Am I a Nerd? escrita por JP


Capítulo 42
Capítulo 42 - Pam Finally Woke Up


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!

Bom depois de um looongo tempo, o Pedro e eu voltamos hehehe espero que alguém ainda leia isto!



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PDV Sam

Freddie apertava minha mão, em sinal de apoio, enquanto mantinha os olhos fixos em mim. Nunca pensei que diria isto, mas o Nerd desperta a melhor parte de mim. Quando ele está por perto eu sinto que meu lado sensível e racional existe e finalmente eu percebo que eu não sou aquela Sam durona o tempo todo.

—Valeu, Nerd! Valeu por ter ficado ao meu lado.

Ele deu um curto sorriso e tentou dizer algo, mas exatamente nesse segundo percebo que Pam se meche na cama. Largo a mão de Freddie e me ponho de pé ao seu lado. Ela parece fraca e pálida, seus olhos não se abrem direito, mas, ainda assim, ela encara meus olhos.

—Sam!?

—Oi, Pam... – foi tudo que saiu. Juro que queria falar algo a mais!

Naquele dia que ela não compareceu ao hospital, quando estive internada, no fundo eu jurei que um dia me vingaria. Mas ela era minha mãe e, querendo ou não, ela é a única família que eu tenho e vê-la ali, com os olhos quase fechando, me fez repensar.

—Como você está? – relutei, mas, por fim, perguntei numa voz vacilante.

—Eu...sinto meu coração acelerado!

Olhei seus batimentos cardíacos numa telinha ao lado de sua cama e eles estavam numa sequência diferente.

—Deixe-me ver! – Freddie se pronunciou e se aproximou de mim, olhando para a mesma telinha – Está batendo 100 vezes por minuto...

—E isto é ruim? – perguntei e Freddie me olhou com uma cara de dúvida.

—Sim, é bem rápida...talvez devêssemos chamar uma enfermeira!

Então ele caminhou até a porta e quando ia girar a maçaneta eu me lembrei dos “urubus”.

—Não! Deixa que eu chamo! – larguei minha mãe fui correndo até ele.

Ouvi Freddie dá um sorrisinho e eu saí atrás de uma daquelas mulheres invejosas.

—Oi...Você é enfermeira?

Perguntei para uma morena, meio alta, de olhos azuis e corpo escultural. Meu Deus, nesse hospital só tem mulher bonita?

Intimamente estava torcendo para ela dizer que não passava de uma faxineira, mas eu estava com má sorte.

—Sim, sou! O que deseja?

—Minha mãe, Pam Puckett, do quarto 82, você poderia dar uma olhada nela? Ela tá com uma frequência...hã...como se diz?

—Cardíaca? – empinou o nariz respondendo.

—Isso! Ela tá com a frequência cardíaca a 100 por minuto!

A tal enfermeira, ao qual se chamava Megan, pois eu li em seu crachá, passou por mim e foi até o quarto.

Abriu a porta.

—Vou conferir sua... – e então ela notou o Freddie. Meu Deus, vou ter que escondê-lo! - ...Oi...quem é você? É filho dela também?

—Eu sou... – Freddie tentou responder, mas eu o interrompi.

—Ele é Freddie Benson, meu namorado! Você não ia examinar minha mãe?

—Hm...claro! - ela então tirou o estetoscópio do pescoço e começou a examinar Pam.

 

Abracei Freddie de lado e observei a tal Megan fazer o trabalho. Sinceramente, eu estava preocupada com minha mãe, ela não era aquele tipo de mulher assídua com a saúde, confesso que acho que Pam não vai ao médico desde quando nasci. Eu temia que aquilo não fosse apenas uma desidratação.

 

—E então? - Freddie perguntou.

 

—Não precisam se preocupar, é apenas uma reação do remédio que ela tomou! - dependurou o estetoscópio no pescoço – Deixem ela descansar um pouco! Com sorte ela terá alta hoje!

 

Respirei aliviada e olhei para Freddie sorridente.

 

[…]

 

Estávamos sentados na cafeteria do hospital. Freddie havia me comprado um café forte para me manter acordada. Não olhei no relógio, mas devia ser umas duas e meia da manhã, chovia lá fora e eu já não aguentava ouvir pessoas falarem francês. Estava com a cabeça recostada no meu moreno e é até estranho eu o chamar assim.

—Vamos ligar para Carly! - Freddie sussurrou.

—Ela está dormindo, nerd, é melhor falarmos com ela pela manhã! - falei bocejando. Minhas pálpebras estavam pesadas, como chumbo, e, eventualmente, eu pestanejava no ombro de Freddie.

—Tá com sono, amor? - assenti e ele sorriu abafado – Tive uma ideia. Vem cá!

 

Nos levantamos das cadeiras giratórias da cafeteria e ele me conduziu ao sofá da recepção. Sentou-se e, aproveitando que não tinha ninguém, me fez deitar em seu colo, como uma bebê. Sorri alienada.

—Pronto, pode dormir! - selou nossos lábios num selinho curto e depois eu simplesmente caí no sono.

 

4:25am

—Vocês estão acompanhando Pam Puckett? - uma outra enfermeira veio nos perguntar.

 

Eu já havia despertado do meu sono.

 

—Sim, sou filha dela! - afirmei e a enfermeira, desta vez de meia idade, sentou-se ao nosso lado.

 

—Pois bem! Felizmente a Pam se recuperou rápido, acabamos de concluir alguns exames e ela está perfeitamente bem! - sorri vibrante – Porém é de extrema importância que ela faças outros exames, pois suspeitamos de uma possível diabetes...Mas nada que precise se preocupar!

 

A mulher tinha um inglês arranhado, afinal estávamos na França, mas foi o suficiente para entendê-la.

 

—Ela terá alta hoje?

 

—Sim, claro, aliás precisarão de algum meio de transporte?

 

Freddie e eu nos entreolhamos.

 

—Não, estamos de carro! - o moreno respondeu.

 

—Ótimo! Vou trazer a Pam! - a enfermeira se levantou.

 

Olhei feliz para Freddie.

 

—Está vendo? Ficou tudo bem! - ele exclamou.

—Obrigada por ficar ao meu lado! - beijei-lhe os lábios e logo percebi Pam se aproximar.

—E lembre-se, nenhum esforço nos próximos dois dias! Tenham uma boa madrugada! Au Revoir! - e se retirou a mulher de meia idade.

 

Olhei para Pam.

 

—Tudo bem? - era até estranho perguntar aquilo.

—Sim, acho que estou melhor! - desviou o olhar – Sabe, foi tudo de repente...Eu desmaiei e quando acordei estava aqui e vi você… - sua voz falhou ou, pelo menos, tive a impressão de ouvi-la fraquejar – Obrigado, Sam, por ter vindo!

—Você é minha mãe! É o mínimo que eu poderia fazer! - hesitante a abracei. Olhei Freddie por cima dos ombros de Pam. Ele sorria.

—Odeio estragar bons momentos, mas são quase cinco da manhã, estamos mortos de sono e está chovendo horrores lá fora...Acho melhor irmos para o hotel! - Freddie se pronunciou.

—Tem razão – esbravejei – Vem, mãe, você ficará conosco no hotel!

 

E assim entramos naquele carro estranho e enfrentamos a chuva até o hotel.


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