Anjo das Trevas escrita por Elvish Song


Capítulo 13
Apaixonada?


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu sei que tinha prometido Garotos do Beco e Madame Giry neste capítulo, mas isso o deixaria muito grande. Então, até mesmo para explorar melhor a cena com as Girys, deixo este segundo encontro para o próximo capítulo. Espero que gostem da aparição dos rapazes!
Nos vemos nas notas finais!



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– Você só pode estar louca, saindo por aí com essa nevasca, e andando por esses bairros vestida como uma dama. – censurou Charles, colocando um cobertor ao redor dos ombros da amiga – não que eu não fique feliz em vê-la, Annie, mas sair com essa nevasca é loucura!

– Loucura maior seria ficar na casa de meu patrão. – devolveu ela, apertando o cobertor em torno dos ombros. Suas palavras foram seguidas pela voz de Renard, que entrava na “casa” e se dirigiu a ela como um raio:

– Ele machucou vocês? – havia uma raiva intensa na voz do jovem. Ao vê-lo, Annika se levantou e, já abalada, deu um tapa na cabeça do amigo:

– seu cretino! – outros tapas se seguiram, chovendo nos braços e ombros do moço, que ria – como se atreve a sumir por três meses?! Não foi me ver nem uma vez, no inverno inteiro! – ela só parou porque suas palmas ardiam, e nesta hora deu um abraço apertado no rapaz – senti sua falta!

– Eu também, Annie. Aqui, ninguém bate como você – respondeu, retribuindo o abraço dela, sem ligar para os braços que ardiam, para então segurá-la pelos ombros e fita-la – O Fantasma a machucou, ou a Gabrielle?

– Não. Ou melhor, sim... – ela se deixou cair na banqueta onde estivera sentada – ah, eu não sei!

Estranhando o comportamento da amiga, o ruivo se sentou ao seu lado, indicando para que o mais moço fizesse o mesmo. Acariciando o rosto da mulher a quem amava como sua irmã, ele perguntou:

– O que houve, raio de sol?

– As ameaças que ele me fez, durante todo esse tempo... Ele disse que nunca pretendeu devolver Gabrielle. Que nunca o faria. – e ante a confusão dos amigos – isso significa que só o dizia para me machucar, para me torturar.

– E por que isso a afeta? Quer dizer, deve ter sido difícil enfrentar essas ameaças, mas não é o primeiro homem que te ameaça... E ele, pelo menos, não machuca vocês duas. – Charles se ajoelhou na frente de Annie – E as ameaças de Lucian nunca te afetaram assim.

– Não é a mesma coisa! – respondeu a jovem, erguendo-se, ela mesma não compreendendo por que Erik a afetava daquele jeito – Lucian era um porco. Ele nos maltratava, nos torturava dia e noite... Eu só o odiava. Mas Erik...

– Erik?! – Renard exclamou – mas já o trata pelo nome?!

– Pare com isso, seu tolo! – protestou a moça, ruborizando – Monsieur Destler é diferente de Lucian: foi bom para Gabrielle, e até para mim... Eu lhe sou grata pelas coisas que fez, e ainda faz... E ao mesmo tempo, tenho vontade de mata-lo pela crueldade de que é capaz. Porque ele não me tortura fisicamente, mas parece disposto a dobrar minha mente e minha vontade, até não restar mais nada... E isso me dói tanto! – ela esfregou o rosto com as mãos, sem saber o que se passava consigo – Acho que estou ficando louca... É a única explicação.

Renard e Charles se entreolharam, e o mais novo declarou:

– Annie... Você está apaixonada!

– Como?! – o espanto na voz dela só era menor do que o estampado em seus olhos.

– Talvez não apaixonada, mas sente uma atração por seu patrão, certamente. – confirmou Raposo – o modo como fala dele, como seus olhos brilham nessa hora... Você gosta dele, e é por isso que as palavras de seu senhor doem tanto, não é?

– Gostar dele? – ela repetiu, incrédula. Como seria possível? Como podia gostar de um homem que abusara dela não física, mas psicologicamente? Como podia gostar de um homem que a aterrorizara com a pior ameaça possível, apenas para vê-la sofrer? Ao mesmo tempo, também era o homem que cuidara de sua saúde, que lhe dera uma cama macia e roupas decentes, que trouxera tantos momentos felizes a Gabi. O homem que a tirara para dançar, que trouxera de volta a voz de sua irmãzinha, que tocava tantos instrumentos de forma tão divina! Ela se lembrava com clareza de como aquela música a enlevava, de como passara horas ouvindo-o tocar... Lembrava-se de como ele salvara sua vida, indo atrás dela. Lembrava-se dos beijos trocados, e da tristeza nos olhos dele a cada vez que, tendo mandado cartas a Christine, constatava que ela nada respondera.

