Se eu chorei? escrita por brooklyn1980


Capítulo 2
Pelo visto você quer ouvir.


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Demorei! Mas escrevi um capa lindinho para vcs! Ele vai estar mais parado pois é a apresentação dos personagens! Amanhã tem capa novo! Juro, porque eu já escrevi!! Estou eficiente hoje! E talvez TALVEZ eu poste hoje! Depende dos reviews!
Bjs, mamãe ama vcs!!



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Pelo visto você quer ouvir.

Here Comes the Sun!

— The Beatles

Olá! Você voltou, fique à vontade e me desculpe pelo atraso! Agora que você se acomodou, vamos começar!

Segunda-Feira, 20 de janeiro de 1962. Waterbury, Connecticut.

O sol quente queimava em minhas costas e o jogo estava acabando, meu time perdendo de 37 à 15. Isso era vergonhoso! Éramos os Peixes de Waterbury— quem deu o nome foi o Eliot, um garoto de cabelos crespos e bem emaranhados que eu conhecia deste de pequeno. Se fosse eu a escolher o nome, teria sido os Lobos de Waterbury. Mas não! Vamos ouvir o Eliot! – Só precisava da jogada perfeita e o treinador teria orgulho de mim!

Segurei a pequena bola branca de couro em minha mão, meu uniforme verde e branco -—- que agora estava marrom devido a falha tentativa de chegar a terceira base —-- grudava em minhas costas por causa do suor. Meus olhos ardiam e minha boca queimava. Fechei meus olhos e respirei, a vitória do time estava sobre mim, não poderia errar.

Peguei impulso girando meu braço duas vezes, senti a pressão no ombro e lancei a bola. Era agora, a bola girava no ar, eu cruzei meus dedos, a torcida parou de gritar. Estava tudo tão tenso que eu senti o tempo passar mais devagar, meu coração martelava no peito até o juiz apitar.

Eu consegui. Eu fiz o ponto! A torcida foi à loucura, gritos, abraços e serpentinas. Tudo tão colorido, meus colegas de time começaram a me abraçar e berra no meu ouvido. Eu sorria feito um idiota, gritava e pulava. Eu iria para a Liga Dos Campeões! O estádio gritava meu nome:

—-- Maklemore! Maklemore! Maklemore! - Isso era incrível, eu comecei a correr e....

“Here comes the sun! Durudururu! Here comes the sun and I say… I’ts all right!”

—-- Maldito despertador! - resmunguei coçando os olhos e me sentando na cama de madeira - lotada de adesivos do Batman e Homem de Ferro, junto com o edredom do Capitão América – Observei meu quarto e cheguei à conclusão que: Quando Janet chegasse em casa, ela me mandaria arruma-lo.

Janet era a minha mãe e eu raramente a chamava de tal, ela não tinha cara de mãe, ela tinha “cara” de Janet! E ainda era muito nova para esse título, apenas 26 anos! Ela engravidou aos 15 anos e BUM! Nova demais para ser chamada de mamãe.

Que horas são afinal? Peguei o meu despertador azul descascado e vi os malditos ponteiros: 5:30. Eu estava muito ferrado! Eu tinha menos de 10 minutos para arrumar a casa, meu quarto e lavar a louça! Que Deus, me ajude!

Peguei as várias blusas sujas e joguei de qualquer jeito em baixo da cama, fiz a mesma coisa com as meias. Juntei alguns tênis e o embolei dentro do enorme guarda- roupa azul escuro, que eu havia quebrado quando tinha 7 anos ao tentar voar junto de Eliot, pulando da quarta gaveta que hoje já não existia mais.

Empurrei meus bonecos Billy Jacket, para debaixo do coberto que e também embolei e joguei na minha cama:

—-- Pode parar mocinho! Mãos para o alto porque você foi pago no flagra! – Conheçam Janet, uma mulher loira de cabelo Chanel na altura dos ombros e olhos extremamente azuis, que eu não tive a sorte de puxar, combinando com sua estatura de 1, 79.

—Hey... Janet! Você chegou! O que vamos ter para o jantar?

— Não mude de assunto! Você devia ter arrumado a casa e levado a louça. Qual será a desculpa desta vez? – Comecei a lembrar de todas as outras desculpas que eu já usei:

Eliot quebrou a perna mãe! Tive que salva-lo da morte certa!

O senhor Perkins, me pediu ajuda para cortar a grama! (O senhor Perkins não gosta de mim)

Como você quer que eu arrume uma casa se a NASA, ainda não revelou se existe ou não vida fora da Terra? Impossível mulher!

Treino de basebol

Eliot me sequestrou Janet! Não pude fazer nada! (Eliot é meu melhor amigo, não sei porque raios ele iria me sequestrar. No fim ele ficou de castigo junto comigo mesmo não tento feito nada.)

Eu arrumei Janet, mas uma abelha apareceu e eu tentei matar ela! Por isso está tudo desarrumado!

.. Sinto lhe dizer, mas eu vejo gente morta! (Eu tinha acabado de assistir O sexto sentido)

O cachorro morreu Janet!! Ele morreu!! (Nem temos um cachorro)

Cheguei à conclusão que: Terei que improvisar!

—-- Janet, como você espera que o futuro astro de basebol arrume uma casa? Pense grande! Quem sabe daqui uns 10 anos você não vai estar morando em Nova Iorque? Conhecendo os grandes astros do basebol?

—-- Vai arrumar a casa Thomas! E quando você terminar nós conversamos sobre esse futuro! Okay? Okay!

