Sonhos Roubados escrita por Sabrina Santana, Yas


Capítulo 11
Se você pode me ouvir agora...Eu estou chegando


Notas iniciais do capítulo

gente...sem palavras para esse capitulo.
chorei rios escrevendo! muita emoção!
espero que gostem e comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662511/chapter/11

Bem, eu conheço a sensação

De se encontrar na beira do abismo

E não há cura

De se cortar com uma navalha afiada

Lulaby – nickelback



— Vou chamar a Doutora! – Ela disse enquanto se levanta, mas é impedida pela rosada – eu já volto.

— Por favor... – vendo a suplica da rosada que nem ao menos conseguia se mexer sem sentir dor – por favor... faça isso parar.... – Ao dizer essas palavras ela sente seu corpo amolecer. Enquanto Shizune vê sangue escorrer por suas pernas.

Ao alcançar o botão que dá acesso a emergência ela imediatamente a toca. Não poderia negar um favor daquela que a única coisa que conhece na vida é dor. Assim, rapidamente chegam seus colegas que ficam alarmados com o que acabam de ver.

— Rápido! Não temos tempo! – Ela diz ao ver a reação pasma dos enfermeiros – Ela entrou em trabalho de parto! E está tendo uma hemorragia!

Rapidamente. Digamos que também desajeitadamente os enfermeiros colocam a rosada que continua a gemer de dor na maca, a fazendo soltar um grito. Enquanto segura seu ventre, que parece estar preste a explodir. Ela grita, grita e grita. Era como se estivesse vivendo aquele momento novamente.

***

— Vamos logo com isso querido! – Diz enquanto salta do carro, indo em direção a entrada do hospital, para logo gritar – vou achar ajuda!

— Konan? – O progenitor e pilar da família Uchiha pode se fazer de durão, mas sua voz nesse momento o denunciava qual era uma de suas fraquezas – vai ficar tudo bem, nós estamos aqui.

— O-obrigada – em meio a gemidos, dores, suor e pontadas. Ela ainda consegue sussurrar – obrigada mesmo, Fugaku...

— Vamos! Ela está aqui – a eufórica futura vovó chega já abrindo a porta para que os paramédicos pudessem enfim levar a sua nora querida – tomem conta dela, hein.

Eles a colocam na maca, levando rapidamente uma garota de apenas 18 anos que aprenderá rapidamente o que é ser uma mulher, o que é ser mãe.

***

— Shizune! – A senhora anda a passos largos e com voz já alterada se dirige a sua pupila – ela entrou em trabalho de parto? – Vendo que a morena apenas confirmou, ela continua – mas, ela está bem? A bolsa estourou e como ela ficou?

— Chiyo... – ela olha para sua professora e chefe, com um olhar cumplice – ela não está nada bem, teve hemorragia assim que a bolsa estourou. Mesmo que ela esteja sensível a tudo isso e nós temos que ser compreensivas como você mesmo nos disse...

— Não termine seu pensamento! – A mais velha interrompeu colocando o dedo sobre seu nariz – Ela vai sobreviver! Ela ainda nem começou a viver! – Como que dizendo mais para si mesma do que para a sua ajudante – Ela tem que sobreviver!

***
— oh, Sasuke! – Ela disse já segurando seu braço – ainda bem que chegou!

— Vim assim que recebi a ligação do papai – ele falava eufórico, como se tivesse corrido uma maratona – ela está bem?

— Nós ainda não sabemos, filho – ele se vira para os bancos, ainda não tinha reparado na presença de seu pai.

— Vou lá dentro, vou conseguir alguma informação – nem mesmo termina sua frase, já virando as costas para seus pais. Mas, antes mesmo de sair da visão dos mesmos. Uma mulher de estatura baixa. Bem baixa se comparada ao moreno, se aproxima e perguntando.

— Quem é o senhor Sasuke? – Ele segura o braço da enfermeira, a forçando virar para si.

— Sou eu.

— A senhorita Konan quer te ver – ela nem mesmo termina de falar e ele já está entrando de onde viu a jovem mulher sair.

— Konan? – Ele entra apreensivo no quarto onde está tudo tão claro e silencioso.

— Oh, cunhado. Você realmente veio – ela sussurra tentando em vão se levanta sem fazer careca – eu tenho um favor para te pedir – ela para tentando ver a reação do moreno que parece tanto seu amado – você pode ficar comigo? Eu estou com um pouco de medo e não quero preocupar o sogro e a sogra...

Ele se espanta com um pedido que parece tão ousado, mas vindo dela é algo que até parece nobre de ser feito. E com esse pensamento ele apenas sorri e segura sua mão.

— Eu estarei aqui, para segurar a pequena Akemi.



Eu estou lhe dizendo que

Nunca é assim tão ruim

Aceite isso de alguém que já esteve onde você está

Caído no chão



— Eu não quero que ele me toque!!!

Todos no recinto param. Mulheres gritando de dor param, médicos fazendo curativos param, enfermeiras trazendo bandejas deixam elas caírem no chão. O recinto fica em total silencio até ser quebrado alguns segundos depois por ela novamente.

— Ele não vai me tocar! – Ela que não aguenta mais as contrações, geme depois de gritar.

— Mas, Haruno – o médico já entrando em pânico. Sai da sala a procura de ajuda. Parando na porta – se for uma mulher? Você a deixa que toque?

