Sonhos Roubados escrita por Sabrina Santana, Yas


Capítulo 10
Eu quero viver como sei que estou morrendo


Notas iniciais do capítulo

E então como sei que o capitulo anteior foi bem curtinho... resolvi dar de presente de natal atrasado mais um capitulo para vcs!!!!
espero que gostem!!!

Boa leitura!



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É uma verdade que no amor e na guerra,

Mundos colidem e corações se quebram,

Eu quero viver como eu sei que estou morrendo.

War of change - Thousand Foot Krutch



— Oras, achei que não iria mais ver você, meu amigo! – Eles dois se abraçam, relembrando o tempo de escola. Que digamos, fazem bastante tempo.

— Essa é minha esposa, Tenten – ela estende a mão para cumprimentar o amigo de seu marido – bom, você sabe que eu não vim aqui relembrar os velhos tempos, Shino – o semblante sério tomou conta de seu rosto, deixando ele um pouco tenebroso.

— Sim, eu sei – mas acontece que como nos velhos tempos, seu amigo não sente medo do parceiro de fugas da escola – Sentem-se, irei explicar.

Os dois puxaram a cadeira fazendo um rangido de metal contra madeira. Até que lembra um pouco quando aquelas garotas inúteis que deixam suas unhas grandes e raspam na lousa da escola, vai entender.

— Então, como disse por telefone – ele para e se levanta. Olhando do lado de fora para se certificar que ninguém está bisbilhotando para logo fechar a porta e voltar ao seu lugar – pois bem, como expliquei por telefone. Vocês podem entrar na fila de adoção. Porém, pode demorar de dias a anos para conseguirem um bebê para adotar. Então eu tenho uma sugestão.

— Doutor, continue – a morena, não para de mexer suas mãos de tanto nervosismo. Olha para seu marido que sua íris que mais parecem ser feitas de vidro a olham com total compreensão.

— Bem, há uma paciente em especifico. Aqui no hospital que irá entregar sua criança. Assim que nascer claro para a equipe de assistência social – ele olha para seu amigo e para a morena. Analisando as expressões dos dois, tentando entender o que os olhos inquietos dos dois quer tanto dizer – e eu, posso não deixar que isso aconteça, entregando para vocês dois.

O silencio toma conta do recinto. Nem a respiração, pode ser ouvida. Apenas o batimento cardíaco pode até ser contados.

— O que quer dizer com isso? Você quer burlar a lei, Shino? – O moreno, sai do transe sem nem conseguir digerir toda aquela informação – e você diz isso para mim? Um policial?

— Não estou te falando isso como um médico, Neji – ele sorri – e sim como seu amigo, afinal são anos de amizades e sei muito bem como você e Tentem quer tanto ter um filho.

— Mas, você vai tirar uma criança da sua própria mãe, isso é horrível! – Pela primeira vez depois do susto ela consegue se pronunciar.

— Não, Tentem – ele volta a se sentar, sendo acompanhado de Neji – ela mesmo já disse que não quer contato nenhum com a criança e posso até afirmar que daqui a algumas semanas ela entrará em trabalho de parto.

— Como assim, ela não quer o filho?

— Neji, você como policial deve ter contato com esse tipo de pessoa todo dia. Ela deve ter sido abusada, e não conseguiu fugir e nem abortar o feto. Então ela ficara no hospital até nascer – ele suspira, fingindo esta comovido – ela até tentou se matar alguns meses atrás.

— Oh! – Tentem coloca a mão na boca, horrorizada – Ela pode ter filho e tem coragem de fazer algo assim? Que pessoa horrível! – Ela termina com a voz abafada por ter tampado o rosto na tentativa de conter suas lágrimas.

— Meu amor, se acalme.

— Bom, vocês decidem – ele dá um sorriso de canto, triunfante – de qualquer forma ela irá entregar a criança para um abrigo. Só queria um começo feliz para um pequeno ser que nem ao menos nasceu – ele olha para o moreno, que olha para o estado em que sua esposa se encontra.

— Nós ficaremos com ela.



***

— Querido! Eu ainda não acredito que você deixou Itachi viajar! – Seu querido esposo ouvia a dias a mesma história.

— Querida, foi necessário – ele disse num sussurro. Por que pelo que conhece de sua esposa ela não se contenta apenas com isto.

— Ele é necessário aqui! Konan está na semana de ganhar! E seu marido não estará presente, para ver o nascimento da sua primeira filha!

— E provavelmente da única, você quer dizer.

— Oh, Sasuke! Que bom que você chegou... – o moreno deu um beijo na testa de sua mãe – você acha que foi bom que seu pai mandou seu irmão para a china?

O moreno riu da histeria de sua mãe, não por achar graça e sim por ela ainda ter esperança de seu filho ser uma boa pessoa.

— Mãe, você não acha que ele só iria atrapalhar? – Ele olha para sua mãe, que fica sem pensativa – ele apenas iria deixar minha cunhada nervosa e poderia até fazer mal para Akemi que nem ao menos nasceu.

