O destino escrita por Imagine


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *--*



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Vou contar porquê odeio Cameron. Bom... Nos conhecemos desde criança, estudamos o ensino fundamental juntos e sempre estávamos um na casa do outro pela amizade de nossas mães, em festas, jantares, enfim. E nunca nos demos muito bem, na escola ele zombava de mim, fazia brincadeiras malvadas na frente de todos na escola e eu ficava muito constrangida e na maior parte do tempo me excluía com medo dos outros garotos fazerem a mesma coisa que ele, eu ficava extremamente constrangida com essas situações. Mas naquela época eu era uma criança boba, agora eu cresci e sei me defender muito bem sozinha.

Karla estava sempre do meu lado e tentava me alegrar de qualquer forma.

O que me deixava muito chateada era que minha mãe sempre defendia ele e hoje diz que sou revoltada. Se sou assim, ela tem sua parcela de culpa.

Entramos para o colégio, que aliás era particular e considerado o melhor de toda a região, tinha muitas atividades para fazer no tempo livre como: sala de jogos, natação, aulas de culinárias, lutas...

Eu e a Karla fomos ao banheiro retocar a maquiagem antes de subirmos para sala.

– Amiga, Cameron está um gato né?! Aquele tanquinho... Meu Deus, estava quase me jogando no chão para ele me ajudar a levantar.

Olhei para ela com um olhar de reprovação.

– Pronto? Já parou de falar nele? - Falei retocando o lápis preto de olho.

– Desculpa amiga, esqueci...

– Obrigada! - Falei abrindo bruscamente a porta.

Subimos as escadas correndo, pois o sinal já havia tocado.

– Licença professora - Disse Karla abrindo lentamente a porta.

– Tinham que ser vocês, senhorita Karla e senhorita Alexia.

Ela já tinha uma certa idade, cabelos grisalhos na altura dos ombros, usava um óculos vinho com lentes grossas, uma saia cinza rodada cobrindo os joelhos e uma camisa de manga longa.

Pensei em falar "Por que não se aposenta logo?" mas consegui me conter e apenas dei um sorriso forçado e perguntei:

– Podemos sentar?

– Sentem-se com a condição que isso não se repita mais, pois serei obrigada a tomar outras medidas.

Vi o ar de riso no rosto de Adam.

Assim que virei as costas para ela fiz uma careta, minha intenção era que apena o Adam visse, mas todos viram e começaram a rir. Ela ficou furiosa sem entender o que estava acontecendo.

Assim que o sinal tocou sai rapidamente na frente, Karla correu atrás de mim pelo jardim do colégio, parecia uma pata desengonçada.

– Amiga, tenho que falar com você. Posso ir na sua casa hoje?

– Já está falando!

– Sua besta - Disse rindo.

– Estou brincando. Desculpa Karlinha, hoje não dá, tenho que trabalhar. Mas sexta você dorme lá comigo! Sei que você gosta - Brinquei.

– Sua idiota - Disse dando risada e me deu um tapa nas costas - Ta bom, estou morrendo de saudade da tia Ana.

Não, não somos primas mas ela chama minha mãe assim, porque somos amigas desde crianças.

– Ela vai adorar também.

Ela deu um sorriso e abriu a porta da caminhonete, sua mãe estava esperando próximo a calçada.

– Oi tia! - Gritei de longe, acenando com a mão.

– Oi Alexia! - Gritou, olhando pela janela do carro.

Eu trabalho no consultório da minha mãe pelo menos três vezes por semana como recepcionista, ela repetia sempre que independente de sermos de classe alta ela não me daria dinheiro ou mesada sem eu ter me esforçado para merecer aquilo. Conclusão: eu era obrigada a trabalhar.

Ela teve uma educação muito rígida, meu avô era militar e nunca deu "moleza" para ela e minhas duas tias. O pior é que hoje ela quer fazer o mesmo comigo, isso é um saco.


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