Jo PDV.

Sam dormirá no banco de trás do carro, enquanto Dean dirigia e eu analisava nosso primeiro caso, ou melhor, primeiro desde que eu voltará.

-Ta me fala, qual é a desse caso?

Eu coloquei a caneta que mexia enquanto analisava o caso na boca e expliquei a Dean lendo uns papeis e recortes que estavam em cima de mim:

-Três misteriosas mortes aconteceram em Manhattan, o diagnostico da policia foi ataque de animal, porem...

-Ta deixa eu adivinhar. Porem estavam com uma mordida no pescoço e tinham menos de 1/3 do sangue ainda em seu corpo.

-Exato!

-É parece que temos um Drácula em Manhattan, vamos lá pegá-lo.

-Como... Como fazemos para matar? Eles regeneram, não é?

-Sim, mas tem coisas fatais: Uma estaca de madeira bem no peito e o mais simples, arrancar a cabeça.

Ele fez um movimento com a mão em Sinal de arrancar a cabeça. Me deu um arrepio e fiz uma cara de “Uau”

-Ei Jo, eles são monstros que matam pessoas, não tem que ter dó.

-Eu sei, eu sei! É que parece meio...

-Desumano?

-É! Sem ofensas.

-Sem problemas! Você se acostuma. – Um tempo passou em silencio e ele perguntou: - Onde foram as mortes?

-Hum. Em uma mata, é tipo um parque que tem lá, mais é tão grande que acham possível haver um animal lá que pudesse fazer isso. Ele é esperto!

-É ele pode ser mas somos mais, agente pega ele.

... Chegando em Manhattan, as coisas eram bem diferentes. As pessoas eram metidas, muito bem vestidas, as casas eram mais prédios de tão grandes e chiques. Fomos até a casa de Danielle uma das garotas mortas. Perguntas com respostas normais, nada de diferente, nada que ajude; Sam e Dean foram com a mãe da garota até o quarto dela. Eu na sala pensava no caso quando vi á irmã da garota, era aquele tipo de garota meio revoltada, tinha um estilo emo-roqueira-rebelde, muito diferente da irmã que pelo que eu ouvi dizer e vi nas fotos era uma grande patricinha. Franja tampando um dos olhos, olhos tão pretos em volta por causa da maquiagem que pareciam mais pretos que seu cabelo, que era um negro bem escuro. Seus olhos eram de um azul tão claro, tão lindo e usava umas roupas que completavam seu estilo, All Star, roupas pretas, essas coisas. Ela ouvia musica no fone de ouvido, me levantei, fui até ela e disse:

-Você se dava bem com sua irmã?

A garota não ouviu por causa do fone, eu tirei o fone do ouvido dela.

-Ou ta louca?

-Eu fiz uma pergunta. Você e sua irmã se davam bem?

-Não! Porque estão investigando? Não foi um ataque de animal?

-Sim, só que essa história ta estranha, estamos verificando. Animais que bebem sangue de pessoas?

-Quem disse que são animais? – Ela disse baixinho, quase que num sussurro.

-O que você disse?

-Nada!

Eu me sentei na cadeira que tinha ao lado dela, e puxei-a um pouco para que eu ficasse cara a cara com a garota.

-Você sabe de alguma coisa? Algo fora do comum?

-Defina “fora do comum”.

-Um coisa estranha.

-Uma coisa estranha tipo desde que uma família se mudou para cá, mortes do tipo começaram a acontecer.

-Que família é essa?

-Sãos os Cohyn – Ela tirou os fones de vez e jogou seu celular na mesa – Moram a três quarteirões daqui, a casa grande e branca, não tem como errar.

-Eles tinham alguma ligação com a sua irmã?

-Eles não, mais o filho deles... Adam! Eles estavam juntos sabe? Juntos.

Sam e Dean desceram se despediram da família, eu também, então fomos em direção ao carro, logo que entramos Dean disse:

-Olha isso! – Ele tirou um papel amarrotado do bolso e jogou para mim – É do diário da garota.

-“Eu não tenho medo dele me machucar, confio nele, confio nele mais do que em mim mesma. Eu só tenho medo por ele, eu sou uma tentação para ele, não quero prejudicá-lo”.

-Parece que o namorado de Dani era um vampiro. – Disse Sam.

-Adam Cohym é seu nome, as mortes começaram uma semana depois que ele e sua família se mudaram para cá, a família dele mora a três quarteirões, é uma casa branca e enorme.

-Como sabe disso?

-Ah irmã de Dani, garota esperta. Ela sabe de alguma coisa!