Pensando em todos os momentos em que Erik não lhe mostrara seu lado monstruoso, mas apenas a própria humanidade, ela percebeu o que não ousara admitir para si mesma: estava atraída por ele. Atraída pela música, pelo olhar triste e solitário, pelos modos arrogantes, pelo modo como ria, ao brincar com Gabrielle; gostava de ouvir sua voz, e gostava do modo delicado como ele a tocara, nas poucas carícias que haviam trocado. Por maior que fosse a loucura dos momentos de raiva, ela fora enredada pelos momentos em que ele era apenas Erik, o homem, e não Erik, o Fantasma da Ópera. E sua expressão, nesse momento, foi toda a confirmação de que os amigos precisavam:

– Fisgada. – constatou Renard – E pelo Fantasma da Ópera. – ele riu ante o olhar assassino dela – Olhe pelo lado bom, raio de sol: pelo menos, é alguém tão oscilante quanto você mesma. Pobre Gabi, se tiver de aturar ambos!

– Você é um idiota, raposo! – censurou a moça, levantando-se, o que fez cair o cobertor com que se enrolava; ver como ela ganhara corpo e, enfim, se recuperara de todos os maus-tratos sofridos, fez o ruivo sorrir:

– Você já me disse isso, antes. – e aproximou-se dela, beliscando-lhe a cintura, o que rendeu novo tapa ao ladrão - Está gordinha, hein, Annie? – sem se contentar com poucas provocações, passou os dedos pelo tecido das mangas do vestido verde-escuro – e o que é isso que está vestindo?

– Annie virou uma dama, Renard – riu-se Charles, entrando na brincadeira. Ambos sabiam que aquilo animaria sua amiga, que estaria certamente enraivecida ao se perceber apaixonada por alguém.

– Parem com isso! Não sou uma dama! – ralhou ela, fingindo zanga, mas mal contendo o riso.

– Então prove! – desafiou Renard – venha nos ver com roupas de homem, e vamos lutar, como fazíamos antes. A menos, é claro, que tenha medo de perder. – o tom como ele disse aquilo fez Annika rir e dar um soco no braço do mais velho:

– Desafio aceito. Clube de luta daqui a três dias? – perguntou a mulher, tentando não pensar em seu amo.

– Pode apostar. – ele abraçou a moça com todo o seu carinho – E Annie... Sem facas. Apenas os punhos.

– Como se eu precisasse de facas para ganhar de você, moleque! – devolveu, abraçando também Charles – rapazes, eu preciso voltar, pois Gabi me espera. Na verdade, nem sei por que vim até aqui...

– Porque somos irresistíveis! – brincou Charles, estendendo-se num dos catres do barracão – Ah, raio de sol, esqueci de lhe contar: não vamos ficar muito tempo aqui, no beco.

– Não vão? – a jovem se espantou. Os garotos sempre haviam vivido ali! – e para onde estão indo?

– Não chega a ser uma mansão, mas é uma casa de três andares, abandonada, que estamos consertando. É mais quente e espaçosa, e fica a três quadras daqui. Então, é isso: último inverno no velho barracão. Mas ainda vai ser nosso quartel-general. Se precisar falar conosco, e não nos encontrar na casa, deixe uma mensagem aqui. – explicou o mais jovem.

Annika se alegrou extremamente em saber que os rapazes iam passar a viver num lugar que oferecia melhor abrigo. Não conseguia deixar de se sentir culpada por viver numa casa boa – ainda que fosse a de seu carcereiro, é claro – enquanto eles continuavam no velho barracão, e a notícia a encheu de felicidade. Trocou um abraço apertado com ambos, e ia se dirigindo à porta quando Renard a interrompeu:

– Vou acompanha-la, Annie.

– Não precisa se incomodar, Renard.

– Nenhum incômodo! Quero, mesmo, ver como está Gabi. Há seis meses que não falo direito com ela, e quero ver se a abelhinha encorpou tanto quanto a irmã mais velha.

Meneando a cabeça com um sorriso, desistindo de repreender o rapaz pelas provocações, Annie deixou que ele a acompanhasse. Ainda estava perturbada pela revelação dos moços, e a companhia de alguém iria lhe fazer bem.

*

A mais pura surpresa se estampou no rosto de Renard, quando Gabrielle abriu a porta e saiu para a rua: a menininha que ele conhecera parecia totalmente transformada! Devia ter ganhado pelo menos cinco centímetros de altura, e mais de dez quilos. Era a primeira vez que tinha uma aparência saudável, com bochechas rosadas, cabelos saudáeis, olhos que brilhavam felizes, sem ter os ossos aparecendo por sob a pele. Usava um vestido cor-de-rosa claro, cujo espartilho marcava as formas do corpo que começava a se delinear... Linda! Linda como ele nunca a vira. Ao ver o amigo, abriu um largo sorriso e correu para ele:

– Renard! – o garoto a envolveu num abraço apertado, igualmente feliz:

– Abelhinha! – ele lhe beijou o rosto – como cresceu! Está tão linda! – então ele percebeu – E... Está falando!