—-- Mas...

—-- Vai arrumar a casa senhor Thomas Maklemore!

—-- Tá! – Comecei a sair do meu quarto, quando Janet me chamou:

—-- Pode começar tirando a roupa debaixo da cama e arrumando o guarda- roupa!

—-- Como você sabia? Você nem estava aqui quando eu fiz isso!

—-- Não sabia, mas você acabou de me dizer! – Ela se levantou da cama fazendo sua saia verde rodar em sua cintura – Agora arrume seu quarto e dessa para o jantar em uma hora.

Ela saiu e me deixou naquela bagunça de lugar, devo ter ficado uns 10 minutos só olhando para tudo aquilo e pensando em quanto demoraria para terminar de organizar tudo:

—-- Porque sempre eu?

llllll

Depois de arrumar toda a casa e jantar, perguntei se podia ir para a casa do Eliot e treinar um pouco de basebol com ele:

—-- Então... Eu posso? – Janet me olhou da cabeça aos pés e lançou um dos seus olhares do estilo “Se eu receber uma reclamação sobre você...” ou então “Volte tarde e eu arranco seus pés”. Para resumir ela deixou.

Montei na minha bicicleta vermelha de guidão alto e a com a roda traseira levemente amaçada, Eliot resolveu fazer uma corrida de bikes na rua Stanford, conhecido como a rua das pedras ou a rua dos acidentes com pedras, e subi a enorme ladeira que levava até a casa do meu melhor amigo, passei pela casa dos Raymond que ficava de esquina com a casa da Sara Mclean, a garota mais linda do colégio com seus cabelos castanhos cacheados e seu rosto angelical.

Passei por cima da ponte que cortava o enorme rio Mississipi, sim o rio mais famosos do interior dos Estados Unidos, passava por nossa cidade. E finalmente cheguei na casa verde escura com portões brancos, padrão dos nossos bairros, e fui recebido com o latido estridente da Arya, a labrador do Eliot.

Joguei minha bicicleta no chão, fiz um cafuné na cabeça da cachorra e toquei a campainha:

—--Boa noite Thomas! Eliot está no quarto! – Amy Jones, a mãe de Eliot, foi me receber com seus vestido vermelho de festa enquanto colocava um brinco em sua orelha:

—-- Boa noite Amy! Vai no baile hoje?

—-- Mas é claro! Porque eu ficaria em casa? Joshua já vai chegar com as entradas! – Joshua era o padrasto mais legal existente na Terra! Tinha momentos que eu desejava que ele fosse meu pai e me desse todas as coisas legais que ele dá para o Eliot! O seu verdadeiro pai sumiu quando ele fez 7 anos. Pelo menos ele o conheceu, o meu desapareceu antes de eu nascer.

—-- Entendo... Bom, se me dá licença vou subir! – Rumei para as escadas de carvalho e fui até a o enorme corredor da casa, segui até o final a virei a direita – eu já conhecia aquela casa com a palma da minha mão, minha mãe e a senhora Jones, eram amigas deste de pequenas e ambas engravidaram muito novas e isso fez com que eu e Eliot, fossemos amigos deste de o nascimento – entrei no quarto mais bagunçado que o meu, com várias placas de “Perigo!” e alguns pôsteres da Liga dos Campeões:

—-- Oi Thomas!

—-- Oi Eliot! Que treinar basebol? – Ele pulou da cama e pegou os equipamentos que estavam apoiados na lateral da escrivaninha:

—-- Você ainda pergunta?

llllll

—-- Quer dizer que você sonhou que nós, os Peixes de Waterbury, ganhávamos a final do estadual e ainda íamos para a liga dos campeões só por causa da sua jogada? – Estávamos no quintal dos fundos e eu estava como batedor:

—-- Exatamente! Incrível não?

—-- Está mais para impossível! Pronto para rebater?

—-- Porque impossível? E sim eu estou pronto!

—-- Bem você é muito bom em basebol, isso é fato, mas eu não sei se você não conseguiria fazer um bom jogo com toda essa preção em seus ombros! – Eliot lançou a bola e eu rebati:

—-- 1 x 0. Como assim “toda essa preção nos ombros?” E obrigada pelo elogio.

—-- Você não é muito bom trabalhando sob pressão. Lembra do último jogo? Contra a escola East High? Você simplesmente travou! E deste quando estamos contando pontos?

—-- Verdade. Eu fique travado e estamos contando pontos deste que começou!

—-- Você não falou nada sobre pontos!

—-- Mas só está 1 x 0, nem faz tanta diferença assim!

—-- Tá tanto faz! Mas voltando ao assunto: você é muito bom em basebol, mas eu acho que você não iria conseguir jogar em um estádio lotado mais toda a pressão da vitória encima de você sem surtar. Pronto?

—-- Você acha? Talvez eu conseguisse e marcasse o ponto da vitória! Pronto. – Ele jogou a bola novamente, mas desta vez eu perdi:

—-- 1 x 1, talvez. Vai até quanto?

—-- Até você pedir para parar fracote!

—-- Nunca iriemos para então! – E assim eu fiquei por no máximo 3 horas, com direito a quatro pedaços de bolo de chocolate e alguns copos de suco de morango.

Quando eu finalmente fui embora, peguei um atalho pela Hills com a Palms e foi neste momento, neste exato momento, que eu passei na maior inocência, sem nem ao menos notar a linda casa amarela clara com cercas brancas e jardim na frente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou muito chato? Mudo alguma coisa?