-Bom, pois então vamos visitar os Cohym.

Dean PDV.

-Boa tarde somos os vizinhos, esse é meu irmão Alex e essa é a... Minha noiva Lara.

Jo sorriu para eles e eu continuei:

-Viemos dar boas vindas.

-Duas semanas depois que já nos mudamos? – Perguntou um dos irmãos.

-É que estávamos viajando. – Disse Sam, resolvendo a situação.

A família era em cinco, os pais, e três irmãos, uma garota e dois garotos. A casa não parecia nada macabra, devia ser o disfarce.

-Algum de vocês estuda na escola da região?

-Eu e Katie.

-Então é você.

-Eu o que?

-Você é o Adam, nossa filha falou muito de você!

-Ela tem filha? – Perguntou ele assustado, apontando para Jo, obviamente achando ela nova para isso.

-Não é do meu primeiro casamento.

-Oh!

Vasculhamos a casa e falamos com eles, nada ajudou. Não achamos nada e as respostas deles não nos ajudavam em nada, pareciam normais. Como ter certeza? Como... Já sei...

-Que isso?

-Uma faca. – Respondeu os Cohym com se fosse obvio e era.

-É mais é diferente... – Fui andando pra perto dele. – Opa foi sem querer – Eu cortei a mão dele.

-Não se preocupe, tudo bem, acontece! – Ele imediatamente retirou sua mão da minha vista.

-Acho que já vamos né?

-É sim Jo... – Todos olharam para mim – Jóia rara.

-Own, ele não é um fofo? – Ela apertou minha bochecha e eles sorriram.

Fomos para a porta e estendi a mão para dar o ultimo comprimento ao Senhor Cohym:

-Foi um prazer!

-Igualmente. – O senhor Cohym se esqueceu da mão machucada e me cumprimentou com ela, e eu vi que não havia mais marca de machucado e nem sangue.

Saímos andando em direção ao carro:

-E agora?

-Esperamos!

-É, até eles irem se alimentar, quando forem, nós seguimos eles e fim.

-Eles parecem tão gentis.

-Jo não se engane com eles. – Sam disse e ela fez sim com a cabeça.

Entramos no carro e ficamos esperando, eu e Sam demos uma cochilada mais Jo não, ela estava atenta, ficou acordada e viu eles saindo de casa.

-Eles estão saindo vamos!

Ela nos acordou e rapidamente íamos começar a segui-los, mas não andamos nem meio metro com o carro e tive que parar, a irmã da garota morta estava na nossa frente.

-Ta louca garota?

-Me chame de Alice, por favor!

-Ok, Alice o que está fazendo tentando se matar?

-Eu quero ir com vocês.

-O que? Não!

-Eu vou e pronto! – Ela entrou no carro e não quis sair, tivemos que levá-la, ela era teimosa demais e não podíamos perder tempo.

Quando chegamos, eles realmente estavam indo até aquela floresta, entraram lá, nós pegamos as astecas de madeira (Menos Alice claro) e Jo pegou um machadinho e pois no bolso.

-Pra que isso?

-Garantia ué.

Entramos na mata e fomos procurando, encontramos o irmão mais velho de Adam e Katie se alimentando.

-Larga a garota.

Ele se afastou do seu alimento e levamos um susto ao nos tocar de que não era uma pessoa e sim um animal, de repente todos os outros Cohym apareceram ao lado dele, todos sujos de sangue.

-Vocês são...

-“Vegetarianos”, “Herbívoros” – Disse a mãe fazendo sinal de aspas com as mãos – Não nos alimentamos de pessoas e sim de animais.

-Pode ser um disfarce! – Jo falou meio baixinho para nos dois.

-Não. Pensa, se eles estão aqui a duas semanas e são cinco, três corpos não são o suficiente para alimentá-los. – Disse Sam raciocinando um pouco.

-Sam tem razão, e eles não deixariam os corpos a mostra, não três corpos e o resto esconder, não faria sentido.

-Parece que a outro vampiro da região! – Disse Jo.

-Uhum e já que o plano dele não deu certo! – Alice pegou Jo e a prendeu pelo pescoço – Ele vai dar um jeito.

Eu e Sam íamos atacá-la, quando:

-Eu não faria isso se fosse vocês, não se aproximem ou... – Ela colocou suas garras para fora e ameaçou morder Jo – Ela morre. Eu quero que larguem suas armas e que se juntem aos Cohym ali, todos sentados.

Foi isso o que fizemos e Sam perguntou:

-Eu não entendo, porque fez isso?

