Anjo Mau escrita por annakarenina


Capítulo 30
Estranha


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é narrado por Emily Foster



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Anjo. Anjo da guarda.

As palavras soavam violentas na minha cabeça, quase como uma pancada constante. E então tremia. E finalmente, parava. Mas de forma alguma ia embora de vez. Philip é um anjo caído, e também era o meu anjo da guarda. Tudo começou a clarear no meu cérebro, e a angústia da ausência total de respostas finalmente estava começando cessar. Mas só começando, porque agora, sempre que eu olhar para esse cenário da minha casa — as coisas exatamente em seus respectivos lugares, a decoração, tudo —, lembrarei de quem costumava pertencer essas coisas. E que eu não pude de forma alguma, evitar.

A questão é que eu não sabia o porquê Hedrick fizera isso, e qual o interesse dele em mim. Será que ele está atrás dos meus poderes? Será que tudo isso é porque eu sou a guardiã dos poderes divinos? Eu não sabia, mas as coisas fariam sentido se fossem por esse motivo. Mas independente disso, se não fosse por Philip ou Susan, eu estaria morta. Segundo o que Susan me disse, os anjos possuem hierarquias nos céus, e sua força é baseada na aproximação de Deus. Embora todos sejam importantes. Lembrei-me de algo sobre isso na catequese, ou fiz minha comunhão com a Sr. Park. Eu nunca frequentei muito a igreja, e só fiz a comunhão porque é tradição da minha família.

E então… teve o beijo.

Quando nos beijamos, o mundo ao redor desligou-se de mim. Algo dentro de nós se uniu, e tudo — tudo mesmo — se conectou. Sentir seus lábios foi mais que prazer. Foi uma imensidão de sentimentos, uma união ininterrupta de duas almas. E pela primeira vez na minha vida, senti que era ali que eu queria estar, para sempre.

Porém, quando o beijo havia terminado, senti algo ruim dentro de mim. Talvez seja o estresse, ou talvez coisa da minha cabeça. Mas um medo estranho invadiu-me. O que eu senti foi muito além de um certo temor, foi uma sensação de que eu iria… perdê-lo. E da mesma forma que eu sabia que estar com um anjo não seria nada normal, eu sentia que algo muito ruim poderia acontecer em breve. Era algo que estava se remexendo dentro de mim como uma premonição, ou uma angustia que ia mais além que os últimos acontecimentos — como a morte dos meus pais. Era uma angustia diferente. Era como um recado direto de que o mal estava perto.

E agora, tudo o que eu sabia era que precisava manter a distância de Hedrick, mas não sabia como, visto que o menino sempre está aonde estou — como Philip.

Antes de entrar na casa, dei uma última olhada para Philip. Ele acenou, e eu lhe lancei um sorriso. O que eu mais queria era ficar ali com ele o tempo inteiro, mas eu sabia que não tinha como. Ele tinha que ir para não sei onde, e também não sei o porquê, mas tudo de alguma forma parecia mais como uma aceitação.

A verdade é que eu sentia nossa conexão dentro do meu coração. Ou talvez, em todas as partes de mim. E não fora apenas depois do incidente, muito antes, desde que o toquei pela primeira vez, compreendi mesmo que não claramente, que eu já o conhecia antes, e que de certa forma, ele era importante pra mim mesmo sem conhecê-lo intimamente. Philip me conquistou desde o primeiro dia de aula, e não apenas por sua aparência estranhamente desafiadora e perigosa, mas muito além disso, eu senti seu poder, seu espirito… sua alma envolver-me com a dele, mesmo tendo quase certeza absoluta que não fora, nem de perto, esse seu objetivo.

— Bom dia, querida.

Eu sobressaltei abruptamente quando dei de cara com Celeste, sentada em uma de nossas poltronas de couro branca, lendo um pequeno livro.

Ela inclinou a cabeça para baixo, para me ver sobre os óculos caídos em seu nariz.

Fiquei sem palavras, não fazendo ideia do que eu deveria falar.

— Acho que é educado revidar um bom dia, quando alguém lhe cumprimenta.

Disse ela, fechando o livro e colocando-o de lado, como se esperasse a minha entrada triunfal.

— Bom dia — disse, seca.

Ela continuou me olhando.

— Posso saber onde passou a noite?

Fechei os olhos, engolindo em seco.

— Eu estava com a Melanie — menti, enquanto implorava que ela não tenha percebido.

Ela ainda me olhava como se aguardasse uma explicação. E eu, ainda sem jeito, não soube o que dizer. A tia Celeste parecia estranha, como se algo a incomodasse. É claro que ela estava cismada por eu ter saído de madrugada para a casa da “Melanie”, mas era além disso o seu incômodo aparente. É como se ela soubesse o que realmente aconteceu nessa madrugada.

