Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra escrita por Glenda Leão


Capítulo 17
Peek-a-Boo


Notas iniciais do capítulo

OLHAAAAAA ELAAAAAAAA!!!
Chegay gente e a fic continua.

Não tive tempo de revisar o capitulo então me perdoem se tiver algum erro de português. Beijos :*



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Fico abraçada a Kadda por um bom tempo, ele tem que dar tapinhas nas minhas costas para mostrar que está começando a sentir câimbras.

— Então? Porque você está sozinha aqui? Onde estão Suna e Zena? — Kadda me pergunta e minha raiva volta.

— Eu não faço ideia! Eu e aquele idiota estávamos procurando por você e enquanto nós conversávamos ele olhou pasmo por cima do meu ombro, pulou em Zena e os dois simplesmente sumiram. — jogos os braços para cima frustrada.

— Você está brincando comigo? Por favor, diga que está brincando. — digo não com a cabeça. — Não, Zena não. — Kadda começa a ficar desesperado, sei o quanto ele se apegou a minha toupeira-texugo, mas então ele olha para a esquerda e para, sigo seu olhar e vejo Suna se aproximando sozinho com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos. Começo a pensar o pior.

Esperamos Suna chegar até nós e nos dar alguma explicação, mas ele nem olha em nossos olhos.

— Suna onde Zena está? — pergunto desconfiada. Suna está puxando a barra da camisa insistentemente.

Suna. — Kadda enfatiza seu nome e repete minha pergunta. — Onde Zena está?

— Está bem. — ele diz. — Me escutem. — um longo suspiro. — Só... Prometam que não vão ficar com raiva.

Já estamos com raiva! — Kadda e eu gritamos juntos e Suna dá um pulo pra trás. Minha paciência está se esgotando.

— Talvez... Talvez... — ele diz recuando ainda mais. — eu a tenha perdido. — eu caio de volta no banco de concreto desequilibrada com o impacto dessas palavras.

— Você O QUE? — a voz de Kadda se eleva em um tom absurdo.

— Eu... Eu precisava investigar um prédio, mas ela era grande demais para conseguir passar pela porta então eu a deixei esperando na calçada, mas quando eu voltei, ela simplesmente desapareceu... Puff.

— Vou Mata-lo. — pulo no pescoço de Suna, mas Kadda me segura pelos braços.

— Gritar comigo não vai nos ajudar a encontra-la, vim atrás de vocês para tentar resgata-la. — as pessoas que estão no parque estão nos observando atentamente. Estou tão brava agora que estou tremendo.

— Vamos sair daqui logo. Precisamos encontra-la. — Kadda me tira do parque ainda me segurando forte pelos braços. Estico o pescoço para conseguir olhar para trás e vejo Suna que está distante alguns metros com a cabeça baixa, acho que está chorando.

Chegamos ao prédio onde Suna perdeu Zena.

— Você pode pelo menos me explicar por que saiu correndo do parque e me deixou lá falando sozinha? — já estou mais calma e pela primeira vez desde o parque dirijo a palavra a Suna.

— Pensei ter visto Yuka. — ele ainda não olha pra mim, mas finalmente o entendo.

— Eu também a quero morta Suna, talvez mais que qualquer coisa, mas nenhum de nós pode fazer isso sozinho. — aperto seu ombro por não mais que um segundo. Ele inclina a boca em um pequeno sorriso e me diz obrigado com um olhar. — Então, o que você acha que Yuka está fazendo em Cidade republica?

— É o que eu pretendo descobrir. — entramos no prédio abandonado e damos de cara com um enorme salão com uma escada majestosa à frente.

Suna começou a investigar, procurando sinais de Zena ou de qualquer radical por esse lugar abandonado, ele tem sentidos de predador e sei que pode rastrear quem quiser com os braços amarrados nas costas e apoiado em uma única perna. Tento usar minha habilidade de eco localizador, embora não seja muito boa com isso, mas não consigo detectar ninguém além de nós, se estiverem aqui com certeza estão suspensos afastados da terra. Kadda está usando o canto da parede como banheiro.