– Sim! – confirmou ela – Que saudades!

– Prometo que não vou mais passar tanto tempo sem vê-la, está bem? Ah, desculpe-me por não ter falado com você, nas vezes em que vim aqui, mas...

– Está aqui, agora. – respondeu a menina, esfuziante. – vai voltar, não vai?

– é uma promessa. – disse ele, beijando a testa da pequena. – agora, tenho de voltar ao barracão, mas voltarei logo. – em seguida, ele beijou o rosto de Annie – cuidem-se, meninas. – e sussurrou para a mais velha – E tente não matar seu patrão, nem deixar que ele a mate.

– Idiota – repreendeu a moça, pisando no pé de Renard. – Obrigada por me acompanhar, querido. Vemo-nos logo. – assim dizendo, as duas jovens sorridentes caminharam para dentro da casa, enquanto o rapaz voltava por seu caminho. Nenhum deles reparou na figura de vestes negras que observava a cena da janela da biblioteca, os olhos dourados brilhando de irritação.

*

Annika evitara seu patrão por todo o dia anterior, assim como por toda a manhã; ele, contudo, estava decidido a falar com a moça, e conseguiu enfim encurralá-la na cozinha:

– Você pode parar de fugir como um esquilo, e conversar comigo? – perguntou, impedindo que a mulher saísse do aposento.

– Não temos mais nada a conversar, Monsieur. – respondeu ela, passando por sob o braço dele com a travessa de carne que acabara de retirar do fogo. Erik a interceptou e tomou o objeto de suas mãos, deixando-o sobre a mesa de jantar antes de segurar a moça com firmeza, mas cuidando para não parecer agressivo:

– O que eu preciso fazer para você parar de me evitar?

– Parar de me torturar é um bom começo – respondeu ela, firme – francamente, Monsieur: o senhor faz de tudo para me machucar... Espera que eu faça o que? Sou-lhe muito grata por tudo o que fez para minha irmã, mas não preciso de mais dor em minha vida. – um passo para o lado a afastou do Fantasma – deixe-me terminar de servir o almoço, senhor.

– Eu não terminei de falar – disse Erik, segurando-a involuntariamente pela cintura com o braço – Perdoe-me.

– Como? – Annika estava atônita: Erik pedia perdão a ela? O mundo já não tinha mais sentido algum!

– Estou pedindo seu perdão. – ele nunca pedira perdão a alguém, tampouco já fora tão sincero quanto pretendia ser, agora – Eu quis machucá-la, realmente. Pensei que seria uma vingança por meu ego ferido, naquela noite em que me assaltou. Planejei essa vingança, achei que ia me trazer alegria... Mas não trouxe. – ele lhe acariciou o rosto – quando vi as lágrimas que você reteve, não senti nada além de desprezo por mim mesmo, por ter-lhe causado ainda mais sofrimento. – o braço forte a soltou, mas o Fantasma não se afastou. Seu olhar era o de um menino que levara bronca da mãe - Você tem todos os motivos para me detestar, mas eu ouso pedir: poderia me perdoar? Poderia perdoar um homem que, na maior parte das vezes, age sem pensar, e comete as piores idiotices?

Ela hesitou: estaria ele realmente arrependido? Poderia confiar naquele pedido de desculpas tão inesperado, ou seria apenas outro engodo de seu amo? Ela queria de todo o coração acreditar no que lhe era dito, mas a vida lhe ensinara que as coisas raramente – para não dizer nunca – eram o que queríamos, ou o que pareciam ser. Porém, Erik parecia tão sincero...

Annika pensou em todos os momentos em que ele não agira como um monstro, em que fora gentil, cuidadoso e sereno... Pensou na música do artista, e concluiu que ninguém com tal arte no coração podia ser de todo mau. Ela mesma não fora exatamente um anjo de candura! Talvez pudesse dar aquela chance a Erik – a ele, ou a si mesma? – e aceitar seu pedido de desculpas. Mesmo que talvez se arrependesse.

Voltando-se para o homem ao seu lado, que a mirava com olhos intensos e quase suplicantes, a jovem suspirou e parou de resistir, dizendo:

– Está bem, Monsieur. Vamos esquecer o que passou, e recomeçar deste ponto.

Os olhos dourados dele se encheram de alívio – parecia que a culpa realmente o estava esmagando – quando, satisfeito, trouxe a mão da jovem até seu rosto e beijou-lhe os dedos, como se ela fosse uma refinada dama.

