Regente escrita por Jessy F


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, antes de lerem esse capítulo preciso explicar algo para vocês.
Devem ter notado que mudei o meu nome de autor, bem eu descidi colocar um pseudonimo (Jess CF) aqui porquê gostaria que se acostumassem com o nome de autor que escolhi, porque provavelmente os livros da trilogia Eleita irão ser publicados e por motivos de direitos autorais e etc eu coloquei o nome aqui. Jess CF é o nome de uma tia minha que teve umaparticipação significativa na minha vida como escritora e depois da morte dela eu descidi homenagear ela de alguma maneira, por isso escolhi esse nome. Espero que compreendam.
Abraços e boa leitura.



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Meu coração estava batendo mais rápido do que o meu peito poderia aguentar. Aquela multidão apenas dificultava a minha passagem até o lugar onde Julie estava. Eu não queria acreditar no que os meus ouvidos haviam escutado, mas quando vi com o meus próprios olhos o que tinham dito eu não tive outra opção a não ser gritar.

–Não! - Gritei rasgando a minha blusa. Declarar luto depois de tanto tempo parecia doer triplamente agora.

Olhei para Julie e vi seus olhos azuis abertos e sua roupa manchada de sangue. Monique me abraçou por trás e como uma criança comecei a chorar. Julie era como uma mãe para mim e vê-la morta na minha frente fez renascer em mim a dor que a muito tempo eu não sentia.

–Calma meu querido. - Monique falou chorando perto de mim. - Ela cumpriu o seu propósito.

–Pelas evidências e alguns relatos Julie foi assassinada por alguém aqui de dentro.- Um guarda disse perto de mim. - Vamos levar o caso ao rei.

Olhei para Julie e logo em seguida para um dos guardas.

–Onde Julian está? - rosnei.

–Julian? - Ariel disse se aproximando. - Porque está perguntando por ele?

–Ele matou a Julie.

–Não pode acusar ninguém querido. - Monique disse ficando na minha frente. - Você não pode deixar a dor te dominar. Precisa ser forte.

–Nic, eu sei do que eu estou falando. - Disse olhando para ela.

–Calma Phill. - Ariel pegou no meu ombro. - Você está de cabeça quente, não pode procurar alguém para culpar.

–Eu já disse que eu sei do que estou falando.

–Se você sabe, espere que a justiça seja feita e não faça ela com as próprias mãos.

–Ele não pode ficar impune Ariel.

–Eu sei, mas não se suje por eles.

–Continue sendo o Phill que seus pais te ensinaram a ser. - Monique limpou o rosto. - Eu e Julie temos muito orgulho de quem você é, não nos decepcione.

Me afastei das duas. Eu queria que pagassem pelo que fizeram e esse alguém eu tinha certeza que era o Julian. Sai do jardim e fui até o meu quarto. Abri o meu armário e vesti uma outra blusa e peguei minhas adagas e minha pistola. Enquanto eu caminhava até a sala de segurança onde eu encontraria Julian uma voz dentro de mim dizia: Não vá, não foi assim que ti ensinei.

Ignorei aquela voz e quando entrei na sala de segurança, vi Julian e Aleksei. O rei parecia furioso e Julian estava acuado contra a parede.

–Julian é o traidor da província um. - Aleksei disse olhando para mim e se aproximando mais de Julian. - Você será punido com morte. - O rei tirou sua adaga e colocou no pescoço de Julian.

–Você nunca vai conseguir parar a democracia. - Ele disse olhando com medo para Aleksei.

–Eu não preciso parar algo que está morto Julian.

–Você e Kor vão sentir a dor que sentimos quando vocês acabaram com as nossas vidas.

–Me diga quem está liderando vocês.

–Não posso.

–Pense melhor. - Disse me aproximando. - Nós podemos perdoar você.

Eu não sabia o que havia me dado. A dor eu sentia por Julie e a raiva que eu sentia se esvaíram e a cautela e a razão falaram mais alto dentro de mim. Julian olhou para mim e depois para Aleksei.