Comecei a vasculhar o prédio imitando Suna, o chão está coberto por manchas de óleo, tenho que pisar firme para não escorregar a cada passo que dou. Uma risada grave ecoa pelo salão. No topo da escada estão dois homens lado a lado. O dono da risada é alto, o corpo magro combina com a pele clara, o nariz ossudo e as bochechas finas. Enquanto o segundo era baixo e musculoso, de corpo forte e rosto quadrado. Os dois usam colares com pingentes idênticos. Não sou burra, sei que eles são lideres radicais.

Suna previu um ataque. Escutou quando os demais radicais saiam de seus esconderijos mais atrás e sacaram suas armas e no mesmo segundo ele reagiu. Estendeu o braço e dele saíram dezenas de pequeninas laminas que acertaram um radical que estava muito próximo a ele. Kadda puxou o braço de um com violência e o ombro do radical se deslocou de uma forma horrível, o osso havia rasgado a carne. No mesmo ritmo que eles dobrei uma enorme corrente de metal e a enrolei ao redor dos pescoços de dois homens, quebrando todos os ossos dos pescoços dos dois radicais. Antes que o quinto pudesse disparar contra mim Kadda cobriu seu braço direito com areia e a endureceu, ele socou as costas do homem e a espinha dele se quebrou com o impacto, o corpo desabou inconsciente. Esparramados ao nosso redor estavam os corpos dos radicais que matamos em menos de um minuto. Sorrimos os três satisfeitos com o poder que temos juntos, quando os lideres radicais apertaram o gatilho de suas armas. Eu estava paralisada e surpresa demais para reagir. Suna e Kadda sentiram as balas atravessarem a carne de seus corpos, uma acertou o ombro de Kadda e a outra passou raspando pela barriga de Suna. Felizmente não atingiram nenhum ponto vital.

Senti uma coronhada forte na nuca e cai de cara no chão, me virei lentamente por causa da dor e olhei nos olhos do radical mais baixo e forte, seus olhos azuis e frios.

— Pensei que matar o avatar seria emocionante, mas pelo visto não vai ser nem divertido. — ele suspira um pouco contrariado e eu engulo em seco.

“Porque está fingindo ser tão fraca, Tara?”

— Vaatu! — fecho a cara, não posso me deixar levar pela raiva se não ele pode tomar o controle novamente e isso é tudo que não pode acontecer.

— O que você disse? — o líder que tem o nariz ossudo me pergunta confuso e irritado.

— Nada. — respondo rápido. — Já que vocês vão me matar posso fazer uma pergunta?

— Claro. — o narigudo me dá um sorriso malicioso e tenho que me segurar para não vomitar.

— Qual a de vocês radicais? Querem se vingar de algo ou alguém? Por que fazem tudo isso? — os dois sorriem e o que está com a arma na minha cara me responde.

— Não matamos por vingança ou justiça, mas por diversão.

Minha raiva começa a fluir e sinto Vaatu tentando tomar o controle faço um grande esforço para mantê-lo controlado. Vejo Suna se esgueirando por trás dos lideres, ergueu de leve o cotovelo esquerdo para alcançar uma lamina grande e acerta o narigudo no meio das costas o que o faz urrar de dor, ele arranca a lamina de uma vez. Isso foi o bastante para distrair o de olhos azuis. Lancei rochas nele e ele conseguia se desviar de um jeito desesperado, não é nada comparado a minha dominação normal, mas é o suficiente para faze-lo perder o folego, enquanto Suna lutava com o narigudo eu vi Kadda encostado na parede perdendo muito sangue, fui até ele e senti seu rosto frio ao toque, ele suava de uma maneira desproporcional.

“Não se distraia”

Não consigo expulsar Vaatu da minha cabeça. Suna derruba o narigudo e agarra a cabeça dele, pergunta uma única vez onde está Yuka. O homem olhava no fundo dos olhos de Suna e nem sequer clamava pela vida, apenas sorria. Suna esfaqueou lhe a garganta, a precisão do golpe o matou no mesmo instante.

