Quando a mentira eu esquecer escrita por Marry


Capítulo 3
A promessa


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo.



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Eu não conseguia acreditar. Como assim, ser pai? Onde estavam suas palavras, suas promessas, sua dívidas? Eu não sabia se ficava com raiva ou se chorava pela forte dor. É, anos de dedicação chegaram ao fim. Foi isso que pensei, mas o que eu mais queria naquele momento era chegar em casa, e assim o fiz em passos rápidos e precisos, como alguém que acaba de assaltar um banco.

Chegando lá, o encontrei na frente da TV paralisado, penteando seus cabelos, mas por que diabos ele está tão tranquilo.

_ Hinata, que bom que chegou, preciso que...

_ você não precisa de nada Gaara, chega, eu estou indo embora. Anos de dedicação. Promessas sabe? Achei que você estivesse seguindo à risca aquilo, por que eu segui.

Ele me olhou pasmo, o rosto que já era pálido então assumiu um branco sem descrição. Não deixei que ele falasse, estava chateada, por isso sai do comodo o mais rápido possível. Arrumei uma malas, fiz umas contagens de dinheiro. Eu não ficaria ali cuidando de um bebe para ele, minha promessa era cuidar dele, uma promessa que fiz à mãe dele, já não era mais válida.

“você cuida dele até ele se tornar um homem” - bom, considerando que um rapaz que tem uma criança, já pode ser considerado homem, ele que arque com suas próprias escolhas. Ao mesmo tempo me sentia destruída, pois tantos anos passamos juntos, mantivemos uma grande amizade, nada era escondido, eu sabia da sua vida plenamente, sabia com quantas mulheres ele havia saido, sabia onde ia e com quem estava, nada me fugia.

Eu cuidei dele, cuidei. Era o que eu pensava. Me deitei e quando levantei já era de noite, olhei por fora da janela e dentro do meu quarto as luzes estavam apagadas, o que me deixava à sos com meus próprios pensamentos. Já não me sentia mais nada. A janela era grande, mais ou menos um metro de largura por um metro de comprimento. Dava pra sentar, então sentei e lá fora a noite tão serena, eu tinha medo de ir embora. Estava com cisma, o que seria de mim? Talvez algo melhor do que uma simples empregada. Por que eu deveria me limitar a essa vida?

Poderia ser o que quisesse, se saisse dali. E logo mais ele traria a futura esposa e o filho ou filha para morar ali, então eu não queria ficar ali, mas por que deveria ser tão ruim? Eu não sei. Nós eramos melhores amigos, agora ele já nem liga pra mim. Eramos como amantes, nada escondido.

Mas ele rasgou todas as promessas, por isso eu iria embora.

A noite cheirava a flores, tão doce e caliente. Um frescor. Uma mistura entre cidade movimentada e simplesmemte uma parte de um campo aberto.

_ Hinata, tem um minuto? - fiz que sim com a cabeça, ele se aproximou e sentou na cadeira que estava atrás de mim – há muito tempo precisávamos ter essa conversa. Acho que nós temos uma vida compartilhada, somos muito sinceros um com o outro, você sabe tudo sobre mim, mas eu Hinata, eu já não sei tudo sobre você, o que está acontecendo?

_ Gaara, você vai ter um filho! - Disse ríspida – Acho que você já se tornou homem, não precisa mais de mim, pra mais nada. Eu cumpri com a minha promessa com sua mãe. Você não sabe tudo sobre mim, por que você já não conversa comigo, porque senão saberia, pois sou um livro aberto.

_ Mas o que tem eu ter um filho? Mas tudo bem Hinata, se acha errado isso pode ir embora – Ele virou as costas e foi para o seu quarto.

_ Ô INFERNO VIU? - Gritei com força e peguei minhas malas.

_O que foi isso Hinata?

_ estou Indo embora, adeus.

_ Eu falei pra ir, mas pelo amor, não vai!

_ Vocẽ já me deu desculpas demais pra ficar, não acredito em mais nenhuma – eu disse com raiva, ainda mais por ter me deixado falando sozinha no quarto.

_ É mentira de eu ser pai, a Ino não está grávida.

_ Adeus Gaara...


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: Por tŕas da flores, um novo lugar.



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