Am I a Nerd? escrita por JP
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoal!
Bom depois de um looongo tempo, o Pedro e eu voltamos hehehe espero que alguém ainda leia isto!
PDV Sam
Freddie apertava minha mão, em sinal de apoio, enquanto mantinha os olhos fixos em mim. Nunca pensei que diria isto, mas o Nerd desperta a melhor parte de mim. Quando ele está por perto eu sinto que meu lado sensível e racional existe e finalmente eu percebo que eu não sou aquela Sam durona o tempo todo.
—Valeu, Nerd! Valeu por ter ficado ao meu lado.
Ele deu um curto sorriso e tentou dizer algo, mas exatamente nesse segundo percebo que Pam se meche na cama. Largo a mão de Freddie e me ponho de pé ao seu lado. Ela parece fraca e pálida, seus olhos não se abrem direito, mas, ainda assim, ela encara meus olhos.
—Sam!?
—Oi, Pam... – foi tudo que saiu. Juro que queria falar algo a mais!
Naquele dia que ela não compareceu ao hospital, quando estive internada, no fundo eu jurei que um dia me vingaria. Mas ela era minha mãe e, querendo ou não, ela é a única família que eu tenho e vê-la ali, com os olhos quase fechando, me fez repensar.
—Como você está? – relutei, mas, por fim, perguntei numa voz vacilante.
—Eu...sinto meu coração acelerado!
Olhei seus batimentos cardíacos numa telinha ao lado de sua cama e eles estavam numa sequência diferente.
—Deixe-me ver! – Freddie se pronunciou e se aproximou de mim, olhando para a mesma telinha – Está batendo 100 vezes por minuto...
—E isto é ruim? – perguntei e Freddie me olhou com uma cara de dúvida.
—Sim, é bem rápida...talvez devêssemos chamar uma enfermeira!
Então ele caminhou até a porta e quando ia girar a maçaneta eu me lembrei dos “urubus”.
—Não! Deixa que eu chamo! – larguei minha mãe fui correndo até ele.
Ouvi Freddie dá um sorrisinho e eu saí atrás de uma daquelas mulheres invejosas.
—Oi...Você é enfermeira?
Perguntei para uma morena, meio alta, de olhos azuis e corpo escultural. Meu Deus, nesse hospital só tem mulher bonita?
Intimamente estava torcendo para ela dizer que não passava de uma faxineira, mas eu estava com má sorte.
—Sim, sou! O que deseja?
—Minha mãe, Pam Puckett, do quarto 82, você poderia dar uma olhada nela? Ela tá com uma frequência...hã...como se diz?
—Cardíaca? – empinou o nariz respondendo.
—Isso! Ela tá com a frequência cardíaca a 100 por minuto!
A tal enfermeira, ao qual se chamava Megan, pois eu li em seu crachá, passou por mim e foi até o quarto.
Abriu a porta.
—Vou conferir sua... – e então ela notou o Freddie. Meu Deus, vou ter que escondê-lo! - ...Oi...quem é você? É filho dela também?
—Eu sou... – Freddie tentou responder, mas eu o interrompi.
—Ele é Freddie Benson, meu namorado! Você não ia examinar minha mãe?
—Hm...claro! - ela então tirou o estetoscópio do pescoço e começou a examinar Pam.
Abracei Freddie de lado e observei a tal Megan fazer o trabalho. Sinceramente, eu estava preocupada com minha mãe, ela não era aquele tipo de mulher assídua com a saúde, confesso que acho que Pam não vai ao médico desde quando nasci. Eu temia que aquilo não fosse apenas uma desidratação.
—E então? - Freddie perguntou.
—Não precisam se preocupar, é apenas uma reação do remédio que ela tomou! - dependurou o estetoscópio no pescoço – Deixem ela descansar um pouco! Com sorte ela terá alta hoje!
Respirei aliviada e olhei para Freddie sorridente.
[…]
Estávamos sentados na cafeteria do hospital. Freddie havia me comprado um café forte para me manter acordada. Não olhei no relógio, mas devia ser umas duas e meia da manhã, chovia lá fora e eu já não aguentava ouvir pessoas falarem francês. Estava com a cabeça recostada no meu moreno e é até estranho eu o chamar assim.
—Vamos ligar para Carly! - Freddie sussurrou.
—Ela está dormindo, nerd, é melhor falarmos com ela pela manhã! - falei bocejando. Minhas pálpebras estavam pesadas, como chumbo, e, eventualmente, eu pestanejava no ombro de Freddie.
—Tá com sono, amor? - assenti e ele sorriu abafado – Tive uma ideia. Vem cá!
Nos levantamos das cadeiras giratórias da cafeteria e ele me conduziu ao sofá da recepção. Sentou-se e, aproveitando que não tinha ninguém, me fez deitar em seu colo, como uma bebê. Sorri alienada.
—Pronto, pode dormir! - selou nossos lábios num selinho curto e depois eu simplesmente caí no sono.
4:25am
—Vocês estão acompanhando Pam Puckett? - uma outra enfermeira veio nos perguntar.
Eu já havia despertado do meu sono.
—Sim, sou filha dela! - afirmei e a enfermeira, desta vez de meia idade, sentou-se ao nosso lado.
—Pois bem! Felizmente a Pam se recuperou rápido, acabamos de concluir alguns exames e ela está perfeitamente bem! - sorri vibrante – Porém é de extrema importância que ela faças outros exames, pois suspeitamos de uma possível diabetes...Mas nada que precise se preocupar!
A mulher tinha um inglês arranhado, afinal estávamos na França, mas foi o suficiente para entendê-la.
—Ela terá alta hoje?
—Sim, claro, aliás precisarão de algum meio de transporte?
Freddie e eu nos entreolhamos.
—Não, estamos de carro! - o moreno respondeu.
—Ótimo! Vou trazer a Pam! - a enfermeira se levantou.
Olhei feliz para Freddie.
—Está vendo? Ficou tudo bem! - ele exclamou.
—Obrigada por ficar ao meu lado! - beijei-lhe os lábios e logo percebi Pam se aproximar.
—E lembre-se, nenhum esforço nos próximos dois dias! Tenham uma boa madrugada! Au Revoir! - e se retirou a mulher de meia idade.
Olhei para Pam.
—Tudo bem? - era até estranho perguntar aquilo.
—Sim, acho que estou melhor! - desviou o olhar – Sabe, foi tudo de repente...Eu desmaiei e quando acordei estava aqui e vi você… - sua voz falhou ou, pelo menos, tive a impressão de ouvi-la fraquejar – Obrigado, Sam, por ter vindo!
—Você é minha mãe! É o mínimo que eu poderia fazer! - hesitante a abracei. Olhei Freddie por cima dos ombros de Pam. Ele sorria.
—Odeio estragar bons momentos, mas são quase cinco da manhã, estamos mortos de sono e está chovendo horrores lá fora...Acho melhor irmos para o hotel! - Freddie se pronunciou.
—Tem razão – esbravejei – Vem, mãe, você ficará conosco no hotel!
E assim entramos naquele carro estranho e enfrentamos a chuva até o hotel.
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