Am I a Nerd? escrita por JP


Capítulo 6
Capítulo 6 - Eggs on the Roof


Notas iniciais do capítulo

Mebe aqui *-*

Devo dizer que eu devia ter postado ontem, porém eu saí e acabei esquecendo rsrsrs mas aqui estou com um cap novo!
Não é tão grande, mas taí...



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PDV SAM

Alguém pode me dizer como um Nerd tem tanto efeito sobre mim? Até agora me sinto arrepiada com o toque daquele idiota. É tão estranhamente prazeroso quando ele faz isto, não sei, talvez seja porque eu ainda amo aquele Nerd ambulante.

(***)

–Espera amiga...ele beijou mesmo seu pescoço?

Carly perguntava pela milésima vez, encarando o teto. A luz do quarto estava apagada e eu tentava dormir, porém a morena parecia ter perdido o sono.

–Sim Carly...

–Mas não faz sentido!

–E quem disse que era pra fazer?

Puxei o edredom por cima da minha cabeça e atolei-me no travesseiro. Senti Carly mexer na cama e de repente ela surgiu na minha frente, do outro lado da cama. Essa menina tem problema!

–Mas Sam...ele beijou seu pescoço, isso tem que significar alguma coisa.

–Significa que ele é louco por mim! - me gabei – Agora vamos dormir!

Quando pensei que ela ia dormir, ela acende o abaju e senta num puf perto da TV.

–O Freddie não é disso Sam...tem coisa aí!

Olhando por esse lado, até que a Carlotta tem razão. O Freddie nunca foi o tipo de cara que sai por aí beijando as garotas, ou indo em baladas.

–Mas então por que ele me beijaria?

–Não sei...- a morena retorceu os lábios, como se pensasse, e depois me apontou sorridente – Talvez para te provocar! Olhe bem...talvez ele esteja muito mal por você ter rejeitado o presente “nerd” dele e se sente um idiota...

–Isso ele é!

Ela me encarou reprovadora e eu sorri cúmplice.

–Enfim...então ele pensa que se te provocar, ele vai tirar essa imagem “geek” da sua cabeça.

Pensei por alguns segundos na possibilidade, mas eu não queria me convencer. Apesar de querer que ele fizesse isso de novo.

–Não Carly, você está viajando!

E me encolhi por debaixo das cobertas. Preciso dormir, antes que minha cabeça exploda.

Estava tudo muito escuro e eu não conseguia identificar que lugar eu pisava exatamente. Uma pergunta martelava minha cabeça, incessantemente: “Como eu fui parar ali?”. Era tudo tão negro e invisível, me sentia como uma pessoa desprovida de qualquer privilégio de enxergar algo.

Eu apalpava umas coisas que pareciam ser os móveis. Mas onde estava o interruptor? Quem apagara a luz? Senti algo incomodando meus olhos, era uma venda. Então está explicado por que não vejo nada. Levei minhas mãos até o pano preto, porém sentir uma mão gelada me impedir. Estremeci imediatamente.

–Não...não desta vez!

Uma voz grossa e rouca soou ao pé dos meus ouvidos. Era ele. Ninguém mais teria aquela voz, além dele. Pendi a cabeça para trás e a escorei no seu ombro. Tudo que eu precisava era dele. Precisava amá-lo e ser amada por ele.

Senti seus dedos gélidos colocarem uma mecha do meu cabelo, para trás da orelha, e arranhou meu dorso sensualmente. Aquilo não podia estar acontecendo.

–Você confia em mim Princesa Puckett?

Ele me apertou ainda mais para si, enquanto eu sentia suas mãos passear por minhas costas.

–Freddie...

E antes que eu pudesse formular alguma palavra, ele molhou meu pescoço num singelo beijo isolado. Subi minhas mãos para seus cabelos e ele pareceu sorrir. Era muito estranho não o ver sorrir, mas senti que ele havia soltado um.

–Então você quer brincar!?...Eu sei brincar Sammy! Você sabe?

–Freddie...

Eu não chamava por ele. Eu gemia seu nome e isto parecia o deixar ainda mais orgulhoso de si mesmo.

Ele ficou por trás de mim e segurou meu queixo.

–Fala Sam...fala!...Você quer dizer algo?...Diga!

–Eu...

Unconditional, unconditionally

I will love you unconditionally

There is no fear now

Let go and just be free

I will love you unconditionally

Acordei atordoada. Nunca sonhara com ele assim, pelo menos nunca me ocorrera um sonho tão nítido. Sentir ele sorrir? Como isso é possível? Por que ele me obrigava a dizer algo?...Será que tenho algo a contá-lo, mas temo em fazer? Nem eu me entendo mais.

