Soluço: O Príncipe dos Dragões escrita por GMCASTRO


Capítulo 48
O Nascimento dos Fúrias da Noite.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite!

desculpe pela demora para postar esse capítulo. Mil perdões!

Espero que gostem.



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Um silencio perceptível pairava no ar após o conselho ouvirem a jovem naufraga sobre o motivo de estar em Berk. Os vikings tiveram bastante tempo difícil concentrando-se em atividades tão chatas quanto as táticas. Eles eram conhecidos em toda parte por sua atitude "matar primeiro, questionar depois" de todos os aspectos da vida, e por isso, seu tipo era infame por não ter um plano particular para as coisas.

Exceto Stoico, que estava orgulhosamente afastado do grupo. À medida que o Viking de cabelos ruivos cresceu em idade e experiência, sua apreciação de ser o chefe aumentou e, como resultado, ele agora conhecia o valor de um plano bem elaborado no teatro de guerra. Se apenas seus companheiros também soubessem disso.

— Eu estou te dizendo, irmão. Eu realmente não acho que devemos colocar todos os seus recursos nisso – Gosmento murmurou, apertando os olhos no mapa na mesa. O viking de cabelos negros só tinha estado com Stoico, HorikHhhH e Bocão há uma hora, e já estavam ficando irritados com o mesmo. E em termos de Jorgenson, Gosmento estava longe de ser o pior.

— Eu ainda não acredito em nada que ela disse – Melequento apontou para atrás de si, onde a Katla estava em um canto junto de Soluço que escutava atentamente com a sua audição draconiana.

— Melequento, se você não quiser contribuir, você pode sair – Stoico rosnou, acenando uma mão para a porta – A moça não teria tido tanto esforço para mentir sobre isso, menino.

— Mas, e se meu menino tiver razão? Se eu fosse chefe, eu ...

— Sim, sim. Todos sabemos o quão fantástico você seria como Chefe. Agora, abandone o seu jeito e foco – disse Bocão interrompendo e revirando os olhos.

— Obrigado Bocão – agradeceu o chefe – Agora. Se a jovem Katla estiver certa sobre os Exilados planejando destruir Berk ao invés de levantá-lo, precisamos planejar um fogo de armas mais pesado do mar.

— Sim, catapultas e outras coisas não é?

— Bocão, estou pensando em escoteiros. Precisamos de navios que rodeiam a ilha, que alertarão Berk quando os Exilados estiverem vindo e de onde...

— Por que não navegar no mar e encontrá-los na batalha? – o pai de Melequento sugeriu – Isso vai faze-los pararem antes que chegam e causar dano para Berk.

— Irmão, se eles vieram, destrói-nos, há poucas chances de que eles aguardem. Eles usarão tudo e não temos ideia de quantos homens têm.

Gosmento estufou o peito.

— Nós temos os melhores lutadores e armas. Bocão aqui faz aço fino, e as gerações mais jovens estão interessadas em derramamento de sangue! E além do mais, nós temos os dragões!

— Como seu herdeiro, prometo defender Berk – declarou Melequento.

— Isso é algum tipo de brincadeira? – murmurou Katla cruzando os braços.

Soluço bufou enquanto passava sua mão no cabelo.

— Volto logo – fala o menino dos dragões se afastando da morena – Pai!

O jovem Jorgenson bufou. Soluço estava com força em seus nervos agora.

— Soluço! – o mesmo olhou para o filho que se aproximava.

Ao se aproximar, Soluço sentiu seu nó de entrada ao olhar para o Gosmento e Melequento. Os dois Vikings não ficaram satisfeitos ao saber que o Strondus e a guerreira Hofferson estavam cada vez mais próximos. O jovem dragão fez o seu melhor para afastar esses pensamentos - ele raramente sentiu rancor - e se concentrar mais no lugar em que ele estava na frente. Ele aproximou-se da mesa e deixou sua mente tática assumir o controle.