— Ela me chamou para uma festa.

— Uma festa?

— De um velho amigo nosso, e como a senhora estava dormindo, não quis incomodar.

Ela ainda me fitava descaradamente, como se estivesse questionando a minha mente sobre a veracidade dessa história mal contada.

— Eu costumava fazer isso, antes dos meus pais…

Eu não terminei a frase, e embora Celeste ainda desconfiasse de mim, ela pareceu ceder um pouco ao notar a minha expressão. Em seguida, ela pegou o livro novamente que estava lendo e começou a folhear as páginas.

— Na próxima vez, não me importarei se me acordar.

Eu lancei um breve sorrisinho e voltei correndo para o meu quarto. Minha missão atual era outra, e meus problemas eram muito maiores do que explicar-me para a mais nova integrante da casa.

Abri meu computador e entrei na internet. Procurei por hierarquias angelicais. O que apareceu foram mais de um milhão de resultados. Cliquei no primeiro site que encontrei.

Nele, havia uma imensidão de fotos de anjos, demônios e etc. Em seguida, as características de cada hierarquia. O que eu procurava? Bem, eu não sei, mas não deveria possuir apenas as ínfimas informações das minhas poucas aulas comparecidas na catequese sobre anjos. A realidade é que eu nunca tivera lido completamente a Bíblia, apenas alguns trechos que tínhamos que recitar nas missas.

Eu queria mesmo era entender quem era Hedrick. Quais os seus poderes e até onde ele iria para conseguir o que queria. Eu o temia, e eu o odiava com todas as forças. E de certa forma, embora não tivesse a noção do poder que eu possuía dentro de mim, ainda assim eu queria enfrentá-lo. Algo dentro de mim se acendia inevitavelmente quando a competição surgia em minha mente. Eu queria dominá-lo severamente, eu queria me vingar de forma cruel e até mesmo, perigosa. Era um sentimento nunca antes presenciado por mim em toda a minha vida, mas que nesse momento, fazia-me sentir mais forte do que nunca.

Porém, eu queria mais. Eu precisava saber mais sobre os anjos. Eu precisava de algo antigo e oculto pelos sites de internet ou artigos intermináveis. E talvez o lugar mais próximo para isso seria a biblioteca da Stohenthill. Esse colégio é tão antigo quanto às primeiras edificações daqui. A biblioteca dele é enorme, e segundo alguns alunos, coisas estranhas e sons perturbadores acontecem na sessão de ocultismo. Quase ninguém vai lá, e fica protegida por duas portas gigantescas, protegendo o local contra a umidade. Para entrar, é preciso ter um motivo específico e dirigir-se apenas à bibliotecária, que lhe dará a permissão para a entrada.

Poucos e raros são os que foram naquele lugar, e os que foram diziam que era impossível ficar lá por mais de 30 minutos. As pessoas começavam a agoniar-se, e imediatamente, a ter calafrios. Outros dizem que começaram a ficar quente, como se estivessem começando uma convulsão. Outros afirmavam outras coisas como livros que repentinamente caiam no chão, sem ninguém por perto. Mas a realidade é que ninguém saía de lá com alguma informação agradável. Eu nunca liguei pra isso. Quando diziam, eu costumava acreditar que eram apenas uma reafirmação de crianças que queriam continuar com o legado de passar a lenda e o temor adiante. Porém, com essas coisas todas acontecendo comigo, torna-se meio difícil não acreditar na existência de fantasmas entre nós.

Eram 5:30 da manhã do dia seguinte quando acordei suando frio. Eu não me lembro exatamente o que acontecera no dia anterior. Devo ter pego no sono e simplesmente dormido por um dia. O tempo estava com nuvens, mas eu não poderia dizer com toda certeza que iria chover. Entretanto, estava muito, muito frio. Duas batidas na porta foram suficientes para eu responder à Celeste, avisando que o café estava pronto. Por mais estranho que isso parecesse, ela sabia que eu estava acordada.

— Emily — de repente, meu coração disparou quando Philip chamou-me.

Eu o olhei, exatamente no mesmo lugar que o encontrei desde a primeira vez que ele invadira meu quarto.

Eu sorri de leve, reprimindo um sorriso devastador.

— Me desculpe, mas precisava contatar você.

Eu assenti.

— Não tem problema — eu disse rapidamente. — Quer dizer, eu não me importo de você aparecer no meu quarto.

Ele apontou pela janela.

— É por ali que entro, não consigo me teleportar — avisou ele, apontado para a janela.

Eu balancei a cabeça.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntei.

Desta vez, ele se aproximou bem devagar, olhando-me profundamente nos olhos. Duas bilhas enormes acizentadas estavam penetradas em mim, buscando qualquer tipo de começo formal. Philip usava uma camisa dessa vez, o que não diminuía o meu desejo por ele.