-Conta para eles Alice! – Adam diz como se já soubesse de tudo.

-Querem saber? É tudo culpa dele – Ela apontou para Adam – Quando ele entrou na escola fui super legal com ele, éramos amigos, me apaixonei por ele, ele até me contou seu segredinho, mais achei melhor não contar a ele o meu. A dois anos eu andava por um parque e fui pega por um vampiro, ele me mordia quando eu consegui me defender com um pedaço de madeira e fugi, achei que estava a salvo, mais descobri que o mito de que a pessoa vira vampira se for mordida por um vampiro e sobreviver era verdade, eu me alimentei de humanos por esses dois anos, só que eu os queimava, jogava no mar, etc. Nem se preocuparam em ver a lista de desaparecidos dessa região certo? – Nós nos entreolhamos, fomos idiotas – Claro que não! Mas enfim, levei Adam até minha casa um dia, ele ficou esperando por mim na sala e tive que arrumar meu guarda roupa, quando desci ele e minha irmã estavam super amigos, eu sabia que não ia prestar... Ele se encantou com a irmã perfeitinha, claro quem quer a problemática sendo que pode ter a perfeitinha?

-Eu me apaixonei por ela!

-Cala a boca! – Ela havia começado a chorar.

-Você a matou não foi? – Adam perguntou.

-Sim, ela e as outras duas, deixei elas a mostra porque sabia da existência de caçadores e queria que descobrissem vocês e os matassem.

-Você fez isso? Matou sua própria irmã por isso?

-Ela era a queridinha do papai, o orgulho da mamãe, a mais bonita, a mais popular, a que tinha as notas perfeitas, ela tinha tudo que devia ser meu e então ela resolve pegar a única coisa que era minha.

-Eu nunca fui seu!

-Você deve ser louca! Ter inveja da sua irmã pra que? Garota você é linda. – Disse Sam.

-Parece que não bastou para Adam!

Tudo fico quieto, então Jo pegou o machado do bolso sem que Alice visse e o enfiou no peito da garota, que no susto e na dor derrubou Jo no chão, ela arrancou o machado do peito e jogou no chão ao lado de Jo:

-Bobinha, deve ser amadora, devia saber que isso não me mataria.

-Eu sei. – Ela pegou o machado ao seu lado e jogou no pescoço de Alice – Faz tudo parte do plano.

Sam e eu levantamos e ajudamos Jo a se levantar.

-Esta bem?

-Sim!

Adam foi para perto de Alice um pouco triste, apesar de tudo ainda sentia algo por ela.

-Eu te amo.

Foram as ultimas palavras da garota antes que sua cabeça se separasse do seu corpo. Uma lagrima caiu dos olhos de Adam, ele pegou o machado, limpou o em sua blusa e entregou a Jo:

-Podem ir – Ele secou a lagrima – Nós terminamos por aqui.

Sam PDV.

...Pegamos um quarto de motel para passar a noite, ali em Manhattan mesmo e já tínhamos um próximo caso à vista. Jo e Dean foram comer alguma coisa, eu preferi subir direto para o quarto; Exausto era como eu me sentia, era a primeira vez em muito tempo que resolvíamos um caso em apenas um dia, liguei a TV e sentei em uma das camas, não passava nada de bom; Então peguei meu note e comecei a pesquisar sobre o caso. O cansaço era mais forte que eu, meus olhos foram se fechando... fechando...

-Sam! – Alguém me chamando me acordou.

-Lúcifer? Como... Como me achou? Aquele selo não interfere em você?

-Interfere sim, eu sou um anjo lembra?

-Então como... Eu estou sonhando?

-Está sim! Já que não quer ser encontrado não pode ser encontrado, mas posso lhe visitar em seus sonhos.

-Hum, O que quer?

-Quero garantir que você não fuja de mim Sammy, isso seria chato!

-Eu disse Sim! Não vou fugir.

-Ótimo, mas para garantir eu vou lhe dar um presente, você me pediu uma coisa em troca do Sim e não pude realizá-lo então resolvi te presentear, espero que goste!

Ele estralou os dedos e acordei um susto, tirei o note de cima de mim, fui até a cozinha, bebi um copo de água.

-Que sonho! – Disse para mim mesmo.

A campainha tocou “TRIIIIIIIIIIIIIIIIM”

-Esqueceu a Chave Dean? Ou estão tão bêbados que não conseguem achá-la...

Eu dizia enquanto abria a porta, mais levei um susto ao abri-la que não me deixou terminar a frase.

 – Você?

Continua...