— Bem pai, pelo que sei, os Exilados estarão vindo nos próximos dias e...

— Como podemos confiar nela, afinal? – Melequento cuspiu enquanto apontava para morena – Ela soa como estava logo ao lado deles quando eles planejaram isso.

Soluço assentiu, ignorando o olhar incômodo de seu primo. Ele sabia que era hora de mentir - ou pelo menos dizer uma parte da verdade.

— Eu a conheço. Quando tinha treze anos, fui capturado por uns dos exilados e quase fui morto se não fosse pela Katla e os seus amigos, Lodin e Nina.

Os vikings permaneceram em silencio, Stoico fechou o punho com força ao imaginar coisas terríveis que pode ter acontecido com seu filho. Katla resolveu se aproximar também do conselho.

— Meus amigos e eu fomos, mais uma vez, prisioneiros em sua ilha e ouvimos sua discussão sobre o ataque antes de fugir.

— E como fugiu, hein? – Gosmento inclinou-se sobre a mesa. Suspeita e curiosidade deram suas palavras.

— Cara, como, em nome de Odin, conseguiu está na Ilha dos Exilados de qualquer maneira? Por que você estava sendo prisioneiro? – o ferreiro perguntou.

— Homens, vamos deixar esse conto de heroísmo para mais tarde – Stoico interrompeu-os – Então eles estarão aqui em poucos dias, certo?

O jovem ruivo assentiu.

— Sim, provavelmente.

O chefe olhou para Katla.

— Eles disseram mais alguma coisa?

— Não. Tudo o que ouvi dizer é que a frota tem trinta navios fortes e eles estarão aqui em breve – disse ela. Os olhos de Bocão se arregalaram.

— Trinta navios daqueles insetos?! – ele assobiou – Isso será mais difícil do que eu pensava.

— E sem um lugar determinado eles atacarão, poderíamos estar em sérios problemas – Horik, o pai de Astrid, concordou gravemente.

— Gostaria de poder contar-lhe mais – admitiu Katla – Isso é tudo que ouvi. Eu só queria saber se haveria algo que meus amigos e eu pudéssemos fazer para ajudá-los.

Com um sorriso sorrateiro, Melequento bateu os outros para a resposta.

— Não, sinta-se livre para sair quando quiser – ele respondeu.

Ambos, Soluço e Katla, olharam para o jovem Jorgenson com um olhar de tédio em vez da frustração que ele esperava.

— Ela não estava falando com você – disse ele.

— Sim, mas acho que você esqueceu de uma coisa. Quando você foi embora eu fui anunciado como herdeiro de Berk – Melequento bateu no peito com um punho carnudo – Enquanto você estava de mãos dadas com seus amigos dragões, eu estava aprendendo a assumir a aldeia de Stoico!

O pai de Melequento lutou para não sorrir. A atitude viking de seu filho tornou-o mais orgulhoso do que ele jamais admitiria. Felizmente, isso não era o mesmo para Bocão, Horik e Stoico. Os três homens olharam para Melequento em quantidades iguais de frustração. Ele era como uma criança não recebendo o que queria.

Bocão Banarroto estava prestes a apertar o garoto sobre a orelha, quando o menino dragão assumiu o comando.

— Está tudo bem, Bocão – levantou as mãos e o ferreiro fez uma pausa. Então olhou para o seu primo – Melequento, vim aqui para ajudar, não para assumir o seu direito a liderança de Berk.

— Você não pode ajudar. Isto é entre mim e os outros líderes dos clãs – o jovem Jorgenson sorriu.

Soluço estava agradecido pelos olhares que Melequento estava sendo administrado devido a ele imaturidade. Infelizmente, o menino estava simplesmente alimentado com as palavras de seu primo.

— Quer saber? Bom. Pegue esse aviso e faça o que quiser com ele – o jovem dragão virou-se, dando um olhar final para o primo e indo em direção a porta.