–Poderei dar perdão a você Julian, basta me dizer o nome de quem está por trás disso tudo.

–O que me garante que não me matariam?

–Eu sou um homem de palavra. Um rei não volta atrás em suas decisões.

–Os príncipes da P2 e da P7estão envolvidos, mas eu não tenho certeza quem está comandando tudo.

Aleksei olhou fixamente para Julian e depois se afastou.

–Leve ele para uma cela Phill. - Ele guardou adaga.- Você ficará sob custódia até que encontremos o líder de vocês. - Ele disse tirando as armas de Julian. - Podem ir.

Imobilizei Julian e fui com ele até a cela. Ao chegar lá falei com o carcereiro e logo Julian foi levado para a área de identificação. Fiquei o observando. A cela de vidro era resistente a balas e a grandes impactos, mas não era resistente o suficiente para suportar o meu impulso de ir até ele.

Pedi para o carcereiro abrir a cela e entrei.

–Você matou Julie?

–Foi um acidente Phillip.

–Não acredito em acidentes.

–Deveria acreditar, afinal foi por um acidente que sua prima ganhou a eleição. - Ele sentou na cama da cela. - Se Kaira não tivesse feito o contrário do que o pai mandou ela fazer sua prima estaria morta e nada disso estaria acontecendo.

–Acredito que estaria tudo bem pior.

–Na verdade não. - Ele levantou e veio até mim. - Você precisa ter mais cuidado com o que fala escuta e senti Phillip. Você está numa terra de víboras, não seja um tolo.

–Seja mais claro.

–Eu disse lá em cima que os príncipes da P2 e da P7 estão envolvidos nisso tudo. Então pense. - Ele sussurrou. - Nem a morte mais acidental que aconteceu até agora foi obra do destino. Observe todos a sua volta, talvez o seu Judas Iscariotes está traindo você com um beijos e você não está notando.

–Porque diz isso agora?

–Eu não tenho nada a perder, mas você tem. - Ele deu de ombros. - A escolha é sua me ouvir ou não.

****

Abri os olhos e vi meu primo vestido de branco ao meu lado. Seu rosto estava mais magro que o habitual e no seu rosto havia uma cicatriz. Flores vermelhas estavam entre as suas mãos. Ele tocou o meu rosto e sorriu.

–Bom dia. - Ele disse com a voz mais rouca que o de costume.

–Bom dia. - O olhei estranho. Porque ele estava de luto? O que havia acontecido?

–Eu trouxe essas flores para você, sei que gosta do aroma delas. - Ele disse me mostrando elas e depois a colocou em um jarro próximo a mim. - Em alguns dias você sai daqui.

–Obrigada. - tentei sorri. - Porque está de luto?

–Julie foi morta há cinco dias atrás.

Senti uma pontada no meu peito.

–Porque não me falaram?

–Não te contamos por motivos óbvios Hanna.- Ele abaixou a cabeça e segurou a minha mão. - O que importa é que sairá daqui. - Ele olhou novamente para mim. - E tudo isso está perto de acabar.

–Espero que sim Phill.

–Eu vou cuidar de você. - Ele passou a mão na cabeça. - O rei permitiu que eu tirasse férias para ficar com você.

–Isso foi muito gentil da parte de Aleksei.

–Eu também achei. - Ele sorriu deu um beijo na minha testa e se levantou. - Tenho que ir agora, preciso resolver alguns assuntos relacionados ao reino e mais tarde eu volto.

–Espera. - falei segurando a mão dele.

–Onde está Aleksei?

–Ele foi até a P3, mas amanhã estará de volta.

–E Alina?

–Foi visitar os pais e uma tia na P2.

–Uma tia?

–Sim, ela disse que iria visitar os pais e a tia.

Fiz uma careta. Aquilo era estranho porque os pais de Alina eram filhos únicos. Ela não tinha tios e muito menos tias.

–Ela não tem tia Phill.

Observei meu primo congelar diante de mim. O que estava acontecendo?


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