– Obrigado, Annika. Tem um coração bondoso, em perdoar uma fera desprezível como eu.

– Seus atos me machucaram, sim, patrão... Mas acredite quando digo que não deve se referir deste modo a si mesmo. Conheci muitos homens, na vida, e nenhum deles tinha sua integridade e honra; aqueles, sim, são feras desprezíveis. O senhor é apenas... Precipitado em seu agir. – corrigiu a jovem, desagradada por ouvir o modo como seu amo referia a si mesmo. Sim, havia algo de cruel nele, mas daí a concordar que ele fosse desprezível? Não poderia chama-lo assim, pois tal termo o colocaria no mesmo patamar daqueles homens que tantas vezes a haviam usado. E seu Fantasma não tinha absolutamente nada em comum com tais desgraças em forma humana. Quando não estava com raiva (parecia que a raiva era seu mal) tornava-se gentil, agradável, encantador... Decididamente, não era um homem como os outros.

Sentindo enorme alívio em ver que a jovem parecia disposta a perdoá-lo por seu ato cruel, ele quase caiu de joelhos diante dela: como podia ser tão boa, estar disposta a dar-lhe o perdão que não merecia? Se ela quisesse mesmo mata-lo, naquele instante, ele não se oporia, pois merecia a fúria da jovem. Em vez disso, ela lhe dava... Compaixão. Perdão. Algo que ninguém jamais tivera para com ele, e que, naquele instante, fazia com que se sentisse quase redimido. Beijando a mão da moça outra vez, agradeceu novamente:

– Obrigado.

Constrangida, ela puxou a mão devagar e mudou de assunto:

– A refeição vai esfriar, senhor. – a jovem terminou de pôr à mesa, e ia se retirar quando o Fantasma pediu:

– chame Gabrielle: sentem-se à mesa comigo.

– Não seria adequado, Monsieur. Somos apenas criadas. – disse a moça, ao que ele fez um gesto como se espantasse um mosquito irritante:

– Tolices da sociedade. Chame Gabi, e tomem a refeição comigo. – ele suavizou a própria voz – por favor.

Confusa com a súbita mudança de seu patrão – algo com o qual ela já estava quase acostumada – Annika fez como ele pedia; para sua surpresa, o almoço se transcorreu sem qualquer incidente e, quando se levantaram da mesa, o músico fez um surpreendente “convite”:

– Annika, amanhã haverá a apresentação de Carmen, na Ópera. Você irá comigo e com Gabrielle, assistir.

Por um instante a jovem não soube se agradecia a Erik ou se lhe lançava um candelabro: o conceito de gentileza dele realmente consistia em uma ordem, em vez de um pedido? Porém, ela compreendeu que o Fantasma já se esforçava para se redimir de seus atos e, com um suspiro que estava entre o divertimento e a zanga, respondeu:

– É claro, Monsieur. A que horas devemos estar prontas?

– às cinco. Embora a apresentação se inicie às oito, Madame Giry certamente apreciará uma visita de ambas, ao fim da tarde. – e com um elegante curvar de cabeça – com sua licença, senhoritas, tenho uma ópera cujos arranjos devem ser finalizados. – e com essas palavras, subiu para sua sala de música.

O suspiro de Annika não passou despercebido a Gabrielle, que provocou em sua linguagem de sinais:

– Eu vi isso, Annie.

– Isso o que? – perguntou a mais velha, tirando os pratos da mesa, sem encarar os olhos da caçula.

– Você gosta dele. Sua expressão, quando ele ordenou que fosse conosco, não nega.

– Pare de me importunar, Gabi! – protestou a mulher – tenho muitas coisas a fazer, para ouvir tolices. – e sem deixar que a irmã falasse – Sei que tem boas intenções, abelhinha, mas é melhor não enxergar coisas onde não existem.

– Minta para si mesma, se quiser. – disse a menina, dando de ombros – Mas nós duas sabemos. – a pequena pegou a louça das mãos da irmã – a louça é minha, hoje. Vá terminar seu livro. – oras, a voz da pequena estava cada vez mais forte, e ela falava frases cada vez mais longas, antes de perder a voz! Ah, isso era algo pelo qual nunca poderia agradecer o bastante, a Erik!

Rindo-se da mais moça, mas apreensiva com as palavras dela – que apenas ecoavam o que Renard lhe dissera, no dia anterior – a mulher pegou o livro que estava lendo (Madame Bovary) e se sentou na poltrona para termina-lo, tentando fugir daqueles pensamentos absurdos. Nunca antes se ocupara de romances tolos – apaixonar-se era a maior tolice que um ser humano podia cometer! – e não começaria a fazê-lo, agora!


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Próximo capítulo traz a visita ao teatro, e cenas com as Girys. Tomara que gostem.
beijos, flores!



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