Opostos Perfeitos escrita por Eloá Gaspar
Notas iniciais do capítulo
Desculpa a demora, mas final de período é puxado, mais calor e janeiro... Arg (Pq teve greve?)
Depois desse desabafo...
Espero que gostem!
A festa de casamento foi iniciada, cores, música e comidas para todos os lados, uma breve pausa para bênção e declaração oficial de casados dada pelo sacerdote e mais cores, música e comidas, esse era um típico casamento em Zandara. Asle estava muito feliz pelo irmão, que havia se tornado seu amigo nos últimos meses, mas também estava muito ansioso para partir.
— Esse é o dia mais feliz da minha vida, meu irmão. Muito obrigado por ter me ajudado a chegar até aqui, esses últimos meses foram difíceis. - Lav falou feliz como nunca.
— Bota difícil nisso, eu até agora não acredito que tivemos uma reunião de 20 horas e mais de dois meses de discussão, até o nosso pai aceitar que a melhor opção era você ser rei. - comentou feliz por tudo ter se resolvido.
— E eu não acredito que você usou artifício do casamento tácito. E mesmo assim! Nosso pai não permitiu que você voltasse para Elsa. - falou de um jeito compadecido, mas sem perde o brilho de alegria.
— Ele é um cabeça dura, mas hoje antes do seu casamento eu tive uma conversa séria com ele. Eu voltarei amanhã mesmo para Arendelle. - informou abrindo um daqueles seus sorrisos solares e Lav o abraçou.
— Estou muito feliz por você. Eu sei que tivemos muitos problemas e eu sempre te tratei como um completo idiota, mas eu queria que você soubesse que eu na verdade te admiro muito, admiro sua coragem, sua força e seu bom humor constante. Eu te amo, meu irmão. - confessou após soltar Asle.
— Eu também te amo, Lav. - respondeu emocionado.
A festa de casamento passou, a coroação dos mais novos Rei e Rainha de Zandara foi realizada e a festa de coroação começou entrando pela madrugada. Plebeus, nobres e sacerdotes comiam, bebiam, dançavam e se divertiam, em uma típica festa do reino de Zandara. A festa ainda acontecia quando amanheceu e mesmo com toda a alegria contagiante daquele evento, Asle não se sentiu tentado a ficar, pegou suas coisas, se despediu da mãe, pai, irmão e cunhada e entrou no barco que o levaria para onde o seu coração deveria estar.
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Elsa estava mais uma vez enfurnada em seu gabinete lendo documentos, criando medidas e fingindo que a saudade em seu peito não doía mais do que qualquer dor que já tivera na vida. Louis também estava no gabinete como de costume, e como de costume de cinco em cinco minutos seus olhos vagavam até a Rainha e analisavam cada centímetro de sua pele alva e seus cabelos loiros quase brancos.
Louis era filho único até dois anos atrás, mas mesmo assim nunca tinha sido mimado, muito pelo contrário, seus pais sempre exigiram muito dele e se esforçaram sempre para ele ter uma boa educação e se torna alguém importante e foi assim que ele cresceu, se esforçou e em menos tempo do que qualquer oficial do reino, conseguiu um lugar de destaque no Exército Real, porém devido a tudo isso sempre havia sido uma criança solitária, um adolescente desajustado socialmente e um jovem tímido. Sua beleza pelo menos atraia as meninas, mas quase sempre não dava certo, sua timidez e falta de jeito com relacionamentos íntimos o deixava novamente sozinho e ficar sozinho era o maior medo de Louis, seus pais eram sua única certeza de companhia, mas não era o suficiente, ele precisava de mais, alguém seu, alguém para não se sentir só.
— Rainha! - Gerda a governanta invadiu o gabinete as pressas sem se importa com os protocolos.
— O que houve? - Elsa questionou assustada olhando para governanta.
— A Princesa está dando a luz. - informou ofegante.
— Me leve até ela. - a Rainha falou rapidamente se levantando e seguindo Gerda.
Os corredores do castelo nunca tinham parecido tão longos para Elsa, que esquecendo qualquer regra de etiqueta e refinamento que uma rainha deveria seguir, corria por eles em direção ao quarto onde sua irmã estava dando a luz a sua sobrinha ou sobrinho.
— Anna! - Elsa exclamou entrando no quarto atrás de Gerda.
