Sonhos Roubados escrita por Sabrina Santana, Yas


Capítulo 3
Queria ser egoísta ao menos uma vez na vida


Notas iniciais do capítulo

Olááá pessoal
Eu sou a Yasmy, a irmã da Sabrina, escritora da fic, e sou a betta da fic.
Espero que gostem do capítulo
Boa leituraaa!



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No momento em que te imersas profundamente na noite,

É Altura de, pela primeira vez, encontrares o ritmo de que ouviste falar

Sou tal como um flautista

E tu como uma criança sonhadora

Agora, me sigam todos e igualem os vossos movimentos.

Shinee - Everybody



— Sakura! Desliga essa droga de despertador!

— Bom dia pra você também...tia – Diz desligando o aparelho se levantando para começar mais um dia.

— Bom...hoje tenho que passar na casa da Nara-sama – Ela planeja seu dia enquanto faz contas nos dedos – Tenho que passar na farmácia também – Dando uma pausa, coloca o dedo no queixo – Estou esquecendo alguma coisa... – Ela estrala os dedos enquanto diz – E hoje recebo o resultado do vestibular!

Não a conheci nessa fase da sua vida em que acordar de manhã já a deixava animada. Ainda mais, quando nunca imaginei, senão tivesse me contado que o sonho dela era ser medica veterinária. Mas, vamos voltar a narrativa.

— Bom dia, meninas! – A voz animada, como se já estivesse com o dia ganho – E então o que aconteceu aqui pra esta essa correria?

— Aí Sakura...

— O que foi Temari? – Ela encosta na loura para ouvir o que ela tem a dizer.

— Parece que deram comida estragada na escola – ela olha ao redor – Por isso esse monte de criança chorando – Diz enquanto finge arrancar seus cabelos – acho que vou enlouquecer!

Sakura dá um risinho. Que só para confirmar é lindo!

— Ok, vou me trocar e já venho ajudar vocês!

A loura de coques segura seu braço.

— Não, não mocinha... meu irmão precisa de você.

— O que o doutor Gaara quer comigo? – Será que ele quer descontar nela pelo que ela fez ontem?

— Oras, Sakura! Ajuda é claro!

Ela suspira.

— Ah, obrigada Temari pelo aviso – diz enquanto se solta do braço da colega e sai em direção a sala do doutor.

Eu espero que ele não faça nada como ontem...

Andando em direção ao longo corredor depois de ter passado no vestuário, ela para numa sala com uma placa em verde escrito “Dr. Sabaku”. Ela bate na porta, já abrindo e diz:

— Doutor... recebi seu recado que precisa de ajuda por aqui – ela entra, sendo recebida por um frio doutor de cabelos ruivos.

— Ah, Sakura. Sim eu preciso de você aqui.

— Doutor... meu filho vai ficar bem? – Uma moça de aparência nova para ser mãe, chora enquanto segura a mão de um garotinho que se contorce de dor na maca.

— Ele vai ficar bem – Desviando o olhar da criança e direcionando para as esmeraldas que ele tanto cobiça – Preciso que você informe a vigilância sanitária o que está ocorrendo por aqui. Todas as crianças estão com os mesmos sintomas.

Ela acena em concordância.

— Sim, doutor – Ela para, pensa e continua – Doutor, e você quer que eu diga o que para eles?

Ele sorri. Ela olha para baixo, constrangida.

— Como eu disse, preciso que entre em contato com a vigilância sanitária e peça que eles façam uma visita a creche – Ele para, tomando folego – E que possam imediatamente parar as atividades da escola. Caso contrário teremos muito mais crianças aqui, nesse mesmo estado.

Bom, tanto eu como Sakura temos que admitir que ele pode ser o maior safado. Mas, quando se trata do seu amor pelo trabalho. Ele é muito bom. Bom mesmo.

— Ok, Doutor. Farei isso – Ela se vira, dando uma olhada na jovem mãe com seu filho, para logo em seguida sair – Com licença.

Essa deve ser a Tayuya. Lembro que a cidade inteira falou dela quando ela apareceu gravida. Logo depois que foi passar as feiras em Tóquio— Ela suspira com o pensamento – não deve ser nada fácil criar uma criança sozinha.



Agora vamos fazer uma pequena viajem.

Sim, uma viajem. Vamos sair desta pequena cidade de interior e vamos para a magnifica Tóquio. Vamos logo, tenho muito o que mostrar lá. Então, faça o seguinte feche os olhos, sim, feche os olhos e imagine. Sei que consegue. Imagine que está num túnel, não um túnel do tempo, mais como um portal. Um portal que em segundos te levara de Konoha até Tóquio. Eu sei que portais não existe. Mas, sou eu que estou contando e gosto de portais.

Veja! A maior metrópole da província do Japão. A iluminada Tóquio. Passamos pela torre de Tóquio agora, e vamos um pouco mais para fora do centro. Não se preocupe você terá oportunidade de passear pelo centro do lugar, e quando chegar o momento certo de darei umas dicas, como agradecimento por me acompanhar. Mas nosso alvo está um pouco mais a frente. Agora estamos em Meguro, dezesseis minutos de Tóquio. Logico isso de carro, mas como estamos indo pelo portal vamos chegar bem mais rápido que isso. Meguro é uns dos bairros chiques, porem modestos do Japão, não, não. Não conheço o Japão inteiro, mas pesquisei sobre o bairro.

