Avatar: A lenda de Tara - Livro 1 Terra escrita por Glenda Leão


Capítulo 15
Mais e mais curioso


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que tá cedo para um capitulo novo, mas eu não aguentava mais segurar ele aqui. Percebi que se eu ja tenho um capitulo pronto não tem pq fazer vocês esperarem. Se tiver algum erro de digitação ai ignorem, depois eu arrumo.



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— Cidade republica? — Suna exclama. — Você vai mesmo para lá?

— Não só eu. Vocês vão comigo. — digo.

— Bem, o que dizer? Foi bom conhecer vocês e espero que nos vejamos de novo um dia.

— O que? Você não vem? — Kadda e eu perguntamos juntos.

— Claro que não, minha família toda está naquela cidade e a ultima coisa que quero é vê-los, principalmente meus irmãos. — ele cerra os punhos e olha para o chão, o vejo tremer de leve.

— Vamos Suna, tenho certeza que eles não devem ser tão ruins assim. — passo o braço por cima do seu ombro.

— “Não devem ser tão ruins?” Akari é uma dominadora de água e Chen um dominador de fogo, eu sou o único filho de Mako não dominador. E ainda sou o filho do meio. Eu não podia fazer nada. Eles me jogavam da escada. Para cima e para baixo usando suas dobras. Eu sempre pensava que ia morrer. — ele desabafa desesperado. Ouço Kadda rindo e lanço um olhar cortante para ele. Ele engole em seco e se afasta de nós subindo nas costas de Zena. Suna se desvencilha de mim e eu vejo seu olhar psicótico que algum tempo não via. — Mas então eu aprendi bloqueamento de chi e me vinguei deles.

— Olha Suna, embora eu seja contra, você não precisa falar com sua família se não quiser. Ninguém vai te obrigar a isso, mas eu não quero ir para um lugar novo sem você ao meu lado. — digo e seu rosto fica vermelho. Kadda também olha para mim estranhando o nível de carinho nas minhas palavras. Eu me repreendo mentalmente e tento me corrigir. — Sem vocês. Sem nenhum de vocês. No plural.

Suna suspira e por fim se dá por vencido. Conto a eles que nossa poupança foi renovada e então decidimos viajar de trem para Cidade Republica, assim chegaremos lá amanhã quando o sol estiver nascendo. Fiquei um bom tempo discutindo com os funcionários das linhas férreas em relação a levar Zena no trem. Mas sabiamente um dos funcionários me reconheceu como filha do presidente e tudo se resolveu num instante. Um vagão de carga inteiro foi reservado para Zena. Ela ocupou todo o lugar, mas parecia confortável. Suna, Kadda e eu embarcamos no trem meia hora depois. Durante minha viagem acabei recebendo uma visita do espirito de Jinora. Já me acostumei com isso, mas Suna e Kadda tomaram o maior susto de suas vidas. Ela disse que estaria me esperando na ilha do templo do ar e que não podia conter sua animação para me ver pessoalmente. Eu também estou grata por finalmente poder revê-la, dessa vez em carne e osso.

Acabo adormecendo com a cabeça apoiada no ombro de Kadda. Tenho um pesadelo horrível com Vaatu. Ele está cada vez mais presente na minha cabeça. No sonho ele está me controlando e me fazendo torturar Suna e Kadda. Meu pai, Kono e Dao estão mortos. Seus corpos jogados de lado um sobre o outro. Acordo sobressaltada. Kadda está me abraçando muito, muito forte tentando me controlar. Percebo que o machuquei, tenho o sangue dele em minhas unhas. Seus olhos lacrimejam de dor, mas ele não me larga. Tranquilizo-me e enfim ele afrouxa os braços ao meu redor, me levanto e não tenho coragem de olhar em seus olhos. Nosso vagão está quase vazio, varias pessoas já desceram em outras estações. Suna ainda está dormindo ocupando uma poltrona inteira. Sento longe de Kadda observando atentamente uma janela, vejo o nascer do sol e em poucos minutos chegamos a Cidade republica.

Desembarcamos e eu vou pegar Zena enquanto Kadda empurra Suna para fora do vagão. Saímos da estação e eu me sento aos pés de uma grande estatua do falecido lorde Zuko. De repente Kadda está parado em pé a minha frente. Ergo meus olhos. Ele está batendo o pé direito insistentemente. Seguro um suspiro. Estou sem paciência.

— Então você vai continuar sem me contar nada, não é? — seus braços cruzados contra o peito exigindo alguma informação.

— Não sei do que você está falando. — me levanto e começo a andar com minha mochila nas costas. Começo a caminhar até Suna que está com Zena enquanto ela bebe água de uma fonte.

