Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra escrita por Glenda Leão


Capítulo 16
A menina que brincava com fogo


Notas iniciais do capítulo

Eu sinto muito se este capitulo estiver ruim, mas eu fiquei doente e tals. Espero que gostem.
Capitulo narrado pelo Kadda.



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Eu estou com os sapatos sujos de lama, vestindo a calça preta de algodão que comprei em Omashu. Já se passou do meio dia e eu não sei se já estou pronto para ir atrás de Tara, até por que eu não faço ideia de onde estou e muito menos de como voltar para o centro da cidade. A tarde se inicia úmida e tem uma rápida e fraca chuva que logo dá lugar a um calor insuportável. Dobro as mangas do meu suéter até os cotovelos e estico os braços para o alto. Sentei na calçada de um comercio abandonado e fiquei observando a avenida.

Olhei a esquerda e pude reparar um tumulto causado por um grande grupo de adolescentes, uns usavam bandanas vermelhas para esconder o rosto enquanto outros apenas erguiam cartazes, estava parecendo uma manifestação, eu podia ler nos cartazes algumas frases de protesto como “Desculpe o transtorno, só queremos casa e comida”. Há alguns metros policiais armados começavam a se aproximar deles marchando com expressões furiosas no rosto. Não preciso prever o futuro pra saber o que está prestes a acontecer.

Pequenos explosivos detonam, a manifestação antes pacifica sai do controle, dominadores, não dominadores, manifestantes e policiais lutam entre si. Não penso duas vezes e corro em direção ao tumulto. Um policial estava apontando a arma cheia de balas de borracha em direção a uma garota mascarada que lutava com outro policial. Corro para defendê-la, enterro na areia até a cintura o policial que tentava ataca-la. Ela percebeu o que eu havia feito e me agradeceu com o olhar. Em um piscar de olhos ela acabou com o outro policial e me puxou pelo pulso para fora da confusão.

— O que você está fazendo? — grito, mas ela não me dá ouvidos. Noto que alguns policiais nos perseguiam. Continuamos a correr e eu estou com os olhos cravados em sua nuca que é delicada e carrega uma pequena tatuagem em forma de sol. Ela parece ter a minha idade, é gordinha nos quadris, mas tem uma cintura fina. Seus cabelos laranja estão soltos em um corte chanel.

Finalmente ela para em um largo beco e olha pra mim. Seus olhos tem um tom raro de dourado. Ela é uma das pessoas que estavam usando bandanas vermelhas. Abaixa a bandana com um puxão e ela fica caída ao redor do seu pescoço. Uma brisa fraca sopra e eu fico hipnotizado vendo seus cabelos curtos se movimentando com o vento.

— Você é novo na cidade não é? — ela me pergunta.

— O que? — eu estava tão perdido a admirando que não prestei atenção na pergunta.

— Perguntei se é novo na cidade. — ela repete um pouco mais alto talvez pensando que eu seja surdo.

— É a primeira vez que venho aqui sim.

— Seja bem vindo. — ela sorri. — Desculpe, mas qual é o seu nome?

— Ah sim! Meu nome é Kadda e o seu? — pergunto e fico sem jeito. Antes que ela tenha a chance de me responder policiais fecham as duas saídas do beco e nós ficamos encurralados. — E agora, o que me diz? Como vamos nos livrar deles? — começo a ficar apavorado enquanto os policiais nos rodeiam.

— Do melhor jeito. Do jeito clássico. — ela diz ainda olhando pra mim e abre um enorme sorriso psicótico de um modo que eu só vi os mais loucos dominadores de fogo sorrindo, além de Suna claro.

— Como? — ela coloca a bandana de volta no lugar cobrindo o rosto.

Com os braços pegando fogo a garota partiu para o ataque. Ela lançou um jato de chamas enorme aos pés dos policiais e dobrou os punhos para empurra-las os fazendo recuar. Tentei em vão me abanar para abafar o calor que ela emanava. Um dos policiais tomou a frente da luta e começou a atirar laminas de metal, então foi a minha vez de atacar, ou melhor, me defender. Ergui uma parede firme de areia entre nós e o policial. A garota começou a mexer os braços os eletrificando, desfiz a parede de areia e ela lançou um fino raio direto na armadura do policial com muito cuidado para não acabar o matando. O policial tremeu com o choque e sua armadura se estilhaçou no chão e ele ficou apenas de roupa intima, a garota gargalhou ao meu lado. Estou completamente admirado. As chamas que ela tinha feito para afastar os policiais já estavam se dissipando, senti mais uma vez ela agarrar minha mão e correr me arrastando pelos becos até pararmos sobre uma ponte, ela sorriu com o olhar e me puxou para um mergulho no rio.

Abri os olhos e vi seus cabelos se movendo conforme a água se movia, a bandana foi embora com a correnteza e pude constatar o quão linda ela é. Nós dois voltamos para a superfície e ela não para de me olhar. Eu estou com dificuldade para respirar. Kadda acalme-se. Por que eu não consigo dizer nada? Por que não me vem nada?

— O que houve? Você está bem? — ela me pergunta e eu percebo que estou olhando pra ela pasmo com a boca aberta.

— Aquilo... Foi tudo tão incrível faísca! — exclamo admirado. E ela sorri de um jeito lindo.

— Faísca?

— Ah, é que eu ainda não sei seu nome então esse é seu apelido temporário. — passo uma mão nervosa pelo cabelo.

— Gostei de faísca, mas meu nome é Jun.

— Jun. — repito seu nome como se cantasse a mais linda musica. — Eu não entendo, você não tem cara de quem participa desse tipo de manifestação. — constato ao perceber a fineza em suas roupas, seus cabelos brilhantes e sua pele tão macia que hoje em dia apenas uma pessoa que pertencesse a uma família rica poderia ter.

— Serio? E que cara eu tenho? — não sei o que responder apenas ergo as sobrancelhas. — Bem, digamos que as pessoas me odeiam por que eu sou rica e linda. — ela joga os cabelos para trás e eu sorrio. Mais uma vez nos encaramos e ela segura meu rosto com as mãos, seu beijo é quente e intenso. Fiquei em silencio com o rosto queimando.

Ela se despediu de mim e foi embora nadando para longe. Passado um bom tempo eu consegui achar o caminho de volta para o centro da cidade. Não pude acreditar na sorte que tive, mas encontrei Tara sentada em um banco de concreto no parque avatar Korra. Ela estava com a cabeça abaixada contra as mãos. Me aproximei dela.

— O que você está fazendo? — pergunto e ela ergue a cabeça em uma rapidez incrível.

— Kadda! Pensei que não te veria de novo.

— Tara, você sabe que eu jamais abandonaria você. Você é mais do que minha amiga... É como se fosse uma das minhas irmãs. Somos uma família. — ela se levanta do banco bruscamente. — Venha aqui. — eu sussurro e a abraço. — Nós vamos ficar bem. — Tara agarra-se a mim como se fosse uma criança e eu fico feliz por isso.


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Notas finais do capítulo

Sei que pareceu mais um capitulo para encher linguiça, mas ele é necessário.
Uma noticia ruim gente: eu to tendo uns problemas e se eu n conseguir resolve-los talvez eu tenha que acabar com a fic...



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