Ele tocou no meu rosto e inspirou o ar, com os olhos fechados, como se absorvesse meu cheiro. Eu corei, e desejei ainda mais ele ali. Ele se aproximou, ajeitado meus cabelos, fazendo com que nossos lábios se tocassem levemente. Até eu não querer apenas isso e forçá-lo a mais. Abrimos a boca no mesmo instante, e nossas línguas massagearam-se intensamente, até eu não ter mais fôlego. Quando paramos, eu ainda queria mais, muito mais.

— Emily… hoje você irá à escola?

Baixei a cabeça, e embora não estivesse preparada ainda, a Stohenthill possuía algo muito importante para mim. Uma biblioteca muito, muito antiga.

Quando eu assenti, o olhar de preocupação de Philip evidenciou-se.

— Hedrick está à espreita. Ele não sabe de nós, ainda. Ele não sabe que somos próximos. Ele tentará se aproximar de você novamente, e você precisa se afastar.

Eu poderia falar para Philip sobre o livro, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, houve duas batidas novamente na porta. Eu tremi e olhei para Philip. Sua expressão era calma, como se nada tivesse acontecendo.

Entretanto, uma mudança súbita de ambiente foi rápida de mais para meus olhos acompanharem.

A porta se abriu.

E Philip havia simplesmente sumido.

— Com quem está falando?

Celeste olhou por todo o quarto, e depois parou em mim.

— Eu falo sozinha, tia. É um velho hábito.

Ela franziu o cenho. Que garota estranha, ela deveria estar pensando.

— O café está na mesa.

Ela lançou um sorriso estranho, e então fechou a porta.

De repente, Philip surgiu novamente no quarto, e eu esqueci de respirar.

— Como você fez isso…? Você disse que não se teleporta…

— Mas sou rápido — ele sorriu, e em seguida, ficou sério. — Eu estarei lá, Emily. Vou protegê-la. Sempre.

E então nos beijamos mais uma vez, até finalmente ele se despedir e sair pela minha janela. No momento, fiquei imaginando o que diabos aconteceria caso Celeste pegasse ele aqui no meu quarto. Muito provavelmente ela teria um ataque — não que eu já tivesse visto isso antes dela.

Quando cheguei à cozinha para me despedir da Tia Celeste senti algo estranho ao ver a mesa vazia. Meu estômago revirou. Não havia mais meu pai segurando o jornal ou minha mãe cozinhando os ovos fritos perfeitos. Embora eu quase nunca comesse.
Haviam dois pratos na mesa e ela estava acabando de fazer o Bacon. Cantava alguma música irritante até que me viu.

Ela parou imediatamente me fitando.
— Não estou com fome — disse sacudindo a mão como se fosse uma mulher rica e estivessem oferecendo vários pratos chiques e nenhum a meu agrado.
— Você precisa comer de manhã. Venha. — Ela colocou mais um pedaço de Bacon e o barulho da fritura parecia me irritar mais ainda. Se fossem meus pais, não insistiriam.
— Não, estou sem fome.
Ela inclinou a cabeça.
— Está sem fome porque nunca provou o Bacon da Celeste. — Ela sorriu e isso só me irritou. Era uma idosa, tudo bem, precisava respeitá-la.
Eu me sentei à mesa, desejando sair dali imediatamente. Peguei a colher e coloquei um pedaço pequeno de Bacon na boca.
Estavam bons. Não, muito bom.
Eles tinham um gosto extremamente delicioso. Do tipo que qualquer pessoa necessitaria para uma manhã perfeita com um café da manhã perfeito. Eu peguei mais alguns e ela colocou um enorme copo de suco de pêssego na minha frente. Meu favorito.
— Como sabe que eu prefiro Pêssego? — Perguntei tomando um gole.
Ela sorriu jogando o pano de prato no seu ombro.
Logo depois que eu terminei, fui saindo pela porta quando ela me chamou.
— Não. Onde está indo?
Eu parei, virando.
— Vou para a escola.
Ela franziu as sobrancelhas.
— Amanhã você faz isso. Hoje eu vou levá-la. Primeiro dia de aula depois do que aconteceu… eu quero te levar.
Eu assenti evitando discutir com ela. Ela era quem fazia as regras agora. Não eu. Teria que respeitá-la.
— Certo.
Ela sorriu novamente.
— Ainda dirijo muito bem. Não estou com problema de visão.
É, realmente não parecia estar. Ela não usava óculos como uma idosa normal de 60 e poucos anos deveria usar. Ou talvez estivesse me enganando. Mas mesmo assim, nada importava. Eu não tinha amor a minha vida.
De repente, começou a chover muito lá fora. Foi difícil sair da garagem. Saímos por fim rumo à Stohenthill na estrada. Os buracos faziam o carro balançar brutalmente conforme avançávamos. A Tia Celeste dirigia bem. Muito bem para uma idosa. Seus cabelos brancos como algodão caíam sobre os ombros e davam um toque de mulher moderna, embora um pouco rude.
Percebi um pequeno sorriso no canto da boca. Será que eu tivera falado em voz alta?