— Filho, espere. Melequento aqui gostaria de pedir desculpas por suas palavras – disse Stoico, a última parte de sua frase, de forma ameaçadora, dirigida ao menino em questão.

O menino dragão virou-se e olhou para o primo. O menino de cabelos grisalhos tinha os braços cruzados e uma carranca dirigida em algum lugar do chão entre eles. Por um momento, nenhum deles disse nada.

Soluço sacudiu a cabeça.

— Não ele não. Desculpe, papai, mas Melequento aqui claramente acha que eu sou uma ameaça à sua posição. A última coisa que eu quero é outra luta com ele de novo, então vou embora – e assim ele fez.

Houve uma pequena pausa, até que o Chefe desencadeou sua raiva sobre a família Jorgenson.

— Melequento, não pense por um minuto que pode removê-lo de seu lugar – ele rosnou – Você está falando com meu filho, lembre-se disso!

— Menino, ele te venceu assim como aquele invasor como se ambos não fossem nada, então não o tente – acrescentou Bocão, meio motivado para matar o próprio menino.

— Tsc há, meu filho estava apenas mostrando seu domínio sobre o seu filho – Gosmento latiu – E Bocão, aquilo não tinha valido! Com certeza o meu filho iria ganhar dele!

— Ele é mais fino do que uma erva daninha – Melequento resmungou – E além do mais, eu estava tendo um dia ruim e ele não mereceu ganhar.

Stoico estava honestamente alimentado com as palavras de seu irmão e seu sobrinho contra seu próprio sangue. Tanto quanto ele gostaria de calá-los ou afundá-los fora de sua ilha, todos tiveram um trabalho sério a fazer.

— Vocês dois, eu falarei sobre isso mais tarde – murmurou Stoico, inclinando-se sobre a mesa – Por enquanto, voltamos ao trabalho.

Ele esperava que seu filho estivesse bem, e estava encontrando uma maneira de lidar com toda a pressão.

— x – x – x – x – x – x – x – x – x – x – x – x –

— Você tem certeza de que não quer falar sobre isso?

— Katla, está tudo bem.

Havia algumas horas desde que os adolescentes deixaram o Grande salão. Desde que se reencontraram, Katla queria passar o dia todo com Soluço para si mesma. Os dois caminhavam pela aldeia enquanto conversavam.

— Eu sabia que Melequento não ficaria feliz comigo voltando para Berk, eu simplesmente não pensei que ele seria assim – murmurou Soluço.

— Pelo que você me disse, o cara queria ser o Chefe toda sua vida e aqui você volta mais forte do que nunca. Não posso culpa-lo – Katla encolheu os ombros.

— Ele provavelmente vai querer uma revanche. Muitos vikings estão falando sobre quem será o herdeiro, e tenho certeza de que o Melequento me desafiará a duelo por isso – fala ele.

Katla ergueu os olhos e levantou uma sobrancelha.

— Você quer ser o chefe? – perguntou.

Antes que o mesmo pudesse responder, uma voz chama atenção de ambos.

— Papai!! – Rhuan corria em direção a ele e saltou diretamente nos braços de Soluço, o jovem apenas pegando-o no último segundo.

— Ei, filho! – Soluço disse, balançando o filho em seus braços. Vendo que o enorme sorriso no rosto do menino apenas fez o mesmo mais calmo após do acontecimento.

Mais do que isso, ele estava muito mais agradecido por ter escolhido salvar a vida dessa criança há seis anos e meio atrás. O jovem Strondus ficou aliviado toda vez que via o rosto do pequeno ruivo para saber que ele tinha o menino que se tornou seu filho, e não deitado no chão frio em algum lugar, morto.

Diante de todos os acontecimentos, Soluço descobriu que tinha coisas agora que ele realmente poderia fazê-lo feliz e orgulhoso.

— Você está muito animado hoje, não é? – Soluço perguntou.

— Totalmente! – Rhuan gritou, balançando os braços – Pois é hoje que os filhotes do Banguela vão nascer e vamos poder ver, não é papai?

