O garoto do capacete vermelho escrita por Puella


Capítulo 12
Niki, o que foi isso? - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Tive que quebrar o capítulo de novo.... espero que gostem!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662314/chapter/12

Niki não queria ter saido naquela noite. Isso era fato. Mas, seus isntintos o fizeram mudar de ideia. Especialmente quando se tratava de Lilly. Ele não queria admitir, mas os meses ao lado da jovem estavam de alguma forma mexendo com o seu íntimo. Era fato que a primeira impressão que tivera de Lilly era de que ela era uma idealista cabeça de vento. Mas, ela era bem mais profunda do que ele imaginava. O fato de ser uma garota não parecia interferir nela quando treinava nas aulas de pilotagem.  Ela era centrada e corajosa, técnica e sempre disposta a aprender. Era honesta quando não sabia sobre algo. Mas quando não estava treinado ou pilotando, Lilly parecia uma garota normal como qualquer outra. Como sonhos bonitos, olhos brilhantes e mãos prendadas para fazer aquele Strudel que Niki tanto apreciava comer.

Em outras circusntâncias ele não hesitaria em namorar com ela. Mas ali, em meio às coisas que eles faziam para o jovem tão cético e tão racional, algo daquele tipo estaria completamente fora de questão. Mas, aquilo não impedia que ele se sentisse enciumado quando a via com os outros rapazes, em especial com James e Françóis.

Mas as coisas não saíram como o planejado naquela noite, ninguém esperava que um foco de anômalos invadisse a parte oeste da muralha da Cidade dos Cosntrutores. No momento em que se afastou do grupo, Niki foi em direção ao lodo mais próximo da muralha, a medida que corria ele fitava com atenção alguns carros que estavam parados ali, então teve a ideia de por um plano em prática. Ele entrou em um dos prédios mais altos que havia ali até chegar à cobertura superior do mesmo.

Naquela altura ele conseguiu ver claramente um aglomerado escuro, pulsante e repulsivo. Era como uma espécie de bolsa, prestes a estourar a qualquer momento. Niki já havia lido algo sobre aquilo, essas “bolsas” eram uma espécie de aglomerado de anômalos que, quando rompida liberava algo em torno de 5 a 6 anômalos, o que seria algo bem perigoso. Para evitar tal perigo, a solução seria destruir o aglomerado, um tiro direto poderia servir.  Fora que não havia nenhum piloto de eleite ali próximo. É bem provável que eles estavam se preparando ou, também foram pegos de surpresa.

“Na via das dúvidas”, Lauda pensou consigo mesmo, “é melhor eu mesmo dar um jeito nisso”.

À medida que caminhava mais forte a iluminação se tornava. A luz era tremeluzente e iluminava a parede do que parecia ser uma caverna, lembrando um pouco o mesmo efeito que a aurora boreal provocava no céu. A criança olhava para aquilo um tanto curioso e ao mesmo tempo encantando. Já ouvira falar na aurora boreal, mas nunca ouviu algo sobre elas existirem dentro de uma caverna.

E então, aconteceu a cena que Niki jamais esqueceria.

Ali frente a ele, uma figura estranha que brilhava intensamente. Os tons variavem entre o azul e o violeta. Ele ficou imóvel, fitando aquele ser estranho, seu copor tinha desenhos que lembravam as terminações nervosas de um cérebro. Eram brilhosas, muito semelhantes a um neom. Dividido entre a curiosidade e o receio, o jovem garoto deu um passo para trás, mas, ao fazer isso, acabou por chamar a atenção da criatura – que até então estava de costas – que o encarou por alguns instantes.

O olhar que ela lhe lançou deixou-o completamente paralisado de medo. Tinha olhos azulados e brilhantes e dentes afiados em sua boca. O brilho que emanava daquela criatura ficou ainda mais intenso. A criatura emitiu um ruído que deve ter reverbrado por toda aquela região. Simuntaneamente o brilho que saia do corpo do anômalo emitiu uma forte onda que atingiu o corpo da criança em cheio. Niki caiu ficando desacordado por alguns instantes. Dali em diante, ele não se lembraria de bem o que aconteceu. Poderia ter sido o seu fim, mas o desfecho foi diferente quando ele viu aquele piloto que apareceu na hora certa para salva-lo.

 

Os quatro jovens corriam atrás daqueles carros que se moviam de forma misteriosa sem ninguém ao volante. Os veículos seguiam uma direção uniforme, cada vez mais próxima da área onde uma fumaça cinzenta era visível.

— Gente, eu to começando a cançar – Watson ofegou um pouco – não tá fazendo muito sentido seguir esses carros...

— Não faz sentidos é eles andarem sem motorista... Ei que merda é essa!

O que se seguiu foi algo que desefiaria a física. Os carros, aos poucos começaram a levitar e subir, voando em direção à um prédio.

— Olha, eu sei que eu bebi, mas não ao ponto de ver carros voando – James fitava a cena ainda incrédulo.

— Eles estão indo para aquele prédio – Lilly seguiu a direção dos mesmos com o dedo – vamos até lá?

— Lilly – Françóis advertiu – acho que não é uma boa ideia. Não sabemos o que tem lá!

— É, e se for um anômalo? – Jonh tomou partido do francês.

— Bem, não vocês precisam vir – a jovem respondeu indiferente – eu vou.

— Eu vou junto – James emendou.

Os dois saíram deixando Cervet e Watson para trás.

— Não acha que deveríamos ir com eles?

Os carros aos poucos foram pousando na cobertura do prédio.

— Acho por hora isso dá – Niki relaxou os ombros, fazendo um movimento com as mãos para que os carros paressem ali. Suas mãos brilhavam levemente, soltando uma luz bruxuleante, levemente fraca.

Respirando um pouco o rapaz mirou a direção onde ele deveria atirar.

— Ok, eu tenho cinco carros, dois caminhões e uma pick-up. Quem eu arremesso primeiro? – ele então fitou um dos carros – Você? É você mesmo.

Com uma das mãos ele fez o carro levitar, posicionando de ponta a cabeça. A luz bruxuleante surgiu novamente em suas mãos, ela foi percorredo em direção ao carro envolvendo-o. Com a outra mão, Niki fez um movimento semelhate ao quando uma pessoa se prepara desferir um soco.

“Drei, zwei, eins...”.

Inspirando fundo, Niki canalizou a energia em seu punho e então desferiu sobre o carro, fazendo com que o mesmo ganhasse um impulso e seguisse como um perfeito disparo rumo ao aglomerado de anômalos. O carro voou com um tiro, acertando em cheio o aglomerado, provocando uma explosão inicial.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

As coisas estão clareando um pouco.... agora como será que Niki desenvolveu essas habilidades? No próximo capítulo teremos mais pistas.... para encerrar eu quero mostra um poucquinho de um futuro projeto que tem a ver com essa história, ainda não sei uso como futura sequência ou como um spin-off, a história se chama O garoto do capacete amarelo

Vou por a sinopse para vocês:

Da continuação de O garoto do capacete vermelho

Brasil, São Paulo 1974.
Ayrton é um garoto com um objetivo em mente: entrar para a Divisão F1 e se tornar o melhor e maior exterminador de anômalos. Juramento este que fez após sobreviver ao trágico ataque de anômalos em sua escola. No incidente, ele fora atingido pela radiação de um anômalo que mais tarde lhe conferiu uma habilidade especial: a super velocidade. Não demorou muito para que o adolescente caísse nos ouvidos da Divisão.

O que acham?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto do capacete vermelho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.