Havia muita lama na rua. Onde morávamos o único caminho a percorrer não era lá um dos mais agradáveis. Era muito esburacado. Um caos quando chovia. Na verdade era a primeira vez em que eu estivera passando por uma chuva tão intensa quanto essa desde que me mudei para cá. Havia tanta lama na rua que por incrível que pareça o carro não atolava. O Focus da Tia Celeste não tinha uma aparência de novo ou funcionando perfeitamente. Era velho e antigo, como se estivesse caindo aos pedaços. Uma lata velha. Só que era bem ao contrário quando andávamos com ele na rua. Como agora, ele parecia desviar dos enormes buracos na hora exata em desviar.
Ora bolas a Tia Celeste dirigia bem. Muito estranhamente bem.
Ela aumentou o aquecedor. Eu realmente estava com frio. Mas ao olhar para ela sentia-me uma fraca. Ela estava apenas usando uma blusa comum com malha fina e nada, absolutamente nada por baixo. Uma calça larga também com malha fina parecia suficiente para mantê-la aquecida. Obviamente ela aumentou o aquecedor para mim que batia o queixo estalando os dentes. Em casa estava bem mais quente do que aqui no carro. E eu por algum motivo não tivera percebido o quão frio estava aqui fora. A casa deveria estar muito quente.
Mas ela, se estivesse com frio estaria em estado pior pelo motivo da roupa em que usava. Mas não, estava agindo normalmente como se estivesse um verão quente e aconchegante. Realmente aquilo era surreal.
A visão perfeita, os dentes perfeitos com os cabelos perfeitos e não sentia frio quando estavam 10 graus negativos. É, isso era realmente louco. Tudo agora era louco.
— V-você não e-está com f-frio? — Gaguejei apavorada com a minha própria voz.
Dessa vez ela não sorriu, continuou olhando para a frente e focalizando nos buracos. Num simples movimento do volante era suficiente para desviarmos.
— Eu? — Ela disse como se eu fosse uma exagerada. — Mas é claro que não! — Que absurdo parecia do jeito que dizia.
— M-mas v-você está u-usando i-isso! — Apontei retirando os dedos do bolso do Suéter e apontando para a blusinha lisa. Meu dedo congelou.
Ela tocou nos meus dedos apertando a minha mão de leve. E algo pareceu se revelar. Uma sensação boa em seu toque fez minha mão agradecer. Ela era quente. Muito quente pra falar a verdade. Num frio desses era impossível alguém estar tão quente quanto ela. A temperatura era como o choque de 10 graus negativos para 40 graus. Isso era muito bom.
— V-você é quente! — Por fim não gaguejei tanto.
— Eu sei. É de família.
Eu pensei.
— Meu pai não era quente assim!
Ela riu um pouco.
— Seu pai não herdou. Por algum motivo.
— Qual é o seu problema? — Perguntei assustada. Eu me endireitei para fitar seus grandes olhos azul escuro. Meu pai também não tinha olhos azul escuro. Ele não herdara nada dela.
— O meu problema? Emily, não tenho problema. Porque? Só porque sou quente quer dizer que sou problemática ou algo do tipo? — Ela riu mas logo ficou séria. O olhar de preocupação era tenso nos olhos.
— Nunca vi algo parecido. É como... não sei!
— É como uma idosa que herdou da sua família algo diferente! — Ela alterou um pouco a voz, até hoje não a vira ficar assim. — Emily — ela foi normalizando —, há coisas em que precisamos esperar para entendermos. Há coisas que não devem ser ditas quando não se está preparado.
Eu não estava entendendo.
— Não entendi. Você quer dizer que está me escondendo isso...
— Não. É sobre outra coisa.
— A respeito dos meus pais?
Ela parou focando na estrada.
— Tudo no seu tempo, Emily.

E então nesse momento, a única coisa que eu consegui pensar era: no que diabos é minha tia?


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Notas finais do capítulo

Desculllllpeemmmmm a demora, andei extremamente doente nesses dias, e ainda estou! Então tá meio complicado eu atualizar na velocidade de antigamente. Mas já já estarei melhor e vou adiantar isso aqui haha
Espero que gostem meninas! Comentem ou divulguem!! Um beijo enorme, feliz Natal pra vocês lindas



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