Feito para matar escrita por poetizando


Capítulo 8
Como um mantra.




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Bom... chegou a hora. É agora que começa a batalha contra todo o resto do mundo. Que a propósito, quer nos matar.
Estou em cima da colina da arvore de Thalia, com uma navioaviãoão sei o que é isso nos esperando para irmos. Todos estávamos aguardando Quiron chegar para nos dar tchau.
Quando o sol já estava alto no céu ele chegou trazendo duas caixas, uma em cada mão.
- Boa tarde, desculpem o atraso.... não estava encontrando um coisa. Mas enfim, espero que vocês consigam. Mais do que isso não posso ajudar. Boa sorte!
Estávamos entrando no Arco II quando o centauro gritou:
- Hazel! Nico! Venham aqui.
Eu dou meia volta e vou até lá com a morena ao meu lado.
- Antes de ir, quero falar algumas coisas para vocês dois.
- Hum, pode falar - Diz minha irmã com a testa franzida.
- Bom, Hazel eu quero te dar um presente, sinto que por mais que tente ajudar ao máximo, não será o suficiente. - Ele pega uma das caixas que tem nas mãos e entrega a ela, ela abre e dentro da mesma tem um tipo de bastão de bronze celestial, com detalhes dourados, bem simples na verdade - Foi sua mãe que pediu para te entregar quando viesse para cá e disse que, quando chegasse a hora você saberia exatamente o que fazer, é só dizer o nome da arma que tudo vai se resolver.
- Tudo bem, mas... qual é o nome dela? - Ela pergunta surpresa, provavelmente por conta da menção de sua mãe .
- Isso ela não disse. Acho que fica a seu cargo descobrir.
- Okay, muito obrigada - Ela faz uma tentativa um tanto falha de dar um sorriso e acena para o centauro, então se vira e volta para o Argo II com a caixa na mão.
- E quanto a você Nico, também tenho algo para te dar - Ele me entrega a caixa restante e eu à abro, dentro havia um simples cordão de ouro com uma pequena lua como pingente. Antes que pudesse perguntar o porque daquilo, ele continua - Isso pode parecer um pouco estranho, mas apenas sinto que devo te dar isso, esse cordão pertenceu a grandes heróis Nico, e é mais do aparenta ser, se trata de um escudo. É só segura-lo e dizer "aspída" que ele se transforma, e para faze-lo voltar ao normal apertar o botão na parte de trás do mesmo.
Que estranho.... e esse nome é bastante sem graça, significa escudo em grego.
Pego o colar e digo:
- Aspída!
Ele logo começa a se expandir, quando ele enfim para está maior que meu braço.
É todo detalhado com tribais em dourado, no centro se encontra uma lua prata desenhada. É bem bonito na verdade. Aperto o pequeno botão que se encontra na parte de apoiar o braço e ele volta ao tamanho original, coloco no pescoço e agradeço Quiron pelo presente.
- De nada. Mas em troca eu quero pedir uma coisa. - Ele me olha no fundo dos meus olhos e continua - Cuide dos outros para mim. E tome cuidado. Quando voltarmos a nos encontrar ou tudo vai ser diferente. Ou nos dois vamos estar mortos.
Então o centauro se vira e volta galopando para o acampamento.
Hum... isso foi um tanto estranho.
Quando volto para o Argo todos estão a minha espera. Alguns lançam olhares interrogativos para mim, os quais eu apenas ignoro.
Como Frank é o único que sabe dirigir essa coisa, ele vai ser o encarregado disso.
Assim que todos já guardaram suas coisas em seus respectivos quartos (o meu é o da ponta direita em frente ao de Solace e do lado do de Lou) nós partimos rumo a única entrada conhecida para o labirinto de Dédalos. No Canadá, mais precisamente no parque nacional Banff.
O quarto era simples, na verdade se tratavam de tendas com uma cama em um canto, uma mesa com um par de cadeiras no outro.
Quando acabo de arrumar meus poucos pertences Reyna entra no quarto e fica parada me encarando. Já estava começando a me sentir desconfortável com o seu olhar sobre mim quando ela disse:
