O garoto do capacete vermelho escrita por Puella


Capítulo 13
Niki, o que foi isso? - parte final


Notas iniciais do capítulo

Chegamos as parte final.... que na verdade é o começo de uma treta....

Boa leitura!



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 Ao mesmo tempo em que entravam no prédio, Lilly e James ouviam um estrondo ao longe de algo explodindo. O que será que estava acontecendo? Os dois jovens estavam curiosos demais, Lilly correu em direção as escadas, e James ia a seu encalço. O inglês reclamou dizendo que ele poderiam ter ido de elevador. Mas tudo que recebeu de volta foi um “frangote” e “não é problema meu se você fuma”.

Aquilo serviu para mexer com as suas testosteronas. Garotinha geniosa, como ele queria lhe dar uma liçãozinha.... mas ah, seria uma lição que  sem dúvida que ela também iria adorar...

Bem, aquele tipo de pensamento obsceno não tinha lugar para aquele momento, então Hunt o deixou de lado.

                                                                       *

Emmo e Clay estavam se dirigindo para centro de partida. Ambos foram solicitados para seguir para ala oeste a fim de proferir um ataque aéreo a bordo de suas naves monomotoras.  Infelizmente, a Divisão não dispunha de todos os seus pilotos de elite no momento. A grande maioria estava fora, em outras bases, ora fazendo varreduras o atendendo a chamados de focos de anômalos. Fora os pilotos que estavam de molho na enfermaria, e um deles, era Jackie Srtweart, que naquele momento era um dos melhores que elite F1 tinha. Mas bem, até os melhores às vezes se arrebentam um pouco.

Ele acompanhava as informações por uma televisão que exibia imagens precisas da enorme “bolsa” presa à parede da muralha. A imagem era transmitida por uma das câmeras onboard de uma nave monomotora. E então aquele carro surge acertando a bolsa e causando uma considerável explosão. Tanto Jackie quanto as enfermeiras ficaram incrédulos com aquela cena um tanto surreal.

Já na própria cena em si, Emmo estava prestes a atirar quando viu aquele clarão. De onde veio aquele carro voador? Ele não fazia ideia. Não demorou muito para que mais outra pick-up e outro carro acertassem o aglomerado, causando duas explosões seguidas.

— Você viu aquilo? – a voz de Clay tocou em seu rádio.

— Vi, e ainda não acreditei – Fittipaldi abriu a viseira, coçando os olhos – mas seja lá o que for, está sendo de grande valia. Veja só o belo estrago que está ficando.

— O que você sugere? – Clay falou do outro lado da linha. A nave do suíço se colocava ao lado da de Emmerson.

— Acho melhor destriurmos aquela coisa primeiro. Aproveitando a nossa “ajudinha” misteriosa, seja lá o que for.

                                                                       *

A segunda explosão destruiu boa parte do aglomerado, mas ainda sim não era o suficiente para aniquila-lo.  Por mais que você acertasse um anômalo ou aglomerado em cheio, de nada adiantaria de ele continuasse se regenerando. Niki sabia que para destruir aquela coisa teria que acerta o núcleo. O núcleo era parte central de um anômalo, enquanto não se acerta essa parte, a criatura por mais mutilada que fique, continua viva.

Ele precisaria dar um tiro preciso, mas agora com mais cuidado, ainda mais agora que ao longe, duas naves da Divisão se aproximavam da mulhara, e provalmente devem ter visto as explosões. Será que eles o viram? Será que eles iriam atrás do algo ou alguém que estava os ajudando secretamente? No entanto as naves voaram para mais próximo do alglomerado, e em uma curta questão de tempo começaram a atirar sobre ele. Algum estrago aqui e ali, mas a coisa parecia ainda viva. Estreitando os olhos o rapaz procurou por alguma pista que lhe entregasse onde o núcleo poderia estar escondido.  

— Cadê essa merda? – o austríaco procurava com certa irritação.

Isso até que...

— Achei você... – ele deu um sorriso mordando os lábios – assim espero.

