Coração De Seda escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu amo VOCÊS!! Vocês estão me fazendo feliz por comentarem esta história 💕💕



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Dias haviam se passado e eu estava voltando a minha rotina normal. Todos do palácio concentravam suas atenção em Djoser, o mais novo príncipe egípcio. Ramsés passava a maior parte do tempo mimando Djoser, mal deixava as outras pessoas se aproximarem do meu filho. Eu estou prestes a entender o que se passa na mente do meu irmão, ou melhor, o significado do seu sonho.

—O soberano está abobalhado com o seu filho, princesa. —Simut fala observando Ramsés. —Também não é para menos, o príncipe Djoser é maravilhoso...

—Como a mãe. —Ouço uma voz masculina me elogiar. É Gab e a sua presença indesejada que se manisfesta.

—Com sua permissão, princesa... —Simut pede e se retira. Eu poderia pedir para Gab se afastar de mim, mas eu preciso dele para dar uma lição em Hur. Eu usarei Gab contra Hur.

—Não sabe o quanto me preocupei com a princesa. —Gab fala me oferecendo vinho.

—É o que toda mulher deve passar. —Falo abertamente e me refresco com o vinho. — Já conheceu o meu filho? —Falo e olho para Ramsés e Djoser, eles estavam do outro lado do jardim real.

—Ainda não. Ele e o rei parecem tratar de algo muito importante pelo o que vejo... — Gab brinca ao olhar Ramsés falar algo para o meu filho. —Será uma honra lutar ao lado de seu filho. —Suas palavras me fazem mudar de humor.

—Ele acabou de nascer...

—Todo príncipe já nasce com este peso nas costas, princesa. —Gab adverte. —Eu gostaria de ensina-lo a manusear uma espada... —Ele brinca. —Mas ele tem um rei que é tio, não precisa de mim. Ninguém precisa... —Gab fala demonstrando sua tristeza. Então eu vou para o ataque...

—Eu preciso. —Sinto meu coração disparar ao falar tamanha asneira. Gab me olha incrédulo, todavia sorri. —No final das contas, você é uma boa pessoa.

—Suas palavras significam que... —Gab começa a falar, mas eu acabo interrompendo.

—Que fique por mais tempo. —Falo. —Não seria conveniente um príncipe estrangeiro permanecer por tanto tempo em um país aliado... —O sorriso de Gab acaba morrendo ao ouvir minhas palavras. —Mas quem irá se importar...

—Henutmire. —Ramsés me chama. —Preciso voltar para a sala do trono. —Ele fala me entregando Djoser. —Cuide bem dele.

—Não precisa pedir isso para mim... —Falo com ironia e Ramsés sorri.

—Sabe por quê digo isso. —Ramsés fala segurando a delicada mão de Djoser. Rapidamente entendo que Ramsés está falando sobre o sonho que teve. Ele se retira e me deixa acompanhada por Gab.

—Olhe para ele, Gab. Não é lindo? —Pergunto ao mostrar meu filho para Gab.

—Sim. Eu posso tentar segura-lo? —Ele pergunta temendo a minha resposta. —Eu não tenho jeito com criança...

—Sente-se primeiro, assim fica mais fácil. —Peço e Gab obedece. Eu entrego o meu filho para Gab, sinto suas mãos trêmulas se encontrarem com minha pele e percebo o quanto ele está nervoso.

—Eu realmente não levo jeito para isso. —Gab reclama, mas rapidamente se acostuma com Djoser em seus braços. —Ele é calmo... —Gab elogia.

—Não me dá trabalho. —Falo. Gab volta suas atenções para Djoser e é surpreendido com o belo par de olhos azuis. Djoser e Gab se olhavam como se estivessem "conversando".

—Os seus olhos... —Gab sussurra olhando para Djoser. —Ele herdou os seus olhos. —Ele fala olhando para mim. Gab se levantou com Djoser nos braços e deu alguns passos para se distanciar de mim.

—O que ele está fazendo com Djoser? —Hur pergunta. Eu não sei por quanto tempo ele estava ali, mas sei que foi o suficiente para ele se irritar.

—Estão se conhecendo. —Respondo tranquila. —Ele pediu para conhecer nosso filho e eu permiti. —Minhas palavras acabaram por ferir Hur, eu vi isso ficar estampado em seu rosto.

