Sonhos Roubados escrita por Sabrina Santana, Yas


Capítulo 8
Quero escapar dessa Dor


Notas iniciais do capítulo

Aaaahhhh...
me desculpem! desculpem mesmo!
Esse capitulo esta terminado desde a semana passada só faltava postar...mas não tive tempo...
Me desculpem mesmo!

Espero que gostem desse capitulo e deixem suas opiniões!



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Meu coração que era frio como o gelo

Será esquecido depois que eu dormir

Eu quero escapar dessa dor

Auditory Hallucination (feat. NaShow)Jang Jae In



Mesmo que a doutora já soubesse que isso poderia vir a acontecer, seu olhar de espanto pode ser notado por todos. E todos se assustam não pelo fato da garota, a rosada não querer a criança e sim, por sua superior estar assustada com algo.

— Senhorita, Haruno – Ela segura a mão da rosada, dando pequenos tapinhas. Sabe quando só pelo gesto da pessoa você vê que ela está compadecida de você? Então este é o caso – Eu entendo que você tem todos os motivos para não querer essa criança, mas ela já está no quarto mês, não podemos fazer isso.

— Eu não quero isso! Não quero nem olhar para esse monstro! Apenas tirem ele de mim! Por favor! – Ela segura sua mão que treme freneticamente. Ela não pode entrar em pânico de novo, não podem colocar ela para dormi. Ela não pode permitir. Lágrimas teimam em cair, seu olhar de desespero não pode ser deixado de lado. Vendo seu desespero, a enfermeira entra na conversa.

— Olha, Sakura – ela diz com voz suave, amiga – Mesmo que você não possa tirar a criança agora, você pode deixa-lo nascer – Ela olha para sua superior, tentando achar um indicio de desagrado – E deixar que a assistência social cuide dele. Tenho certeza que vão achar uma família para o bebê.

Sabe, preciso dar uma pequena pausa na minha narrativa e desabafar. Fiquei muito triste quando soube que ela não queria o bebê. Ele não tem culpa de nada, ele não tem culpa que alguém asqueroso como o suposto pai. Será que pode ser chamado de pai? Fez isso com ela, sei que isso vai deixa-la com marcas, cicatrizes e machucados que talvez nunca se curarão. Mas, mesmo sabendo disso acho injusto ela querer fazer isso com ele.

Bom, mas agora que parei de chorar. Sim, estava chorando, e não vem com essa história de que homem não chora. Chora sim, e eu sou a prova disso. Mas, vamos voltar a narrativa. E então, Sakura deixou que suas lágrimas inundasse seu rosto, pingando em sua roupa. Mas não disse nada. O que iria dizer? O que ela queria, era ter morrido com seus pais naquele avião. O que ela queria é que esse monstro dentro dela não continuasse vivo. Mas a sua opinião não parece contar como alguma coisa.

Então o silêncio é a melhor resposta.



***

— Sasuke, querido! Fiquei preocupada com você!

O moreno revira os olhos. Sempre que passava do horário de chegar em casa era a mesma coisa. Acho que está na hora dele sair de casa, ter seu próprio canto, sem ter ninguém para se preocupar com ele.

— Eu estou bem, mãe – Sussurra, sem parar para olhar ou até mesmo cumprimentar sua mãe, ele segue em direção as escadas – Desculpa, mãe. Preciso descansar.

Ele sobe as escadas em direção ao seu quarto, entra fechando a porta atrás de si. Olhando seu quarto você pode dizer que não é um homem com mais de vinte anos que dorme ali, afinal que homem teria um quarto todo azul com pôsteres de animes, HQ’s e filmes? Quando eu chegar nessa idade, vou pedir para minha mãe não deixar isso acontecer. E bem, acho que ele pensou a mesma coisa que eu, já que assim que entrou olhou para sua infantil decoração e suspirou.

— Porque você não sai da minha cabeça, garota? – Ele sussurra se jogando em sua cama – Eu nem ao menos sei seu nome. Nem sei qual a cor dos seus olhos – ele se senta rapidamente – Então porque fico pensando nela? – Se joga novamente em sua cama, voltando a deitar – Karin, isso deve ser coisa sua!



***

— Você pode sair do quarto se quiser, Sakura – A enfermeira, sempre simpática e muito, muito paciente.

Sakura se levanta, coloca seus chinelos, quer dizer os chinelos que o hospital forneceu. Já que está internada e não tem ninguém para acompanha-la, o hospital forneceu seus itens de higiene pessoal e chinelo também. Ela se arrasta até a porta indo em direção ao corredor, esse que parece mais longo do que imaginou. Se encolhe ao ver um homem passar por ela, se encolhe ao uma garotinha lhe sorrir, se encolhe ao ver que estão olhando para ela. Se encolhe ao sair de seu mundinho, chamado escuridão. Ao chegar no final do corredor, ela senta em umas das várias cadeiras acolchoadas limpando uma sujeira imaginaria de sua recém comida unha.

— Ah, sério? E você já sabe o sexo dele?

— Ainda não. Mas eu o chamo de princess, assim não tem diferença de sexo.

