— Pode me explicar o que aconteceu? – pergunta o chefe que olhava para os meninos, Melequento e Cabeça Dura.

Stoico nunca escondeu as suas emoções ou algo assim, então, não era nenhuma surpresa para ver a expressão do rosto do Chefe de Berk. O jovem Jorgenson mordeu o lábio inferior.

— Chefe, Cabeça Dura e eu só estávamos...

— Fazendo corrida... hey! – fala a Quente interrompendo ele e depois rindo como a carranca do chefe, que ficou mais aborrecido do que raiva genuína.

— Melequento! – o mesmo se encolheu ao ouvir seu nome – Pelo amor de Thor, nós tivemos uma lição de líder hoje! E é isso que fizeste?

Apesar do Soluço ter voltado para Berk, o jovem Jorgenson ainda continua sendo o “herdeiro” para assumir a liderança. Por enquanto...

— Ele pensou que poderia me vencer em uma corrida – diz Melequento estufando o peito com um sorriso – E como o Herdeiro de Berk, tinha que representa você no desafio.

Todos que estavam no grande salão, reviravam os olhos. Logo, as portas foram abertas pela jovem Hofferson.

— Chefe, precisamos te ajudar...

...

— Tem certeza que estás bem? – perguntou Soluço enquanto caminhavam pela aldeia destruída.

— Sim... – ela se afasta um pouco, seguindo em frente.

Heather não queria preocupa-lo com isso, mesmo ele sabendo a sua história. Ela já o agradecia por cuidar de seu filho e tudo mais. Eles ainda estavam no local à procura de algum sobrevivente. Os dragões de ambos estavam na frente quando sentiram a presença de algo e os mesmos começaram a rosnar.

— Soluço... – a morena o chamou.

O menino dragão olhou na direção em que os dragões rosnavam, ele ativa a sua espada flamejante e se aproxima vagarosamente sendo seguido pela Heather, que estava segurando o seu machado.

Eles se aproximaram do arbusto, os dragões estavam em posição de ataque. O ruivo e a morena se entreolharam antes de afastar os galhos do arbusto e arregalar os olhos de ambos.

— Ai, meu Thor... – murmurou Soluço.

...

— Calma, devagar! Devagar, isso aí! – fala Bocão após os gêmeos colocarem a pessoa, que estava inconsciente, no chão.

Skyller observava as três pessoas que tinham sido resgatadas por cavalheiros de dragões. Ruhan tentava ver quem era as pessoas, mas não conseguia por causa da multidão de vikings. Astrid desce da Tempestade e vai até o Bocão que examinava uma das pessoas.

— Ela está bem? – perguntou a loira enquanto o mesmo examinava a morena.

— Apesar dela está com febre, vai ficar bem!

Um resmungo foi ouvido e vinha da morena, ela estava acordando.

— ...Soluço... – falou com uma voz rouca quase inaudível, mas a Hofferson conseguiu escutar.

— Ela disse Soluço? Será que a mesma o conhece? – murmurou Astrid, pensativa.

Pouco tempo depois, a morena tinha acordado. Ela olhava ao seu redor se perguntando onde estava, como tinha chegado ali e onde estava os seus amigos.

— Você acordou, que bom! – a garota olhou para ruiva que estava perto da porta.

— O-Onde estou? Quem é você? Cadê os meus amigos? Como vim para aqui?

— Wow, calma! – pediu a ruiva – Meu nome é Skyller, você e seus amigos foram resgatados por nós. E vocês estão em Berk.

— Você disse Berk? – a mesma assentiu – Graças a Thor, preciso falar com o chefe de vocês urgentemente. Por favor!

— Claro, mas é melhor você se descansar e depois você fala com ele, tudo bem? – a morena não queria descansar, pois sabia o que estava preste acontecer e não tinham muito tempo. Porém, não tinha como contrariar – Ah, quase esqueci! Preciso saber do seu nome.

— É Katla, Katla Walker II.

…

— Coloque isso no navio! – fala o soldado apontando para caixa fechada.

— Sim, senhor! – disse o outro soldado pegando a caixa.

— “O que será que tem dentro daquela caixa? ”

— “Coisa boa não deve ser”.