Hur não teria coragem de tirar Djoser dos braços de Gab, isso não é do seu feitio. Mas eu nunca vi Hur me olhar como me olha agora. Mas ele não pode me censurar, se de fato ele teve um filho com Miriã, ele é igual ou pior que Disebek.

—Não... —Ouço Gab falar ao sentir Djoser inquieto. —Acho que fiz algo de errado. —Gab fala e me entrega Djoser. —Eu preciso ir... —Ele fala ao ver Hur. —Nos vemos depois. —Gab se despede.

—Ele não é agradável? —Pergunto com deboche para Hur.

—Não deve se aproximar tanto dele, Henutmire. —Hur fala me tomando Djoser dos braços. —E muito menos deixar que ele carregue meu filho nos braços.

—Nosso filho. —Falo brava. —O que você teme,Hur? Teme que eu faça o mesmo que você você fez com Miriã?

—Pelos deuses, Henutmire! —Hur me repreende. —Este é o seu único argumento agora? —Hur pergunta perdendo a paciência.

—Não. —Respondo me aproximando dele. —Também tenho o argumento sobre o possível filho que Miriã tem. —Noto que minhas palavras fazem Hur se afastar de mim. —E suspeito que esta criança seja seu filho.

—Está delirando de raiva... —Hur argumenta. —Eu e Miriã não tivemos nada!

—Quem pode me garantir isso? —Pergunto. —Eu nunca iria imaginar que você poderia ter alguma relação com a irmã de Moisés. No entanto, você teve e me escondeu por muitos anos. Quem pode me garantir que este filho que Miriã têm não é seu também?

—Por quê não é! —Hur responde fazendo Djoser chorar. —Esse menino pode ser filho de Arão, o outro irmão de Moisés!

—Eu não acredito em nada do que você fala. —Falo mais calma. —Eu escutei a conversa que você teve com Uri.

—Você escutou toda a conversa? —Hur pergunta assustado. —Eu não posso acreditar que você perdeu a confiança em mim ao ponto de escutar o que conversei com Uri. —Hur fala bravo, mas ao mesmo tempo tenta acalmar Djoser que chora sem parar.

—Não venha me dar lição de moral! —Me arrependo amargamente ao falar, a reação de Hur. Djoser se inquieta ainda mais ao ouvir a minha voz alterada. —Me dê o meu filho. —Falo mais calma e tomo Djoser dos braços de Hur.

—Essa não é você. —Hur fala desapontado. —Você muda de humor todas as vezes que se lembra de Miriã.

—Eu fui burra uma vez e sofri nas mãos de Yunet, Hur. Eu sei o que uma mulher revoltada é capaz de fazer. —Falo melancólica.

—Eu não sou Disebek, Henutmire. —Hur fala mais calmo. —O que fiz foi errado, mas nada comparado ao que Disebek fez! —Não dei atenção para o que Hur falava, eu apenas tentava acalmar o meu filho. Talvez Djoser esteja inquieto pelo barulho que eu e Hur fizemos. —O que ele têm? —Hur pergunta preocupado.

—Eu não sei. —Falo nervosa ao ver que nada faz Djoser se calar. —Eu não entendo... —Falo amedrontada. Hur toma uma iniciativa e retira Djoser dos meus braços. —O que vai fazer?

—Ele deve ter se assustado... —Hur argumenta. Ele tem razão, o menino está assustado por causa da briga que tivemos. Além do barulho, Djoser sente que seus pais estão alterados.

Meu coração estava apertado ao ver Djoser chorando sem parar nos braços de Hur. Sinto minhas mãos ficarem trêmulas por conta do nervosismo, ou talvez eu esteja passando mal.

—Precisa de ajuda? —Ouço Leila perguntar para Hur e pegar Djoser nos braços. Vejo Paser e Simut se aproximarem de nós e olharem para Leila com Djoser nos braços. Eu fiz um grande esforço para me equilibrar e ir até a pequena mureta da piscina real. Uma vertigem me deixa preocupada comigo mesma. O que está acontecendo comigo?

—Princesa? —Paser me chama ao perceber que estou me sentindo mal. Sinto todos os olhares se voltarem para mim enquanto vejo tudo ao meu redor girar e girar.
Eu ando totalmente desnorteada próximo à piscina real.

—Henutmire! —Ouço Hur e Paser me chamarem. Mas foi tarde de mais para me chamarem. Com a tontura que sinto, acabo caindo sem forças dentro da piscina totalmente sem forças.


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