As casas são enormes. E super bem arrumadas. Afinal, todo mundo que mora por aqui tem muito, mais muito dinheiro. Ainda mais a no nosso tão esperado destino. Mansão Uchiha.

Onde a famosa e glamorosa família Uchiha reside.

— O que você pensa que fez Itachi?!

Bem, glamorosa e família perfeita, somente para as câmeras. Porque entre quatro paredes é muito diferente.

— Foi só uma noite, mãe – Diz se jogando no sofá.

— Uma noite, e a garota aparece grávida! – Ela para tomando folego – Itachi! Escuta sua mãe uma vez na vida, meu filho!

Se levantando, ele chega mais perto a mãe, nervoso.

— Já disse, foi somente uma noite. Eu não gosto dela, mãe – Jogando as mãos para cima, desabafando – Não quero ser pai agora, não quero assumir uma família, sou novo! Quero curti a vida.

— Acredito, que você tenha curtido até demais, irmão.

— Oh, Sasuke – ela diz enquanto o puxa para um abraço – tenta convencer seu irmão que ele tem que se casar com essa moça.

Enquanto passa a mão sobre os cabelos negros e suados, diz:

— Mãe, nem tente convence-lo. Você o conhece melhor do que eu. Sabe bem que ele não vai assumir uma responsabilidade grande como esta – ele para, vendo o progenitor da família se juntar a discussão – a não ser que seja a empresa, ele não vai assumir.

— Como pode ter tanta certeza, meu filho?

— Oh, querido – A esposa abraça o marido. A procura de um conforto. Que logo o mesmo acaricia seus longos cabelos negros de quem os dois filhos se parecem tanto – O que vamos fazer?

— Acalme-se, Mikoto – Sua voz firme, porém carinhosa. Ele senta, aconchegando sua esposa que chora em seu peito – Itachi, você sabe que vai ter que arca com as consequências de seus atos.

— Mas, pai!

— Quieto – ele limpa a garganta e prossegue – sempre deixei que fizesse o que queria. Com apenas uma exceção. Qual?

Sasuke olha o semblante de seu pai. A última vez que viu ele tão sério, foi quando aquilo aconteceu. Não me pergunte o que? Ainda não é o momento para vocês saberem. Itachi abaixa a cabeça e responde, igual uma criança quando sabe que fez algo errado.

— Que eu posso fazer o que quiser, contando que isso não prejudique a empresa.

O mais velho acena com a cabeça, confirmando.

— Pois bem, então você sabe que deixar um Uchiha solto por aí, irá prejudicar nossa família, nossa empresa e mais do que isso a nossa vida.

Mikoto, assustada tira seu rosto do peito do marido e olha na direção de seu amado, e de seu filho. O progenitor, levanta passando a mão sobre seus grisalhos cabelos, indo em direção as escadas. O mais interessado nisso, levanta de supetão.

— Pai! – Fugaku para no segundo degrau – E o que tenho que fazer então? Eu não a amo.

Ele se vira, olhando bem fundo nos olhos daquele que a mulher amada o presenteou.

— Case-se com ela!

***



— E então, Sakura? Conseguiu falar com a vigilância?

Ela apenas suspira.

— Nem te conto.

Mesmo na loucura que está o hospital. Elas ainda precisam se alimentar. Como já falei para vocês, a cidade é pequena e não tem essas coisas de restaurantes, nem nada do tipo. A única coisa que tem é uma pequena, como que chama? Ah, pequena venda. É tipo um bar, só que não se vende bebidas alcoólicas. Quer dizer, até vende, mas não pode ser chamado de bar quando não tem nenhum bêbado na porta, não é mesmo?

— E então meninas? – Uma senhora chega com os pratos colocando sobre a mesa – o que vão querer hoje?

— Bom dia, Sayumi-domo – Ela olha em direção a loura – O que vai querer Temari?

— O de sempre.

— O mesmo pra mim, senhora Sayumi – diz enquanto pega seu pequeno e antigo celular. Na esperança de ter alguma nova mensagem. Olhando o visor, vendo que ainda não.

— E então? Como foi lá?

Temari é uma mulher feita, como dizem os mais velhos. Casada, com duas filhas no jardim de infância e um marido muito, mais muito preguiçoso.

— Escuta Temari – ela diz em um tom baixo de voz com medo de que a ouçam – você não pensa em sair desse fim de mundo, não?

A amiga ri, ou melhor gargalha.

— Sakura? O que está acontecendo?

Voltando a se sentar ela diz.

— Sei lá! – Jogando os braços para cima – não quero passar o resto dos meus dias aqui, tendo que ver todos me olhando com olhar de desgosto e inveja por não querer o médico bonitão!

E mais uma gargalhada se ouve. Já deu para perceber que essa Temari não bate bem das ideias, não é?