— “O que vamos fazer? ”— pergunta Tesoura de Vento.

— “Temos que esperar o Príncipe der as ordens”— a Chicote Cortante concordou.

Soluço e Heather estavam escondidos atrás de uma rocha, observando junto com seus dragões. Eles observavam os soldados, ou melhor, caçadores de dragões que estavam carregando algo que um certo alguém queria saber.

— O plano é o seguinte, você e a Tesoura de Vento distrai os caçadores enquanto Banguela e eu nos aproximamos do navio para descobrir o que são essas caixas – diz Soluço.

— Certo! Vamos, Tesoura de Vento! – Heather monta em seu dragão e vai em direção aos caçadores – Tesoura de Vento, sabe o que fazer.

O dragão Chicote Cortante sorriu e dispara as suas rajas, chamando atenção dos caçadores.

— Rápido, vão atrás dela! – eles saem correndo.

— É a nossa vez, vamos! – Banguela voa na direção do navio, silenciosamente e pousam – Agora, vamos descobrir o que eles estão fazendo.

Eles descem do convés e vão para o porão do navio que continha muitas pilhas de caixas. Soluço se aproximou de uma delas e usou a sua espada para abri-la.

— “Mas, o que é isso? ” — perguntou o Fúria da Noite.

— São flechas, mas não flecha qualquer... – ele pegou uma flecha – Essas aqui contêm...

— Raiz de dragão... – Banguela olhou para trás e rosnar – Há quanto tempo que não nos vermos, maninho?!

— Dagur... – disse entre os dentes.

O líder dos berserk riu.

— Faz três anos que fiquei preso, pensando em você durante o dia e noite. E de você também, senhor Fúria da Noite – diz Dagur – Depois que fugir da prisão, finalmente poderei cumprir a minha vingança!

Quando o berserk ia dá um passo, alguém o derruba.

— Como vai, Dagur? – Heather cuspiu em sua cara enquanto o seu machado duplo estava encostado no pescoço do mesmo.

— Olá, maninha! Estava com saudades de você!

— Eu muito menos... – diz aproximando mais um pouco o machado no pescoço dele.

— Heather...

— Quieto, Soluço! Sei que estou fazendo! – ela olhava fixamente para Dagur.

— Heather, eu sou a única família que te resta! – fala ele – Venha comigo, irmã.

— Você está enganado! – ela dá um soco nele e Banguela joga uma raja de plasma perto do berserk, fazendo o mesmo se choca contra a parede do navio – Você está bem, Soluço?

— Sim, agora precisamos sair daqui! – declarou ele e ambos montaram em seus dragões.

Dagur se levantou e caminhou para o convés, olhando para céu (onde Soluço e a Heather juntos com seus dragões estavam).

— Isso ainda não acabou, Soluço! Em breve, nos veremos de novo... HAHAHAHAHA – ele rir.

Depois do pequeno reencontro com Dagur, ambos voltaram para Berk em silencio. Cada um em seu pensamento, Heather não estava com vontade de conversa pois estava nervosa. Soluço também não estava com vontade, ele queria saber o Dagur planejava com aquelas flechas. Sentia que algo estava preste acontecer, mas o que?

Assim que chegaram em Berk, Heather foi direto para casa. Ela queria ficar sozinha. Soluço foi para casa de seus pais, para buscar o Rhuan. Ele chega no local e bate na porta, que foi aberta pelo pequeno ruivo que sorrir ao ver o pai.

— PAPAI!!! – gritou o ruivo antes pular para o colo do pai, que o abraçou. Banguela não estava mais lá, pois o mesmo queria ver como estava a sua companheira – Pai, onde você foi?

 - O papai foi resolver um assunto muito chato – dizia ele enquanto entrava na casa.

— E resolveu? – perguntou.

— Quase – diz ele – Cadê a sua vó?

— Saiu, ela disse que iria busca ervas para fazer chá da tia Katla – fala Rhuan.

— Para quem?

— Soluço? É você? – ele olhou para o topo da escada.

— Katla? – ele colocou a criança no chão.

— Soluço! – ela correu até o mesmo e o abraçou – É tão bom ver você, não sabe o quanto senti a sua falta.

Ah, ele sabia sim.