Anna estava deitada em sua cama e um médico junto a Parteira Real, a mesma que ajudara a trazer ao mundo Elsa e Anna, realizavam o parto. Do outro lado do quarto bem afastado da cama estava Kristoff mais branco do que a neve, grudado a parede, com olhos arregalados observando uma Anna descabelada e estérica dar a luz ao seu filho.
— Ai! Eu não aguento mais! Alguém tira esse bebê daqui! - Anna gritou.
— Calma! Ele já está vindo, é só fazer força. - o médico pediu.
— Eu estou fazendo força, seu idiota! - Anna esbravejou agarrando a gola da camisa do médico que se afastou com medo.
— Geniosa igual a mãe. Espero que quando Vossa Majestade for dá a luz seja mais calma que sua mãe e irmã. - a parteira comentou tranquilamente como se tivesse em um chá da tarde e não fazendo um parto.
— Eu? - Elsa questionou quase engasgando de susto com o comentário.
— Claro, uma hora Vossa Majestade terá que prover um herdeiro para o trono. - respondeu.
— Eu... eu não sei. - a loira gaguejou sem conseguir digerir direito a ideia de ser mãe um dia.
— Dá para vocês pararem de conversar e tirar essa criança daqui? - a ruiva descabelada gritou mais uma vez.
— Aquilo é uma cabeça? - Kristoff perguntou antes desmaiar.
— Kristoff! - Elsa exclamou assustada se preparando para ir até o cunhado o socorre, mas se deteve ao escutar Anna soltar um grito estridente.
— Está vindo, só mais um pouco. - a parteira falou calmamente como se o cenário a sua volta não estivesse caótico como estava. - Só mais um pouco. - pediu mais uma vez.
Um silêncio de meio minuto tomou o cômodo, até que um choro quebrou o silêncio e junto com o choro do mais novo integrante da família real veio o sorriso de todos os presentes, menos o de Kristoff que ainda estava desmaiado no chão.
— É uma menina. - a parteira informou limpando a criança junto com o médico antes de entregá-la a mãe.
— Uma menina. - Elsa sorriu boba sem entender direito o que sentia.
— É a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. - Anna falou com a filha nos braços, se esquecendo por completo de toda a dor pela qual havia acabado de passar.
— Qual será o nome dela? - a Rainha questionou se aproximando da irmã ainda meio zonza.
— Eu e o Kristoff tínhamos pensado em Elsa caso fosse uma menina, mas achamos esquisito ter duas pessoas com o mesmo nome morando no mesmo lugar. Ai pensamos em Idun, mas mesmo amando nossa mãe não tem como achar o nome dela bonito. Então decidimos por Elisa, parece com Elsa e significa exatamente como me senti quando percebi que estava grávida, feliz.
— É perfeito. - Elsa comentou emocionada.
— Quer pegar sua sobrinha no colo? - Anna ofereceu.
— Acho justo o pai segurá-la primeiro. - respondeu um pouco receosa de segurar um ser tão frágil.
— Isso se o frouxo do pai dela acorda. - rebateu olhando para o marido que começava a acorda auxiliado pelo médico.
— Nasceu? - Kristoff perguntou se levantando atordoado.
— Eu acho que sim. - Anna respondeu mostrando a pequenina.
— Ai meu Deus! Ela é tão pequena. - falou sem conseguir tirar os olhos da filha.
— Não era o que parecia a um minuto atrás. - Anna brincou.
— Posso pegar? - perguntou tonto.
— Claro, ela é sua filha também. - respondeu entregando Elisa para o pai.
— Ela é tão linda. - Kristoff nunca tinha se sentido tão bobo e especial em toda a sua vida.
— Eu vou deixar vocês aproveitando esse momento em família. - Elsa falou pronta para se retirar.
— Você também é da família. - Kristoff respondeu.
— Eu sei, mas vocês precisam de um momento a sós e eu de um copo de água, com açúcar talvez. - respondeu antes de dar um beijo na testa da sobrinha e sair.
Elsa levou o médico e a parteira junto com Gerda até o salão de recepção antes de se despedir deles e voltar para seu gabinete onde Gerda levaria sua água com açúcar.
— Como foi? - Louis questionou curioso ao ver Elsa entrar.
— Foi uma experiência interessante. - respondeu sorrindo.
— Sei como é. Eu vi o parto do meu irmão, isso já faz dois anos mas acho que se eu fechar os olhos consigo ver o bebê saindo. - comentou fazendo uma cara de asco que fez Elsa ri.
— Acho que não consigo mais trabalhar por hoje.
— Chá no jardim? - ofereceu sorrindo.
— Ótima ideia.
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