Como estava distraída acabei levando uma rasteira do líder que sobrou, o de olhos azuis.

“Garota idiota”

— Vá embora. — digo isso a Vaatu e não ao líder, mas ele sorri vitorioso.

Quando ele aponta a arma para mim começo a tremer. Fecho os olhos e me preparo para sentir a dor da bala no meu corpo, engulo em seco. Suna tenta me resgatar, mas o líder atira em sua perna. Não consigo me controlar e acabo cedendo, deixo Vaatu tomar conta de mim.

Ergo-me, poderosa e o prédio inteiro treme, sinto o poder fluir pelo meu corpo e sinto uma sensação boa, sede de sangue. O líder recua e antes que ele comece a correr lanço uma rajada de energia nele pela boca que o desintegra totalmente. Viro-me para olhar Suna e Kadda e suas expressões de medo acabam comigo, mas o estranho é que não preciso tentar controlar Vaatu, ele simplesmente se vai, sozinho.

”Não se sinta vitoriosa. Eu ainda nem comecei.”

Nesse momento eu soube que minha luta com esses lideres não marcava o fim de nada. Yuka e outros radicais estão na cidade e sabe-se lá o que eles planejam. Ainda não tenho controle algum sobre Vaatu. Tenho muito trabalho pela frente.

— Eles não sabiam nada sobre Yuka. — Suna diz me despertando de meus pensamentos.

— Por que você acha isso? — Kadda esticou o pescoço para frente e observou os cadáveres dos radicais.

— Duvido que Yuka fosse burra o suficiente para contar seu plano para qualquer subordinado, apenas os radicais de alto escalão como os lideres devem saber de alguma coisa. — Suna conhecia bem Yuka, os tempos de convivência com ela foram uteis. Yuka está errada por menosprezar tanto seu ex namorado vingativo e ela vai pagar caro por isso.

— E o que vamos fazer quando encontrarmos ela? — é isso que eu mais gosto em Kadda, sua inocência. Suna sorri junto comigo.

— O que você acha meu amigo? Vamos mata-la. — eu respondo enquanto ajudo Suna a se levantar, Kadda consegue se levantar sozinho mesmo gemendo de dor. Antes de sairmos pela porta do predio ouço um som desperado. — Zena! — minha linda toupeira texugo desce do primeiro andar destruindo toda a escada com seus passos, deixo Suna cair no chão e corro para abraça-la. Percebo que ela está assustada, mas se acalma enquanto eu a abraço.

Quando finalmente saímos do prédio tenho que levar os garotos ao hospital, quando saímos de lá olho para o céu. O sol já estava sumindo. Em um incrível espetáculo a lua toma seu lugar no céu. Acólitos do ar vem nos buscar e nos guiam até o porto para pegarmos um navio e finalmente chegarmos a ilha do templo do ar.

Mesmo sendo noite a ilha está agitada com a nossa chegada, Jinora está lá para me receber. Mesmo estando machucada física e emocionalmente corro para abraça-la. Pela primeira vez desde que sai de Omashu me sinto verdadeiramente feliz. Suna e Kadda estão feridos, mas fora de perigo. Eu sabia exatamente onde Zena estava. E por mais que me doa admitir Vaatu salvou o dia. Suna e Kadda foram guiados para passar a noite na enfermaria, Zena foi levada para um estabulo perto do dos bisões e me levaram para dormir em meu mais novo quarto que foi preparado pela própria Jinora especialmente pra mim. A noite não podia estar melhor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Comentem
(Pra quem não sabe Peek-a-boo seria aquela brincadeira que as pessoas fazem com os bebês, de cobrir o rosto com as mãos e depois diz algo tipo "Achooou!" e também é uma postura defensiva no boxe, o nome do capitulo se refere ao fato de Vaatu brincar de pique esconde na cabeça de Tara)



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