Duas mulheres conversam animadamente uma com a outra. Mas, não é o fato de falarem sobre gravidez que chama atenção da rosada, e sim, o fato do apelido peculiar que uma delas deu ao seu bebê. Ela olha para as duas enquanto conversam, desvia rapidamente o olhar para sua barriga que a cada dia, passa crescer sem parar. Devagar, bem devagar. Como se sua barriga fosse fazer algo, ela leva sua mão até seu ventre, sempre olhando como as duas faziam e as copiando. Assim, bem devagar, hesitando em alguns momentos, ela pousa sua mão sobre a saliência, movendo para cima e para baixo. Para cima, para baixo. Até que sente lágrimas pingarem em sua roupa. Limpando rapidamente, se levantando rápido demais, correndo para seu quarto. Ela se tranca em seu mundo.



***

— E então querida, Konan?

Seus olhos encontram a da sua futura sogra que brilha de ansiedade. Ela acaba de sair do consultório, onde descobriu o sexo de seu bebê. Ela acaricia sua barriga, olhando para a mais velha.

— É uma menina.

Mikoto que até agora estava sentada pula da cadeira, batendo palmas.

— Enfim terei uma boneca para vestir! – Ela agarra o braço de sua mais nova filha – Vamos, precisamos comprar o enxoval.



***

— Então, monstrinho – Mexendo em seu ventre, enquanto fala com seu mais novo amigo – Você sabe que eu não posso amar você, sabe, não é?

O quarto se encontra escuro, a escuridão te faz companhia, mesmo que não consiga dormi sem remédios, mesmo que não consiga aceitar a tal criança. Ao menos agora tem com quem conversar, com quem compartilhar suas dores e mesmo que não diga nada, sabe que ele entende o que diz. Não pergunte como ela sabe, mas ela sabe.

— E então. Deixarei você nascer – Ela continua acariciando seu ventre – Mas, fique sabendo que não serei sua mãe. Sou tipo, uma incubadora. Isso, uma incubadora para você.



***

— Querido! Você não sabe a novidade – elas entram em casa sendo seguidas por seu motorista que carrega várias e várias sacolas na cor rosa – Adivinha, qual o sexo do bebê?

— Deixe me pensar – Ele olha para as sacolas que aumentam a cada vez que o motorista entra e sai, olhando em seguida para sua esposa, seu olhar brilha na espera de sua resposta – Querida, definitivamente eu não faço ideia.

— Ah querido, achei que fosse mais observador – Ela pega uma das sacolas tirando um vestido com babados – É uma menina! Menina!

Mesmo que ele tenha sido óbvio que era uma menina ele finge surpresa. Afinal, sua esposa adora fazer jogos de adivinhação. Mas odeia que você acerte, também ama quando consegue driblar seu marido. Enfim, e ele ama fazer ela sorrir todos os dias.

— Parabéns, Konan – ele abraça sua nora – daqui para frente será um longo e árduo caminho, minha filha.

Os olhos da futura mãe se arregalam com o que acaba de ouvir, minha filha. Ela nunca conheceu seus pais, já que seu suposto pai abandonou sua mãe quando descobriu estar gravida. Sua mãe morreu no parto devido ao trauma de ter sido deixada. Desde então ela vivia com sua tia que sempre a apoiou em suas decisões. Mas, ouvir seu sogro, o pai do homem que ama a chamar de filha é algo que jamais será esquecido.

— Bom, só um aviso para vocês – o moreno desce as escadas depois que ouviu vários gritos de sua mãe – Itachi não vai gostar nada de saber que não é um menino.



***


— E então, mesmo depois dessa conversa – Ela se levanta devagar, para não ser ouvida – Você não vai me odiar, certo? – Ela olha para seu ventre, como se esperasse uma resposta – vamos dizer que o silencio foi um sim.

Ela se abaixa. Devagar, bem devagar, por dois motivos primeiro por que não quer levantar suspeitas. Segundo por sua barriga já está grande o suficiente para incomodar. Pega um pequeno embrulho, desenrolando a fita. No dia anterior quando foi o horário de visita ela teria vagado pelos corredores e acabou encontrando uma sala com várias ferramentas cirúrgicas. Assim que viu o bisturi tratou de esconder e colocar dentro de suas roupas. Agora ele está ali em suas mãos. Ela pega o objeto colocando acima de seus pulsos.

— Você disse que me perdoaria – Cortando seu braço, na altura dos pulsos.



Alguém me acorde

De minha alma que está cheia de cicatrizes

Auditory Hallucination (feat. NaShow)Jang Jae In


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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam?
Gente! Preciso ser muito sincera com vocês... depois que terminei de escrever meu livro( que vai ser publicado ano que vem!) tive a ideia dessa fic então digamos que faz um ano que estou com a ideia mas devido a facu, publicação do livro e minha loja, não consegui sentar e escrever.
E veja bem, foi bem mais rápido do que imaginei na hora de escrever e a primeira fase já está acabando! Sim, como vocês foram muito pacientes em acompanhar estou soltando um pequeno spoilers... vai ter segunda fase e particularmente gosto bem mais dela do que dessa hahaha
bom quero agradecer a minha chara Sabrina fics, por ter lido todos os capítulos e comentado!!!



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