— Sim, sim, filho – disse seu pai, continuando a andar enquanto o pequeno ruivo envolvia os braços ao redor do pescoço do pai.

Katla sorriu com a cena, assim como uma certa morena de olhos verdes que observava de longe. Heather estava feliz com a felicidade do seu pequeno ruivo, porém, às vezes, se perguntava sobre contar a verdade. A mesma não sabia como ele reagiria, se a perdoaria ou não. Logo, ela é tirada dos seus pensamentos ao ouvir alguém lhe chamar.

— Heather – ela olhou para lado, era o Perna de Peixe.

— Oi, Perna. Tudo bem?

— Er... sim, estou bem. Só q-queria pergunta se... er... você...

— Eu? – incentivou o mesmo a continuar.

— Se você poderia me encontrar a noite na praia de Berk? – perguntou antes de respirar mais uma vez.

Heather sorriu para ele e se aproximou do mesmo.

— Claro, por que não? Eu estarei lá! – ela deu um beijo na bochecha antes de ir.

Perna colocou a sua mão no local onde foi beijado e quase desmaiou ali mesmo.

Astrid estava em sua casa, observando o Soluço conversando com a naufraga. A loira segurava o pergaminho, aquele que continha a sua profecia. Logo ouviu a sua mãe, Adgar, chamar. Ela sai do quarto e desce as escadas.

— Que foi mãe? – perguntou, assim que chegou na cozinha.

— Quero que você leve isso para garota tomar e troque os curativos do rapaz, por favor – pediu a sua mãe. A menina assentiu e pegou a caneca, voltando a subir e indo para o quarto que ficava no final do corredor.

Astrid bateu na porta e entrou.

— Com licença – pediu – A minha mãe pediu para você tomar isso.

— Obrigada – fala a garota enquanto observava a loira se aproximar do menino para começar a troca os curativos – Ele vai ficar bem?

— De acordo com a Gothi, ele vai ficar bem só precisa de descanso – a loira sorrir para garota que retribui.

— Bom... obrigado por nos receber em sua casa... er...

— Astrid – ela estende a mão.

— Prazer, sou Nina e esse é o Lodin, meu namorado – falou Nina um pouco vermelha.

Mais tarde, Soluço estava no ninho junto com Rhuan e Astrid que tinha sido convidado pelo menino dragão. O trio estava no buraco, onde os Fúrias da Noite moram e faltava pouco para os ovos se chocarem.

— Vai demora muito? – perguntou Rhuan enquanto olhava para os ovos, esperando algum sinal do mesmo.

— Falta pouco – disse seu pai.

— Pouco quanto? – mais uma vez perguntou.

— Tenha paciência, Rhuan – Astrid acariciou os cabelos ruivos do menino.

— Mas está demorando muito! – resmungou cruzando os braços e fazendo biquinho.

— Desculpe, filho – fala Soluço.

Logo ouviram o barulho de algo chocando e olharam para os ovos que se mexiam.

“Está na hora! ”— disse Sombra, a companheira de Banguela, animada.

Todos observaram a cena, um dos ovos estava rachando-se enquanto se mexia. Rhuan estava ansioso para vê-los e aos poucos o ovo ia se rachando até quebrar, uma pequena explosão surgiu no local. Soluço e Astrid balançaram suas mãos para afastar a fumaça e assim que fizeram, seus olhos se arregalaram de admiração ao ver o pequeno Fúria da Noite. Não demorou o outro ovo para eclode.

— Nossa que bonitinho! Eles se parecem com os pais – fala Astrid animada. Soluço assentiu enquanto abraçava o filho junto com a Hofferson.

Banguela se aproximou da companheira e dos filhotes, ambos fizeram carinhos neles e disseram juntos.

“Bem-vindo ao lar! ”


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? Que nome vocês dariam para os dois pequenos dragões recém-chegados? O que acontecerá a seguir? Alguém sabe?
Comentem, meus cavalheiros de dragões!



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