Sonhos Roubados escrita por Sabrina Santana, Yas


Capítulo 7
Os portões do paraíso não se abrirão para mim


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoas, e mais um capitulo para vocês!
e nesse tratei de apresentar um dos meus casais preferidos!
boa leitura!



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Os portões do paraíso não se abrirão para mim

Com essas asas quebradas estou caindo

Nickelback – Savin me



Ela para. Olha para a dona da voz, tentando entender o que ela acabou de ouvir, se realmente é verdade. Não pode ser verdade, não pode, não é verdade. Ela não pode estar grávida. Não pode. Olhando para seu ventre, lágrimas caem, desta vez nem ao menos tenta impedir. Sabe que não vai a lugar nenhum. Um gemido baixo é ouvido pelos que estão na sala. Depois mais um, e mais um, e mais um. Ela grita, pegando seus cabelos curtos, puxando.

— Não! É mentira! – Gritando enquanto se debate na cama. Enquanto bate em seu ventre – É mentira! Mentira! Não tem nenhum monstro dentro de mim! Nenhum!

A médica, mesmo estando quase a ponto de se aposentar, tenta segurar os braços e impedir que algo pior aconteça. Enfermeiros, ouvindo os gritos entram correndo para ajudar a doutora.

— Preciso de sedativo! Rápido!

Duas enfermeiras tentam em vão segura-la. Ela continua se debater e gritar. Debater e gritar.

— É mentira! Mentira! Eu não quero um monstro dentro de mim! Tira! Tira! – Conforme a injeção vai fazendo efeito, seus movimentos ficam mais lentos, sua voz mais baixa – tira, por favor. Tirem esse monstro de dentro de mim.

— Ela vai dormir por um bom tempo com essa dose – Ela respira fundo, aliviada – Shizune, entre em contato com o centro psiquiátrico.

— Sim, doutora – Ela se vira já indo em direção a porta.

— Shizune, mais uma coisa – sussurra enquanto olha sua mais nova paciente problemática – Conseguiu achar algum parente ou responsável por ela? E aquele rapaz que a trouxe?

— É então, doutora – Ela hesita em continuar – Ele é apenas um policial em serviço que no meio da sua ronda encontrou ela. E não, não encontramos e nem ninguém veio procurar por ela – A mais nova para, tentando decifrar o que o rosto da impassível doutora, chefe do departamento clinico, está pensando.

Depois de alguns intermináveis e longos segundos, ela se pronuncia.

— Obrigada, Shizune – Diz enquanto se dirige até a porta – Está dispensada.



***

— Então? Não vai contar para o seu parceiro. O que você foi fazer que não pode terminar seu serviço? – Acredito que faça umas quatro horas que Sasuke chegou do hospital, e desde então seu parceiro esta fazendo a mesma pergunta – E então senhor Uchiha? Não vai me contar?

— Naruto, não estou com saco para aturar suas criancices hoje! – Enquanto se levanta, ainda olha para seu amigo que coça a cabeça, sem graça.

Mesmo que tenha ido embora, deixando a estranha garota de madeixas rosadas. A cada segundo aqueles olhos, aqueles olhos verdes de quem pede ajuda, de quem precisa de ajuda. Ele não consegue parar de pensar nisso. E mesmo tentando evitar, isso o irrita de tal forma que faz com que ele acabe descontando em tudo e todos. Ir para casa não é uma opção. Até porque com Konan e seu irmão por lá, com toda certeza estariam brigando, mas tinha um lugar, um local que ele sempre será bem-vindo. Até porque a muito tempo está vazio. Vazio sim, mas também cheio, cheiro de memorias, cheio de lembranças.

E é para lá que ele vai, ainda mais quando precisa colocar seus pensamentos em ordem.



***

— Então você acha que ela sofreu algum tipo de abuso? – Ela o olha de canto não gostando do rumo da conversa – é isso mesmo, dr. Chiyo?

— Dr. Aburame, eu não acho! Tenho certeza – A impaciência toma seu corpo, ela diz enquanto se levanta – Você acha que uma pessoa normal, teria a atitude de chamar seu próprio filho de monstro?

— Bom, isso não quer dizer nada – Ele já incomodado pelo assunto, arruma seus óculos, sem olhar para a chefe do departamento – Ela pode muito bem ter brigado com o namorado.

— Shino! Como você pode pensar algo como isso?! – Ela grita, batendo suas mãos sobre a mesa.

— Eu já me decidi – Ele cruza suas mãos, colocando sobre seu queixo – Ela fica até a criança nascer, nem pense em querer prolongar o prazo. Ela engravidou por que quis – Ele levanta a mão impedindo dela se pronunciar – Assunto encerrado, doutora.

Ela lança um olhar frio, um olhar de pura fúria. Mesmo que já seja uma senhora de idade, ela tem muita força, pois ao passar pela porta quase a arranca. Todos que já conhecem seu gênio difícil, passam por ela sem ao menos olhar para sua cara. Ela atravessa a ala clinica indo em direção a recepção.

— Shizune, ela já acordou? – A moça de curtos cabelos castanhos, para imediatamente os papeis que estava assinando para atender sua superior.

— Não Doutora, ela ainda está dormindo – enquanto fala, fica ali observando os detalhes de fúria da mais velha, onde nitidamente sabe que p melhor é não provocar.

— Quero que prepare a papelada para transferir a Haruno para o departamento pediátrico – a morena olha espantada.

— Mas, porque? Ela não tem condições de ficar sem supervisão vinte e quatro horas – Sua vontade era de gritar, mas no hospital isso não pode. Ela atravessa o balcão segurando o braço da Doutora - Ela precisa de acompanhamento psiquiátrico.

