparece e, armada com uma faca enorme que trouxe, mandou eles deixarem o homem em paz senão morreriam, eles duvidaram e não permitiram, um deles pode ver pela porta de saída que outros alienígenas estavam mortos, e ensanguentados com o sangue verde pelo chão.

Ela apenas disse que eles haviam pedido por isso e agora iam ter o que merecem, aquela voz era familiar para Khan, ela apenas puxou o braço de um deles e o decapitou, outro avançou nela e foi apunhalado, outro veio com um machado dando golpes, mas nenhum a acertava, e ela acabou o golpeando no pescoço, e o último foi o mais insistente, pois era muito habilidoso, mas acabou fracassando em derrota – La.

Ele desmaiou, por isso, ela precisou roubar um veículo dos alienígenas que mais parecia uma moto, ela voltou para seus destroços e o trouxe para dentro deles.

...

– Onde eu to hein? – ele acorda confuso olhando as coisas ao seu redor.

– Tá tudo bem?

– Ah .... – ele grita e se levanta com voracidade – O que você tá fazendo aqui? C-como é que você ...

– To viva?

– É!

– Eu vim parar aqui! Pelo menos descobri como viver aqui, só não como sair! Aposto que todos pensam que eu morri na Terra né!

– Claro! Até velamos você!

– Venha comigo!

...

– Tá vendo! – ela mostrava o local de onde havia fugido enquanto ele observava pelo binóculo – É lá que eles estão presos! A gente tem que tira – los de lá, senão vão morrer!

– O que estão fazendo com eles lá?

– Provavelmente removendo os cérebros!

– Perai, você disse ... removendo cérebros?

– É! Querem a Radiação-Ultra!

– Mas o que querem com isso?

– Também quero saber!

...

– Como você fugiu?

– Não sei! Eu simplesmente consegui! Nenhuma bala das armas deles me atingia!

– Impressionante! Olha, quase toda a tripulação morreu, a Goldfrey disse que ...

– Você não confia nela né?

– Claro que confio! Ela me ajudou muito com essa coisa! Disse que você ...

– Isso é mentira! E você não devia ter confiado nela! ... Capitão ela ia me matar! Ia matar todos nós!

– Como assim?

– Ela queria nos matar se nós desenvolvêssemos emoções boas como amor e amizade! Isso não serve pros planos dela!

– Porque!

– Ela quer um exército de homens-máquina! Um exército de supersoldados, entende!

– Sei! – o moreno sussurrou.

– Quando eu tava lá, disseram que iam matar todos nós, independente de sentirmos emoções boas ou não! – ela apoiava as mão juntas em seus joelhos – Somos apenas produtos descartáveis pra eles!

– E o que vamos fazer? Tem alguma ideia?

– Vamos acabar com eles, e com esses monstros ai também! É o jeito capitão! É matar ou morrer!

– Não me chama de capitão, por favor!

– Mas você ainda é meu superior!

– Ser superior o tempo todo é insuportável! Por favor, me trata como eu quero!

– Tá! Você manda! Você tá diferente, é sempre tão autoritário comigo!

– Eu estou diferente! Eu sinto isso!

– Ainda lembro de quando você me puniu por ter grafitado seu carro!

– Sim! Vem cá, porque tava querendo grafitar o carro do Cox?

– Eu odeio ele!

– Porque ele é meu pai!

– O que?? – ele riu – Você o odeia por ser seu pai?

– Sim! Porque não queria que ele fosse meu pai!

– Perai, achei que fosse filha do Lionel Tresler!

– Descobri que sou só uma enteada! O Cox que é meu pai biológico! Mas eu odeio ele pelo que ele fez!

– E o que ele fez?

– Digamos que ele desprezou a minha mãe quando ela disse que tava grávida dele, falou que ela tava dando um golpe da barriga e que proibia ela de dizer que era meu pai!

– Canalha!!! – falou – E pensar que esse cara vai ser meu sogro!

– Ele é o maior canalha sim!

– Devia ter deixado você pixar o carro dele!

...

No dia seguinte, ela voltou de uma caçada e ele ainda dormia, havia matado um tipo de felino do planeta, esperava que a carne fosse boa, mas trouxe frutas também para o caso de não ser.

– Bom dia! – ela saudou Khan ao ver que ele abriu os olhos.

– Bom dia! Você caça!

– É, pra minha sobrevivência! Virei um homem das cavernas aqui! – e eles riram.

– E o que você caça?

– O animal que eu acho por ai! Mas também acho frutas daqui!

– Isso é bom! Vem cá, essas frutas não geram efeitos colaterais?

– Não, nunca geraram em mim!

– Tá!

– Escuta! Preciso da sua ajuda pra resgatar os outros! Você vai me ajudar!

– O que você pretende fazer?

– Soltar todos eles, antes que morram!