Feito para matar escrita por poetizando


Capítulo 9
Nunca assista filmes com filhos de Apolo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora...



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Já estava começando a ficar irritado... Estava esperando Solace fazia mais de uma hora, e nada dele aparecer.

Não devia ter confiado nele, eu sou um idiota. Como eu pude pensar por alguns minutos que ele realmente estava interessado em mim?
Afinal, porque ele gostaria de um menino tão pálido que parecia doentio, com aparência de 16 anos, depressivo, sombrio e sem graça?
Levantei-me do chão (tinha combinado com ele que nos encontraríamos na proa, a qual eu estava encostando minhas costas) prestes a ir embora, quando o ser que assombrava meus pensamentos apareceu em minha visão.
Ele andava rápido em minha direção com cara de culpado.
Nico! Espera!
Paro aonde estava e espero ele me alcançar. Antess de eu poder dizer qualquer coisa ele começa:
Desculpa. Eu não consegui vir antes… a Hazel começou a passar mal e tive que cuidar dela. Aparentemente ela não gosta muito de mar. Sério, me desculpa, vim o mais rápido que pude. - Diz ele rápido e em um fôlego só.

E nesse momento eu esqueci de todo o rancor que poderia ter dele. Deuses ele estava cuidando da minha irmã ! E eu aqui, sendo um tapado sentimental e inseguro.
Só então presto atenção no ser a minha frente. Ele estava com a blusa laranja do acampamento, a qual estava levemente apertada delineando ainda mais seus músculos, uma bermuda clara e All Star igualmente claro.
Seu cabelo estava bagunçado como se estivesse correndo a pouco, o que provavelmente estava, o deixando ainda mais lindo.
Seus olhos reluziam em um mesclado de culpa e ansiedade.

Tudo bem Will. Hazel nunca se deu bem com o mar mesmo, obrigado por cuidar dela. - Digo abrindo um sorriso de lado.

Ele apenas olha para mim e abre um sorriso digno de um verdadeiro filho do deus do sol.
É a primeira vez que me chama de Will - Fala ele aumentando ainda mais seu sorriso. Deuses, se ele continuar assim vai acabar rasgando sua bochecha! Eu apenas solto uma risada nasal e ele pergunta:

E então? O que quer fazer ?

Que tal nada ? - Ele faz uma cara de confuso e eu me explico - O que quis dizer é se você não quer ficar de boa, não fazendo nada em especial… que tal vermos um filme até chegarmos? Teremos muito tempo para nos cansar quando chegarmos.

Ele olha para mim tentando decidir se eu estava brincando ou não, mas logo acente.
É uma boa ideia. - E abre mais uma vez o seu lindo sorriso.

Chegando na “sala de lazer” me jogo no sofá ali presente. Ela se tratava basicamente de um quarto com uma TV bem grande em uma das paredes e sofás espalhados aleatoriamente em volta do aparelho eletrônico.

E o que o senhor sombrio quer ver? Não me diga que gosta de filmes de terror! - Diz Solace me olhando da porta.
Na verdade amo filme de terror… mas hoje eu deixou você escolher, por piedade. Mas pelo amor dos deuses não coloque romance melado e dramático!
E como sabe que eu gosto desse tipo de filme ? - Apenas o encaro em resposta.
Tudo bem então. E que tal… Senhor dos anéis? - Ele pega o DVD e levanta ele, me mostrando a capa.
Está ai uma saga que eu amo. Embora seja bem longo.
E essa é versão estendida…

O Will colocou o filme enquanto eu fui fazer pipoca. Sim, estávamos comendo pipoca de manhã, horas antes de entrar no mais temido labirinto do mundo.

Fui chamar o pessoal para assistir junto, mas o Frank estava ocupado demais “dirigindo”, a Hazel estava fazendo companhia para ele e disse que não iria deixa-lo sozinho (depois tenho que falar ccom ela sobre esse metido a asiático) a Reyna estava treinando e a Lou estava reforçando as barreiras de mágia no Argo II.

Então seríamos só eu e Will mesmo.

Depois de tudo pronto nós nos sentamos no sofá cebtral de couro (super confortável por sinal), ele do meu lado direito a alguns centímetros de mim. E demos play no filme.

Depois de meia hora de filme nós já tínhamos acabado com toda a pipoca! Vê se pode.

Passado uns dez minutos o loiro escorregou para mais perto de mim e pegou minha mão, a qual aceitei de bom grado.
Admito que a partir desse momento eu não prestei nenhuma atenção no filme (o mesmo que já tinha assistido milhares de vezes). As únicas coisa que passam pela minha mente é em como sua mão é macia e quente, e no leve choque térmico que sinto quando sua mão se encontra com a minha.

Como o filme é longo e pelo jeito demorariamos mais para chegar, já que Frank decidiu passar em uma cidade para reabaster os mantimentos para a próxima viagem. Eu acabei me aconchegando mais e apoiando minha cabeça no ombro de Solace, que servia perfeitamente como travesseiro, já que eu sou uns bons 10 centímetros mais baixo que ele.

Então ele simplesmente me puxa quase para o colo dele, me fazendo apoiar as costas no peito dele.
Ok, eu estava amando isso! Mas lógico… nunca admitiria isso para ninguém.

Quando o filme acabou, antes de nos levantarmos ele chega mais perto do meu ouvido e sussurra :
“eu acabei amando sua ideia de assistir filme. Ainda mais apartir da primeira hora e meia” (quando ele me puxou para o colo dele)

Nesse momento os tomates com certeza sentiram inveja da minha cor.

Saindo da sala nós fomos procurar o resto do pessoal. Encontramos Frank, como sempre, na cabine de comando.

Ele disse que já estávamos chegando, por tanto era para nos preparmos.

Chegando na porta do meu quarto, que era a mais próxima da porta, ele se vira para mim e diz:
Amei o filme, espero que possamos repetir isso mais vezes - Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha,abriu um sorriso sincero e foi para o seu quarto.

Fiquei parado no lugar por alguns segundos analisando o momento anterior antes de entrar e começar a arrumar em uma mochila as coisas necessárias para levar no labirinto.

Quando fui procurar por Lou eu acabei ouvindo uma discussão vinda do quarto de Reyna:
E depois daquilo você me esqueceu! Me ignorou! Como se eu não existisse. - Essa parecia a voz da Lou.
Eu desapareci?! Você me traiu! E como se isso não fosse o suficiente ainda fingiu que não era culpada! - com certeza essa se tratava de Reyna.
Antes que aquilo passasse dos limites eu entrei no quarto.
As duas se viraram bruscamente em minha direção, com os olhos arregalados.

Calma, só vim avisar que estamos chegando… - Assim que eu terminei minha fala Reyna se vira e sai pisando forte.

Encaro a morena restante e digo:
Vou fingir que não escutei nada… mas não posso dizer que não fiquei curioso quanto a essa história.
Ela me olha nos olhos e da de ombros.
Algum dia conversamos sobre isso. - Seu tom de voz era tenso e com um leve quê de mágoa.

E com isso ela também sai do recinto, me deixando sozinho.


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