Reviso Meus Planos escrita por Casi un Angel


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas!!!


Gente, me decidi. Vou largar essa vida de estudante. Ensino médio é osso. E ainda tem o Enem. Do estudando igual uma mula. Não tenho tempo nem de respirar(exagerei hahaha). Mas gente me desculpem pela irregularidade em postar, mas e que os estudos tomam muito o meu tempo. Estou realmente fazendo o possível.


Espero que vocês gostem do Cap.


Boa leitura!!!



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Uma longa semana havia se passado desde o quase encontro de Rodrigo e Luciana. E um não parava de pensar no outro.

Luciana estava morando com as irmãs em uma casa abandonada. A casa mal assombrada do bairro. Procurou pela tia, mas ninguém ali parecia saber dela. Então se viu sem dinheiro nem pra comprar uma bala e decidiu procurar um emprego. Andou por dois dias e conseguiu. A escola mais famosa e bem sucedida daquele lugar estava precisando de alguém para reforçar a frota de zeladores e ela aceitou sem discussão.

–Está mesmo preparada para o serviço?- perguntou o diretor, Menelau.

Menelau era um homem rígido, mas com o coração extremamente bondoso. Adorava ser diretor de um colégio tão grande e reconhecido. Cada aluno era como seu filho. Conhecia cada um desses jovens como uma mãe conhece os filhos.

–Eu tenho que estar...- disse Luciana antes de olhar para as irmãs e sorrir- É por elas que faço isso.

–Já pode começar amanhã mesmo- um sorri para o outro e como um gesto de confirmação eles apertam as mãos.

Ela saiu feliz da sala do novo patrão. Havia conseguido. Agora poderia suprir as necessidades das irmãs.

Ela se lembrará que tinha algumas economias. Não era muito, mas, com responsabilidade, poderia durar até receber o primeiro salário.

~*-*~

Rodrigo estava sentado ao pé de sua cama com um caderno e um mundo de folhas pelo chão. Aquela semana que se passou tinha sido uma das mais criativas de sua vida. Parecia que o espírito de Picasso havia se apossado de seu corpo. Estava cem vezes mais motivado a fazer tudo. “Talvez tenha sido ela o motivo disso”, ele pensou. Sua deusa era a motivação daquilo tudo.

Tentou por toda a tarde passar aquela menina para o papel, mas parecia impossível. “Como posso escrever sobre alguém que nem conheço”, ele disse em pensamento. Já exausto de tanto pensar ele se deitou no chão frio de seu quarto e fechou os olhos. Imaginava aquele dia, aquele sorriso.

Três suaves toques foram ouvidos por ele e a voz de sua mãe invadiu o cômodo.

–Tá estudando, filho?- ela perguntou sentando na ponta da cama.

–Não- ele respondeu sem desviar o pensamento- Estava só... Pensando.

–Em quem?- ela perguntou sorrindo.
–Em uma deusa, mãe- ele respondeu sorrindo também.

–Quem é a felizarda?

–Não sei- ele respondeu antes de se sentar- Mãe, você acredita em amor a primeira vista?

–Sim, quando te vi pela primeira vez me apaixonei- ela disse beijando a testa dele.

–É sério, mãe- ele diz sorrindo- Falo em amor entre homem e mulher. Não em uma simples atração. Amor mesmo.

–Sim-ela responde- Acredito que, quando alguém ama a primeira vista aquela não foi a primeira vez.

–Não entendo- ele diz- Eu a vi antes?

–Talvez não nesta na vida, meu filho. Para mim, quando você, realmente, ama alguém é porque aquele amor já vem de muitas vidas.

–É como se nosso amor fosse eterno?- ele pergunta parecendo entender.

–Quando alguém diz que um amor é eterno, não é uma mentira. De fato, um amor dura para sempre, mas um para sempre não dura uma vida- ela responde- Não sei quem é essa alma que você reencontrou, mas se estiver escrito, como eu acho que está, você vai voltar a vê-la. Mais cedo ou mais tarde.

–Valeu mãe- ele disse beijando o rosto da mais velha.

–Bem, já está tarde. Que tal irmos jantar?!
Os se levantaram e foram para a mesa jantar com o resto da família.

~*-*~

Já estava tarde e Luciana tinha conseguido colocar as irmãs para dormir. Estava tão feliz que o sono parecia não chegar. Era um misto de boas emoções.

–Por um momento achei que não conseguiria- ela disse em voz alta.