— Você sabe sim. — Kadda para na minha frente e eu tenho que me segurar para não esbarrar nele. — Não é a primeira vez que você tem um pesadelo e acorda assim. E ainda teve aquela coisa no deserto que você não quis me explicar o porquê de estar possuída. Eu fiquei quieto e apenas confiei em você Tara, mas já chega. Eu quero saber o que você tem para tentar te ajudar. — ele nem sequer está zangado comigo por tê-lo machucado. Ele está realmente preocupado, mas não quero que ele encha sua cabeça por causa dos meus problemas espirituais.

— Não preciso de ajuda. — digo com firmeza.

— Você não precisa se fazer de durona na minha frente. Eu imagino o quanto deve ser difícil pra você admitir que mesmo sendo o avatar você ainda seja só uma adolescente e que às vezes vai precisar de ajuda. Eu me preocupo. Você entende não é? — ele coloca uma mão no meu ombro.

Eu fecho os olhos e dou um grande suspiro. Tento me acalmar e acabar com esse inicio de discursão.

— Eu entendo você Kadda, de verdade. Você se preocupa e cuida de mim e eu te amo por isso. Eu sei que você está decepcionado e eu peço desculpas por isso, mas você tem que entender que mesmo que você seja um grande amigo meu isso não te dá o direito de se meter na minha vida assim. — digo e reparo que Suna e Zena estão se afastando da nossa discursão.

— Caramba Tara! — ele grita pra mim em um tom ofendido. — Eu não tenho o direito de me meter na sua vida? Eu larguei a minha pra seguir você e sem pedir nada em troca. Qual o seu problema? — ele está caminhando para longe de mim. — Quer saber? Eu preciso me acalmar.

— Aonde você vai? — eu pergunto. Dessa vez sou eu que estou preocupada com ele. Kadda não conhece a cidade. Não pode sair andando por ai assim. — Que horas volta?

— Não se meta na minha vida. — posso ouvi-lo dizer ao longe enquanto se afasta de mim.

Uma hora depois estamos no shopping pequena Ba Sing Se tomando café. Por incrível que pareça eu não consigo comer nada. Às vezes me preocupo com Kadda por nenhum motivo. Tenho medo de não conseguir protege-lo de tudo, mas ainda sim eu tento. Em pouco tempo ele tomou o posto de Dao li e se tornou meu melhor amigo, não que Dao tenha se tornado menos importante pra mim, mas Kadda sempre está ao meu lado mesmo quando ninguém está. Ele acredita no que eu digo mesmo quando eu mesma não acredito. Ele tem uma fé absurda em mim.

Agora já são quase dez horas da manhã. Decidimos passear pela cidade antes de ir encontra Jinora na ilha do templo do ar. Estamos no parque avatar Korra, eu tiro um cochilo embaixo de uma arvore enquanto Suna brinca com Zena.

— Tara acorde, acorde...

Eu acordo e resmungo, esfrego os olhos para tentar limpar a sujeira deles. Ainda está muito cedo para o almoço e não entendo por que Suna está me acordando. Ainda meio dormindo eu me levanto e tento me recompor antes de dizer qualquer coisa. Suna ainda está chamando meu nome, mas não dou muita bola.

— Porra garota, você quer me ouvir? Estou tentando dizer que Kadda não voltou até agora. — Ao ouvir isso eu congelo, fico quieta por um momento. Estou preocupada de novo.

— Você sabe se ele está bem? Sabe onde ele está? — pergunto e Suna faz que não com a cabeça.

— Acho que deveríamos pegar Zena e rodar a cidade para procura-lo antes de irmos para a ilha do templo do ar. — concordo com ele, mas logo franzo as sombrancelhas.

— Ok, espere ai. Você está preocupado com ele? — pergunto.

— É claro que estou.

— Pensei que não gostasse dele.

— Mas é claro que eu gosto. Eu sei que nem sempre nos damos bem, mas somos amigos e como você mesma disse uma vez “nós estamos nessa juntos”.

— Você é uma pessoa estranha Suna. — digo olhando pra ele com os braços cruzados e ainda surpresa por essa declaração.

Ficamos em silencio por um bom tempo enquanto rodamos pelo centro da cidade a procura de Kadda. Eu suspiro e esfrego o rosto tentando espantar os meus pensamentos paranoicos do que possa ter acontecido com ele. Depois de o encontrarmos e eu tiver certeza que ele está bem eu vou aprender a dominar o fogo apenas para atear na cara dele.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se tiver meio fraquinho me desculpem, mas eu quero fazer/adicionar umas coisas novas nos proximos capitulos e pra isso desenrolar eu precisava desse capitulo assim. O proximo capitulo provavelmente vai ser postado ainda essa semana.



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