- Bom, podemos fingir que eu não sei quem você é... E eu te ignoro completamente. Mas eu gostaria de uma explicação sobre isso, até porque se não vou ter que estar preparada para um ataque 24 horas por dia, e prefiro descansar quando puder. – Ela diz, ainda me encarando com uma expressão terrivelmente calma.
Sério? Mais uma? Estou começando a duvidar do meu disfarce seriamente. Bom... Acho melhor eu explicar para ela, mesmo que superficialmente. Eu a vi treinando, sei o quanto é poderosa, definitivamente prefiro ter ela como aliada do que como inimiga.
– Quer se sentar? Ou prefere ficar em pé mesmo? – Ela me olha como se me estudasse profundamente por algum tempo e enfim da de ombros e se senta um uma das cadeiras envolta da mesa.
– Então tá... Sim, eu sou quem você aparentemente pensa que sou. E quando tive uma oportunidade eu fugi do palácio de Hades e pretendo derrota-lo. Isso é tudo o que precisa saber. – Percebo então o quanto fui curto e grosso, sinto que a menina a minha frente não merece isso, então tento de novo. Eu suspiro cansado e a encaro – desculpe se Pareci rude, mas não me sinto em condições de dar discursos sobre a minha vida. Mas quero que realmente saiba que eu me arrependo de todo o mal e dor que causei, mas precisava da confiança do meu pai para poder dar um fim nisso tudo.
A morena em minha frente pareceu um tanto surpresa, por alguns segundos até pareceu que ela não sabia como lidar com essa demonstração de fraqueza, mas logo ela volts a sua costumeira expressão de um misto de indiferença com superioridade.
Dava para ver claramente que ela havia sido criada para comandar e não demostrar sentimentos. No fundo ela era parecida comigo, forçada a não mostrar seu lado mortal e sentimental.
Reyna se levanta e vai em direção a saída. Quando já estava quase saindo ela diz sem nem mesmo se virar :
– Pelo menos agora sei que não tenho que te matar.- Solta um suspiro e continua - E lembre-se: Muitas vezes fazemos coisas das quais não nos orgulhamos, mas isso não quer dizer que somos pessoas ruins. Principalmente quando a causa é nobre.

~~~~~~~~~~~~~
Não sai do quarto nem para comer, resolvi ficar quieto no meu canto e pensar.
Achei que aquela última parte do que a morena disse tinha sido uma tentativa de consolo, mas, analisando melhor, acho que foi mais algo que ela teve que dizer a si mesma várias vezes, como um mantra. Para não enlouquecer.
Em todo caso, chegaremos amanhã de manhã ao nosso destino e, até lá, eu não tenho nada para fazer, a não ser criar expectativas sobre a primeira missão: encontrar um tal livro, em uma tal biblioteca, no tal labirinto de Dédalos.
De tanto pensar acabei adormecendo.
~~~~~~~~~~~~~~
Já de manhã sou acordado por um sol ambulante. Novamente...
– Antes de você dizer qualquer coisa, TÊM QUE PARAR COM ESSA MANIA DE ME ACORDAR.
– Bom dia para você também, flor do dia. Só vim ver se estava bem, ontem não apareceu no jantar... Estava preocupado.
- Preocupado ? Conta outra. Mas para sua informação, sim estou bem, apenas não estava com fome.
– Hum, sei. Bom, só vim saber se quer dar um passeio comigo depois do café da manhã. – Pela primeira vez eu vejo um Solace com vergonha olhando para o chão.
– Eu até aceitaria... Se não estivéssemos em um navio. – Com esse comentário ele fica ainda mais vermelho e sem graça.
– Ah, é... Esquece então.
– Bom... Mas se quiser podemos andar pelo navio um pouco.
O rosto do loiro se contorce em um sorriso e ele diz :
– Tudo bem então, até lá. Fantasminha. –Ele da meia volta e sai do quarto quase saltitando. Não entendo como ele pode ficar tão feliz com uma coisa tão boba...
Se bem que... Estou um tanto ansioso.


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Notas finais do capítulo

E então? O que estão achando? Algum conselho?



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