Agarrou o medalhão de seu santo protetor e com carinho a beijou como agradecimento a uma graça alcançada.

Tantas pessoas que amava tinham partido. “Talvez pode ser um castigo”, ela pensou, mas se lembrou de uma coisa que a avó dizia.

–Deus não dá a você um fardo maior do que é capaz de carregar. Ele não castiga, minha filha. Ele dá testes para mostrar do que você e capaz.

Aquele pensamento a confortava. Antes de se deitar ela rezou para que seu anjo da guarda protegesse a todos aqueles que ela amava. Incluindo o jovem dos olhos verdes e do sorriso largo em quem ela tanto pensava.

~*-*~

Rodrigo acordou bem cedo no dia seguinte. Até mais cedo do que de costume para uma terça-feira. Estava tão bem disposto que o pai até estranhou.

–Já de pé, rapaz?- perguntou o pai lendo o jornal.

–Fui dormir cedo ontem- ele responde.

–Não é só por isso- o pai afirma voltando a atenção para o rapaz- Arrumou namorada nova?

–O que te faz pensar nisso?- ele responde com outra pergunta.

–Rodrigo, te conheço a exatos 17 anos e 9 meses. Você tem no olhar o mesmo brilho que a sua mãe tinha quando estava apaixonada- ele respondeu sorrindo- Sei que você esta realmente amando alguém.

–Pai, como posso amar alguém que nem conheço? Que só vi uma vez?- ele pergunta confuso.

–Não é você que escolhe quem ama ou não. O senhor coração não tem pena de ninguém, meu filho- disse Miguel antes de se levantar e ir para cozinha.

Aquilo deixou Rodrigo pensativo. " O coração é como um carrasco que nos tortura eternamente, sem dó ou piedade", pensou ele.

Depois de muito pensar ele resolveu ir para a escola. Estava cedo, mas a biblioteca estaria sempre aberta para receber os alunos mais apresados.

~*-*~

Luciana se levantou bem cedo, vestiu as irmãs, deu a elas o que comer e foi para o seu primeiro dia de trabalho.

Chegando lá, com a escola ainda vazia, foi na direção da sala do diretor, mas algo, na verdade alguém, estava no seu caminho.

–Quem é você?- Uma moça loira para as três meninas. Mas antes de que Luciana respondesse, e cortada por ela- Você deve estar procurando o diretor. Me desculpe, mas não matriculamos crianças.

–Não é isso não- a jovem começa explicar- É meu primeiro dia de trabalho aqui.

–Trabalho?- a moça loira ri da cara dela- O que uma menina como você faria aqui?

–Ela é a nova zeladora do turno da manhã. Monique- Menelau chega de surpresa.

–Tem certeza disso? Ela é só uma menina magrela- Monique disse de maneira rude.

–Monique, isso são modos?- Menelau a repreende- Um trabalho digno não pode ser negado a ninguém. Luciana, venha comigo. Vou mostrar a você onde estão as coisas.

Menelau leva as meninas e é observado. Luciana sabia que aquela mulher seria uma das provações que teria que enfrentar ali.

–Aqui estão os materiais e o seu uniforme- afirma o homem entregando a roupa para a jovem.

–Vou ter que usar isso também?- Ísis pergunta ao diretor.

–Não- Menelau sorri- Você tem uma missão melhor. Vou andar com você por todas as salas. Você tem boa memória?

–Claro- a menina responde.
–Então vamos- o homem pega na mão da menina- Já trago ela de volta.

Luciana sorri ao ver a irmã sai saltitando ao lado do senhor. Ísis era diferente de todas as crianças de 10 anos que ela conhecia. A menina era especial. Tinha um temperamento tranquilo e otimista. Estava sempre tentando enxergar o melhor das pessoas. Mas sabia quando alguém não era confiável. Era como um sexto sentido.

–Vamos trocar de roupa?- a jovem disse para a irmã mais nova que estava em seu colo.
O bebê sorriu e abraçou o pescoço da jovem.

Luciana andou com a menininha até o banheiro feminino, a sentou na pia e entrou em uma das cabines deixando a porte entre aberta para vigiar a pequena.

A menina ficou quieta brincando com uma pequena boneca que carregava para cima e para baixo.

Luciana se abaixou para arramar os sapatos. De repente alguém entra no banheiro, mas Luciana estava distraída. Logo depois chamou pelo nome do bebê, mas não ouvi o nada. O desespero foi instantâneo. Ela saiu atordoada pelos corredores do colégio até que...


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