— Sakura, sei que pra você deve ser bem difícil. Afinal você veio da grande Tóquio e não deve ser fácil se acostumar com toda essa calmaria – ela interrompe com a mão, para que a rosada não atrapalhasse – E quem não sabe que meu irmão é louco por você. Mas isso não quer dizer que você tenha que aceitar os sentimentos dele.

— Obrigada Temari, você é uma amigona. Mas, já deve sabe que se eu passar no vestibular...

— Sim, eu sei.

As duas ficam assim, em silencio. Até serem interrompida pela Sayumi.

— Aqui estão o pedido de vocês – ela para olha em direção a rosada e vai em direção a loura – está faltando uma não está?

— Ah sim, a Ino. Você quer dizer? – Temari responde depois que vê a rosada abaixar ainda mais a cabeça – Ela não pode vir almoçar conosco.

A mais velha apenas balança a cabeça concordando. Temari vira em direção a amiga.

— Verdade, o que aconteceu para ela não estar aqui, testuda?

—Nós brigamos – ela olha para amiga que espera que continue – Por causa do seu irmão, e porque irei para Tóquio.

— Entendi – Suspirando – Ino como sempre, infantil. Relaxa que daqui a pouco ela volta a falar com você.

Elas riem.

— Agora, vamos – Disse a loira – Senão chegaremos atrasada e bem, não quero levar outra bronca da sua tia.

Enquanto as duas andavam, conversam e riem. Até que Sakura para e olha na direção da amiga.

— Temari, não acha estanho? – Ela indica com a cabeça – Esse cara esquisito está nos seguindo desde a vendinha.

E põe estranho nisso. Em pleno verão o cara usa uma jaqueta preta e ainda com capuz. Muito estranho, estranho mesmo. A amiga não responde, só agarra no braço dela e sai andando em passos rápidos.



***

— O que você acha, irmão? – Enquanto Sasuke tenta inutilmente dormi, seu irmão mais velho anda de um lado para outro em seu quarto, quase deixando um buraco no chão – O que você faria no meu lugar?

Desistindo de dormi, se senta na cama, já se irritando com o mais velho.

— Primeiro: eu não teria me envolvido com uma pessoa apenas por uma noite – ele diz indicando com os dedos – E segundo: já que aconteceu, eu assumiria. Sem dúvida.

— Você não está ajudando – Ele diz parando de andar e jogando os braços para cima – Como posso querer cogitar a ideia de passar a minha vida inteira com aquela mulher?

— Eu não sei Itachi. Você deveria ter pensado nisso antes de colocar seu pinto na vagina dela.

— Falou o monge.

Os dois param por um momento e começam a rir.

— Ok, ok. Eu admito. Fui errado em não estar usando camisinha – ele para, não acreditando no que vai dizer – Você está certo irmãozinho, vou assumir minhas responsabilidades.

Sasuke arregala os olhos em direção ao irmão.



***

— Sakura, você sabe que hoje vai ficar até mais tarde, não sabe? – Ela diz, já com sua bolsa no ombro pronta para ir embora.

— Sei, tia – Ela nem se dá ao trabalho de desvia da ficha que está preenchendo – obrigada, por me lembrar.

Tsunade nem espera a rosada terminar. Vira as costas e vai embora.

— Espero, espero de verdade – Ela suspira, já se levantando – Que eu passe nesse vestibular.

Pegando a papelada que foi designada para preencher, ela vai em direção ao centro pediátrico.

— Boa noite. Vim deixar a papelada sobre as crianças com infecção intestinal – ela coloca a pilha de fichas em cima no balcão branco cheio de figurinhas infantis.

— Boa noite – a menina que estava lendo um livro que pela capa parece ser ficção se assusta – fazendo hora extra?

— Pois é, alguém tinha que preencher a bendita papelada – ela sorri, suspirando logo em seguida – o que demorou mais do que queria. Olha só a hora!

A enfermeira sorri.

— Verdade. Como estou de plantão hoje nem fico olhando muito o relógio.

— Desculpa, mas preciso ir – ela sai correndo em direção a recepção – como não vi que era tão tarde?

Enquanto ela arruma suas coisas, seu celular vibra. Ela pega, e ao ver de quem era a mensagem seu coração da um pulo.

— Ai meu deus – ela para, coloca o celular contra o peito e respira fundo – coragem Sakura, seu futuro está nesta mensagem.

Como se fosse um tesouro, com todo cuidado do mundo ela desbloqueia o pequeno e antigo celular e abre a mensagem.

Gostaríamos de informar que o (a) senhor (a) foi aceito na instituição de ensino, para cursar medicina veterinária.

Favor comparecer até a data final na instituição.

— Oh meu deus! – Ela joga o celular na bolsa dando pulos de alegria – Eu passei! Eu passei!

E então ela sai com os olhos brilhando, coração pulsando rapidamente em direção a sua casa. Que logo não seria mais.

Com a alegria tomando conta do seu ser. Ela não imaginou que tinha alguém a seguindo.



Querias ser egoísta ao menos uma vez,

Tal como a Criança que se assemelha a ti

E que vive dentro do teu coração.

Shinee - Everybody


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar para sabermos o que estão achando.
Bjs



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