Suas mãos que brilhavam levemente tornaram a ganhar um tom azulado mais forte, enquanto um carro levitava ficando próximo a ele. Niki mirou o carro com suas mãos na exata posição onde ele queria atingir, com cuidado para não acertar as duas naves que rondavam por ali.

Respirando fundo o rapaz resolveu colocar um pouco mais de intensidade em seu golpe, fazendo com que seu cabelo ficasse levemente arrepiado e que algumas faíscas bruxuleantes saíssem de seu corpo. Com um golpe rápido ele direcionou o carro, que foi como um tiro direto. Com uma precisão quase que cirugirca o carro explodiu assim que se chocou com o aglomerado. A explosão dessa vez foi diferente, o que indicava que ele havia acertado. As duas naves que estavam próximas atirando se afastaram mediante a explosão. Emmo e Clay olharam impressionados, quando preceberam que o aglomerado estava se desfazendo e desmanchando em cinzas negras.

Niki observou aquilo com certo fascínio no olhar, era primeira vez que destruia um aglomerado, e a segunda em que utilizava suas habilidades secretas para tal fim. Seu corpo ainda reluzia um pouco de energia, quando ele suspirou. Afrouxando os ombros o rapaz achou melhor sair dali, dando meia volta ele foi direção à saída da cobertura, mas seus passos estancaram no mesmo instante em que encarava os rostos de Lilly e James.

Niki empalideceu no mesmo instante. “Puta que pariu! Puta que o pariu... mil vezes!” Não imaginou que aquilo pudesse acontecer. Pior do que isso, imaginar que fora visto por justamente Lilly e... James? Não daria para mentir, pelo rosto dos dois, era óbvio que ele viram o que aconteceu.

— O... o que vocês estão fazendo aqui? – a pergutanta saiu fria, embora ele estivesse tenso.

— Procurando o Papai Noel – James respondeu, disfarçando um pouco o seu nervosismo – carros voadores, essas coisas...

— Carros voadores? – Niki piscou os olhos.

— Ou achou que ninguém notaria? – agora era Lilly que falava – Você some de perto da gente, e quando estamos te procurando vemos carros andando e voando sozinhos... e de repente encontramos você...

Lauda engoliu em seco.

— Niki, o que foi isso? – a garota o fitou, assombrada.

O austríaco encarou os dois em silêncio.

— Serio, ratinho? Que porra toda foi essa que tu fez? Serio, nem que eu me acabesse de tanto beber veria as coisas que eu vi. Como você fez isso?

Niki deu passo atrás, passando a mão na nuca.

— Não posso dizer. É complicado – o rapaz abaixou os olhos.

— Lilly! James!

Os três olharam para trás e viram a figura de Françóis e Watson se aproximando deles.

— Ué? O Niki estava aqui? – John encarou os três.

Niki fitou Lilly e James, após um breve silencio, o inglês emendou.

— É, achamos esse merdinha aqui. Pelo visto ele também queria descobrir quem era a coisa que estava fazendo os carros voarem!

— É verdade! – Lauda concordou com James – mas infelizmente não consigui ver o que era não é Lilly?

Ele fitou a garota com um olhar significativo, Lilly demorou alguns segundos para responder.

— É, é verdade! – ela respondeu batendo as mãos – foi exatamente assim.

— Já que é assim, é melhor irmos indo não acham, é melhor voltarmos para a base.

Os cinco então saíram do prédio, ao longe era possível ver equipe de limpeza e checagem da Divisão. Os alto falantes ao longo da cidade avisavam que a ameaça havia sido aniquilada com sucesso e que todos poderiam voltar as sua atividades normais. O grupo pegou um trem de volta, de todos, James era o que parecia disfarçar certa tranquilidade. Tenso mesmo era Niki que estava. Ironicamente, Hunt havia lhe salvado a pele, o que significava que ele passaria a dever um favor – algo que Lauda odiava.  Mas pior mesmo, era ver o olhar inquiridor de Lilly sobre si.


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Notas finais do capítulo

Hum... o que será que vai acontecer, como Niki vai lidar com esse descuido....?

Vejo vocês no próximo!



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