Olhei para o lado e Carly dormia tranquilamente. Não a acordaria, até porque não estou afim de perguntas. Com um esforço grande e inútil, consegui me levantar sem fazer barulho. Eu precisava tirá-lo da cabeça. Não há nada mais ridículo do que ficar pensando num Nerd idiota.

Sai do apartamento dos Shay's e me hesitei na porta do Benson. Estou tão lerda com esse término, ele deve ter dormindo com aquela ruivinha de quinta. Ridículo.

Comecei a caminhar meio sem rumo pela cidade. Eu nunca fiz o tipo de menina romântica, mas eu tenho sentimento e me machuco muito fácil, apesar de não demonstrar. O Freddie foi a única pessoa que eu disse “Eu te amo!” nem para minha mãe eu já disse isto. Eu realmente o amava e queria que ele percebesse isto. Eu sei, talvez eu tenha exagerado em aprontar aquela cena por causa do sabre de luz e o cavalo, mas...pra que aquilo tudo? Ele não pode ser normal!?

–Ei!? - alguém protestou ao longe.

Eu resolvi tacar ovos na casa do Sr. Howard por dois motivos, primeiro, ele me irrita e segundo, era a única coisa que podia me animar.

–Sam!?

Era ele. Ele. Aquele traidor.

Ele correu até mim me abraçando. Eu queria retribuir, porque os abraços dele sempre foram confortáveis e seguro pra mim. Mas eu não podia. Eu era uma Puckett.

–Nerd idiota!

Foi tudo que eu disse antes de tacá-lo no chão e o atacar com ovos. Não era para ele, porém ele me pareceu um bom alvo.

Idiota será que não entende?

Dos ovos eu partiria para os socos, mas o Sr. Howard apareceu na porta e nos interrompeu. Só agora vi que Gibby estava tentando desamarrar aquele cavalo-branco, que pelo que eu entendi chama Clovis ( O que!?). Freddie foi ajudá-lo e por um momento pensei perdoá-lo, ele é tão bom para mim...Espera!...Não, você não pode se entregar assim Samantha!

–Sam! - olhei para trás e ele vinha em minha direção, enquanto Gibby saia pela frente com o cavalo – Podemos conversar?

–Não temos nada a conversar nerd! Agora me deixa em paz! - girei os calcanhares para sair dali, mas ele segurou meu cotovelo e me mobilizou.

–Se está assim por causa da Dayane, não rolou nada tá... eu estava bêbado e não lembro de nada.

Espera, se ele estava bêbado e não se lembra de nada ele não se lembra do que aconteceu no corredor. Idiota! Aquilo foi tudo para me provocar.

Joguei a caixa de ovos no chão e sai pisando forte, mas algo me fez parar:

–Mas eu lembro do beijo...e não foi para te iludir!

Eu não sabia o que fazer ou falar. Correria até ele e o beijaria? Não, eu ia parecer desesperada.

–Você não podia ter feito aquilo, Freddie! Nós terminamos, lembra? Tudo porque você estraga todos os bons momentos com suas coisas de Nerd...tudo você, no nosso namoro só fazíamos coisas que você queria. Eu cansei! Entendeu? CANSEI!

–Mas Sam, era para te proteger...

–PROTEGER DO QUE, FREDDIE?

–Sam, todas as suas ideias envolvia violência ou quebrava as regras...Lembra quando você me forçou a pular o muro de uma casa, cheia de cachorros, só para ver se tinha pedaços de carne na ração dos bichos?

Abaixei a cabeça envergonhada.

–Mas eu dei a ideia de irmos jogar golf!

–Mas você não queria jogar, só bater nos jogadores com o taco.

Eu queria dizer que ele estava certo e eu errada, mas não saía. Parece que as palavras haviam se entalado em minha garganta e me sufocavam.

–De qualquer forma Freddie... - vacilei na voz, tinha uma lágrima tentando sair, por isso fechei os olhos impedindo ela de sair – Nós dois foi um erro!

Era mentira. Tudo isto é uma tremenda mentira!

Ele caminhou até mim em passos livres e encostou sua testa na minha.

–Não foi, Sam, e eu vou te provar!

E senti seus lábios quentes em contato com meu. Ele me dera apenas um selinho e saiu gritando por Gibby.


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Notas finais do capítulo

A Sam está sensível, não?