Ela não disse nada, apenas ficou ali com sua dor. Não iria aguentar muito tempo. A dor parecia uma facada em seu ventre. Como poderia sentir tanta dor assim?

— Pronto – o médico chega ofegante em companhia de uma medica – ela é recém-formada por isso não pode fazer o parto sozinha. Mas, eu não irei tocar em você. Apenas deixe que ela faça o trabalho, okay?

A rosada responde com um gemido. E os médicos começam a fazer seu trabalho.

— Sakura, você precisa fazer mais força – ela a ajuda a abrir mais as pernas – a dilatação ainda não é suficiente – diz sem nem olhar para seus assistentes, apenas entende a mão – bisturi.

— Mas, doutora!

— Façam como ela diz, se esperarmos mais os dois estarão em perigo – o médico responsável, fica ao fundo apenas observando o que sua pupila faz e como procede.

— Vamos ter que ajudar na dilatação, ou teremos que partir para a cesárea – a concentração é tanta para trazer a criança ao mundo que além dos gemidos e gritos da futura mãe não se ouve nada – aplique a anestesia, estamos quase lá.

Um dos assistentes sai de sua posição com uma seringa, olhando para rosada com compaixão.

— Você não irá dormir, não se preocupe é apenas local – ele sorri, vendo o desespero da paciente.

— Quanto tempo, até fazer efeito? – A cirurgiã, pergunta mias para ter certeza do que por não saber.

— 15 Segundos – ele olha em seu relógio, olhando em seguida para o aparelho atrás de si, que mede a pressão da paciente – agora.

Ele nem termina, e ela já começa a fazer seu trabalho.

— Sakura, força! – Ela olha para a paciente que soa por toda parte – vamos! Você tem que trazer essa criança ao mundo! Força!

— Doutora! – O anestesista, alerta – a pressão dela está caindo muito rapidamente! – Ele sai de seu lugar para ver a rosada – rápido demais!

— Preparem a cesárea! – A medica para o que está fazendo vendo que sua paciente está perdendo a consciência – Agora!



***


— Vamos, mais força! – O médico olha para sua paciente, tentando encoraja-la – só mais um pouco!

Sem soltar a mão que seu cunhado lhe estendeu a horas atrás faz a força necessária para ver um pequeno e tímido choro.

— Aeeeh! Eu disse que faltava pouco – ele pega a pequena criatura nas mãos entregando para enfermeira que lhe estende um pano e a pega nos braços, para logo em seguida cortar o cordão que uni mãe e filha – é uma menina, mas acho que isso vocês já sabiam.

O moreno com lágrimas nos olhos e sorriso no rosto olha para sua cunhada que enfim solta sua mão para pega sua tão esperada filha.

— Oh, ela parece comigo – ao pegar a pequena no colo mais lágrimas caem – Minha Akemi. Mamãe está aqui para te proteger – ela olha para Sasuke que estende os braços em sua direção – olha só, seu tio Sasuke, ele está aqui também – e lhe entrega o pequeno pacote.

Ele olha aquela criaturinha minúscula. Que acaba de nascer e já tem os olhos alaranjados de sua mãe e que são os mais lindos que já vi, seus cabelos negros que não nega que seja uma Uchiha e digamos que só adiantando, o temperamento ela também vai herdar deles.

— Olá, princesa – ele passa o dedo em suas pequenas mãos que automaticamente o segura – seja bem-vinda a esse mundo cruel – ela se mexe, como em sinal que estivesse entendendo o que ele diz – mas farei o possível para que você não o conheça como ele realmente é – ele termina depositando um beijo em sua pequenina testa.



Se você pode me ouvir agora

Eu estou chegando



— A criança não está chorando – ela pega o bebê que com a pele roxeada parece sem vida, dando tapinhas – Vamos, você não pode ir assim, você não vai morrer no meu plantão! – O pequeno solta um gemido, indicando que estava ali.

— A pressão dela ainda está baixa, doutora – o anestesista limpa sua testa que até então estava banhada de suor. A doutora olha para seu parceiro de equipe, enquanto entrega a criança para enfermeira.

— Agora – ela diz olhando para a mãe – vamos cuidar de você mocinha.

— Temos que agir rápido! Sua pressão baixou muito e sua temperatura também – o desespero na voz dele parece ter contagiado todos no recinto – Preparem o desfibrilador.

A enfermeira rapidamente pega o aparelho passando o gel sobre as duas placas do aparelho entregando para a medica chefe da equipe. A medica por sua vez, posiciona sobre o tórax da paciente e olha para o aparelho.

— 120 Joules – ela segura as placas já posicionada – agora!

— Ela ainda não voltou, doutora.

— Massagem cardíaca, aqui – ela diz enquanto prepara novamente o aparelho. O médico que até então apenas observava pega a posição de massagem para ajudar sua equipe – vamos. Garota você precisa ficar aqui! – Ela posiciona o aparelho sobre o tórax novamente soltando mais uma descarga elétrica.

— Sai! – O médico a puxa para o lado tomando seu lugar, fazendo mais uma vez massagem cardíaca – ninguém morre no meu plantão!



Não há necessidade de apagar a vela

Porque você não está pronta

Você é muito jovem

E o melhor ainda está por vir

Lullaby - nickelback




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? o que acharam?
gente... foi tenso escrever esse capitulo!
deixem seus comentários... e façam suas apostas!
Sakura morre? ou vive?
e o bebê? o que vocês acham que irá acontecer com ele?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonhos Roubados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.