— Sim, eu sei – Massageando sua têmpora, ela respira fundo – Meus superiores não aceitaram, eu não posso fazer nada – Soltando seu braço do aperto da mais jovem, ela vira as costas indo em direção a sua sala – Apenas faça o que eu digo, Shizune.



***

— Tentem, cheguei – Enquanto entra em sua casa, olha para os cômodos silenciosos, olha para sala, vai em direção a cozinha, depois no quarto. E ali está sua querida esposa. Ele entra em silencio, vendo seus dois pequenos cães deitados sobre a cama junto a ela que dormia. Ele se aproxima, dando um beijo sobre sua testa – Boa noite, meu amor.

— Neji? – Com a voz sonolenta, ela abre os olhos, vendo seu companheiro, logo em seguida sentando – Faz tempo que chegou?

— Acabei de entrar – Enquanto se vira para responder, repara que sua amada está com os olhos vermelhos – você estava chorando? O que aconteceu? – Enquanto se senta ao seu lado, segurando seus ombros, ela apenas olha em seus olhos claros a procura de abrigo, suas lágrimas caem sem pudor – Tentem – Ele a sacode – Fala, por favor – Termina sua frase, a tomando em seus braços.

Ela chora, chora. Tenta falar em meio aos soluços, ela chora mais ainda. Ele a abraça e diz que vai ficar tudo bem independente do que seja. Até que secando suas lágrimas ela começa

— Lembra quando te falei que fui fazer alguns exames de o porque eu não conseguir engravidar? – Ele balança a cabeça, confirmando – O resultado saiu – Ela volta a chorar, entregando o papel para seu marido – eu sou estéril! Estéril!

— Calma, meu amor. Calma – Ele coloca sua amada em seu colo, embalando como um bebe.

— Mais, eu não posso te dar o que mais você quer! Eu não posso te dar um filho! Um filho! Sua irmã já tem os gêmeos e eu não posso te dar a mesma alegria que ela deu ao Naruto! – Colocando as mãos sobre seu rosto. Tentando em vão diminuir aquela dor que ela está sentindo no momento, tentando em vão pensar sobre o fim de seu casamento. Ele segura seus ombros, obrigando com que olhe em seus olhos.

— Tentem, eu te amo com ou sem filho! – Ela arregala os olhos, por essa ela não esperava,o frio e calculista, Neji, dizendo algo assim? – eu amo você como mulher, esposa, parceira, amante. Me casei com você por amor e não por que queria uma simples mãe dos meus filhos!

— Mas Neji... – Ele coloca seu dedo indicador sobre os lábios dela, dando sinal para que deixasse ele terminar.

— Eu não me importo que não possamos ter filhos nossos. Mas, tem tantos métodos que podemos recorrer. Não fique triste com isto – ele a beija – vamos dar um jeito, e nem adianta ficar com ciúmes de minha irmã gêmea, só porque ela tem gêmeos e nós não.

Ela sorri. Veja bem, Hinata e Neji são irmãos gêmeos por isso não foi nenhuma surpresa quando ela anunciou que estava grávida, ainda mais de gêmeos. Porém, o sonho de Tentem sempre foi exatamente esse, ter gêmeos, gêmeos idênticos, e não somente idênticos, mas sim idênticos ao pai. Com os olhos azuis que de tão claros são brancos e com os seus cabelos incrivelmente lisos e longos. Sim, exatamente assim. Mas agora, ela descobriu o pior, nunca poderá realizar seu sonho – ela o abraça, aquele abraço de agradecimento por ter um marido como ele.

***

Seu mundo ainda gira. Ainda sente seu corpo fraco, olha ao seu redor vendo que ainda está no mesmo quarto, no mesmo lugar onde descobriu estar no inferno. O inferno branco. Olha seus braços onde uma agulha liga ao um fino cabinho, devem ter colocado soro em seu braço. Ela não quer encarar a realidade, porque ela tem que ser tão dura conosco? Agora, nem a escuridão é sua amiga, nem mesmo isso ela pode ter. finalmente olha para sua barriga, grande nem tanto. Por isso enjoava tudo, vomitada o que comia e mesmo assim suas roupas continuavam cada vez menores. Ela encara aquela coisa estranha, aquela barriga, aquele corpo. Não, aquilo não era seu, aquele mostro não estava ali, não mesmo, não, os médicos devem ter se enganado, ela deve ter sonhado. Sim, foi um sonho – Com a esperança brotando em seus lábios, ela limpa as lágrimas, enquanto a doutora entra sem eu quarto.

— Está mais calma, Haruno? – Ela não responde, sem conseguir fixar seu olhar num ponto – Bom, o acordo é que fique aqui até o seu bebê nascer, tudo bem?

Ela olha para aquela medica, incrédula. Ela só pode estar brincando.

— Eu não estou grávida, isso é um engano! – Apontando o dedo para a senhora, ela grita – você nem me conhece! Como pode saber se estou ou não!

— Senhorita, se acalme. Ou teremos que seda-la novamente.

Fechando os olhos ela respira fundo. Não queria sofrer aquilo de novo. Todos aqueles pesadelos que teve, sem conseguir sair de nenhum. Não queria mesmo passar por aquilo de novo.

— Eu não terei esse monstro! Quero abortar!



Nas paredes da cidade não há amor para mim

Eu estou na borda do 18º andar

Estou caindo

Nickelback – Savin me


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Notas finais do capítulo

E então, gente? gostaram desse capitulo?
eu amo nejiten, e chorei demais quando ele morreu no anime...
bom, espero que tenham gostado!deixem seus comentários!



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