— Oh, meu querido – ela passa a mão sobre o rosto de seu filho – Como eu queria que Itachi tivesse apenas um pouquinho do seu senso – ela para, olha para os lados, em seguida olhando para seu filho bate palmas – bom, vou ver se está tudo bem com Konan, precisamos arrumar a sacola dela e do bebê.

Ele sorri, com a satisfação de ver sua mãe feliz, sorri verdadeiramente.



***



— Querida, o que você acha que aconteceu com seu irmão e a Tentem? – Diz sussurrando enquanto coloca Koichi para dormi – eles estão muito felizes esses dias.

— Eu não sei querido – ela diz enquanto coloca Boruto em posição para arrotar, dando tapinhas em suas costas - Até porque desde que tive os gêmeos quase nem saio de casa.

— Sim, eu sei – ele olha para sua esposa que acaba de levar uma golfada – Mas sei lá, que o Neji está estranho, ele está sim.

— Bom, você pode colocar o Boruto para dormi também, meu amor? Ela diz entregando o pequeno ao pai – Preciso tomar um banho.

— E o que eu ganharei com isso, mocinha? – Ele segura seu braço a espera de uma reposta.

Ela faz cara de pensativa, e sorri. Mas não um sorriso qualquer e sim um sorriso bem, mais bem malicioso.

— Um prêmio – ela olha para ele com um sorriso de canto – um prêmio, meu amor – ela sai andando em direção ao banheiro – é só você conseguir colocar os gêmeos para dormir.



***

— Então Sakura, como está se sentindo? – A mulher vestida de branco, examina sua barriga – afinal, você está quase perto de ganhar, não é mesmo?

— Ganhar o que? – Seu olhar com fúria, denuncia quais são suas intenções – o que tem para ganhar? Ficar meses e meses aqui nesse lugar? Ou colocar um monstro no mundo?

— Você pode sair, eu cuido do resto.

— Sim, Chiyo.

— Sakura, você não pode tratar todas as enfermeiras dessa maneira – ela diz enquanto se aproxima de sua paciente – lembre-se que esse seu comportamento quase te levou a morte.

— Quase? – Ela sorri, com deboche – você diz quase? Acho que vocês ainda não repararam que eu morri, morri a muito tempo!!!

— Sakura, fale mais baixo – ela sussurra com autoridade em sua voz - você está num hospital.

Ela sai do quarto deixando a rosada sozinha. Mas em nenhum momento deixou de olhar no fundo daquelas esmeraldas rodeadas de olheiras profundas.

— Eu não sei o que acontece com ela – a garota dizia enquanto a mais velha fecha a porta atrás de si – Um dia ela não fala nada, no outro ela fala pelos cotovelos e hoje ela só falta nos enforcar!

— Se você não reparou ela está gravida em primeiro lugar – ela se pronuncia com a voz baixa, porém autoritária – Ela foi possivelmente abusada sexualmente. Ela está com os hormônios a flor da pele – cada vez que fala ela chega mais perto de sua pupila – Tente se colocar no lugar dela e veja se essas reações são sem motivo – ela se vira ao terminar – Com licença.



***

— Fugaku! Corre! – Ela desce as escadas correndo – A bolsa estourou!

— Mikoto – ele disse calmamente enquanto lia alguns dos milhares dos documentos em seu escritório – eu compro outra, não tem problema.

— Não! – Ela para, respira tentando pegar folego – Não, seu idiota! A bolsa da Konan estourou! Ela vai ter bebê!

O moreno de cabelos grisalhos pula de sua cadeira e corre na direção da porta atrás de sua esposa.

— Então temos que correr! – Ele segura no braço de sua esposa – leve ela para o carro, irei buscar a sacola e ligar para Sasuke.

— Sim, querido.



***


— Elas ainda vêm me dizer que eu quase morri – a rosada olha para seu ventre enquanto todos acham que fala sozinha ela se sente na companhia de seu tão adorado, monstrinho – você sabe que está chegando o momento de você conhecer esse mundo cruel que é aqui fora, e fique sabendo que você nunca me verá. Afinal, vou deixar você aqui, e provavelmente alguma família ficará com você – ela acaricia em movimentos circulares seu ventre – eu não quero te ver, assim poderei esquecer aquele monstro que deixou você aí dentro.

Ela para, se sentindo incomodada. Precisa ir ao banheiro. Se levantando repara num liquido viscoso que desce por suas pernas para logo em seguida sentir uma dor forte e aguda em sua barriga.

— Aaaahhhh!!! – Ela se abaixa, não conseguindo se conter de dor – Alguém me ajuda!!!

— O que foi? – A enfermeira, já familiarizada com a rosada entra assustada – Ai meu deus! Você está entrando em trabalho de parto!



Espere, está prestes a quebrar, é mais do que eu posso suportar,

Tudo está prestes a mudar,

Eu sinto em minhas veias, isso não está indo embora,

Tudo está prestes a mudar.

War of change - Thousand Foot Krutch


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Notas finais do capítulo

E então meus amores? o que acharam desse capitulo?
teve mais um pouquinho de naruhina, que eu tanto amo!
o que acham que vai acontecer com o bebê da sakura?
me contem nos comentarios! estou ansiosa para saber a opinião de vcs!!
bjocas e um bom ano novo para tds vocês!!!



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