Quando a mentira eu esquecer escrita por Marry


Capítulo 2
A criatura que eu passei a odiar


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo um tanto doido, espero que gostem.



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_Hei nina, por que está tão irritada? - tinha umas unhas rosas cravadas em mim, me virei e dei de cara com aquela loira oxigenada de farmacia – Filha! To falando com você criatura.

_Primeiro: Me larga, segundo: para de me seguir senão vou chamar a policia – virei novamente e continuei meu caminho em direção ao correio.

_AH! não fica brava, sabe nem me lembro do que aconteceu ontem. - parei de andar e só fiquei escutando o monstro loiro desabafar sobre “tititititi”.

_Vocês mulheres, paixões de uma noite do Gaara não se cansam de inventar a mesma desculpa sempre só pra ganhar IBOPE? - falei já me irritando e querendo que aquele ser maligno sumisse da minha frente.

_Melhor ser paixão de uma noite do que não passar de uma empregada pra ele né? - a loira disse com um sorriso de orelha a orelha e meus olhos se enxeram de lágrimas.

_Olha aqui.... - houve uma pausa, uma parte do meu ser queria dar uns tapas nela e a outra – Não você tem razão... Não passo de empregada.

Continuei meu caminho triste, mas tudo estava ligado no automatico. Afinal era um acordo. E o que eu ganhava com isso? Ainda mais serviços, claro, além de ter que escutar coisas que não deveria.

Paguei as contas e continuei caminhando, o sol estava começando a me incomodar. SOL, algo um tanto incomum no meu presente perdido. Quanto tempo fazia que eu não viajava sem ter que servir alguém? E ainda ter que aguentar mau-humor, várias garotas nuas andando pela casa. O que eu ganho sendo boazinha?

Cinco minutos me pareceram uma eternidade na fila do pão. Estava lotado o mercadinho de esquina. Justo o que? Logo um sábado de manhã que eu poderia me dedicar a pintura, ou fazer esgrima, equitação ou natação. Tantos sonhos. Muitos que com força de vontade eu poderia realizar e um único que eu nunca poderia realizar: o de ver uma criança nascer de mim. Nunca amamentar ou carregar por nove meses uma criança no ventre, nunca poder falar meu.

Ter vinte e cinco anos, não ter namorado, não ser popular, saber que nunca vou poder ter filhos é uma coisa um tanto triste. Eu poderia aproveitar, mas não posso, um trato é um trato, quando eu estiver pronta, quem sabe... eu poderei sair pelo mundo.

Ao voltar calada para casa, meu celular tocou, atendi. Na hora que escutei a voz tive vontade de rir, mas é duro: Gaara iria ser pai....


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem



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